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Daniel Oliveira Queiroz – 2º período – FAME JF SISTEMA ENDÓCRINO Hormônios são moléculas que agem como sinalizadores químicos Glândulas endócrinas são desprovidas de ductos Células endócrinas geralmente se unem formando glândulas endócrinas, que se organizam sob forma de cordões celulares. Exceção: glândula tireóide, cujas células são organizadas como pequenas esferas, chamadas folículos. Além das glândulas endócrinas, há muitas células endócrinas isoladas como as células endócrinas do trato digestivo As células endócrinas sempre estão próximas a capilares sanguíneos (serve para distribuir pelo organismo) Controle parácrinos: agem em uma distância curta. Ex: gastrina, liberada pelas células G localizadas na região do piloro do estômago Controle justácrinos: uma molécula é liberada na matriz extracelular, difude-se nessa matriz e atua nas células em distancia muito curta de onde foram liberadas. Ex: inibição de secreção de insulina em ilhotas de Langerhans pela ação de somatostatina. Controle autócrino: células podem produzir moléculas que agem nelas próprias ou do mesmo tipo. Ex: fator de crescimento semelhante á insulina (IGF) Outra vantagem da existência de receptores é a capacidade de resposta das células- alvo aos respectivos hormônios, mesmo se esses estiverem no sangue em concentrações muito pequenas. Retroalimentação (feedback): as próprias células alvos endócrinas podem ser células- alvo de outras glândulas endócrinas, assim o organismo pode controlar a secreção de hormônios pelo mecanismo de feedback e manter os níveis hormonais plasmáticos adequados. Hipófise (pituitária) Controla quase todas as glândulas endócrinas Localização: sella túrcica Embriologia: tem dupla origem Nervosa: se desenvolve pelo assoalho do diencéfalo em direção caudal e a porção ectodérmica da hipófise se desenvolve a partir de um trecho do teto da boca que cresce e forma a bolsa de Ranthke. Uma constrição nessa bolsa acaba separando a cavidade bucal ao mesmo tempo a parte anterior da bolsa diminui o tamanho. A porção originada do diencéfalo mantem continuidade com o sistema nervoso. Daniel Oliveira Queiroz – 2º período – FAME JF A hipófise consiste em 2 glândulas: a neuro-hipófise e a adeno hipófise, unidas anatomicamente. A neuro-hipofise (porção de origem nervosa) contem o - pars nervosa -, e do seu pedículo de fixação o – infundíbulo – que continua com o hipotálamo. Ectodérmica: origina a adeno-hipófise, que não tem conexão anatômica com o sistema nervoso. É subdividida em 3 porções: pars distalis (lobo anterior), pars tuberalis (porção cranial) e pars intermedia. Ao conjunto de pars nervosa e pars intermida se da o nome de lobo posterior da hipófise. Suprimento sanguíneo (sistema porta hipofisário) A pars distalis é responsável pela secreção de hormônios que controlam outros órgãos endócrinos importantes. O suprimento sanguíneo é feito por dois grupos: artérias hipofisarias superiores (direita e esquerda) que irrigam a eminencia mediana e o infundíbulo e as artérias hipofisarias inferiores (direita e esquerda) que irrigam principalmente a neuro- hipófise. Artérias hipofisárias superiores: forma plexo capilar primário -> vasos se encaminham para pars distalis -> ramificam -> plexo capilar secundário. Artérias hipofisarias inferiores: nutre a pars distales em pequena escala Através desse sistema vascular vários neuro-hormonios produzidos no hipotálamo são levados diretamente do infundíbulo a pars distalis, controlando a função de suas células. O sangue venoso desse sistema sai por diversas veias hipofisárias. Sistema hipotálamo-hipofisário Há três locais em que são produzidos diferentes grupos de hormônios: 1. Hormônios produzidos no hipotálamo e acumulados na neuro-hipófise 2. Hormônios produzidos no lobo anterior da adeno-hipofise e distribuídos pela circulação sanguínea a partir do segundo trecho do sistema porta. Daniel Oliveira Queiroz – 2º período – FAME JF 3. Hormônios produzidos no lobo anterior da adeno-hipofise e distribuídos pela circulação sanguínea a partir do segundo trecho do sistema porta. Adeno-hipófise Pars distalis (lobo anterior) Representa cerca de 75% da massa da hipófise Formado por cordões e ilhas de células epiteliais cuboides ou poligonais produtoras de hormônios. Esses hormônios são armazenados em grânulos de secreção. Células não secretórias -> foliculoestelares: Comunicam-se com outras células por desmossomos e junções comunicantes Entre os cordões e ilhas de células há muitos capilares sanguíneos (plexo capilar secundário). Os fibroblastos produzem fibras que fazem a sustentação dos cordões. Células secretoras da par distalis -> Células cromófobas (pouco coradas) e cromófilas (grânulos bem corados) o Celulas cromofóbas: Poucos grânulos de secreção (células tronco inespecíficas ou cromofilas desgranuladas) ou nenhum granulo de secreção (células foliculoestreladas que apoiam as outras células) o Células cromofilas: são acidófilas (somatotrópica, mamotropica) e basófilas (gonadotrópicas, tireotrópica, corticotrópica) Células somatotrópicas: hormônio do crescimento (GH) Células mamotropicas : prolactina Células gonadotrópicas: FSH E LH Células tireotrópicas: hormônio estimulante ou TSH Células corticotrópicas: clivagem da pró-opiomelanocortina Controle funcional da pars distalis As atividades das células da pars distalis são controladas por vários mecanismos, um deles é representado por hormônios peptídicos no hipotálamo, em seguida são transportados à par distalis pelo plexo capilar. A maioria desses hormônios, chamados hormônios liberadores hipotalâmicos , são estimuladores da secreção por células da pars distalis e dois deles inibem a liberação de hormônios na pars distalis. Daniel Oliveira Queiroz – 2º período – FAME JF Um segundo mecanismo de controle é feito pelos hormônios produzidos por várias glândulas endócrinas, no qual controlam por feedback negativo a sua própria secreção. Ex: liberações do hormônio da tireoide. Um terceiro mecanismo de controle sobre a hipófise pode ser exemplificado por moléculas como inibina e activina, produzidas por gônadas e que controlam a secreção de FSH Pars tuberalis: cordões celulares entremeados por capilares sanguíneos e secretoras de gonadotropina (FSH, LH) Pars intermedia: cordões e folículos de células fracamente basófilas com pequenos grânulos de secreção Neuro-hipófise Consiste na pars nervosa e no infundíbulo A pars nervos NÃO CONTÉM GRÂNULOS DE SECREÇÃO Apresenta um tipo especifico de célula glial -> pituícito O componente mais importante da pars nervosa é formada milhares de neurônios não mielinizados de neurônios secretores cujo corpos estão situados nos núcleos supraventriculares e supra-ópticos (hipotálamo) A neurossecreção é transportada ao longo dos axônios e se acumula nas sua extremidades, situadas na pars nervosa. Seus depósitos formam estruturas conhecidas como corpos de Harring. Quando os grânulos são liberados, a secreção entra nos capilares sanguíneos fenestrados e os hormônios são distribuídos. A neurossecreção armazenada na pars nervosa consiste em dois hormônios Ocitocina: induz contrações de musculo liso da parede uterina e de células mioepiteliais nas glândulas mamarias. (relacionadas com fibras dos núcleos paraventriculares) Vasopressina (hormônio anti-diurético): regula a pressão osmótica do sangue . É secretada quando a pressão osmótica do sangueaumenta(relacionada com fibras de núcleos supra-ópticos). Adrenais É encapsulada e dividida em 2 camadas: uma periférica espessa de cor amarelada, denominada camada cortical, e outra central menos volumosa, acizentada, a camada medular Daniel Oliveira Queiroz – 2º período – FAME JF Possuem origens distintas: Córtex: origem mesodérmica Medular: origem neuroectodérmica Uma capsula de tecido conjuntivo denso recobre a glândula e envia delgados septos ao interior da adrenal. Circulação sanguínea da adrenal Recebem artérias -> ramos formam plexo subcapsular -> originam 3 grupos de vasos -> (1) artérias da capsula -> (2) artérias do córtex que se rarmificam formando capilares sanguíneos -> (3) artérias da medula que atravessa o córtex e se ramificam Os capilares da medula junto com os capilares do córtex foram as veias medulares que se unem -> veias adrenais -> veia cava inferior (do lado direito) ou na veia renal (lado esquerdo) Camada cortical Tem estrutura típica de células secretoras de ESTERÓIDES em que a organela predominante é o reticulo endoplasmático liso. As células do córtex não armazenam seus produtos em grânulos, pois após o estimulo elas já são secretadas em seguida, no qual difundem-se pela membrana celular e não são excretadas por exocitose Pode ser dividida em 3 camadas concêntricas: Camada glomerulosa: se situa abaixo da capsula de tecido conjuntivo e é composta de células piramidais ou colunares, organizadas em cordões que tem forma de arcos envolvidos por capilares sanguíneos (mineralocorticoides) Hormônio secretado nessa camada: um mineralocorticoide – ALDOSTERONA - contribui para manter o equilíbrio de sódio e potássio e de agua no organismo e consequentemente o nível Disfunção da adrenal (córtex) Hiperfunção: tumores – produção excessiva de glicocorticoides (síndrome de cushing) ou de aldosterona (síndrome de Conn) Hipofunção: destruição do córtex – falta de secreção de glicocorticoides e mineralocorticoides (doença de Addison) Daniel Oliveira Queiroz – 2º período – FAME JF de pressão arterial. Camada fasciculada: arranjo de células em cordões de uma ou duas células de espessura, intervalado por capilares dispostos perpendicularmente a superfície do órgão. Contem gotículas de lipídios no citoplasma. Hormônio secretado nessa camada: um glicocorticoide – CORTISOL – regula o metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios e suprem a resposta imune e andrógenos. Zona reticulada: células em cordões irregulares formando redes anastomosodas (provavelmente glicocorticoides e andrógenos) Hormônio secretado nessa camada: produz andrógenos e em menor grau, mineralocorticoides Controle de secreção dos hormônios do córtex Liberação do hormônio liberador de corticotropina na eminencia mediana da hipófise -> pars distalis -> secreta hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) -> estimula secreção de hormônios no córtex da adrenal Córtex fetal Camada espessa de cordões de células que após o nascimento involui enquanto o córtex definitivo se desenvolve Secreta andrógenos e estrogenos para a corrente sanguínea Camada medular Origem: neuroectodérmica Hormônios armazenados em grânulos Cordões de células poliédricas entremeadas com uma rede de fibras reticulares e abundante rede de vasos sanguíneos. Grânulos contendo catecolaminas: Epinefrina: adrenalina Norepinefrina: noradrenalina Vasoconstrição, hipertensão, alterações da frequência cardíaca, elevação da taxa de glicose no sangue. Todas as células da medula adrenal são invervadas por terminações colinérgicas de neurônios simpáticos pré-ganglionares. Uma das disfunções da medula adrenal é representada pelos FEOCROMOCIROMAS, tumores de células que causam hiperglicemia e elevação passageira da pressão sanguínea. Daniel Oliveira Queiroz – 2º período – FAME JF Ilhotas de langerhans Localização: grupos arredondados de células incrustados no pâncreas exócrino Embriologia: endoderma As células poligonais, dispostas em cordões, em volta dos quais existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais frenestadas Células A (glucagon): glicogenolise , lipólise (aumenta a taxa de glicose de sangue) Células B (insulina): entrada de glicólise na célula, diminui a taxa de glicose no sangue Tireoide Origem: endoderma Função: sintetizar os hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), que regulam a taxa de metabolismo do corpo. Constituída de dois lobos unidas pelo istmo. Folículos (vesículas) formados por epitélio simples que sintetiza hormônios T3 e T4 que armazenam no interior dos folículos É a única glândula que armazena hormônio. Folículos separados por fibras reticulares e entremeados por capilares sanguíneos e linfáticos fenestrados Célula parafolicular (célula C): produz CALCITONINA que inibe a reabsorção do tecido ósseo e diminui o nível de cálcio no plasma. Ela é ativada pela elevação da concetração de cálcio no plasma. Regulação da glândula é feita pelo hormônio tireotrópico sintetizado no lobo anterior da adenohipofise. Tireotropina: aumenta por exposição ao frio e diminui no calor em resposta ao estresse Hormonios T3 e T4: aumentam a absorção de carboidrato no intestino e regulam o metabolismo de lipídios, influenciam o crescimento do corpo e o desenvolvimento do sistema nervoso durante a vida fetal. Cretinismo: baixo nível de iodo na dieta e defeitos genéticos. Inadequado desenvolvimento físico e retardamento mental Disfunções Vários tipos de tumores originados de células das ilhotas produzem insulinam glucagon, somatostatina e polipetideo pancreático Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune na qual anticorpos produzidos contra células beta deprime a atividade dessas células. Disfunção Hipotireoidismo: diminuição da produção dos hormônios pela carência de iodo na dieta (hipertrofia da tireoide – bócio) Hipertireoidismo: doenças da glândula ou deficiência na hipófise ou hipotálamo (bócio exoftálmico) Daniel Oliveira Queiroz – 2º período – FAME JF Paratireoides São quatro pequenas glândulas que se localizam nos polos superiores e inferiores da face dorsal da tireoide Embriologia: endoderma O parênquima é formado por células epiteliais dispostas em cordões separados por capilares sanguíneos. Há dois tipos de células na paratireoide Principais: secretoras do PARATORMONIO Oxifilas: função desconhecida Paratormonio: Se liga a receptores em osteoblastos -> sinal para produzir fator estimulante de osteoclastos -> reabsorção da matriz óssea calcificada e liberação de Ca2+ no sangue -> inibe produção do hormônio paratireoide. Diminui a reabsorção de fosfato nos túbulos renais diminuindo sua concentração no sangue. Estimula síntese de vitamina D (induz a reabsorção de Ca2+ no trato digestivo) Faz regulação da glândula (níveis sanguíneos de Ca2+) Raquitismo Disfunção Hipoparatireoidismo: tetania (aumento de fosfato e diminuição de Ca2+/aumento das contrações do musculo esquelético) Hiperparatireoidismo: osteíte fibrose cística (diminuição de fosfato e aumento de Ca2+)
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