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Análise da Situação de Saúde do Rio de Janeiro

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY
Saúde Coletiva III
Análise da situação de saúde do município do Rio de Janeiro
Daniel Teixeira, Thiago Portugal, Rodrigo Lee, Layra Souza, Gabriella Correa, Luiz César da Silveira, Natália Serra, João Luiz, Taysa Fabris
Rio de Janeiro
Março de 2014
Daniel Teixeira, Thiago Portugal, Rodrigo Lee, Layra Souza, Gabriella Correa, Luiz César, Natália Serra, João Luiz Ferreira e Taysa Fabris
Análise da situação de saúde do município do Rio de Janeiro
______________________________
Trabalho realizado com o intuito de se realizar uma análise da situação de saúde do município do Rio de Janeiro, usado como
modelo de avaliação na disciplina de Saúde Coletiva III, da Universidade do Grande Rio
Professor José de Souza Herdy, terceiro período do curso de Ciências Médicas, unidade Barra da Tijuca.
Professor: Leonardo de Oliveira
Rio de Janeiro
Março de 2014
SUMÁRIO
1 - Caracterização do município e sua divisão geopolítica
1.1 - Informações sobre o município do Rio de Janeiro
1.1.1 – Histórico da cidade do Rio de Janeiro
1.1.2 – Região Metropolitana nos dias atuais.
1.2 - Divisão geopolítica
1.2.1 - Divisão geopolítica do Estado do Rio de Janeiro
1.2.2 - Divisão geopolítica do município do Rio de Janeiro
2 - Levantamento de dados
2.1 - Dados demográficos
2.1.1 - Caracterização quantitativa e regional
2.1.2 - Distribuição etária e sexual
2.1.3 - Distribuição racial
2.1.4 - Taxas de natalidade e mortalidade
2.2 - Dados epidemiológicos
2.3 - Dados sociais
2.4 - Dados econômicos
2.4.1 - Produto Interno Bruto (PIB)
2.4.2 - Renda Per Capta
2.4.3 - Inflação
3 - Levantamento dos principais problemas de saúde
3.1 - Saúde da população
3.1.1 - Aids
3.1.2 - Dengue
3.1.3 - Outras doenças
3.2 - Infraestrutura
3.2.1 - Acesso à água de abastecimento
3.2.2 - Esgoto e drenagem
3.2.3 - Energia elétrica
3.2.4 - Habitação
3.3 - Rede de saúde
3.4 - Desenvolvimento social
4 - Dengue: um problema prioritário
4.1 Introdução
4.2 Conhecendo a doença
4.3 A dengue no município do Rio de Janeiro
4.4 Combatendo a doença
1 - Caracterização do município e sua divisão geopolítica
1.1 - Informações sobre o município do Rio de Janeiro
1.1.1 – Histórico da cidade do Rio de Janeiro
A cidade é mencionada oficialmente pela primeira vez quando a segunda expedição exploratória portuguesa, comandada por Gaspar lemos, chegou em Janeiro de 1502, à baía, que o navegador supôs, compreensivelmente, ser a foz de um rio, por conseguinte, dando o nome à região do Rio de Janeiro.
 
O Rio de Janeiro desenvolveu-se graças à sua vocação natural como porto. Na mesma época em que ouro foi descoberto no estado de Minas Gerais, no final do século XVII, o governador do Brasil foi feito vice-rei. Salvador era capital da colônia, mas a importância crescente do porto do Rio garantiu a transferência da sede do poder para o sul, para a cidade que se tornaria, e ainda é, o centro intelectual e cultural do país.
 
Em 1808 a família real portuguesa veio para o Rio de Janeiro, refúgio escolhido diante da ameaça de invasão napoleônica. Quando a família real voltou para Portugal e a independência do Brasil foi declarada em 1822, as minas de ouro já haviam sido exauridas e deu lugar a outra riqueza: o café.
 
O crescimento continuou durante quase todo o século XIX, inicialmente na direção norte, para São Cristóvão e Tijuca, e depois na direção da zona sul, passando pela Glória, pelo Flamengo e por Botafogo. No entanto, em 1889, a abolição da escravatura e colheitas escassas interrompeu o progresso. Esse período de agitação social e política levou à proclamação da república. O Rio, então chamado Distrito Federal, continuou sendo o centro político e a capital do país.1
 
Após a mudança da capital brasileira para o Distrito Federal, o Rio de Janeiro continuou o crescimento, com já sua posição prestigiada dentro do país, e segue como a segunda principal cidade do país, o que proporciona o crescimento e estabilização de sua metrópole.
1.1.2 – Região Metropolitana nos dias atuais
A região metropolitana concentra capital, infraestrutura e força de trabalho, possuindo um parque industrial bastante diversificado. Devido a isso, ela reúne serviços altamente especializados nos setores financeiro, comercial, educacional e de saúde, assim como órgãos e instituições públicas.
Congregando 74% da população do estado, a região metropolitana constitui-se também em espaço de pressão social marcado por grandes contradições, pois, muitas vezes, o crescimento econômico não caminha junto com o atendimento das necessidades básicas da população.
O município do Rio de Janeiro é o que apresenta melhor condição para atrair novos investimentos no Estado, por ser o principal centro produtor e distribuidor de bens e serviços de todo o estado, além de ser a sede do governo estadual e de diversas instituições públicas e privadas.
Nos últimos anos, vem apresentando desconcentração industrial, com perdas na capacidade produtiva instalada e na geração de empregos. Desde meados dos anos 1990, vem ocorrendo a transferência de sedes de muitas empresas para outros estados, principalmente por questões tributárias e de segurança pública.
Outras áreas da região metropolitana, além do Rio de Janeiro e Niterói, deverão sofrer nos próximos anos significativas mudanças socioeconômicas e espaciais são as que abrangem o município de Itaboraí e seus vizinhos — diante da implantação do complexo petroquímico do Rio de Janeiro – COMPERJ —, e Itaguaí e vizinhanças, com a implantação da Companhia Siderúrgica do Atlântico — CSA. Itaguaí abriga o Porto de Sepetiba, além de possuir inúmeras indústrias e de assumir o papel de um centro comercial.2
1.2 - Divisão geopolítica
1.2.1 - Divisão geopolítica do Estado do Rio de Janeiro
Atualmente, o estado do Rio de Janeiro é subdividido em noventa e dois municípios, dezoito microrregiões dentro das oito regiões de governo (FIGURA 1). As oito regiões administrativas de governo do Rio de Janeiro são: região metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), a região noroeste, a região norte, a região das baixadas litorâneas, a região serrana, a região centro-sul, a região do médio paraíba e a região da costa verde.
 
O governo fluminense inclui a dimensão regional nos seus instrumentos de planejamento desde 1975 e, de um modo geral, os diferentes planos de governo buscam o desenvolvimento espacial integrado3.
 
FIGURA 1: Mapa Regiões Administrativas do Rio de Janeiros e microrregiões.
(Fonte: http://www.der.rj.gov.br/mapas_n/cide.html) Acessado dia 29/03/2014.
A região metropolitana do Rio de Janeiro é composta por outros 17 municípios - Duque de Caxias, Itaguaí, Mangaratiba, Nilópolis, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Paracambi, Petrópolis, São João de Meriti, Japeri, Queimados, Belford Roxo, Guapimirim - que constituem o chamado Grande Rio, com uma área de 5.384km.4
1.2.2 - Divisão geopolítica do município do Rio de Janeiro
A área do município do Rio de Janeiro é de 1.255,3 Km², incluindo as ilhas e as águas continentais. Mede de leste a oeste 70km e de norte a sul 44km. O município está dividido em 32 regiões administrativas com 159 bairros (ANEXO 1).3
Em 2010, a população do Rio de Janeiro é de 6 323 037 habitantes na cidade e a densidade populacional foi estimada em 5 265,81 habitantes por km², com proporções no tipo físico da população de brancos, 53,6%; pardos, 33,6%; pretos, 12,3%; e amarelos ou indígenas, 0,5%.5 As taxas de incremento médio anual da população foram de 0,8% (2000-2006) e 0,75% (1991-2000) na cidade.
 
O índice de desenvolvimento humano municipal (IDH-M) do Rio de Janeiro (ano 2000), considerado "elevado" pelo programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), é de 0,842. Considerando apenas a educação o índice é de 0,933 (muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849; o índice da longevidade é de 0,754 (o brasileiro é 0,638);e o de renda é de 0,840 (o do país é 0,723).6
Já em relação a saúde, o município está dividido em dez áreas de planejamento de saúde (AP´s), em função das trinta e quatro regiões administrativas do município do Rio de Janeiro (ANEXO 2).
2 - Levantamento de dados
2.1 - Dados demográficos
2.1.1 - Caracterização quantitativa e regional
Segue gráfico demonstrativo do crescimento do município do Rio de Janeiro desde 1940 (GRÁFICO 1): 
GRÁFICO 1 - Crescimento da população carioca entre os anos 1940 e 2010 (Fonte: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/. Retirado de “População em números absolutos e percentuais por ano, segundo grupos de idade - Município do Rio de Janeiro - 1940/2010 (Tabela Nº 493)”). Acesso dia 31/03/2014.
Como pode ser observado, o número de habitantes na cidade do Rio de Janeiro cresceu de 1.752.852 em 1940 para 6.320.446 em 2010, um crescimento de, aproximadamente, 361%, o que acompanha a tendência de crescimento de outras cidades brasileiras, resultado do melhoramento da tecnologia, do conhecimento técnico científico e do surgimento de programas de saúde mais abrangentes7,8.
	
Quanto à distribuição da população entre as regiões administrativas, segue tabela discriminando a quantidade de seus habitantes entre 1991 e 2010 (TABELA 1):
TABELA 1 - Distribuição da população carioca nos anos de 1991, 2000 e 2010 de acordo com as áreas de planejamento (Fonte: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/. Retirado de “População residente, segundo as Áreas de Planejamento e Regiões Administrativas - 1991/2000/2010 (Tabela Nº 484)”). Acesso dia 31/03/2014.
Em números relativos, a variação populacional das diferentes áreas de planejamento (AP) entre os anos de 2010 e 1991 foi de, aproximadamente, 97%, 98%, 103%, 173% e 132% respectivamente para cada área. O valor que mais chama a atenção é justamente aquele referente à AP 4, uma vez que o crescimento populacional nessa área quase que representou uma duplicação da população que lá existia em 1991, a qual compreende a região da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá. Inúmeras são as justificativas para esse crescimento, contudo, dentre elas, destaca-se (1) a grande quantidade de investimentos e obras em infraestrutura que a região vem recebendo para sediar eventos como as olimpíadas em 2016, (2) a existênca prévia de uma área pouco populada e explorada e (3) o grande número de habitantes nas outras regiões da cidade, já com grande concentração populacional (como, por exemplo, o Leblon e Ipanema).9
Para melhor conhecimento da dinâmica demográfica das regiões mais populosas do Rio de Janeiro e seu grau de variação populacional, segue gráfico (GRÁFICO 2)
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
GRÁFICO 2 - Distribuição da população carioca de acordo com as 5 regiões mais populosas em 2010 nos anos de 1991, 2000 e 2010. (Fonte: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/. Retirado de “População residente, segundo as Áreas de Planejamento e Regiões Administrativas - 1991/2000/2010 (Tabela Nº 484)”). Acesso dia 31/03/2014.
	De imediato, chama a atenção o fato dos bairros de Jacarepaguá e Campo Grande e Bangu, bairros da zona oeste do município, terem apresentado um crescimento extremamente significativo desde 1991. Em números relativos, o crescimento desses os bairros foi de, respectivamente, 46,8%, 42,3% e 15,3% entre 1991 e 2010. Esse crescimento pode ser explicado pelo processo de grande valorização e migração que a zona oeste vem recebendo como um todo desde 1991. 
	É interessante reparar que, em contrapartida ao crescimento da zona oeste, bairros da zona norte que em 1991 possuíam local de destaque no quesito população como o Méier e Madureira apresentaram diminuição de sua população até 2010, o que pode ser um indicativo de certa tendência migratória desses bairros (possivelmente para a zona oeste).
	Outros bairros que apresentaram involução populacional significativa entre 1991 e 2010 foram a Tijuca, Lagoa, Copacabana, Botafogo, Vila Isabel e Irajá. Somados, esses bairros soferam diminuição de sua população entre 1991 e 2010 equivalente a 58.826 indivíduos. Esse dado corrobora para a ideia de que houve intensa migração para a zona oeste9.
2.1.2 - Distribuição etária e sexual
Em relação à faixa etária carioca. Pode-se dizer que dos 6.320.446 cidadãos do muncípio, 1.225.953 possuem menos que 15 anos, 4.150.178 estão na faixa entre 15 e 59 anos e 940.298 são maiores de 60 anos. Em números relativos, esses dados equivalem a 19,41% de sua população com menos de 15 anos, 65,7% entre 15 e 59 anos e 14,89%.
	Levando em conta o sexo como quesito de análise, é conhecido que, em 2010, existiam 2.959.817 homens no Rio de Janeiro para 3.360.629 mulheres. Em números relativos, esses valores equivalem a 46,83% e 53,17% da população respectivamente. Desse dado, também é interessante comentar que no grupo de idade entre 0 e 19 anos, o número de indivíduos do sexo masculino é maior do que o do sexo feminino, contudo, a partir da idade de 20 anos, a população feminina torna-se predominante em comparação à masculina. Para exemplificar o que foi dito, segue uma tabela discriminando as informações dadas (TABELA 2):
TABELA 2 - Habitantes do Rio de Janeiro discriminados por grupos de faixa etária e pelo sexo no ano de 2010
 (Fonte: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/. Retirado de: “Distribuição das proporções das faixas etárias da população em relação a cada um dos sexos e a participação dos homens e mulheres no total da população - Município do Rio de Janeiro - 1991/2000/2010(Tabela Nº 840)”). Acesso dia 31/03/2014.
2.1.3 - Distribuição racial
Em relação à distribuição das raças pelo município, O Rio de Janeiro apresenta grande diversidade, apresentando valores significativos para a quantidade de pessoas com todas as raças. Contudo, mais da metade da população é considerada branca.
Do total de 6.320.446 habitantes, 3.239.888 são brancos, 708.148 são negros, 45.913 são amarelos, 2.318.675 são pardos e 5.981 são indígenas, sendo que 1.842 pessoas foram ignoradas quanto à raça na pesquisa10.
2.1.4 - Taxas de natalidade e mortalidade
Em 2010, a taxa de natalidade do município foi de 82.223 nascidos vivos555 enquanto que a taxa de mortalidade foi de 52.524. As faixas etárias de maiores de 80 anos e entre 70 e 79 anos foram de, respectivamente, 16.447 e 11.606 habitantes, sendo estes os grupos mais contributivos para essa taxa11. 
Contudo, uma outra informação também chama a atenção no aspecto da mortalidade. É conhecido que houve 1.081 mortes de menores de 1 ano. O que, se comparado ao valor de 82.223 nascidos vivos no estado nesse ano, equivale a uma taxa de mortalidade infantil de, aproximadamente, 13 mortes para cada 1.000 nativivos, o que, apesar de ser um valor relativamente elevado, é 40% menor que o valor obtido em 2010, que foi de 21,8%, representando um progresso nesse quesito.
2.2 - Dados epidemiológicos
A partir dos dados fornecidos durante o ano de 2010 pelo SIH/SUS, podemos observar que no município do Rio de Janeiro, houveram 231.508 internações hospitalares, que dentre as quais, houveram 15.852 óbitos. Com este estudo, podemos observar que a maior causa de internações é referente ao CID XV (Gravidez, Parto e Puerpério), onde 49.480 dos internados são apenas por parto, sem alguma complicação. Já em óbitos, relacionados ao CID XV encontramos apenas 9 ocorrências, por complicação não definida; E as segunda e terceira maiores causas são CID II (Neoplasias) e CID XI (Doenças do Trato Digestivo), com sendo 27.236 e 23.148 internações, respectivamente.
Já relacionadas a causar óbitos, encontramos na ordem de maior para menor numero de óbitos, os três fatores principais são referentes aos CID II, IX e X, respectivamente (TABELA 3).
TABELA 3 - Causas de óbitos e internações distribuidos pelos CIDs. Acesso dia 31/03/2014.
No CID II (Neoplasias), a maior causa de óbitos é causada por neoplasias malígnas mamárias; CID IX (Doenças do aparelho circulatório)a maior causa de óbitos são por AVC isquêmico ou hemorrágico e infarto agudo do miocardio; E CID X (Doenças do aparelho respiratório), sendo que as duas complicações mais importantes são por pneumonia, e doenças pulmonares obstrutivas crônicas.
Seguem discriminados abaixo os CIDs em casos de internações e casos de óbitos por ordem de maior ocorrência (TABELA 4).
TABELA 4 - Listagem de internações e óbitos de acordo com os motivos de forma decrescente.
 Fonte: http://www2.datasus.gov.br/. Acesso dia 31/03/2014.
 
2.3 - Dados sociais
Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano do município do Rio de Janeiro foi estimado em 0,80, sendo o IDH Longevidade de 0,85; IDH Educação de 0,72 e IDH Renda de 0,84 (FIGURA 2).
FiGURA 2 - Estimativas do IDH do município no Rio de Janeiro nos anos de 1991 e 2010. Acesso dia 31/03/2014.
Atualmente, a média de moradores por domicílios na cidade corresponde a 2,9, enquanto que em 1980 esse número contemplava mais um habitante (3,9). A tipologia da família é predominantemente de casal com filhos (51,0%), seguido por casal sem filhos (24,7%) e tendo relevância considerável na questão da mulher e homem responsáveis pela família, ainda que sem cônjuge.
GRÁFICO 3 - Tipologia da Família do município do Rio de Janeiro em 2010. Fonte: A nova família: reflexões sobre a tipologia da família para as políticas públicas, 2010. Acesso dia 31/03/2014.
A maioria da população é solteira, representando quase 1,6 milhão de pessoas. Casados, apesar de ser bem menor que o primeiro grupo em números absolutos, contém grande participação na demografia carioca, comparando-se a viúvos, divorciados e desquisitados ou separados judicialmente.
Foi constatado também que apenas 0,5% da população declarou conviver com um parceiro(a) do mesmo sexo. Mesmo com uma ainda baixa representatividade, as pessoas que declararam viver com um cônjuge do mesmo sexo convivem com uma distribuição % de renda bem superior àquela verificada para o restante da população e possuem destaque nos graus de instrução mais elevados, como o médio completo e o superior completo (GRÁFICO 4).
GRÁFICO 4 - Pessoas de 10 ou mais que viviam em união conjugal por condição no domicílio segundo classes de rendimento nominal domiciliar em salários mínimos - MRJ - 2010. Fonte: A nova família: reflexões sobre a tipologia da família para as políticas públicas, 2010. Acesso dia 31/03/2014.
Quando vista a natureza da união conjugal de toda a população do Rio de Janeiro, aproximadamente 40% dos casais vivem uma união consensual. Somente 1% se casa exclusivamente no religioso12.
A taxa de analfabetismo para quem tem 18 anos ou mais diminuiu 3,36% nas últimas duas décadas, porém, o valor para quem tem 25 ou mais ainda é o maior entre as demais faixas etárias (3,31%).
No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 13,31% e no de período 1991 e 2000, 41,77%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 26,12% entre 2000 e 2010 e 26,12% entre 1991 e 2000. 
A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 12,72% no período de 2000 a 2010 e 38,41% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo cresceu 27,85% entre 2000 e 2010 e 26,71% entre 1991 e 2000.
Em 2010, 72,19% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino fundamental e 53,99% o ensino médio. Em Rio de Janeiro, 64,65% e 45,55% respectivamente.
A renda per capita média de Rio de Janeiro caiu 68,27% nas últimas duas décadas, passando de R$887,06 em 1991 para R$1.187,08 em 2000 e R$1.492,63 em 2010 e a extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00) reduziu-se de 3,96% em 1991 para 1,25% em 2010.
	
Observa-se também que o Índice de Gini ( instrumento usado para medir o grau de concentração de renda, onde 0 representa total igualdade e 1, total desigualdade) aumentou, passando de 0,60 em 1991 para 0,62 em 2010.
A população economicamente ativa em 2010 foi de 64,47% (3.102.613 pessoas) e a taxa de desocupação foi de 7,25% (348.906 pessoas), sendo este último valor abaixo da metade de 1991, quando era de 15,06%. A maioria dos ocupados com mais de 18 anos ou mais possuía o ensino fundamental completo (77,87%), trabalhavam no setor de serviços (61,93%) e ganhavam até 2 salários mínimos (54,26%).
A esperança de vida ao nascer aumentou 7,8 anos nas últimas duas décadas, passando de 67,9 anos em 1991 para 70,3 anos em 2000, e para 75,7 anos em 2010. Há predominância da faixa de 25 a 29 anos, ainda que pequena, em comparação com todo o restante da população, nos anos comparados de 1991 e 2010.
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013.
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência do Rio de Janeiro passou de 46,48% para 42,61% e a taxa de envelhecimento evoluiu de 9,11% para 10,46%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 48,34% para 46,48%, enquanto a taxa de envelhecimento evoluiu de 7,36% para 9,11%.
2.4 - Dados econômicos
2.4.1 - Produto Interno Bruto (PIB)
O Produto Interno Bruto (PIB) e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado.O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroecônomia, e tem o objetivo principal de mensurar a atividade econômica de uma região. Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo intermediários.
Sabe-se que no Rio de Janeiro o PIB em 2002 era de 91.063.238 bilhões de reais e em 2011 passou para o valor de 209.366.429 bilhões de reais sendo assim obteve-se um crescimento de 43%.Segue o gráfico abaixo mostrando a evolução do PIB dos anos de 2002 a 2011 (GRÁFICO 3)
O crescimento do Produto Interno Bruno do município do Rio de Janeiro entre 2002 e 2011. Fonte:http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br (TabelaNº1517). Acesso 01/04/2014.
	
Podemos salientar a evolução do PIB subdividindo em setores tais como :Agropecuária, Serviços e Indústria.
No Setor Agropecuario o PIB em 2009 era 53.001 Bilhões de Reais passando em 2011 para 60.598 bilhões de reais tendo um crescimento de 8.74%.
No setor de Serviços o PIB em 2009 era de 112.643.889 Bilhões de Reais passando em 2011 para 140.138.244 bilhões de reais tendo um crescimento de 8%.
No setor Industrial o PIB em 2009 era de 22.334.169 Bilhões de Reais passando em 2011 para 23.570.064 tendo um crescimento de 9,47%.
2.4.2 - Renda Per Capita
È um indicador que ajuda a saber o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região (é a soma dos salários de toda a população dividido pelo número de habitantes) e consiste na divisão da renda nacional, Produto Nacional Bruto (PNB) menos os gastos de depreciação do capital e os impostos indiretos pela sua população. Por vezes o Produto Interno Bruto (PIB) é usado.
Em 2010 o Rio de Janeiro foi classificado com uma renda per capita média de 993,21 reais.
Podemos destacar que os bairros que possuem a maior renda per capita do Rio de Janeiro são:Botafogo com a renda per capita de 1140,43 reais,Copacabana com a renda per capita de 1255,43 reais e Lagoa com a renda per capita de 1645,04 reais.
E os bairros que possuem menor renda per capita são:Complexo do Alemão com uma renda per capita de 144,01 reais,Maré com uma renda per capita de 156,26 reais e Jacarezinho com uma renda per capita de 157,13 reais.
2.4.3 - Inflação
Quando falamos sobre a inflação no Brasil, referimo-nos maioritariamente à inflação baseada no índice de preços ao consumidor, ou seja IPC. O IPC brasileiro reflete a evolução dos preços de um pacote de produtos e serviços padrão que as famílias no Brasil adquirem para consumo. Para determinar a inflação compara-se percentualmente o nível do IPC de um determinado período em relação ao nível do período anterior. 
Sendo que o índice de inflaçãono Brasil em fevereiro de 2014 ficou em 5,68%,um índice menor se comparado a fevereiro de 2013 onde índice ficou em 6,31% e maior se comparado a fevereiro de 2012 onde o índice ficou em 5,84%.
Já no município do Rio de Janeiro o índice de inflação baseado no IPC em 2010 ficou em 5,11%.
3 - Levantamento dos principais problemas de saúde	Comment by thiago loro: LUIZ E LEE	Comment by Anonymous: QUERO VER MOSTRAR SERVIÇO	Comment by Anonymous: meninos, os dados que voces colheram sobre dengue estao diferentes dos nossos. fizemos uma lista dos 5 lugares mais afetados pela dengue, olhem na nossa parte pra gente entrar num consenso de informações ( layra e gabi )
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define: saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças, sendo, portanto, um conceito extremamente abrangente.
Assim sendo, pode-se elencar como alguns dos principais problemas de saúde no município do Rio de Janeirox:
3.1. Saúde da população
	
Exemplos de doenças relevantes que acometem a população e seus aspectos epidemiológicos:
3.1.1 AIDS
	Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 1982 e 2008, a maior taxa de prevalência de casos de AIDS identificados no município do Rio de Janeiro encontrou-se na faixa etária compreendida entre 40-49 anos e com predomínio para o sexo masculino. No tocante à Categorização Expositiva Hierárquica (homossexual, bissexual, heterossexual, usuário de drogas injetáveis, hemofílico, transfusão, transmissão vertical), os heterossexuais são os mais prevalentes para a referida doença. Já em relação à escolaridade, há maior prevalência entre os que possuem de 8 a 12 anos de escolarização. Refere-se, ainda, no que diz respeito à cor/raça, os indivíduos brancos como mais prevalentes para os casos de AIDS identificados no período e município supracitados. 
3.1.2 Dengue
	Fontes da Secretaria Municipal de Saúde apontam que, entre 1996-2006, a Área de Planejamento 3 obteve maior notificação de casos de dengue, com 71.849 relatos. Destes, 10.840 notificações foram para a Região Administrativa XIII, com predomínio do bairro Méier (1.583 casos). Destaca-se, ainda, o ano de 2002 com 149.958 casos de um total de 221.582 notificações no período de estudo, demonstrando a importância epidemiológica para o referido ano. Da mesma forma, a maior notificação de óbitos fora relatada para a Região Administrativa 3 (36 casos); Região Administrativa XIII (8 casos). 
	Dados de GIE-GVE/COE/SSC/SMS-RJ apontam, no que tange aos casos de dengue por faixa etária, entre 1996-2002, o intervalo etário compreendido entre 15 a 49 anos como o mais prevalente para a doença em questão.
3.1.3 Outras doenças
Câncer/Cirrose/Diabetes/Hipertensão
 
 
 Fonte: Suplemento Especial de Saúde. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, 2003.
3.2 - Infraestrutura
Um dos principais requisitos para a saúde de uma população é a presença de uma rede de infraestrutura que proporcione condições para o bem estar e redução do risco para instalação de fatores que possam desencadear o processo de doença. Entre os requisitos de infraestrutura, podemos citar: 
3.2.1. Acesso à agua de abastecimento
Água tratada e encanada é uma das condições necessárias para a manutenção da qualidade de vida de uma população.Em relação ao volume de distribuição e produção pela rede de abastecimento, notamos que o volume de água produzido no ano de 2011 foi de 1027087 (1000m3/ano). Já sobre os domicílios particulares permanentes totalizando todas as 5 áreas de planejamento por a forma de abastecimento, temos um total de 2.144.445 residências , sendo que 2. 111.531 têm como forma de abastecimento a rede geral de distribuição, enquanto que 12.258 fazem uso de poço ou nascente na propriedades e 20.650 utilizam outras formas que não as citadas. O município do Rio de Janeiro possui um índice total de abastecimento de água em torno de 90.66%, com índice de fluoretação de 99,46% .A extensão da rede distribuidora é de 9.282 km.
3.2.2 Esgoto e drenagem
A falta de tratamento de esgoto e condições adequadas de saneamento podem contribuir para a proliferação de inúmeras doenças,além da degradação do corpo da água.A disposição adequada dos esgotos é essencial para a proteção da saúde pública. A população do município do Rio de Janeiro conta com 6.355.949 habitantes dos quais 4.948.381 são atendidos. A porcentagem de esgoto tratado chega a 84% com uma extensão de rede de 4474 km. Temos 25 unidades de tratamento que tratam 909.531 m³ de esgoto. 
3.2.3 Energia Elétrica
Através do acesso à energia elétrica, a população poderá usufruir de melhores condições de saúde, educação, trabalho, lazer, informação, segurança, melhorando consideravelmente sua condição de vida. Dos 2.144.445 domicílios particulares permanentes das áreas de planejamento, 2.143.672 possuem energia elétrica, enquanto 773 não a possuem. Um total de 17.108.234 MW/h são consumidos mensalmente, sendo 5.716.652 oriundos de uso residencial, 2.422.348 de uso industrial e 6.240.798 provem de uso comercial.
3.2.4 Habitação
Evidências científicas apontam que a saúde está diretamente ligada ao modo de viver das pessoas e sua relação com o meio ambiente, e não somente a determinismos biológicos e genéticos. Neste cenário, a habitação traduz-se como um dos primeiros e mais vulneráveis espaços de promoção da saúde. Do espaço amostral de domicílios, temos a coleta de lixo chegando a 2.129.380 residências, 2.117.207 com banheiros exclusivos e 27.238 sem banheiros.
Dos banheiros exclusivos que fazem esgotamento na rede de esgoto e pluvial temos o número de 1.928.949. enquanto que 84.588 fazem esgotamento em fossa séptica, 22495 em fossa rudimentar, 29691 em rio, lagos ou mar e 5282 em outros tipos não especificados.
A áreas ocupadas por favelas nas áreas de planejamento correspondem a 46.420.263 m2.Temos 1.092.476 de pessoas residentes em favelas segundo o censo de 2000.
3.3 Rede de Saúde
De acordo com o Ministério da Saúde,as Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.Para assegurar resolutividade na rede de atenção, alguns fundamentos precisam ser considerados: economia de escala, qualidade, suficiência, acesso e disponibilidade de recursos.Segundo dados estatísticos de 2007, o município do Rio de Janeiro conta com 25.224 leitos, sendo 15.296 pertencentes ao Sistema Único de Saúde. Além disso o SUS possui 2.828 equipamentos em uso para uma população estimada em 6.178.762 habitantes.
Em relação a caracterização dos estabelecimentos segundo esferas administrativas, observamos 30 estabelecimentos em esfera federal, 65 em esfera estadual, 158 em esfera municipal e 1254 em esfera particular.
3.4 Desenvolvimento social
O índice de desenvolvimento humano municipal do Rio de Janeiro é de 0.71. Este índice leva em conta três critérios: índice de educação, longevidade e renda mensal. Logo, ele abrange diversas questões que vai influenciá-lo, como mortalidade, natalidade, anos de estudo, acesso a informação dentre outros.
O número de óbitos de crianças com menos de 1 ano no município do Rio de janeiro foi de 1.091 mortes ( dados de 2012).a causa mortis mais comum foram as afecções geradas no período perinatal.A taxa de mortalidade infantil do Rio de janeiro esta em 13,2. Também segundo dados da prefeitura , no ano de 2012 tivemos 83.972 nascimentos.
4 - Dengue: um problema prioritário
4.1 Introdução
Diante do que foi discutido em grupo,nós entendemos que saúde não é a ausência de uma patologia, vimos que as condições sociais em que a vida das pessoas transcorre, influenciam no resultado final no conceito de doença em suas vidas e no meio do qual elas vivem. Junto a isso teremos os determinantes sociais para a região, tendo sempre um impacto direto sobre a mesma,também influenciando na questão daquele conceito como na incidência de determinadas doenças. Dentre esses determinantes, vemos a cultura, a economia e a politica como grandes pilares de influencias na saúde de um território. Contudo, ainda achamos que o estilo de vida daquele indivíduo é o mais determinante fator de todos, pois isso está diretamente relacionado com a maneira pela qual ela irá reconhecer uma doença, onde irá tratá-la, a quem ira solicitar ajuda, entre outras atitudes que ele terá que tomar. 
Nos deparando com o perfil epidemiológico do município do Rio de Janeiro e analisando as determinantes sociais que nos explicaram a estruturação do espaço urbano e as condições culturais e economicas principalmente, o grupo decidiu abordar a dengue como um problema prioritário.
4.2 Conhecendo a doença
Nos dias de hoje a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde em evidência, já tendo sido considerada epidemia. Ela é uma doença febril aguda causada por um vírus e seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. 
Existem quatro tipos do vírus da dengue: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. Eles causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, a pessoa só pode ter dengue quatro vezes.
Os chamados "sinais de alerta" da doença são: dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes escurecidas e sangramento. ¹²
4.3 A dengue no município do Rio de Janeiro
A cidade do Rio de Janeiro concentra 63,4% dos casos da doença notificados em todo Estado. Por dia, pelo menos 170 pessoas ficam doentes na cidade. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram registradas 18.779 notificações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti desde o início de 2012. Desse total, 11.913 casos ocorreram na capital. 
Na avaliação do Ministério da Saúde, o município do Rio tem média de 130 infectados para cada 100 mil habitantes, enquanto no Estado essa taxa cai para quase a metade.
De acordo com os relatórios da própria Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), durante os dias 1º de janeiro e 23 de março deste ano, foram registrados 69.343 casos suspeitos de dengue, com três óbitos.
Conforme censo feito em 2006, as cinco áreas de planejamento mais afetadas na cidade do Rio de Janeiro são : 
- Área XVI, Jacarepaguá, com 5001 casos
- Área XVII, Barra da Tijuca, com 1488 casos
- Área XXV, Pavuna, com 675 casos
- Área VI, Botafogo, com 660 casos
- Área XIX, Santa Cruz, com 641 casos. ¹³
4.4 Combatendo a doença
O controle da transmissão da dengue está hoje mais difícil do que nunca, mas certos princípios continuam fundamentais para que se possa obter controle: vontade política (apoio financeiro, recursos humanos), melhora da infra-estrutura de saúde pública e programas de controle do vetor, coordenação intersetorial (parcerias entre patrocinadores, setor público, sociedade civil, ONGs, e os setores privados e comerciais), participação ativa da comunidade e reforço da legislação da saúde. Os ministérios da saúde devem controlar diretamente e estabelecer vigilância epidemiológica e entomológica, além de campanhas para a comunidade. É fundamental que a comunidade reconheça a sua responsabilidade no controle da dengue. 
Contudo, a realidade não é perfeita. É sabido pelo governo o necessário para conter a doença, mas a negligência do mesmo ocorre em muitas situações. Por muitas e muitas vezes, eles deixaram de realizar a fiscalização dos focos de dengue nos espaços públicos e privados, faltaram novas campanhas de informação para a opinião pública e, também, foram negligentes com os protocolos médicos dos óbitos no período pós-verão. Assim, a problemática é piorada e é difícil conter esse quadro endêmico.
Vale também ressaltar o ponto que a comunidade científica têm insistido. Eles têm transferido a responsabilidade pela permanência e dispersão dos casos da dengue no país à urbanização e à produção massiva de lixo ou à negligência individual com o destino da água e manejo de vasos de plantas. 
Assim, a doença também pode estar relacionada com a crescente urbanização e crescimento da cidade do Rio de Janeiro assim como sua consequente produção de lixo urbano e doméstico sem seus corretos destinos. Isso mostra que também deveriam ter mais políticas públicas de controle e concientização para evitar que a propagação da doença seja favorecida por esses fatores.
O recomendado para os afetados é a reidratação do paciente, visto que a dengue o faz perder muito líquido e transfusão de sangue nos casos mais graves. Não existe um medicamento específico para a doença e os sintomas são medicados para alívio das dores.
Uma vacina contra os quatro tipos da dengue, desenvolvida a partir de uma cepa do vírus vivo, geneticamente modificado, está sendo testada em humanos. Até o momento os voluntários não apresentaram reações adversas.¹³.¹
5 - Proposta de Intervenção Educativa na Prevenção da Dengue
O objetivo da proposta de intervenção do presente trabalho é de avaliar uma abordagem educativa para a prevenção da dengue no município do Rio de Janeiro. A abordagem seria baseada em um curso de 20 horas para professores de ensino fundamental, seu subsequente trabalho com os alunos, e destes para seus familiares. No curso seriam fornecidos: instrumentos didáticos, para a identificação de mosquitos e armadilhas para vigilância; além de três agentes biológicos para demonstrações e uso, como agentes de controle de mosquitos capturados nas armadilhas. Em seguida, avaliaria-se a redução ou eliminação de sítios de criação dos vetores da dengue para os ambientes escolares e para uma amostra das residências dos estudantes, até um ano depois do curso. Espera-se, então, observar um aumento do conhecimento e o aprofundamento de práticas de promoção e prevenção à doença em questão.
5.0 - Anexos
ANEXO 1 – Município do Rio de Janeiro, suas regiões e sub-regiões administrativas e bairros. (fonte- http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/3201_limite%20de%20ap_ra_bairro_2012.JPG) Acesso dia 29/03/2014.
 ANEXO 2 - Município do Rio de Janeiro, suas áreas de planejamento de saúde e divisões administrativas. (fonte: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/1370_%C3%A1reas%20de%20planejamento%20de%20sa%C3%BAde.JPG) Acesso dia 29/03/2014.
6.0 - Referências Bibliográficas
1 - Rio de Janeiro (RJ). Prefeitura. 2014. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br. Acessado dia 29/03/2014
2- Fundação CEPERJ, Disponível em: (http://www.ceperj.rj.gov.br/ceep/info_territorios/divis_regional.html). Acessado dia 29/03/2014
3 - Portal do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em( http://download.rj.gov.br/Documentos/10112/378073/DLFE23925.pdf/municipios_dados_II.pdf) Acesso dia 29/03/2014.
4- Prefeitura do Rio de Janeiro. Disponível em (http://www.rio.rj.gov.br/web/riotur/exibeconteudo?id=106717). Acesso dia 29/03/2014
5 - Síntese de Indicadores Sociais 2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Acesso dia 29/03/2014
6 - Índice de Desenvolvimento Humano - Municipal, de 2010. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010).
7 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas - IBGE. Censos 1991, 2000 e 2010- Amostra.
8 - O crescimento da população brasieira. Retirado de: http://www.frigoletto.com.br/geopop/ocrescim.htm. Acessado dia 31/03/2014.
 
8 - Forte crescimento na zona oeste do Rio de Janeiro. Retirado de: http://www.agenteimovel.com.br/noticias/2011/07/12/forte-crescimento-na-zona-oeste-do-rio-de-janeiro/. Acessado dia 31/03/2014.
10 - População por cor/raça e sexo, segundo faixa etária - 2000/2010(Tabela Nº 848). Retirado de: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/. Acesso dia 31/03/2014.
11 - Número de nascidos vivos,segundo Área de Planejamento(AP) de Ocorrência e Residência - 2002 (Tabela Nº 1021). Retirado de: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/. Acesso dia 31/03/2014.
12 - A nova família: reflexões sobre a tipologia da família para as políticas públicas. Em:: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/3313_nt_22_novafamilia.PDF. Acesso dia 31/03/2014.
X - Estatísticas municipais de saúde. Retirado de: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/. Acessado dia 25/03/2014.
12- http://www.combateadengue.com.br/tipos-da-dengue/
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=330455&idtema=117&search=rio-de-janeiro|rio-de-janeiro|ensino-matriculas-docentes-e-rede-escolar-2012
13- http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/. Acesso dia 29/03/2014.
13-1- http://portalgeo.rio.rj.gov.br/bairroscariocas/index_cidade.htm
2.4.1-http://www.significados.com.br/pib/.Acesso dia 01/04/2014
http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/ Acesso dia 01/04/2014
PRIMEIRA - ,Produto Interno Bruto das capitais, segundo os setores econômicos - 2002-2011(Tabela Nº 1517)
SEGUNDA - Participação percentual do Produto Interno Bruto das capitais e de seus setores econômicos, no Produto Interno Bruto de suas respectivas Unidades da Federação - 2002-2011(Tabela Nº 2641)
2.4.2-http://pt.wikipedia.org/wiki/Renda_per_capita Acesso dia 02/04/2014
Indicadores de renda per capita proveniente de transferências governamentais e de rendimentos de trabalho e pessoas com mais de 50% da renda proveniente de transferências governamentais, por bairros ou grupo de bairros - 2000 (inclui definições) (Tabela Nº 1174)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_unidades_federativas_do_Brasil_por_renda_per_capita Acesso no dia 02/04/2014
2.4.3- http://pt.global-rates.com/estatisticas-economicas/inflacao/indice-de-precos-ao-consumidor/ipc/brasil.aspx Acesso no dia 02/04/2014
Indicadores Econômicos - Variação anual (em %) - Município do Rio de Janeiro - 1992-2010(Tabela Nº 2230)
A nova família: reflexões sobre a tipologia da família para as políticas públicas. Em:: http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br/arquivos/3313_nt_22_novafamilia.PDF . Acesso dia 31/03/2014.
Perfil do Município do Rio de Janeiro, RJ | Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Disponível em: http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil/rio-de-janeiro_rj. Acessado dia 31/03/2014

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