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Resumo Psiquiatria

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Unidade I - CUIDADOS À PESSOA E FAMÍLIA NA SAÚDE MENTAL E PSIQUIÁTRICA
Inserção histórica da Psiquiatria no Brasil
 Para compreendermos a situação atual do atendimento ao portador de transtorno mental e a inserção da enfermagem nesse processo, diante das inúmeras transformações técnico- científicas e das políticas de atendimento ao portador de transtorno mental, resgatemos a história da psiquiatra no país.
 Apresentaremos, inicialmente, dados históricos a partir do século XVIII, e, em especial, do século XIX, quando surgiram os primeiros locais destinados à assistência ao doente mental.
 Iniciaremos fornecendo um painel da história da psiquiatria brasileira contemplando os períodos a seguir.
A psiquiatria no período colonial brasileiro
 Raros são os dados sobre os cuidados destinados aos doentes mentais durante o período colonial brasileiro. Até o século XVIII, os “loucos” que viviam nas ruas eram recolhidos às prisões ou confinados em aposentos-prisões construídos nos fundos de suas casas, sendo, posteriormente, enviados à Europa. As diferenças sociais e econômicas marcavam nitidamente as formas de lidar com a loucura.
A psiquiatria no período republicano brasileiro
 A Proclamação da República gerou um rompimento entre estado e clero, o que refletiu no hospício Pedro II, cujo controle, em 1890, passou da Santa Casa para o governo republicano, com o nome de hospício nacional de alienados, pelo decreto nº 147-A.
A psiquiatria no século XX
 Vários eventos marcaram a passagem do último século e, sendo tão significativos para a humanidade, foram acompanhados por diversos marcos na psiquiatria mundial, que refletiram naquela adotada no Brasil.
 A primeira metade do século XX foi fortemente marcada pelo surgimento de variadas formas de tratamentos, tais como: insulinoterapia, eletroconvulsioterapia, psicocirurgia, medicamentos psicotrópicos e fundação das comunidades terapêuticas para os doentes mentais como uma forma de dar conta da demanda que, com o passar do tempo, só aumentava e esse enorme aumento, em quase 30 anos, confirmou a institucionalização como única via de tratamento ao portador de transtorno mental.
A psiquiatria brasileira no início do século XXI
 Portaria GM/MS nº 106/2000: residências terapêuticas.
 Lei 10.216 de 06 de abril de 2001: dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
 3ª Conferência Nacional de Saúde Mental em 2001: “Cuidar sim, excluir não”.
 Portaria nº 366/2002: classifica os Centros de Atenção Psicossocial em CAPS I, CAPS II, CAPSIII, CAPSi (infantil) e CAPS-ad (álcool e drogas)
 Portaria SAS/MS nº 345/2002: esquizofrenia refratária. Não é possível exibir esta imagem no momento.
 PNASH/Psiquiátricos: Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares, instrumento de gestão para reestruturar a assistência hospitalar psiquiátrica.
 Lei 10.708 de 2003: auxílio-reabilitação psicossocial para pacientes com transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas.
 Portaria GM nº 1.612/2005: preconiza a criação de leitos em hospitais gerais, para atendimentos de crises.
 Lei 11.343/2006: supriu a pena de prisão para os usuários de drogas, garantindo o direito dessas pessoas.
Processo de ensino-aprendizagem na enfermagem psiquiátrica
 Prática assistencial ao portador de transtorno mental: constituiu-se como asilar em nosso país, sendo questionada pelo processo de ensino-aprendizagem. A disciplina de enfermagem psiquiátrica tornou-se obrigatória nos currículos das escolas de enfermagem a partir dos anos 1950.
A evolução do processo de ensino-aprendizagem na 	enfermagem em saúde mental e psiquiátrica para osníveis médio e superior
 O ensino da enfermagem psiquiátrica, como reprodutor de assistência asilar, ocorreu de forma não sistematizada, na primeira metade do século XX, em apenas determinadas escolas de enfermagem que incluíram tal disciplina no programa curricular.
 O trabalho na enfermagem psiquiátrica, em seus meios e instrumentos, apresentava uma escassez de equipamentos para o profissional, conquanto exigisse muito do conhecimento na formação e na atualização dos recursos humanos, bem como da organização e divisão do trabalho.
 Os movimentos históricos-sociais que influenciaram o atendimento ao portador de transtorno mental atingiram significativamente a prática da enfermagem, que foi se transformando ao longo de todo o período.
Interatividade
Assinale a alternativa correta. A lei que estabelece um novo modelo de assistência ao portador de transtorno mental é conhecida como:
a) 10.216 de 06/04/2001.
b) 10.216 de 07/04/2001.
c) 10.217 de 10/04/2002.
d) 10.218 de 06/04/2001.
e) 10.218 de 08/04/2001.
Aspectos éticos e legais na enfermagem em saúde mental e psiquiatria
 As(os) enfermeiras(os) deparam-se constantemente com o desafio de tomarem difíceis decisões relacionadas com o bem e o mal ou a vida e a morte. Com frequência, surgem situações complexas nos cuidados de indivíduos com doença mental, e as enfermeiras mantêm-se no nível mais alto de princípios legais e éticos na prática profissional.
 As(os) enfermeiras(os), em todas as suas relações profissionais, exercem a prática com compaixão e respeito pela dignidade, valor e individualidade inerentes de todo indivíduo, independentemente de situação social ou econômica, atributos pessoais ou de natureza dos problemas de saúde.
Breve apresentação do contexto internacional
 A Organização Mundial da Saúde (OMS, ou World Health Organization-WHO, em inglês), em conjunto com o Conselho Internacional de Enfermeiros, propôs, em 2007, um atlas denominado “Enfermeiros em saúde mental”.
 De acordo com esse atlas, reconhece-se que o cuidado em enfermagem em saúde mental é parte integrante e fundamental na assistência à saúde.
 Sendo o enfermeiro o líder da equipe de enfermagem e responsável principal por assegurar cuidados à saúde mental, deve ser habilitado para contribuir efetivamente nesses serviços.
 Entretanto, no levantamento incluído nesse atlas, constatou- se que em países de baixo ou médio desenvolvimento (em termos de produto interno bruto) não existe número adequado de profissionais e que em sua formação não eram incluídos os conhecimentos necessários e habilidades para a assistência em saúde mental e psiquiátrica.
 O achado mais consistente nesse trabalho foi a grave insuficiência de enfermeiros em saúde mental, nos países em desenvolvimento, de nível baixo ou médio, em termos de produto interno bruto.
 Nessa área, a tecnologia mais refinada refere-se àquela pertinente ao próprio profissional e que pode ser representada, dentre outras, pelas habilidades de compreensão, aceitação, respeito, comunicação e relacionamento interpessoal.
 O enfermeiro em saúde mental tem papel extremamente relevante não só na assistência efetiva às pessoas portadoras de transtornos mentais, como também na salvaguarda dos seus direitos aos tratamentos nas instituições e, até mesmo, no contexto social em que vivem.
Princípios básicos e direitos do doente mental
Há mais de uma década, a Organização Mundial da Saúde propugnou uma carta de princípios para fundamentar as ações de governos e parlamentares, além, de regulamentar a legislação sobre saúde mental e proteger os direitos de pessoas acometidas por transtornos mentais. Dentre esses princípios básicos e direitos, destacam-se:
 o respeito pelos valores individuais, sociais, culturais, étnicos, religiosos e filosóficos, e as necessidades individuais das pessoas afetadas com problemas mentais que devem ser efetivamente considerados;
 a assistência e o tratamento devem ser providos em ambientes com menor restrição pessoal possível. Para isso, a internação involuntária deve ser o recurso final e o último a ser utilizado, devendo ser claramente definidos: as condições e circunstâncias em que pode ocorrer, os procedimentos a serem usados, a obrigação de dar alta quando cessarem aquelas condições e circunstâncias e uma reavaliação,independentemente de decisões tomadas sobre a internação involuntária;
 a assistência e o tratamento devem promover a autodeterminação e a responsabilidade de cada indivíduo. Para tanto, as pessoas devem ter a oportunidade de escolher e tomar decisões sobre o tipo de assistência e tratamento que devem receber;
 a legislação deve, por fim, assegurar que o tratamento somente será imposto em casos muito limitados e em circunstâncias claramente definidas, e sempre como última alternativa. Se as pessoas estiverem inabilitadas a tomar decisão por si próprias, os passos subsequentes devem ser tomados para atender seus possíveis desejos e sentimentos.
 A provisão de cuidados e tratamentos será oferecida para que a pessoa possa atingir seu mais alto nível de saúde e bem- estar. Além disso, em termos de qualidade e continuidade da assistência, esse princípio engloba a questão do direito ao tratamento, o que pressupõe ambiente seguro, em que as únicas restrições sejam a proteção de tal saúde e segurança, ou a segurança de terceiros.
 Não deve haver restrições para o paciente contatar amigos e parentes, exceto em raras situações bem definidas, e deve-se garantir a salvaguarda contra abusos, exploração e negligências.
 Apesar de se reconhecer que o processo de tomada de decisão seja complexo e que nem sempre o paciente, mesmo de doença física, pode escolher e tomar uma decisão correta sobre o tipo de assistência e tratamento sem o aconselhamento profissional, é de se supor que a dificuldade para o portador de transtorno mental seja maior.
 Em qualquer situação, o profissional de saúde tem a obrigação de informar, de forma clara e compreensível, no nível de entendimento da pessoa, sem jamais decidir por ela ou por seu responsável legal.
 Por vezes, havendo litígio ou conflito de interesses (inclusive de familiares e/ou responsáveis legais), o Estado, por meio do Ministério Público, é chamado a se manifestar, suprimindo a vontade da pessoa que está, temporária ou definitivamente, incapaz de fazê-lo ou de tomar decisão por conta própria, manifestando sua anuência ou não aceitação da assistência proposta.
 Aos familiares e/ou responsáveis legais deve ser assegurado o direito de se manifestarem em circunstâncias em que o paciente esteja impossibilitado de decidir.
 Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades
 Ser tratado com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade.
 Ser protegido contra qualquer forma de abuso e exploração.
Interatividade
Assinale a alternativa correta. De acordo com as novas perspectivas em saúde mental preconizadas pela reforma psiquiátrica, é imprescindível no tratamento da pessoa com transtorno mental:
a) Melhorar a estrutura dos hospitais psiquiátricos.
b) Aumentar o número de leitos nos hospitais psiquiátricos.
c) Integração social, envolvendo família e sociedade.
d) Evitar a exposição do paciente na sociedade.
e) Priorizar o isolamento do grupo social.
Peplau e a teoria de enfermagem do relacionamento interpessoal
 Peplau afirmou: “A enfermagem é útil quando tanto o paciente como a enfermeira crescem em consequência do aprendizado que ocorre na situação de enfermagem”.
 Correlaciona os estágios do desenvolvimento da personalidade na infância a estágios através dos quais os clientes passam durante a evolução de uma doença.
 Também vê essas experiências pessoais como situações de aprendizado para as enfermeiras, para facilitar o movimento à frente no desenvolvimento da personalidade.
 Ela acha que quando há a satisfação das necessidades psicológicas associadas à relação enfermeira-cliente, a personalidade de ambos pode se fortalecer.
 O modelo de Peplau dá às enfermeiras uma base teórica para interagir com os clientes, muitos dos quais estão fixados a um nível anterior do desenvolvimento, ou regrediram a este devido à doença, ou, até mesmo, não tem conhecimento dos recursos disponíveis para agir em situação conflitante.
 As enfermeiras servem para facilitar o aprendizado do que não foi aprendido em estágios anteriores.
 Conceitos-chave: Enfermagem – é uma relação humana entre um indivíduo que está doente, ou necessitando de serviços de saúde, e uma enfermeira especialmente educada para reconhecer a necessidade de ajuda e responder a ela.
 Enfermagem psicodinâmica: implica ser capaz de compreender o próprio comportamento, ajudar outros a identificar as dificuldades percebidas e aplicar princípios de relações humanas nos problemas que surgem em todos os níveis de experiência.
 Papéis: são conjuntos de valores e comportamentos específicos para posições funcionais dentro de estruturas sociais.
Peplau identifica os seguintes papéis de enfermagem:
 Uma pessoa de recursos: que proporciona informações necessárias e específicas, que ajudam o cliente a entender seu problema e a nova situação.
 Uma conselheira: que ouve enquanto o cliente revê sentimentos relacionados às dificuldades que está tendo em algum aspecto da vida.
 Uma professora: que identifica necessidades de aprendizagem e fornece informações ao cliente ou a seus familiares que podem ajudar a melhorar a situação de vida.
 Uma líder: que direciona a interação enfermeira-cliente e assegura que ações apropriadas sejam tomadas a fim de facilitar a completude dos objetivos determinados.
 Uma especialista: técnica que entende diversos dispositivos profissionais e possui habilidades clínicas necessárias para realizar as intervenções que são do melhor interesse para o cliente.
 Uma substituta: que funciona como figura representante de outra pessoa.
 As fases de relação enfermeira-cliente são estágios de papéis ou funções relacionados aos problemas de saúde que se superpõem, durante os quais a enfermeira e o cliente aprendem a trabalhar em cooperação para resolver as dificuldades.
Fases do relacionamento de Peplau
 Orientação: é a fase durante a qual o cliente, a enfermeira e a família trabalham juntos, para reconhecer, esclarecer e definir o problema existente.
 Identificação: é a fase depois da qual a impressão inicial do cliente foi esclarecida e na qual ele começa a responder seletivamente às pessoas que parecem oferecer a ajuda que é necessária.
 Exploração: é a fase durante a qual o cliente passa a tirar proveito integral dos serviços que lhe são oferecidos. Tendo aprendido que serviços estão disponíveis, sentindo-se à vontade no contexto e servindo como um participante ativo em seu próprio cuidado de saúde, o cliente explora todas as possibilidades da situação em processo de mudança.
 Resolução: é o que ocorre quando o cliente é liberado da identificação com as pessoas que o ajudam e reúne forças para assumir a independência. A resolução é a consequência direta da conclusão bem-sucedida das outras três fases.
Estágios do desenvolvimento na teoria de Peplau
 Idade: lactância.
 Estágio: aprender a contar com os outros.
 Principais tarefas do desenvolvimento: aprender a comunicar de diversos modos com o cuidador primário a fim de ter as necessidades de conforto satisfeitas.
 Idade: pré-escolaridade inicial.
 Estágio: aprender a postergar a satisfação.
 Principais tarefas do desenvolvimento: aprender a satisfação de agradar aos outros ao postergar autogratificação de pequenas maneiras.
 Idade: pré-escolaridade tardia.
 Estágio: identificar a si próprio.
 Principais tarefas do desenvolvimento: aprender os papéis e comportamentos apropriados ao adquirir a habilidade de perceber as expectativas de outrem.
 Idade: idade escolar.
 Estágio: desenvolver as habilidades na participação.
 Principais tarefas do desenvolvimento: aprender as habilidades de comprometimento, competição e cooperação com outrem; estabelecimento de uma visão mais realista do mundo e um sentimento de seu lugar nesse mundo.
Desenvolvimento de relações
As relações terapêuticas são orientadas por metas e, em geral, a meta de umarelação terapêutica pode basear-se num modelo de resolução de problemas:
 uso terapêutico do eu: conhecer a si mesmo;
 obtendo consciência de si mesmo: crenças, valores e atitudes;
 sintonia ou harmonia;
 confiança;
 respeito;
 autenticidade;
 empatia.
Janela de Johari
 Um conteúdo de informação que pertence aos outros e é conhecido por eles, e um conteúdo de informação relevante, porém desconhecido pelos outros.
 Eu aberto ou público: é a área aberta da personalidade, ou seja, os outros a veem exatamente como ela se vê.
 Eu que se desconhece: é a área secreta que a pessoa tenta ocultar para proteger-se. Por exemplo, a pessoa sente-se insegura, mas tenta mostrar uma aparência de muita segurança pessoal.
 Eu privado: por exemplo, apesar de a pessoa não admitir o fato, os outros a veem como ansiosa e notam que este aspecto reduz sua eficiência.
 Eu desconhecido: por exemplo certos sentimentos ou impulsos reprimidos e inconscientes, talentos ou habilidades inexplorados, potencialidades, etc.
Interatividade
Assinale a alternativa correta. De acordo com a Janela de Johari, o eu aberto ou público está relacionado a:
a) Área aberta da personalidade, ou seja, os outros a veem exatamente como ela se vê.
b) Área secreta que a pessoa tenta ocultar para proteger-se.
c) Por exemplo, apesar de a pessoa não admitir o fato, os outros a veem como ansiosa e notam que este aspecto reduz sua eficiência.
d) Por exemplo, certos sentimentos ou impulsos reprimidos e inconscientes, talentos ou habilidades inexplorados, potencialidades, etc.
e) Área que a pessoa faz questão de esconder.
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Comunicação
 A palavra “comunicar” provém do latim comunicare e significa “por em comum”.
 Comunicar é um ato fundamental da vida humana, não podemos não comunicar, estamos sempre em interação com alguma coisa ou com alguém.
 Significa, assim, transmitir uma mensagem (ideias, sentimentos e experiências) entre pessoas que conhecem o significado daquilo que se diz e faz.
 Por outro lado, a comunicação é o mecanismo através do qual as relações humanas existem e se desenvolvem.
Impactos preexistentes no processo de comunicação
 valores;
 atitudes;
 crenças;
 cultura ou religião;
 situação social;
 sexo;
 idade ou nível de desenvolvimento (“véio”);
 ambiente em que a transação ocorre;
 territorialidade (espaço);
 densidade (nº de pessoas);
 interação espacial ou distâncias: distância íntima-pessoal- social-públicas.
Tipos de comunicação
 comunicação verbal: linguagem escrita e falada, aos sons e palavras que usamos para nos comunicar;
 comunicação não-verbal: envolve todas as manifestações do comportamento não expressas por palavras. Através dela identificamos se o paciente está com dor, medo ,irritado, ansioso ou preocupado.
 Expressão facial (mímica, olhar);
 Corporal (postura física e gestos);
 Manifestações fisiológicas (rubor, sudorese, tremores, lacrimejamento, palidez).
Comunicação não verbal:
 aparência física e vestuário;
 movimento e postura corporais;
 contatos físicos: funcional - profissional; social-polido; amizade-calor humano; amor - intimidade; ativação sexual;
 expressões faciais;
 comportamento dos olhos.
Indicações verbais ou paralinguagem
 Componente gestual da palavra falada. Consiste do timbre, tom e altura das mensagens faladas, a velocidade do falar, pausa expressivamente colocada e da ênfase dada a certas palavras.
 Indicações vocais influenciam muito a maneira pela qual os indivíduos interpretam as mensagens verbais.
 As indicações verbais têm um papel importante na determinação das respostas em situações de comunicação humana.
 Como uma mensagem é verbalizada pode ser tão importante como o que é verbalizado.
Os nossos comportamentos e a nossa postura também comunicam
Comportamento:
 Jovial, alegre.
Postura vertical:
 Interpretação: confiança.
Sentado de pernas cruzadas, dando pequenos pontapés:
 Interpretação: aborrecimento.
Sentado com as pernas afastadas:
 Interpretação: abertura, descontração.
O efeito da personalidade no relacionamento interpessoal
 Já reparou que certas pessoas têm conflitos quase todos os dias, enquanto que outras são conciliadoras, diplomatas e amadas pela maioria? Já reparou que algumas pessoas são acessíveis, enquanto que outras são frias e distantes?
 Isto acontece porque somos todos diferentes, ou seja, temos traços de personalidade diferentes.
 Personalidade passiva: caracteriza-se pela incapacidade de exprimir os seus pensamentos e emoções. Estas pessoas têm tendência a não manifestar claramente os seus desejos nem comunicar as suas necessidades, optando por ficar à espera que os outros façam as coisas por eles.
 Personalidade passiva: por exemplo, um funcionário em vez de pedir um aumento ao patrão, fica à espera que o patrão lhe ofereça um aumento. Quando ocorre um conflito, tendem a ignorar ou a fingir que nada aconteceu.
 Assim sendo, manter-se na expectativa e a falta de iniciativa são características da personalidade passiva.
 Personalidade agressiva: é oposta à personalidade passiva. As suas reações são extremas e a sua maneira de chegar aos seus fins é o afrontamento, a agressão direta, a cólera e a humilhação. São pessoas de uma intransigência excessiva e de uma rigidez desarmante.
 Personalidade agressiva: em suma, comunica sempre uma impressão de superioridade e de falta de respeito. Ao sermos agressivos, colocamos sempre os nossos desejos e direito acima dos outros, violando os direitos dos outros. As pessoas agressivas podem ganhar, ao assegurar-se que os outros perdem.
 Personalidade manipulativa: este tipo de personalidade organiza-se para satisfazer as suas necessidades de forma muito indireta e mal dirigida. Utilizam uma comunicação pouco clara e com segundas intenções. A arte de manipular o outro pode ser exercida de múltiplas maneiras. Exs.: desertor, culpabilizador; pseudo-psicanalista; o caçador; acumulador; traiçoeiro; pequeno comediante; punidor; ator e emotivo.
 Personalidade afirmativa ou de assertividade: exprime claramente e sem equívocos as suas necessidades, os seus pensamentos e as suas emoções. Sem fazer um juízo de valor e sem atentar contra a integridade do outro, ela exprime aquilo que se pretende e a sua visão das coisas. Como diz o que pensa e não faz jogos onde muitos se divertem a enganar os outros, têm geralmente muito boa autoestima. Dizer o que pensa sem que o outro reaja mal à sua atitude.
 Personalidade afirmativa ou de assertividade: trata-se de um tipo de personalidade que permite um desenvolvimento sociogrupal eficaz, que irá repercutir em grande escala em nível das aquisições individuais. Em suma, comunica uma impressão de respeito próprio e respeito pelos outros. Ao sermos assertivos, encaramos os nossos desejos, necessidades e direitos como iguais aos dos outros.
 Uma pessoa assertiva ganha influenciando, ouvindo e negociando de tal forma que os outros escolhem cooperar de livre vontade. Este comportamento leva ao sucesso e encoraja relacionamentos honestos e abertos.
 O importante é que sejamos assertivos o maior número de vezes.
Comunicação terapêutica
 Consiste na habilidade profissional em usar seu conhecimento sobre comunicação para ajudar a pessoa, com tensão temporária, a conviver com outras pessoas e ajustar- se ao que não pode ser mudado, superando os bloqueios à autorrealização para enfrentar seus problemas.
Estratégias de comunicação terapêutica:
 Manter o foco num só assunto. Exemplo: “estávamos falando sobre...”.
 Clarear as ideias expressas do indivíduo. Exemplo: “você estava dizendo que...”.
 Expressar-se em termos concretos. Exemplo: “sua família virá amanhã...”.
 Evitar fazer perguntas que não estimulem resposta ou deixem o profissional num beco sem saída. Exemplo: “você quer conversar comigo”?
 Devolver a pergunta feita pelo indivíduo. Exemplo: “o que você acha disto”?
 Pedir que esclareça o agente da ação, quando usa pronomesindefinidos. Exemplo: “alguém está querendo me matar”.
 Não começar com frases com “Por quê? “Como”?
 Tentar compreender os sentimentos não expressos verbalmente e demonstrar interesse pelo paciente.
Interatividade
Conforme os tipos de personalidade, é correto afirmar que a do tipo passiva corresponde a:
a) Trata-se de um tipo de personalidade que permite um desenvolvimento sociogrupal eficaz.
b) Em suma, comunica sempre uma impressão de superioridade e de falta de respeito.
c) Este tipo de personalidade organiza-se para satisfazer as suas necessidades de forma muito indireta e mal dirigida.
d) Caracteriza-se pela incapacidade de exprimir os seus pensamentos e emoções.
e) Consegue ser jovial e comunicativo.
Unidade II - CUIDADOS À PESSOA E FAMÍLIA NA SAÚDE MENTAL E PSIQUIÁTRICA
Funções psíquicas – psicopatologia
 O ser humano se distingue de outros seres vivos por possuir linguagem articulada, atividade psíquica, raciocínio desenvolvido, além de dimensões biológicas, psicológicas, sociais, culturais, espirituais e intelectuais integradas entre si.
 No curso de sua vida, experimenta emoções, sentimentos, percepções, pensamentos, recordações, desejos e impulsos de forma integrada como resultado de suas funções psíquicas. A vivência desses fenômenos é parte do viver saudável do ser humano.
A seguir, as funções psíquicas são conhecidas como:
Funções psíquicas
 Descrição geral: aparência, comportamento e atitude perante o examinador.
 Psicomotricidade.
 Nível de consciência.
 Orientação.
 Fala.
 Pensamento: curso, forma e conteúdo.
 Percepção.
 Humor.
 Afeto.
 Atenção.
 Memória.
 Inteligência.
 Julgamento.
 Insight.
 Vontade.
 Consciência do eu.
 Impulsividade.
Avaliação das funções psíquicas
 O enfermeiro, ao prestar cuidado ao cliente com distúrbio mental, precisa identificar as funções psíquicas alteradas, os sintomas presentes e, principalmente, as manifestações de comportamento decorrentes para poder determinar com segurança suas ações.
 Torna-se explícito, portanto, que para a compreensão do todo da pessoa com transtorno mental é necessária uma observação acurada do seu comportamento para conhecer suas diferentes dimensões.
 Pata tal, tem de se observar o que ela pensa, faz, diz, suas emoções, seus afetos, como ela se relaciona consigo mesma e com os outros, como tudo isso é expresso ou acontece; quais influências biológica, cultural, ambiental, espiritual podem influenciar seu modo de ser no mundo.
 Essa percepção integrada do ser humano evidencia que físico e psíquico estão de tal forma integrados que permite a afirmação de que não há manifestações isoladas.
Transtornos mentais e assistência de enfermagem
 A Organização Mundial da Saúde, OMS, alerta que uma em cada 10 pessoas no mundo, 10% da população global, sofre de algum distúrbio de saúde mental. Isso representa, aproximadamente, 700 milhões de pessoas. No entanto, apenas 1% da força de trabalho mundial de saúde atua nessa área.
 Segundo a OMS, quase metade da população global vive em países onde há menos de um psiquiatra para cada 100 mil pessoas.
Transtorno do pensamento (esquizofrenia)
 A esquizofrenia caracteriza-se por distorções do pensamento, da percepção e de afetos inapropriados ou embotados. A consciência e a capacidade intelectual, em geral, estão preservadas, mas alguma deficiência cognitiva pode surgir com a evolução do transtorno.
 As manifestações mais comumente encontradas, segundo vários autores, podem ser organizadas mais didaticamente em três grupos: 1) sintomas positivos; 2) sintomas negativos; 3) distúrbios das relações interpessoais.
Intervenções de enfermagem:
 Encorajar o cliente a manter-se na realidade, aproveitando cada contato com ele.
 Pesquisar junto ao cliente suas habilidades e propiciar atividades de seu real interesse para mantê-lo na realidade e socializá-lo. Essas atividades devem ser simples, concretas e
pertinentes ao cotidiano do cliente, à sua cultura e à capacidade de desempenho da pessoa.
 Estimular sua participação em pequenos grupos.
Transtornos do humor (TH)
 Os transtornos do humor (TH) são caracterizados fundamentalmente pelas alterações patológicas que levam a pessoa a perder o controle sobre seu humor e seus afetos.
 Ao apresentar os transtornos do humor ou do afeto, é interessante compreender que o humor se refere a um estado emocional interno e duradouro que dá o colorido à vida psíquica das pessoas; o afeto é a expressão externa do tom emocional da pessoa.
 Os transtornos afetivos, conhecidos hoje como transtornos do humor, englobam uma gama de transtornos, classificados segundo a CID-10 conforme indicados a seguir:
 Episódio maníaco.
 Transtorno afetivo bipolar.
 Episódio depressivo.
 Transtorno depressivo recorrente.
 Transtornos persistentes do humor (afetivos).
 Outros transtornos do humor (afetivos).
 Transtorno do humor (afetivo) não especificado.
Intervenções de enfermagem:
 Estimular e, se necessário, auxiliar o cliente na realização das atividades de autocuidado (alimentação, banho, vestuário e higiene íntima).
 Fornecer alimentos e bebidas ricos em proteínas e calorias, nutritivos e de fácil digestão.
 Oferecer refeições pequenas e frequentes.
 Monitorar a aceitação alimentar, permanecendo ao lado do cliente durante as refeições e, se possível, providenciar alimentos de sua preferência.
Transtornos ansiosos
 A ansiedade é uma sensação comum a qualquer ser humano. O sentimento presente é único, difuso, vago, desagradável e complexo pelas inúmeras alterações fisiológicas presentes e faz parte do cotidiano. A ansiedade, diferentemente do medo, é gerada por um evento novo e desconhecido do indivíduo. 
No DSM-IV-TR, os transtornos de ansiedade estão divididos em:
 Transtorno de ansiedade generalizada.
 Transtorno de pânico com agorafobia.
 Agorafobia sem história de transtorno de pânico.
 Transtorno obsessivo-compulsivo.
 Transtorno de estresse pós-traumático.
 Intervenções de enfermagem.
 Minimizar estímulos.
 Manter uma postura empática e de tranquilidade.
 Auxiliar o paciente a identificar as situações ansiogênicas.
 Administrar medidas físicas de relaxamento, como banhos mornos, música etc.
 Ajudar o cliente a identificar sentimentos antes de um ataque ou no início.
Transtornos somatoformes
 Somatização é todo mecanismo por meio do qual a ansiedade se traduz em doenças físicas ou queixas corporais. As doenças psicossomáticas (psoríase, asma, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras) diferem da somatização, pois esta pressupõe a presença de sintomas inexplicáveis, enquanto na primeira há a existência de mecanismos fisiopatológicos que explicam os sintomas apresentados.
Os transtornos somatoformes dividem-se em:
 de somatização;
 conversivo;
 dismórficos corporal;
 hipocondria;
 somatoformes indiferenciado;
 doloroso;
 de somatização sem outra especificação.
 Auxiliar o paciente a reconhecer e enaltecer os pontos fortes e as conquistas.
 Incentivar o cliente à participação do processo decisório quanto ao cuidado.
 Avaliar a percepção que o cliente tem de sua imagem corporal.
 Auxiliar o paciente na visão de que sua imagem corporal está distorcida.
 Aceitar que a queixa física é real para o cliente, mesmo que não se encontre nenhum comprometimento orgânico.
 Ajudar o paciente a identificar os ganhos que a sintomatologia física proporciona.
Transtornos dissociativos
 Dissociação é uma separação entre os elementos da unidade psiquiátrica, na qual consciência, memória, identidade e percepção do ambiente são alteradas temporariamente e um de seus aspectos deixa de funcionar integradamente aos outros, como se não pertencessem todos à mesma pessoa, não se podendo atribuir a isso qualquer causa orgânica.
O DSM-IV-TR divide esses transtornos em:
 amnésia dissociativa;
 fuga dissociativa;
 dissociativo de identidade;
 de despersonalização.
 Intervenções de enfermagem.
 Oferecer aceitação incondicional.
 Transmitirao cliente que ele é uma pessoa de valor e capaz de cuidar de si próprio.
 Encorajar o paciente a cuidar de si mesmo.
 Auxiliar o cliente a trabalhar de modo ativo nas suas dificuldades pessoais.
 Estimular o indivíduo a expor suas crenças, suas convicções e suas preocupações sobre si mesmo.
Transtornos de personalidade
 O transtorno de personalidade, conhecido também como sociopatia ou psicopatia, é evidenciado quando um indivíduo não demonstra adaptação e apresenta repertório limitado de respostas às situações comuns e estressantes, isto é, padrões de comportamento desajustados; não adaptados e inflexíveis. Ele tem, portanto, disfunção nos papéis sociais, familiares e ocupacionais, o que se inicia na infância ou no começo da adolescência e continua na idade adulta.
 Intervenções de enfermagem.
 Prevenir e impedir atuação impulsiva, ser consistente, definir e fixar limites e condutas aceitas, isto é, o que se espera do paciente.
 Avaliar, com o cliente, se seus planos para o futuro estão de acordo com a realidade.
 Oferecer ambiente terapêutico.
 Fortalecer as regras e as políticas inerentes.
Interatividade
Assinale a alternativa correta. Os transtornos de ansiedade estão divididos com exceção:
a) Transtorno de ansiedade generalizada.
b) Transtorno de pânico com agorafobia.
c) Transtorno obsessivo-compulsivo.
d) Transtorno de estresse pós-traumático.
e) Transtorno de somatização.
Transtornos alimentares
 A conduta alimentar é motivada pelas sensações básicas de fome, sede e saciedade. Elas são geradas, controladas e monitoradas por diversas áreas: o hipotálamo (centro da saciedade) e várias estruturas límbicas e corticais.
 Os transtornos alimentares estão intimamente vinculados ao modo como o indivíduo vivencia seu corpo e (re)organiza sua imagem corporal durante a travessia da adolescência. Costumam acometer, basicamente, as mulheres, sendo raros entre os homens, embora não ausentes, mesmo que sem comprovação científica.
Dividem-se em: anorexia e bulimia nervosas.
 Intervenções de enfermagem.
 Evitar comentários sobre o ganho ou a perda de peso, assegurar que um aumento rápido de peso não é desejável.
 Oferecer apoio.
 Auxiliar o cliente a desenvolver uma percepção realista da imagem corporal e da relação com o alimento.
 Estabelecer contrato de aceitação mútua com o cliente para atingir a meta de 80 a 85% do peso corporal ideal, ou IMC igual ou superior a 19.
 Planejar e supervisionar as atividades físicas.
Fenômenos das drogas lícitas e ilícitas
 Apesar de tema polêmico e bastante discutido por diferentes canais midiáticos, a discussão atual do consumo de substâncias psicoativas (termo que se refere tanto a drogas lícitas como ilícitas) parece transmitir a ideia de que estamos lidando com algo novo nos cenários nacional e internacional.
 No entanto, seu uso fez e fará parte da história da humanidade, atuando como papel de integração social entre indivíduos de diferentes ideologias, descontruindo, desse modo, a ideia de que a presença de drogas na sociedade é fato recente.
 Existem diversos padrões de consumo de álcool que variam de intensidade ao longo de um continuum de uso, no entanto, consideram-se inexistentes padrões seguros de consumo de substâncias.
 São considerados padrões de baixo risco à saúde aqueles compreendidos pelo uso de baixas doses de álcool, para evitar possíveis prejuízos.
 Outro padrão reconhecido é o uso de risco, caracterizado por um consumo de substância que aumenta a probabilidade de problemas de um modo geral, no qual o indivíduo se coloca em situação de perigo.
 O consumo de grandes quantidades de álcool em uma única ocasião é denominado binge drinking, sendo definido como de alto risco, ocasionando vários prejuízos (sexo sem proteção, baixo desempenho escolar, acidentes automobilísticos, brigas).
 Com relação às drogas ilícitas, o consumo delas pode levar à dependência e causar prejuízos sociais, familiares e o padrão de consumo é o que irá determinar a necessidade de intervenção ou não, e a escolha para o tratamento depende sempre do indivíduo, uma vez que alguns princípios orientam a assistência de enfermagem aos usuários de álcool e outras drogas, os quais não são diferentes dos princípios que norteiam o cuidado em outras áreas.
Emergências psiquiátricas
 A emergência psiquiátrica é a condição mais difícil em psiquiatria e um teste de sua qualidade, podendo ser classificada como toda e qualquer alteração psíquica que requer uma intervenção terapêutica imediata e imprescindível com a intenção de prevenir conclusão danosa individual e social.
 Os eventos caracterizados como emergências psiquiátricas podem ocorrer em diversos cenários, como em prontos- socorros de hospitais gerais, unidades de internação psiquiátricas em hospitais gerais, hospitais psiquiátricos e em domicílio.
São condições consideradas como emergências psiquiátricas:
 suicídio;
 transtornos psicóticos;
 transtorno ansioso;
 uso e abuso de drogas;
 depressão unipolar;
 transtorno bipolar;
 comportamento de heteroagressividade e de violência.
 Assistência de enfermagem em emergências psiquiátricas.
 O profissional de saúde precisa compreender se o indivíduo aser atendido está apresentando uma urgência, uma emergência ou uma situação eletiva. Além disso, necessita identificar as urgências com rapidez, para que não se tornem emergências.
 Um processo decisório eficiente diante das condutas de atendimento a um paciente em emergência psiquiátrica se dá pela observação inicial de seu comportamento (aparência geral, nível de consciência, presença de hálito etílico etc.) seguida da realização dos exames psíquico e físico (inspeção, ao menos).
Estratégias de comunicação terapêutica
As estratégias de comunicação terapêutica foram classificadas em três grupamentos, segundo sua finalidade e sua complexidade. São eles:
 Grupamento expressão: facilita a descrição de pensamentos e sentimentos sobre a experiência que os desencadeou.
 Grupamento clarificação: utilizado para ajudar na compreensão ou na clarificação das mensagens enviadas pelos clientes.
 Grupamento validação: oferece ao enfermeiro a oportunidade de verificar a compreensão das mensagens veiculadas entre os interlocutores.
Correntes psiquiátricas e tratamento em transtorno mental
 A tentativa de explicar os distúrbios mentais, e por consequência seu método de tratamento, oscilou desde a Antiguidade até o período contemporâneo sob três tendências: a tentativa de explicar as doenças da mente em físicos, isto é, o método orgânico, a tentativa de encontrar explicações psicológicas e sociais e a tentativa de lidar com o não conhecido por meio de explicações sobrenaturais.
Avanços do conhecimento em saúde mental e psiquiatria
Nas últimas décadas, o conhecimento em saúde indica apenas os principais resultados de pesquisa nas áreas de:
 Neurociências: Genética.
 Epidemiologia: estudos do impacto dos transtornos mentais.
 Terapêutica: Psicofarmacologia.
Serviços de atendimento em saúde mental e psiquiatria
Os serviços preconizados pelo Ministério da Saúde são:
 Serviços de Residências Terapêuticas (SRT).
 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
 Centros de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas (CAPS-ad).
 Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPS-i).
 Internação hospitalar (geral e especializado).
 Comunidades terapêuticas.
Padrões de assistência
 Padrões de assistência de enfermagem são parâmetros que determinam as ações de enfermagem e os limites de atuação do enfermeiro. São eles que permitem uma avaliação mais objetiva da prática de enfermagem, garantindo, assim, a qualidade.
 O enfermeiro tem de se manter alerta para acompanhar as evidências científicas com o objetivo de aplicá-las à sua prática em seu papel terapêutico específico. Para tal, ele tem de conhecer ou identificar os parâmetros que garantem a qualidade das suas ações – os padrões de assistência de enfermagem.
Condições essenciais para a implementação de padrões O local de trabalho deve oferecer programas de educação continuada sobre a área específica e sobre pesquisas em relação aos avanços do conhecimento e dos modelos assistenciais. Só assim os enfermeiros poderão incorporar novos conhecimentos e tecnologia à sua prática.
 Recursos bibliográficos pertinentes devem estar à disposição dos enfermeiros no local da prática ou na biblioteca da instituição.
 Recursos materiais compatíveis com os padrões preconizados devem fazer parte da infraestrutura do local, com impressos adequados que facilitem os registros necessários sobre o cliente: admissão, observação, tratamentos específicos, evolução, incidentes, entre outros.
 Eles têm de ser anexados ao prontuário do cliente para permitir intercâmbio de informações, entre os diferentes profissionais que compõem a equipe interdisciplinar, sobre o cliente, seu tratamento e sobre os cuidados a ele dispensados.
Padrões de cuidados
Os padrões de enfermagem mais conhecidos são os elaborados pela American Nurses Association (ANA). Os seis primeiros padrões recebem a denominação Padrões de Cuidado e correspondem às seis fases do processo de enfermagem:
 Avaliação inicial.
 Diagnóstico de enfermagem.
 Identificação dos resultados.
 Planejamento.
 Implementação.
 Avaliação final.
Interatividade
Assinale a alternativa correta. Caracteriza-se por distorções do pensamento, da percepção e de afetos inapropriados ou embotados. A consciência e a capacidade intelectual, em geral, estão preservadas, mas alguma deficiência cognitiva pode surgir com a evolução do transtorno. A descrição está relacionada com:
a) Esquizofrenia.
b) Transtorno do humor.
c) Transtorno de ansiedade.
d) Transtorno alimentar.
e) Transtorno somatoforme.
Saúde mental
 Todo indivíduo tem características próprias e em comum (contexto e significado). “Estado dinâmico em que se demonstram pensamentos, sentimentos e comportamentos que são apropriados para a idade e congruentes com as normas locais e culturais.” (APA)
Indicadores de reflexo da saúde mental:
 Atitude positiva quanto a si mesmo (aceitação).
 Crescimento, desenvolvimento e capacidade de conseguir realização pessoal (sucesso/fracasso em cada fase).
 Integração (adaptação aos fatores – estresse).
 Autonomia (escolhas e responsabilidade).
 Percepção da realidade (percepção do ambiente sem distorções, respeito e preocupação com os outros).
 Domínio do ambiente (satisfação no grupo, sociedade e ambiente).
Aparelho psíquico: Freud
 Aparelho psíquico: Freud organizou a estrutura da personalidade em três componentes principais: id, ego e superego. Eles são distinguidos por suas funções peculiares e características diferentes, bem como os estágios do desenvolvimento da personalidade.
 Id: “princípio do prazer”. Os comportamentos impulsionados pelo id são impulsivos e podem ser irracionais.
 Ego: “princípio da realidade”. O ego começa a se desenvolver entre os 4 e os 6 meses de idade.
 Superego: “princípio da perfeição”. Desenvolvendo-se entre os 3 e os 6 anos de idade. O superego internaliza os valores e os princípios morais estabelecidos pelos responsáveis primários pelo cuidado do indivíduo.
Mecanismos de defesa do ego
 Compensação: encobrir uma fraqueza real ou percebida, enfatizando uma característica que se considera mais desejável.
 Negação: recusar-se a reconhecer a existência de uma situação real ou os sentimentos associados a ela.
 Deslocamento: a transferência de sentimentos de um alvo para outro, que é considerado menos ameaçador ou é neutro.
 Identificação: tentativa de aumentar o valor pessoal, adquirindo alguns atributos e características de um indivíduo que se admira.
 Intelectualização: uma tentativa de evitar a expressão de emoções reais associadas a uma situação de estresse pelo uso dos processos intelectuais da lógica, do raciocínio e da análise.
 Introjeção: integrar as crenças e os valores de um outro indivíduo à estrutura do próprio ego.
 Racionalização: tentar desculpar ou formular razões lógicas para justificar sentimentos ou comportamentos inaceitáveis.
 Formação reativa: impedir a expressão de pensamentos ou sentimentos inaceitáveis exagerando pensamentos ou tipos de comportamentos opostos.
 Regressão: retirar-se em resposta ao estresse para um nível anterior de desenvolvimento e as medidas de conforto associadas a esse nível.
 Repressão: bloquear involuntariamente da própria consciência sentimentos e experiências desagradáveis.
 Sublimação: redirecionar pulsões ou impulsos que são pessoal ou socialmente inaceitáveis para atividades construtivas.
 Supressão: o bloqueio voluntário da própria consciência de sentimentos e experiências desagradáveis.
 Anulação: desfazer ou cancelar simbolicamente uma experiência que se considera intolerável.
Interatividade
Assinale a alternativa correta. Em uma situação estressante, uma pessoa pode adotar mecanismos de defesa ou de ajuste, comportamentos que atuam em um nível inconsciente para proteger o ego e reduzir o estresse. Assinale a alternativa que indica os termos conhecidos como mecanismos de defesa do ego:
a) Compensação, negação e isolamento.
b) Variação, acusação e violação.
c) Variação, violação e isolamento.
d) Compensação, variação e acusação.
e) Isolamento, variação e negação.
Teoria Psicanalítica: estágios do desenvolvimento psicossexual de Freud
 Idade: nascimento aos 18 meses.
 Estágio: oral.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Alívio da ansiedade por meio da gratificação oral das necessidades.
 Idade: 18 meses a 3 anos.
 Estágio: anal.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Aprendizagem da independência e do controle esfincteriano. Teoria Psicanalítica: estágios do desenvolvimento psicossexual de Freud
 Idade: 3 a 6 anos.
 Estágio: fálico.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Identificação com genitor do mesmo sexo, desenvolvimento de identidade sexual, foco em órgãos genitais.
 Idade: 13-20 anos.
 Estágio: genital.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Libido redespertada com a maturação dos órgãos genitais, foco em relações com membros do sexo oposto.
Teoria Interpessoal: estágios do desenvolvimento de Sullivan
Idade: nascimento a 18 meses.
 Estágio: infância.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Alívio da ansiedade pela gratificação oral das necessidades.
 Idade: 18 meses a 6 anos.
 Estágio: pré-escolar.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Aprender a aceitar um adiamento na gratificação pessoal sem ansiedade excessiva.
 Idade: 6 a 9 anos.
 Estágio: juvenil.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Aprender a formar relacionamentos satisfatórios com pares.
 Idade: 9 a 12 anos.
 Estágio: pré-adolescência.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Aprender a formar relacionamentos satisfatórios com pessoas do gênero oposto, iniciar sentimentos de afeição por outra pessoa.
 Idade: 12 a 14 anos.
 Estágio: adolescência inicial.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Aprender a formar relacionamentos satisfatórios com pessoas do gênero oposto, desenvolver senso de identidade.
 Idade: 14 a 21 anos.
 Estágio: fase tardia da adolescência.
Principais tarefas do desenvolvimento:
 Estabelecer autoidentidade, vivenciar relacionamentos satisfatórios, trabalhar para desenvolver um relacionamento íntimo duradouro com gênero.
Teoria Psicossocial: estágios do desenvolvimento na Teoria Psicossocial de Erickson
 Infância (nascimento – 18 meses).
 Estágio: confiança versus desconfiança.
 Desenvolver uma confiança básica na figura materna e ser capaz de generalizá-la a outras.
 Pré-escolaridade inicial (18 meses – 3 anos).
 Estágio: autonomia versus vergonha e dúvida.
 Adquirir algum autocontrole e independência no ambiente.
 Pré-escolaridade tardia (3 a 6 anos).
 Estágio: iniciativa versus culpa.
 Desenvolver um sentido de propósito e habilidade de iniciar e direcionar as próprias atividades.
 Idade escolar (6 – 12 anos).
 Estágio: indústria versus inferioridade.
 Obterum sentimento de autoconfiança por aprender, competir, ter um desempenho eficaz e receber reconhecimento dos entes queridos, colegas e conhecidos.
 Adolescência (12 – 20 anos).
 Estágio: identidade versus confusão de papéis.
 Integrar as tarefas dominadas nos estágios anteriores a um sentimento do “eu seguro”.
 Idade adulta jovem (20 – 30 anos).
 Estágio: intimidade versus isolamento.
 Estabelecer uma relação intensa e duradoura ou um compromisso com outra pessoa, causa, instituição ou atividade criativa.
 Idade adulta (30 – 65 anos).
 Estágio: produtividade versus estagnação.
 Alcançar os objetivos de vida estabelecidos para si mesmo, considerando-se também o bem-estar das futuras gerações.
 Idade avançada (65 anos – morte).
 Estágio: integridade do ego versus desespero.
 Rever a própria vida e derivar significado de eventos tanto positivos como negativos, obtendo igualmente um sentimento positivo do próprio valor.
Interatividade
Assinale a alternativa correta. A teoria de Sullivan também é conhecida como:
a) Psicossocial.
b) Interpessoal.
c) Psicossexual.
d) Natural.
e) Artificial.

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