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APOSTILA Nº 03 A DIR. ADM 5º P 2015.doc

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FACULDADES DOCTUM
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO I
PROF.: ROGÉRIO GANDINI DA SILVA
5º PERÍODO – 2015/2
APOSTILA 03
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
 atos vinculados e discricionários
Atos vinculados → são os praticados pela administração sem margem alguma de liberdade de decisão, pois a LEI previamente determinou o único comportamento possível e obrigatório.
- Não é permitido ao agente público apreciar a oportunidade ou conveniência administrativa do ato, pois há um motivo objetivamente determinado. 
Atos discricionários → nesses a administração é detentora de certa liberdade, mas nos limites da lei.
- Diz respeito a liberdade de escolha em relação ao conteúdo, seu modo de realização, sua oportunidade e sua conveniência administrativas.
- Mas não se pode esquecer que mesmo nos atos discricionários devem ser observados os princípios para a prática de qualquer ato administrativo, a saber, a moralidade, impessoalidade, valorar a oportunidade e a conveniência da prática ou não do ato.
- Quando a adm. pública analisa o ato sob o aspecto da OPORTUNIDADE e CONVENIÊNCIA, em prol do interesse público, ela estará fazendo um juízo de MÉRITO ADMINISTRATIVO, e nesse caso não é cabível a interferência do poder judiciário.
- Então o judiciário não poderá interferir no mérito administrativo, que é o juízo valorativo feito pela administração pública.
- Resumindo: Haverá discricionariedade
a) Quando a lei dá à Adm. Pública liberdade para atuar nos limites bem definidos, ou seja, a administração “poderá”, usando critérios permitidos da lei, agir de uma ou outra forma, para atingir o interesse público;
b) Quando a lei empregar conceitos jurídicos indeterminados na descrição do motivo determinante da prática de um ato adm e, numa situação real a administração não tem como afirmar, com certeza, se o fato está contido numa norma, poderá a adm. fazer um juízo de oportunidade e conveniência administrativas, visando o interesse público, decidir sobre o enquadramento ou não no fato na norma.
 
 Atos gerais e individuais. 
Gerais → são os que não possuem destinatário determinado. São aplicados a todas as pessoas ou a situações que se enquadram numa hipótese abstratamente descrita. São atos que se caracterizam pela generalidade e pela abstração. 
- Podem ser revogados a qualquer tempo, são sempre discricionários, prevalecem sobre os individuais e necessitam ser publicados em meio oficial para produzirem efeito, pois os mesmos são externos. Sem publicação o ato nem pode ser considerado perfeito, ou seja, estará incompleto, sem condições de produzir efeitos.
- Um ato administrativo geral poderá ser impugnado por meio de ação direta de inconstitucionalidade.
Individuais → são os destinados a pessoas ou situações determinadas. Ex. nomeação de aprovados em concurso público.
- Os atos individuais que devam produzir efeitos externos ou onerem a adm pública, devem ser publicados, do contrário bastará a intimação do interessado sobre o ato praticado.
- Podem ser vinculados ou discricionários e admitem impugnação por recurso administrativo e ações judiciais como Mandado de Segurança, etc.
 Atos internos e externos.
Internos → são os destinados a produzir efeitos somente no âmbito da adm. pública, atingindo seus órgãos e agentes.
- não necessitam ser publicados, bastando a comunicação ao destinatário. Mas se for onerar o patrimônio público, deverá ser publicado.
Ex. portaria de criação de grupos de trabalho, memorando indicando um servidor para curso, etc.
Externos → são os que atingem os administrados em geral, criando direitos ou obrigações.
- por serem externos deverão ser publicados. Da mesma forma deverão ser publicados se onerarem o erário público, sendo uma condição de vigência e eficácia a publicação.
Ato simples, complexo e composto.
Simples → é o decorrente de UMA ÚNICA manifestação de vontade de UM único órgão.
- O ato simples poderá ser singular ou de um colegiado, não dependendo de outras manifestações.
- Não importa o nº de pessoas que praticam o ato, mas sim se tal ato é a expressão unitária, portanto simples de um órgão.
Ex. Exoneração de um servidor que ocupava cargo comissionado (ato simples singular. Decisão colegiada sobre recurso de trânsito no órgão DETRAN (ato simples colegiado).
Complexo → Para ter validade, ou seja, ser considerado perfeito, o ato (que será único) necessita da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos ou autoridades. 
- Antes de se tornar perfeito, o ato não poderá ser impugnado, seja administrativa ou judicialmente.
- Não se confundem ato completo com procedimento administrativo, que é constituído de atos administrativos encadeados, perfeitos, portanto passíveis de impugnação (ex. licitação pública e concurso público).
Ex. ato complexo. Concessão de regimes especiais de tributação que dependem de aprovação por parte de diferentes ministérios.
Composto → é o que resultada na manifestação de um só órgão, mas para produzir efeitos ele necessita da aprovação de outro, cuja função é meramente instrumental, para autorizar a prática do ato principal, pois em nada altera o ato principal.
- Ou seja, é a prática de um único ato, pela manifestação de uma só vontade, mas se faz necessário uma outra manifestação, ou seja, um segundo ato para que o ato possa produzir efeitos, podendo tal ato secundário ser uma homologação, ratificação, autorização, etc.
- No ato complexo temos um ato com várias manifestações de vontade. No ato compostos temos dois atos (o principal e o acessório) e uma só manifestação de vontade (do ato principal).
Ex. nomeação de autoridades sujeita a aprovação prévia do Poder Legislativo.
5) Atos de império, de gestão e de expediente.
Atos de império → também chamados de “atos de autoridade”. São aqueles em que a administração impõe coercitivamente aos administrados obrigações ou restrições, de forma unilateral.
- Seu fundamento é o princípio da supremacia do interesse público.
- São praticados de ofício, mas podem ser questionados judicialmente.
- Ex. desapropriação, interdição, apreensão de mercadorias, imposição de multas administrativas, etc.
Atos de gestão → são os praticados pela adm. na qualidade de gestora de seus bens e serviços, sem exercício de supremacia sobre o particular, mas sua prática deverá obedecer aos princípios administrativos, como a indisponibilidade do interesse público.
- Ex. alienação ou aquisição de bens, o aluguel a um particular de um imóvel de uma autarquia, atos negociais em geral, como autorização de uso de um bem público, etc.
Atos de expediente → são atos internos da administração pública, relacionados a sua rotina, sem conteúdo decisório. 
- Ex. encaminhamento de documentos, movimentação de processos, recebimento de documentos, etc.
6) Ato constitutivo, extintivo, modificativo e declaratório.
Ato constitutivo → é o que cria nova situação jurídica individual aos destinatários para com a administração.
Ato extintivo → é o que põe fim a situações jurídicas individuais existentes. Ex. cassação de uma autorização.
Ato modificativo → é o que altera uma situação já existente, sem extingui-lo, sem suprimir direitos ou obrigações. Ex. mudança de local de realização de reunião.
Ato declaratório → é o que apenas afirma a existência de um fato ou situação jurídica anterior a ele. É o que atesta um fato, reconhece um direito ou obrigação preexistente. Atenção, o ato declaratório não cria, não extingue nem modifica a situação jurídica, mas tão somente a declara. Ex. expedição de certidões, declaração de tempo de serviço, atestado, etc.
7) Ato válido, nulo, anulável e inexistente. 
Ato válido → é o ato em TOTAL conformidade com o ordenamento jurídico. É o que respeito os princípios, requisitos, foi editado por pessoa competente, atingiu sua finalidade, observou a forma legal, os motivos determinantes e seu objeto. Ou seja, é o ato sem vício ou irregularidades.
Ato nulo → É o ato que nasce com vício INSANÁVEL, geralmentepor ausência de um dos elementos constitutivos ou defeito substancial, como por exemplo, ato com motivo inexistente, ou com objeto não previsto em lei, praticado com desvio de finalidade, etc.
- Está em desconformidade com a lei e com os princípios jurídicos, cujo defeito não pode ser convalidado fase a sua gravidade.
Consideração importante quanto aos efeitos produzidos pelo ato nulo.
- 1º) com base na presunção de legalidade e da imperatividade, todo ato adm. legítimo ou eivado de vícios, tem força OBRIGATÓRIA após sua expedição, produzindo efeitos, até que venha a ser anulado pela própria administração ou pelo Poder Judiciário.
- 2º) A anulação terá efeito ex tunc (retroativo), ou seja, serão desfeitos os efeitos já produzidos. Entretanto os efeitos da anulação só atingem as partes envolvidas, pois o terceiro de boa fé envolvido de alguma forma pela edição do ato viciado não será atingido. Ex. certidão expedida ao terceiro por funcionário incompetente para aquele ato. A certidão continuará válida.
Ato inexistente → É aquele que só possui APARÊNCIA de manifestação de vontade da adm. pública, mas na verdade, não se origina de um agente público, mas de alguém que se passa por tal condição. É o usurpador de função pública.
- A grande diferença entre o ato nulo e o inexistente é que o ato inexistente não produzirá efeito NEM MESMO EM RELAÇÃO AO TERCEIRO DE BOA-FÉ. No máximo o terceiro poderia ser indenização pelo Estado, com base em sua OMISSÃO CULPOSA por error in vigilando.
- O prof. Celso Antônio Bandeira de Mello define como inexistente o ato adm. com objeto IMPOSSÍVEL. Ex. ordem da Autoridade Policial para seu agente praticar um crime.
- O ato inexistente não tem prazo para ser declarado inexistente, seja pela própria administração seja pelo Poder Judiciário. Já a anulação de regra, tem prazo para ser anulado.
Ato anulável → É o que apresenta defeito SANÁVEL, por isso poderá ser convalidado.
- São sanáveis os vícios de competência, exceto se a competência for EXCLUSIVA, bem como são sanáveis o vício de forma, exceto de a forma for a exigida em lei como condição essencial de validade do ato.
- Então não esqueça: são anuláveis, mas podem ser convalidados quando o vício for de COMPETÊNCIA ou de FORMA, com as exceções acima.
8) Ato perfeito, eficaz, pendente e consumado.
Ato perfeito → É o que está pronto, terminado, com ciclo concluído. Deve ser distinguido do ato válido. O ato perfeito diz respeito a suas etapas de formação devidamente cumprida (ex. homologação). Já o ato válido diz respeito a sua conformidade com a LEI (ou seja, com a legalidade e legitimidade). Então o ato perfeito, cumpriu as exigência de formação, mas deve ser analisado também sobre a sua validade, ou seja, essa ato que passou por todo o ciclo de criação de forma legal, mas foi editado por pessoa ou órgão competente para criá-lo, está alinhado com sua finalidade, está correto quanto a sua motivação e objeto, então será também válido além de perfeito. Por isso o ato poderá ser perfeito, mas inválido.
Ato imperfeito → É o que não completou seu ciclo de formação. Então esse ato sequer existe ainda.
Ato eficaz → É o que está pronto para PRODUZIR EFEITOS. Por isso um ato, mesmo inválido poderá produzir efeitos, pois as fases de verificação sobre sua validade já passaram e por isso ele é presumidamente válido e de observação obrigatória até ser anulado, como já vimos acima.
Ato pendente → É o ato perfeito, já completou seu ciclo de formação, mas 
está sujeito a condição (evento futuro e incerto) ou termo (evento futuro e certo) para começar a produzir efeitos. Não se confunde com ato imperfeito, que é aquele que NÃO COMPLETOU SEU CICLO DE FORMAÇÃO.
Ato consumado → é o exaurido, já produziu todos os efeitos que dele se espera. Ex. autorização para realização de um evento. Após a realização o ato estará consumado. Seus efeitos já foram produzidos e não necessitam mais ser observado. Já fez o que tinha que fazer.
- O ato ineficaz é qualquer ato que não esteja apto a produzir efeitos, seja por não esta formado ainda, ou seja, todo ato imperfeito é ineficaz.

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