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Capítulo 64 | FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO, MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO E MOVIMENTOS DO CÓLON Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 1 FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO a. Armazenamento de grande quantidade de alimento até que ele possa ser processado; b. Misturar o alimento com secreções gástricas até formar o quimo; c. Esvaziar lentamente o quimo do estômago para o intestino delgado, vazão compatível com a digestão e a absorção adequadas pelo intestino delgado. Em termos fisiológicos, o estômago se divide em porção oral, abrangendo cerca dos primeiros 2/3 do corpo anatômico e porção caudal, abrangendo o restante do corpo e antro anatômicos. 1. FUNÇÃO DE ARMAZENAMENTO DO ESTÔMAGO Círculos concêntricos de alimento na porção oral são formados a medida que o alimento entra no estômago. O alimento mais recente fica mais próximo da abertura esofágica e, o alimento mais antigo, mais próximo da parede externa do órgão. Quando o alimento distende o estômago, o reflexo vasovagal do estomago para o tronco encefálico e de volta para o estômago reduz o tônus da parede muscular do corpo do estômago, de modo que a parede se distende, acomodando mais e mais alimento até o limite, (que é de 0,8 a 1,5 litro no estomago completamente relaxado), mantendo a pressão no órgão baixa. 2. MISTURA E PROPULSÃO DO ALIMENTO NO ESTÔMAGO – O RITMO ELÉTRICO BÁSICO DA PAREDE GÁSTRICA Glândulas gástricas presentes em quase toda a parede do órgão (exceto na curva menor) secretam os sucos digestivos, que entram em contato com a porção do alimento nas proximidades da mucosa do estômago. Enquanto o alimento estiver presente no estomago, ondas de mistura (ondas constritivas peristálticas fracas) se iniciam nas porções media a superior da parede gástrica e deslocam-se na direção do antro, uma a cada 15 a 20 segundos, desencadeadas pelo ritmo elétrico básico. As ondas constritivas ganham intensidade à medida que progridem do corpo para o antro – algumas ficam tão intensas que geram potente potencial de ação peristáltica, formando anéis constritivos que forçam o conteúdo antral sob pressão cada vez maior na direção do piloro. Tais movimentos dos anéis constritivos peristálticos, juntamente com a retropulsão, são um importante mecanismo de mistura do estomago. Toda a vez que a onda peristáltica percorre a parede antral na direção do piloro, ela comprime o conteúdo alimentar no antro em direção ao piloro, que possui uma abertura pequena e ejeta apenas alguns mL de conteúdo antral para o duodeno a cada onda. Quando a onda começa a se aproximar do piloro, o próprio musculo pilórico se contrai, impedindo ainda mais o esvaziamento pelo piloro, fazendo com que grande parte do conteúdo antral premido pelo anel peristáltico seja lançado de volta na direção do corpo do estomago e não em direção ao piloro (retropulsão). 2.1 Quimo Mistura semilíquida ou pastosa que passa para o intestino depois que o alimento no estomago é bem misturado com as secreções gástricas. Seu grau de fluidez depende da quantidade e tipo do alimento, da agua, das secreções gástricas e do grau de digestão que ocorreu. 2.2 Contrações de fome Contrações peristálticas rítmicas no corpo do estomago, ocorrem quando o órgão fica vazio por horas. Quando ficam extremamente fortes, se fundem em contração tetânica que pode durar de 2 a 3 minutos. São mais Capítulo 64 | FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO, MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO E MOVIMENTOS DO CÓLON Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 2 intensas em indivíduos jovens, sadios, com tônus gastrointestinal elevado e em pessoas que apresentam hipoglicemia. A sensação é de pontadas de fome, que não são observadas até 12 a 24 horas após a última refeição. Pessoas em jejum extremo atingem sua intensidade em 3 a 4 dias, declinando nos dias subsequentes. 3. ESVAZIAMENTO DO ESTÔMAGO Promovido por intensas contrações peristálticas no antro gástrico e reduzido por graus de resistência do quimo pelo piloro. 3.1 Contrações peristálticas antrais intensas durante o esvaziamento estomacal – “bomba pilórica” As contrações ficam mais intensas em cerca de 20% do tempo em que o alimento está no estômago, formando anéis de constrição que causam o esvaziamento do estômago. Elas se inicial na porção média do órgão e, à medida que seu esvaziamento ocorre, elas começam mais proximalmente no corpo do estômago, misturando o alimento do corpo com o quimo no antro. Essas intensas contrações provocam pressões de 50 a 70 centimetros de água, cerca de seis vezes maiores que os valores atingidos nas ondas peristálticas de mistura. Quanto o tônus pilórico é normal, cada intensa onda peristáltica força vários mL de quimo para o duodeno, causando, além de mistura no estomago, a promoção de ação de bombeamento, chamada de “bomba pilórica”. 3.1 O papel do piloro no controle do esvaziamento gástrico Possui uma espessura da musculatura circular maior do que nas porções anteriores do antro gástrico que permanece em leve contração tônica quase o tempo todo e por isso é denominado esfíncter pilórico. Sob contração tônica normal, se abre o suficiente para passagem de água e de outros líquidos do estomago para o duodeno e evita a passagem de alimentos até serem sidos misturados no quimo para a consistência quase liquida. Seu grau de constrição aumenta ou diminui sob ação de sinais nervosos e hormonais (estomago e duodeno). 4. REGULAÇÃO E ESVAZIAMENTO GÁSTRICO Velocidade e intensidade são controladas por sinais do estômago e do duodeno. 4.1 Fatores gástricos que promovem o esvaziamento 4.1.1 Efeito do volume gástrico de alimento no ritmo de esvaziamento Volume de alimento maior promove maior esvaziamento gástrico, não por aumento de pressão de armazenamento no órgão, mas sim porque a dilatação da parede gástrica desencadeia reflexos mioentéricos locais que acentuam a atividade da bomba pilórica e, ao mesmo tempo, inibem o piloro. 4.1.2 Efeito do hormônio gastrina sobre o esvaziamento gástrico Liberado pelas células G pela mucosa antral, esse hormônio tem efeitos potentes sobre a secreção de suco gástrico muito acido pelas glândulas gástricas. Tem efeitos estimulantes brandos a moderados sobre as funções motoras do corpo do estomago e também parece intensificar a atividade da bomba pilórica, promovendo o esvaziamento gástrico. 4.2 Fatores duodenais que promovem o esvaziamento 4.2.1 Efeito inibitório dos reflexos nervosos enterogástricos de origem duodenal Capítulo 64 | FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO, MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO E MOVIMENTOS DO CÓLON Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 3 Reflexos nervosos são desencadeados na parede do duodeno quando o quimo entra no órgão, que voltam para o estômago e retardam ou interrompem o esvaziamento gástrico se o volume do quimo no duodeno for excessivo, inibindo fortemente as contrações propulsivas da “bomba pilórica” e aumentando o tônus do esfíncter pilórico. Os fatores que desencadeiam reflexos inibitórios são: a. Distensão do duodeno; b. Presença de qualquer irritação da mucosa duodenal; c. Acidez do quimo duoedenal; d. Osmolaridade do quimo; e. Presença de determinados produtos de degradação química no quimo (especialmente de proteínas e gorduras) As vias que mediam esses reflexos são: a. Diretamente do duodeno para o estomago pelo sistema nervoso entérico na parede intestinal; b. Pelos nervos extrínsecos que vão aos gânglios simpáticos pré-vertebrais e, então, retornam pelas fibras nervosas simpáticas inibidoras que inervam o estômago; c. Pelos ramos eferentes do nervo vago. 4.2.2 O feedback hormonal a partir do duodeno inibe o esvaziamentogástrico – o papel das gorduras e do hormônio colecistocinina (CCK) A entrada de gorduras no duodeno, por ligação a “receptores” das células epiteliais, provoca liberação de hormônios pelo epitélio jejunal e duodenal, que são transportados por corrente sanguínea para o estomago onde inibem a bomba pilórica, ao mesmo tempo em que aumentam a força de contração do esfíncter pilórico, inibindo o esvaziamento gástrico. Isso é importante porque a digestão de gorduras é mais lenta quando comparada à da maioria dos outros alimentos. O hormônio mais importante é a CCK, que é liberada na mucosa do jejuno, bloqueando a motilidade gástrica causada pela gastrina. Outros possíveis inibidores são a secretina e o GIP (peptídeo insulinotrópico dependente de glicose ou peptídeo inibidor gástrico). MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO Embora sejam divididos em duas classes, todos os movimentos do intestino delgado causam um grau de mistura e de propulsão. 1. CONTRAÇÕES DE MISTURA (CONTRAÇÕES DE SEGMENTAÇÃO) As contrações concêntricas provocadas pela distensão do quimo no intestino delgado causam segmentação no órgão, o dando uma aparência de um grupo de salsicha. Quando uma serie de contrações de segmentação se relaxa, outra se inicia (em pontos entre os locais anteriores contraídos). Essa segmentação divide o quimo 2 a 3 vezes por minuto, provendo sua mistura a secreções intestinais. A frequência máxima das contrações é determinada pela frequência das ondas elétricas lentas (cerca de 12 por minuto sob estimulação extrema). Elas ficam fracas quando a atividade excitatória do sistema nervoso entérico é bloqueada pelo fármaco atropina. Portanto, embora sejam as ondas elétricas lentas que provoquem as contrações de segmentação, elas não são efetivas sem a excitação de fundo do plexo nervoso mioentérico. Capítulo 64 | FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO, MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO E MOVIMENTOS DO CÓLON Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 4 2. MOVIMENTOS PROPULSIVOS 2.1 Peristalse no intestino delgado Ondas peristálticas impulsionam o quimo ao longo do intestino delgado numa velocidade de 0,5 a 2,0 cm/s, mais rápidas no intestino proximal e mais lentas no intestino distal. Isso resulta em uma média de 1 cm/min, significando que a passagem do quimo do piloro até a válvula ileocecal dura de 3 a 5 horas. 2.2 Controle do peristaltismo por sinais nervosos e hormonais A atividade peristáltica é bastante intensa após refeições devido à entrada do quimo no duodeno que (distende sua parede) e pelo reflexo gastroentérico provocado pela distensão do estômago e conduzido, pelo plexo mioentérico da parede do estômago, até o intestino delgado. Além de conduzir o quimo, as ondas peristálticas o distribuem ao longo da mucosa intestinal, intensificando-se a medida que mais quimo entra no duodeno. Quando o quimo chega na válvula ileocecal, o quimo pode ficar ali retido por horas até que o individuo faça outra refeição – porque, aqui, o reflexo gastroielal intensifica o peristaltismo no íleo e força o quimo remanescente a passar pela válvula ileocecal para o ceco do intestino grosso. Os hormônios gastrina, CCK, insulina, motilina e serotonina intensificam a motilidade intestinal e a scretina e o glucagon inibem a motilidade do intestino delgado. 2.3 Surto peristáltico A irritação intensa da mucosa intestinal, como ocorre em casos graves de diarreia infecciosa, pode causar peristalse intensa e grave desencadeada, em parte, por reflexos nervosos que envolvem o SNA e o tronco cerebral e, em parte, pela intensificação intrínseca de reflexos no plexo mioentérico da parede do trato intestinal. Isso ocorre para que o quimo irritativo e a distensão extensiva sejam eliminados do trato intestinal. 3. A VÁLVULA ILEOCECAL EVITA O REFLUXO DO CÓLON PARA O INTESTINO DELGADO A válvula ileocecal se projeta para o lúmen do ceco e é fechada quando o aumento da pressão no ceco empurra o conteúdo contra a abertura da válvula, que usualmente resiste à pressão reversa de 50 a 60 centímetros de água. Anatomicamente, alguns centímetros acima da válvula ileocecal, existe o esfíncter ileocecal que geralmente permanece levemente contraído e retarda o esvaziamento do conteúdo ileal no ceco. Contudo, logo após a refeição, o reflexo gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo e lança o conteúdo ileal no ceco. Essa resistência ao esvaziamento pela válvula prolonga a permanência do quimo no íleo, facilitando a absorção no órgão. Cerca de 1500 a 2000 ml de quimo se esvaziam no ceco diariamente. 3.1 Controle por feedback do esfíncter ileoceceal O grau da contração do esfíncter ileocecal e a intensidade do peristaltismo no íleo terminal são controlados por reflexos originados no ceco mediados pelo plexo mioentérico na parede do trato intestinal e pelos nervos autônomos extrínsecos. A contração se intensifica e o peristaltismo ileal é inibido quando o ceco se distende, retardando o esvaziamento de quimo para o ceco. Ainda, qualquer irritação no ceco retarda o esvaziamento por meio de espasmo intenso do esfíncter e paralisia parcial do íleo, por exemplo. MOVIMENTOS DO CÓLON Capítulo 64 | FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO, MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO E MOVIMENTOS DO CÓLON Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 5 Principais funções do cólon: a. Absorção de agua e de eletrólitos do quimo para formar fezes solidas; b. Armazenamento de material fecal (até que possa ser expelido). c. Metade proximal do cólon: absorção. d. Metade distal do cólon: armazenamento. Não são necessários movimentos intensos para essas funções, por isso os movimentos do cólon são geralmente lentos, com características semelhantes às do intestino delgado. 1. MOVIMENTOS DE MISTURA – “HAUSTRAÇÕES” Semelhantes às do intestino delgado, ocorrem por meio de grandes constrições circulares, contraindo cerca de 2,5 cm de musculo circular por constrição podendo, às vezes, ocluir o lúmen do cólon. Ao mesmo tempo, as tênias cólicas, porção de musculo longitudinal, se contraem. Ambas as constrições fazem com que a porção não estimulada do intestino grosso se infle em sacos denominados haustrações. Cada haustração atinge a intensidade máxima em cerca de 30s e desaparece nos próximos 60s, podendo se mover lentamente na direção do ânus, durante a contração, em especial no ceco e no cólon ascendente e, assim, contribuem com alguma propulsão do conteúdo colônico para adiante. Isso faz com que todo o material fecal entre gradualmente em contato com a mucosa do IG, aumentando progressivamente a absorção de líquidos e outras substancias. 2. MOVIMENTOS PROPULSIVOS – “MOVIMENTOS DE MASSA” Resultantes de contrações haustrais lentas e persistentes (o quimo leva de 8 a 15 horas para se mover da válvula ileocecal para o cólon e só se torna fecal em qualidade quando passa do material semilíquido para semissólido). Do ceco ao sigmoide, movimentos de massa podem, por vários minutos a cada surto, assumir o papel propulsivo (ocorrem cerca de 3 vezes por dia). São um tipo modificado de peristaltismo e se caracterizam pela seguinte sequencia: 1º) Anel constritivo: ocorre em resposta à distensão ou irritação em um ponto no cólon (geralmente no transverso). 2º) Distal ao anel constritivo: haustrações desaparecem e o segmento passa a se contrario como unidade, impulsionando o material fecal em massa para regiões mais adiante do cólon. A contração desenvolve progressivamente por volta de 30s e o relaxamento ocorre nos próximos 3 minutos. 3º) Mais adiante no cólon: ocorrem outros movimentos de massa. Essa série de movimentos se mantém por 10 a 30 minutos. Cessam para retornarmais ou menos meio dia depois. Quando forçarem a massa de fezes para o reto, surge a vontade de defecar. 3. INICIAÇÃO DE MOVIMENTOS DE MASSA POR REFLEXOS GASTROCÓLICOS DE DUODENOCÓLICOS Reflexos gastrocólicos de duodenocólicos facilitam os movimentos de massa depois das refeições e são resultantes da distensão do estomago e do duodeno. Transmitidos por meio do SNA, podem estar ausente ou ocorrerem raramente quando os nervos autônomos extrínsecos ao cólon tiverem sido removidos. Irritações no cólon também podem iniciar intensos movimentos de massa. 4. DEFECAÇÃO Capítulo 64 | FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO, MOVIMENTOS DO INTESTINO DELGADO E MOVIMENTOS DO CÓLON Yala Figueiredo | Medicina UNIFENAS XXXIV 6 O reto fica vazio a maior parte do tempo devido à existência de um fraco esfíncter funcional perto do ânus e de uma angulação aguda nesse local que contribui com a resistência adicional ao enchimento do reto. Quando movimentos de contração forçam a massa de fezes para o reto, surge a vontade de defecar, com a contração reflexa do reto e o relaxamento dos esfíncteres anais. A passagem de material fecal pelo ânus é evitada pela constrição tônica do esfíncter anal interno e do esfíncter anal externo (fibras nervosas do n. pudendo mantém o externo contraído). 4.1 Reflexos da defecação Iniciada por reflexos da defecação, como o reflexo intrínseco (SNentérico local na parede do reto). Distensão da parede do reto desencadeia sinais aferentes que se propagam pelo plexo mioentérico para dar inicio a ondas peristálticas no cólon descendente, sigmoide e no reto, empurrando as fezes na direção do reto. À medida que a onda peristáltica se aproxima do ânus, o esfíncter anal interno se relaxa, por sinais inibidores do plexo mioentérico; se o esfíncter anal externo estiver relaxado consciente e voluntariamente, ocorre a defecação. Sozinho, o reflexo intrínseco é relativamente fraco. Ele precisa do reflexo de defecação parassimpático (segmentos sacros da medula espinal) para ser efetivo. Quando as terminações nervosas no reto são estimuladas, os sinais são transmitidos para a medula espinal e de volta ao cólon descendente, sigmoide reto e ânus, por fibras nervosas parassimpáticas nos nn. pélvicos que intensificam bastante as ondas peristálticas e relaxam o esfíncter anal interno, convertendo o reflexo de defecação mioentérico intrínseco de efeito fraco a processo intenso de defecação que, por vezes, é efetivo para o esvaziamento do intestino grosso compreendido entre a curvatura esplênica do cólon até o ânus. Outros efeitos são iniciados quando sinais de defecação entram na medula espinal. Eles podem ser propositalmente ativados, mas nunca são tão eficazes como os que surgem naturalmente (por isso que pessoas que inibem com muita frequência seus reflexos naturais tendam mais a ter constipação grave). Esses sinais são: a. Inspiração profunda; b. Fechamento da glote; c. Contração dos mm. da parede abdominal, forçando os conteúdos fecais do cólon para baixo e relaxando o assoalho pélvico, projetando-o para baixo e empurrando o anel anal para baixo para eliminar as fezes. Recém-nascidos e pessoas com transecção da medula espinal têm esvaziamento automático do intestino devido à ausência do controle consciente exercido pela contração e pelo relaxamento voluntários do esfíncter anal externo.
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