Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza Observatório do Valongo MARTE Uma introdução ao planeta MARTE mini-curso Uma introdução ao planeta vermelho Prof. Gustavo F. Porto de Mello 2014 VÊNUS: projeto fracassado Tamanho: 95% da Terra Massa: 82% da Terra Temperatura: +457 oC Pressão: 90 atmosferas Rotação: 243 dias (retrógrada) Oceanos: NÃO MARTE: projeto fracassado? Tamanho: 53% da Terra Massa: 11% da Terra Temperatura: -55 oC Pressão: 0,01 atmosfera Rotação: 24,5 horas Oceanos: NÃO CO +NCO2+N2 TERRA: lar dos seres humanos Temperatura: +15 oC Pressão: 1 atmosfera Rotação: 24 horas Oceanos: 70% CO2+N2 O2+N2 MARTE: o deus da guerra na mitologia grega (Ares) Em diversas mitologias, a cor sanguínea de Marte foi associada a divindades ligadas à glória militar e à excelência nos campos de batalha. Sacrifícios eram oferecidos e augúrios aferidos na tentativa de prever e influenciar o resultado de conflitos militares. Representação de Ares em um vaso grego antigo Marte em conjunção com a estrela Régulo em 2010. Repare o contraste de cores: Régulo é quente e branco-azulado, e Marte possui cor de ferrugem. Escultura de Ares MARTE: a origem favorita dos invasores da Terra MARTE: destino padrão das sagas espaciais MARTE: um deserto congelado Primeiro cartão-postal da superfície de outro planeta?Primeiro cartão-postal da superfície de outro planeta? A sonda soviética Mars 3, em 1971, obteve o primeiro pouso suave em outro planeta na história da astronáutica. A sonda pousou em meio a uma violenta tempestade de areia e transmitiu dados durante 20 segundos antes de interromper a transmissão de sinais para a Terra.Mars 3 MARTE: um deserto congelado Sondas Viking (1976) Primeiro cartão-postal de outro planeta: em 1976 O “rosto” de Cidonia, fotografia da Viking Orbiter, 1976 MARTE: um deserto congelado A paisagem de Marte mostra semelhanças com desertos frios de altitude na Terra, como o de Gobi (Mongólia) e o de Atacama (Chile). Sondas Viking 1976 Deserto de Gobi – Mongólia e China Deserto de Gobi – Mongólia e China Deserto de Gobi – Mongólia e China As Terras Altas de Cidonia Cuidado! A internet está cheia de relatos de “especialistas” As Terras Altas de Cidonia “especialistas” “reanalisando”, “corrigindo” e “realçando” fotos originais da NASA. Tudo para mostrar que existe uma suposta conspiração Segundo alguns, a foto mostra “cidades”, “pirâmides” e outros artefatos. suposta conspiração internacional para ocultar descobertas espetaculares. Cidonia Sondas Viking (1976) As Terras Altas de Cidonia (1976) Obviamente tudo não passava de um efeito casual do ângulo de iluminação e da baixa resolução das imagens. As Terras Altas de Cidonia Claro que outras explicações são possíveis, como no Arquivo X, por exemplo. Atmosfera de Marte A atmosfera marciana tem menos de 1% da densidade da atmosfera terrestre, e é totalmente dominada pelo CO2, com o Ar e N2 como componentes secundários. Possui também traços de CO, O2, H2O, NO, Ne e outros alguns gases. Composição da Atmosfera Terrestre O que salta aos olhos ao compararmos as atmosferas dos dois planetas? MARTE: um deserto congelado Marte visto próximo da oposição, em telescó- pios de boa qualidade e A observação de Marte ao telescópio revela uma série de detalhes na superfície. Essas observações permitiram o mapeamento gro- sseiro do planeta desde o século XIX. Suas pios de boa qualidade e noites claras. limitações geraram o famoso mito dos “canais” de Marte, desmentidos pelas imagens das sondas espaciais. Marte possui dois satélites muito pequenos, que são prova- velmente asteróides capturados, e visíveis apenas com grandes telescópios.Terra e Lua como apareceriam vistas desde Marte, em telescópios amadores Montagem ilustrando como seriam visualizadas a Terra e Lua, observadas em condições semelhantes às que normalmente observamos Marte Fobos e Deimos Marte possui dois pequenos satélites naturais conhecidos, provavelmente asteróides capturados. Seus períodos orbitais são de 8h e 30h.orbitais são de 8h e 30h. Visto da superfície de Marte ( no equador), Fobos teria 1/3 do diâmetro aparente com que vemos nossa Lua. Deimos seria apenas um ponto brilhante. 27 km16 km Fobos é tão rápido que nasce no oeste e se põe no leste, nascendo novamente Fobos é tão rápido que nasce no oeste e se põe no leste, nascendo novamente em apenas onze horas. Ocorrem eclipses lunares de Fobos em quase todas as órbitas para alguns lugares no equador – durando apenas 30 segundos cada! Deimos está próximo da órbita geoestacionária e tem comportamento “normal”, nascendo no leste e se pondo no oeste, porém muito lentamente, levando dois dias e 17 horas para cruzar todo o céu. Fobos e Deimos Ambos os satélites, assim como a lua terrestre, estão gravitacionalmente travados, mostrando sempre a mesma face para Marte. Fobos circunda Marte mais rapidamente do que a rotação do planeta, e sua Fobos circunda Marte mais rapidamente do que a rotação do planeta, e sua órbita está lentamente decaindo em direção à Marte. No futuro distante ele se aproximará tanto de Marte que será estraçalhado por efeitos de maré, gerando um anel ao redor do planeta. Deimos, como a Lua terrestre, está lentamente se afastando de Marte e possui órbita estável. MARTE como um planeta Mapa visual de Marte desenhado por Giovani Schiaparelli em 1888, no qual ele usou a palavra canali, em italiano, significando sulcos superficiais de origem natural. Sua interpretação não envolvia a presença de vida inteligente em Marte... MARTE como um planeta As publicações de Percival Lowell entre 1895 e 1908, por outro lado, defendiam a idéia de que estas estruturas seriam artificiais (em inglês, a palavra canal significa uma obra de engenharia), e ele descreveu uma visão romântica de uma civilização agonizante se esforçando para trazer água dos pólos para as regiões áridas do equador. Observando Marte: as oposições Órbitas de Marte e da Terra, ilustrando a variação de distância entre os planetas durante a oposição de Marteoposição de Marte A principal razão da alta elipticidade (ou excentricidade) da órbita marciana é a proximidade do planeta Júpiter e sua poderosa influência A grande elipticidade da órbita marciana produz grandes variações de insolação sobre o planeta, e oposições excepcionalmente favoráveis apenas quando a Terra está na sua maior distância do Sol (afélio) e Marte está na sua menor distância (periélio). oposição favorável oposição desfavorável poderosa influência gravitacional Órbitas de Marte e da Terra Observando Marte: as oposições Mapa das oposições de oposições de Marte, vistas em um referencial fixo no planeta Terra, entre os anos de 2003 e 2018. Observando Marte: as oposições A oposição de Marte de 2003 foi a mais favorável Observando Marte: as oposições a mais favorável dos últimos 60.000 anos! E tem uma ainda melhor vindo em breve! Em breve! Em agosto de 2287... quem viver, verá! Programando-se com antecedência! A Semana de Marte de 2018 Teremos uma excelente oposição de Marte em julho de 2018 MARTE: um deserto congelado Tempestades de poeira globais no sentido estrito da palavra periodicamente cobrem completamente a superfície de Marte, sempre no início do verão do hemisfério austral, que ocorre quando Marte está no periélio, ponto mais próximo do Sol em sua órbita. São os maiores fenômenos de seu tipo em todo o Sistema Solar. MARTE: um deserto congelado nuvens de vapor d’água:condensação matutina próxima das regiões altas e nas bordas de cânions, em função da evolução da temperatura ao longo do dia. calotas polares de água: mostram crescimento sazonal regular, como na Terra, variando conforme os ciclos climáticos e as estações. MARTE: um deserto congelado calota polar sul calota polar norte Ambas as calotas polares são formadas por gelo de água, com uma cobertura de dióxido de carbono congelado. Olympus Mons MARTE: um deserto congelado Os maiores vulcões do sistema solar: 29.000 m de altura A Topografia Marciana O terreno do hemisfério norte é muito mais suave e menos acidentado do que no sul. A datação de crateras mostra também que os terrenos mais velhos e primordiais são austrais. Uma possível explicação (controversa!) para essa assimetria é um gigantesco impacto no passado, no hemisfério norte, aplainando o terreno globalmente. A Topografia Marciana O vulcanismo em Marte foi dominado no passado pelas estruturas do bojo de Tharsis. Não há evidência de concentração de vulcanismo e tectonismo nas bordas de eventuais placas tectônicas. As cadeias de montanhas em Marte estão associadas a impactos ou a fenômenos de dobramento e falhamento. O planeta, geologicamente falando, é muito menos ativo que a Terra e Vênus. Sendo Marte bem menor, forças geológicas localiza- das possuem grande capacidade de produzir assimetrias locais intensas! O Grande Bojo de Tarsis O chamado Grande BojoEquatorial da região de Tarsis possui uma enorme concen- tração de vulcões no estilo de shield volcano. A região é dominada por derrames de lava de enorme extensão. A região de Tarsis imprime no mapa gravimétrico de Marte uma clara assimetria. A existência desse tipo de estrutura mostra o quanto um planeta pequeno pode ser influenciado por um evento localizado. Forças geológicas internas que porventura seinternas que porventura se concentrem em uma região do manto possuem maior poder de deformar localmente a crosta se o planeta é pequeno. Este efeito é menor em Vênus e na Terra, que são muito maiores que Marte. O Grande Bojo de Tarsis Esse globo mostra o relevo de Marte (a altimetria) artificialmente exagerado por um fator de trinta em relação às dimensões do planeta. Fica bem clara a magnitude do chamado bojo de Tharsis em relação aoBojo de Tharsis de Tharsis em relação ao corpo do planeta. Este tipo de assimetria é uma função do tamanho do planeta. A capacidade das forças geológicas internas, de caráter localizado, de moldar a morfologia super-Vallis Marineris moldar a morfologia super-ficial é muito mais intensa em planetas pequenos. Isto explicaria, de modo unificado, a assimetria norte-sul, assim como a existência de grandes irregularidades localizadas, tais como Tharsis. Vallis Marineris MARTE: um deserto congelado Manipulação fotográfica de uma imagem orbital, mostrando Olympus Mons em relevo MARTE: um deserto congelado Parecido com a Terra, porém muito mais frio e seco Vallis Marineris O gigantesco sistema de cânions sistema de cânions conhecido como Vallis Marineris é uma das maiores estruturas de seu tipo em nosso Sistema Solar Possui um comprimento total de 4.000 km, cerca de 200 km de largura em alguns trechos, e uma profundidade de até 7 km. Sistema Solar Vallis Marineris em escala O globo de relevo marcia- no mostra uma nítida assimetria, com terras al- tas, montanhas e platôs norte A Topografia Marciana tas, montanhas e platôs elevados no hemisfério sul, ao passo que o he- misfério norte é dominado por terras baixas, planíci- es, e um relevo em geral muito menos acidentado. Mais uma vez, evidênciaMais uma vez, evidência da assimetria que os pro- cessos geológicos podem imprimir em planetas de pequeno porte.sul O Clima de Marte Marte é o planeta com o clima e as estações do ano mais semelhantes às da Terra em todo o Sistema Solar. As estações do ano duram cerca de duas vezes mais, e o planeta recebe apenas 43% da energia que a Terra recebe do Sol. A temperatura média em Marte é de -55 oC, em contraste com +15 oC na Terra. Os em contraste com +15 oC na Terra. Os extremos são de -140 oC nos pólos, mas no equador a temperatura pode chegar a até +35oC. As sondas Viking registraram temperaturas entre -20 oC e -110 oC. As diferenças entre o dia e a noite são extremas porque a atmosfera de Marte é muito rarefeita. Diferenças intensas são também provocadas pela excentricidade orbital de Marte, que é muito superior à da Terra. O verão do hemisfério sul cai no periélio, ou ponto de máxima aproximação do Sol, e o inverno do sul cai no afélio, ponto de maior afastamento – o que causa estações extremadas no sul. Verkhoyansk e Oymyakon - Rússia The Northern Pole of Cold: os lugares permanentemente habitados da Terra com as mais baixas temperaturas registradas. Verkhoyansk e Oymyakon Em Vherkoyansk, as temperaturas médias em janeiro são de -45 oC; já foram registradas temperaturas abaixo de -60 oC em todos os dias do mês de janeiro. No verão a temperatura normalmente supera os +30 oC, e amplitude térmica anual é maior do que 100 oC! A temperatura média anual é de -15 oC. Verkhoyansk e Oymyakon Verkhoyansk e Oymyakon Tempestades de poeira: em qual planeta do Sistema Solar? Tempestades de poeira: em qual planeta do Sistema Solar? Um cartão postal do inverno marciano: neve de gás carbônico (gelo seco) Marte habitável no passado? água no passado? Duas fotos das sondas Viking, em 1976 Foto da sonda Mars Global Surveyor Marte habitável no passado? água no passado?Foto da sonda Viking, em 1976 Em qual planeta do Sistema Solar??? Vales “dendríticos”, evidência de fluxos líquidos estruturados Vales “dendríticos”, evidência de fluxos líquidos estruturados Em qual planeta do Sistema Solar??? Ciclos de degelo em vales secos Ciclos de degelo em vales secos Mars Global Surveyor Mars Global Surveyor Mars Global Surveyor Oceanos extensos no passado? Marte habitável no passado? Simulação de preenchimento oceânico nas bacias sedimentares marcianas Embora exista uma enorme controvérsia, há razoável evidência de que há bilhões de anos atrás, o clima, a Marte habitável no passado? anos atrás, o clima, a atmosfera, as faixas de temperatura e condições superficiais em Marte, de um modo geral, eram bastante diferentes das que são observadas hoje em dia. A Terra e Vênus também mostram evidência de extensa evolução desde a origem do Sistema Solar. Representação artística de um possível Marte primitivo MARTE: evidência de oceano no passado ? Sonda Opportunity (NASA) Deposição mineral no solo de Marte (microfotografia) sugerindo formação em meio aquoso de vários metros de profundidade. ÁGUA CONGELADA em uma cratera marciana Mars Reconnaissance Orbiter O mais sofisticado sistema de lentes e câmeras jamais enviados a outro planeta Sondas Spirit & Opportunity (NASA) O lugar já está cheio de marcas de pneus... Sondas Spirit & Opportunity (NASA) Sondas Spirit & Opportunity (NASA) Sondas Spirit & Opportunity (NASA) Sondas Spirit & Opportunity (NASA) Dunas arenosas Mars Reconnaissance Orbiter Dunas arenosas International Space Station Deserto da Líbia, Marzuq Atacama, Chile Atacama, Chile Missão Phoenix Em 2008 Objetivo: obter evidência direta de água subterrânea Missão Phoenix Um cartão postal do pólo norte de Marte Missão Phoenix Evapotranspiração de água exposta à de água exposta à atmosfera Os resultados da Phoenix sugerem fortemente a presença abundante de águalogo abaixo da logo abaixo da superfície, nas latitu- des elevadas. A quantidade de água poderia chegar a 50% do solo. Missão Phoenix Terra Marte primitivo Missão Curiosity Primeira missão de solo com fonte de energia nuclear. O maior, mais completo e completo e sofisticado veículo de solo (rover) já enviado a qualquer planeta do Sistema Solar. Missões a Marte: 2014 MAVEN Evolução Atmosférica e Volátil de Marte Missão Orbital de Marte Chegada em Marte: 22 de setembro de 2014 Chegada em Marte em 24 de setembro de 2014 MangalyaanMangalyaan Meteoritos de Marte É perfeitamente possível, de fato inevitável, que impactos sobre a superfície de Marte provoquem a ejeção de rochas com energia suficiente para escapar do planeta e chegar até a Terra. Após períodos em órbita que podem chegar a muitos milhões de anos, uma fração não desprezível dessas rochas irá impactar com a Terra, tornando-sefração não desprezível dessas rochas irá impactar com a Terra, tornando-se meteoritos marcianos. De fato, dos cerca de 53.000 meteoritos catalogados na Terra, cerca de 100, ou 0,19% do total, tem sua origem atribuída à Marte (dados de 2011) Nakhlite NWA998 Chassignite NWA2737 Allan Hills 84001 Microfósseis em Marte? O caso do meteorito ALH84001 Foi coletado na Antártida em 1984, 13.000 anos depois de se ter dado o impacto na Terra. Sua mineralogia mostra que ele foi arrancado da crosta de Marte de modo violento. Tem 1.9 kg. Estrutura de piroxênio com veios de minerais Possui 4.5 bilhões de anos de idade, e sofreu uma exposição no espaço de 16 milhões de anos (pós-impacto em Marte). Resultado do derretimento ígneo e cristalização da crosta marciana primitiva. veios de minerais carbonados (calcita) Minerais carbonados formados em fraturas pré-existentes (similarmente a fósseis terrestres em calcáreo)) Microfósseis em Marte? O caso do meteorito ALH84001 terrestres em calcáreo)) 20 a 100 µm Microfósseis em Marte? O caso do meteorito ALH84001 Microfósseis em Marte? O caso do meteorito ALH84001 Colonizando Marte? A Terraformização de Marte Marte se apresenta próximo das condições confortáveis para a habitabilidade humana. Uma série enorme de questões éticas se levanta quando pensamos em alterar o ambiente de Marte para torná-lo mais adequado a nós, e, possivelmente um dia, totalmente habitável. Muitos autores desenvolveram argumentos sobre como é possível explorar Marte hoje, de maneira tripulada e com custos modestos; como sobreviver em Marte por longos períodos de tempo, usando recursos locais; e de como a colonização de Marte está ao alcance de progressos tecnológicos singelos se comparados ao que já foi feito em exploração espacial. Essas empreitadas poderiam estar sendo realizadas desde os anos 70, na verdade! A Terraformização de Marte Para os apreciadores de ficção científica da mais alta qualidade, o autor americano Kim Stanley Robinson escreveu uma trilogia de romances, cientificamente muito bem embasada, sobre a exploração e colonização de Marte nos séculos XXI e XXII. Praticamente tudo que você quis saber sobre Marte e o papel que o planeta poderá vir a ter no futuro e sobrevivência da humanidade. A Terraformização de Marte Existe um enorme reservatório de CO2 na superfície de Marte, um excelente gás de efeito estufa, e sua liberação na atmosfera seria o primeiro passo deste processo, primeiro passo deste processo, aquecendo o planeta e liberando ainda mais CO2 na atmosfera. A total evaporação das calotas polares de Marte poderia ser feita em décadas. talvez em menos de uma década. Uma vez obtida essa nova situação, Uma vez obtida essa nova situação, ela seria um novo ponto de equilíbrio e mesmo com a retirada do processo de aquecimento artificial, a nova atmosfera permaneceria. Técnicas possíveis para aumentar a temperatura nos pólos de Marte e colocar o efeito estufa em ação: explosões nucleares nas calotas polares, espelhos orbitais, gases artificiais de efeito estufa (p. ex., CFCs), ou colonizar os pólos com bactérias geneticamente projetadas. Se Marte tivesse metade da massa da Terra ... Possuiria um campo magnético capaz de proteger a atmosfera da erosão de impacto Seria um planeta frio e seco, mas habitável de impacto Poderia ter mantido atividade geológica intensa até hoje Poderia ter retido algum nível de oceanos Alguns corpos do Sistema Solar Lua Marte Pará A Terraformização de Marte Um ponto central da argumentação de Zubrin é que é possível empurrar artificialmente a dinâmica atmosférica de Marte para atmosférica de Marte para um efeito estufa galopante, ou seja, colocar o estado termoquímico da atmosfera em um ponto no qual ela naturalmente irá desenvolver-se em direção a pressões atmosféricas pressões atmosféricas maiores e temperaturas mais altas, utilizando apenas o conceito de feedback positivo do próprio sistema natural. A pressão de vapor é aquela na qual um volátil estabelece equilíbrio com a pressão ambiente. O ponto de ebulição é aquele na qual esta pressão iguala a pressão ambiente. Valores de pressão (ou temperatura) ambiente acima da pressão (ou temperatura) de vapor levam o volátil para a fase gasosa espontaneamente; valores abaixo dela, condensam o volátil. Um aumento global de temperatura de apenas 4 K levaria os dois pontos de equilíbrio, A e B, a se juntarem.
Compartilhar