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Plano de Aula: A origem do Estado: principais linhas teóricas (2ª parte) CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 Título A origem do Estado: principais linhas teóricas (2ª parte) Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 3 Tema A origem do Estado: principais linhas teóricas (2ª parte) Objetivos O aluno deverá ser capaz de: 1 - compreender as linhas teóricas e características que fundamentam a teoria do contrato social de John Locke, relacionando-as ao Estado Liberal que vai se construindo no período; 2 - entender as linhas teóricas e características que fundamentam a teoria do contrato social em J.J. Rousseau, relacionando-as à formação de um ideário democrático (plebiscitário) e antiabsolutista; 3 - apontar as características principais que definem as Teorias Coletivistas e as Teorias do Estado de Direito como teorias que (também) buscam explicar a origem do fenômeno estatal. Estrutura do Conteúdo O conteúdo desta aula será apresentado com base nos conteúdos estabelecidos no Ca pítulo 2 do Livro Didático de Ciência Política, mais especificamente a partir do item 2.2.2 até o fim do citado Capítulo, situado na Unidade I. Não deixe de lê-lo em momento anterior à sua apresentação pelo professor. Tópicos: O Contratualismo lockeano - Se o contratualismo hobbesiano é considerado uma das principais linhas teóricas fundamentadoras do absolutismo moderno, o contratualismo lockeano se distinguirá por ser um dos principais alicerces teóricos do liberalismo político. Estão presentes no pensam ento de Locke algumas das principais linhas de defesa dos direitos fundamentais de liberdades (as liberdades públicas) hoje presentes nas constituições contemporâneas. Na concepção do filósofo inglês, aos direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade (anteriores a qualquer decisão política tomada pelos detentores do poder) se junta, como garantia de que serão estes respeitados, o direito a resistir ao tirano que não estiver apto a garanti-los. O Contratualismo rousseauniano - O contratualismo rousseauniano parte do pressuposto da necessidade de se estabelecer um pacto legítimo, que lhes devolva a liberdade natural perdida com o surgimento das relações sociais. Para isso, o corpo soberano formado pelo povo (concomitantemente súdito e soberano) é quem detém os poderes para elaborar as leis, de forma a reforçar a concepção de legitimidade advindo desta (as leis são dirigidas a quem as fez). Assim, o governo (corpo administrativo) está absolutamente limitado pela vontade geral (lei) do povo soberano que tem a função de submeter as vontades particulares. Com isso, a visão rousseauniana concebe que a representação política não deve se dar por meio de uma democracia representativa, mas sim por intermédio de uma democracia direta, nos moldes daquela experimentada pelos gregos. Embora a participação democrática do povo se aprofunde no pensamento rousseauniano, neste não encontramos uma boa fundamentação para os hoje denominados direitos fundamentais, visto que a vontade geral (lei do ponto de vista político) se impõe contra qualquer outro direito. Aplicação Prática Teórica Caso 1- Na visão de Locke e Rousseau os homens são completamente livres conforme a sua natureza, pelo que são criaturas marcadas pela bondade. Sendo certo que com o surgimento da propriedad e o homem abandona a sua condição natural, pode-se afirmar que a propriedade surge da mesma forma e tem os mesmos efeitos na formação do Estado para ambos os autores?
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