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TUTORIA 1 abdome agudo (hellen)

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Hellen Karinne
 TUTORIA 1
 ABDOME AGUDO
1) Compreender o abdome agudo, seus tipos e causas. 
O termo abdômen agudo é como uma dor na região abdominal, não traumática, de aparecimento súbito e de intensidade variável associada ou não a outros sintomas. Geralmente com duração de horas até quatro dias, não ultrapassando sete dias. Em geral, necessita de intervenção médica imediata, cirúrgica ou não.
Quadro clínico abdominal caracterizado por dor, de início súbito ou de evolução progressiva, que necessita de definição diagnóstica e de conduta terapêutica imediata. Muitas doenças, algumas das quais não necessitam de tratamento cirúrgico, causam dor abdominal, de modo que a avaliação de pacientes com dor abdominal deve ser metódica e cuidadosa. Como existe, com freqüência, um distúrbio intra-abdominal progressivo, o retardo do diagnóstico e do tratamento afetam o prognóstico.
Os tipos de abdome agudo é, portanto toda condição dolorosa desta parte do organismo, em geral de início súbito e que requer uma decisão rápida, seja ela clínica ou cirúrgica.Constitui um dos problemas mais importantes para o médico não só pela frequência com que ocorre como também elas dificuldades diagnósticas que pode vir a apresentar.
O conceito de abdome agudo pode ser simplificado como qualquer dor que acometa o abdome de um individuo previamene sadio, durante cerca de 6 horas e sendo necessário uma intervenção clínica ou cirúrgica.
O Abdome agudo pode ser classificado por meio da sua respectiva fisiopatologia: 
Abdome Agudo inflamatório: A Dor apresenta uma característica variável, apresenta uma progressão de acordo com a causa. Geralmente é associada a náuseas, vômitos, mal-estar geral febre, sinais de irritação peritoneal( sensibilidade dolorosa á palpação, abdome contraido ou em tábua, ausência de respiração abdominal, etc) As principais causa são: apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda, doença inflamatória pélvica, diverticulite aguda 
Abdome agudo obstrutivo: A dor tende a ser do tipo cólica e o paciente tende a apresentar um abdome distendido. O que acontece geralmente, é uma parada de eliminação de gases e fezes. O paciente pode apresentar náuseas e vômitos. A principais causas são: aderências(PO), neoplasias de cólon, volvo de sigmóide, bolo de áscaris, obstrução pilórica, hérnia , corpos estranhos, cálculo biliar.
Abdome agudo perfurativo: É o tipo de abdome que mais causa peritonite. A dor abdomial é de forte intensidade, fazendo com que apareça o abdome tábua.É caracterizado principalmente pelo pneumoperitônio e história anterior de úlcera. As principais causa sã: úlcera péptica, neoplasia gastro-intestinal perfurada, amebíase, febre tifóide, divertículos do cólon, dentre outros. •
Abdome agudo vascular (isquêmico): Dor abdominal intensa relacionada com história anterior de arteriopatias crônicas, IAM, AVC, claudicação abdominal(dor após a alimentação). O que acontece é uma eliminação de líquido necrótico causada por trombose arterial periférica, embolia arterial ou trombose venosa mesentérica. As principais causas são: isquemia intestinal, trombose mesentérica, torção do omento, torção de pedículo de cisto ovariano, infarto esplênico, dentre outros. •
Abdome agudo hemorrágico: Tende a cursar com dor abdominal intensa, síndrome hipovolêmica, sinais de irritação peritoneal. As principais causas são: gravidez ectópica rota, ruptura do baço, ruptura de aneurisma de aorta abdominal, cisto ovariano hemorrágico, necrose tumoral, endometriose, dentre outros.
Abdome Agudo - Síndromes Clínicas 
• Inflamatório: dor insidiosa e com piora progressiva, febre, peritonite localizada ou difusa 
• Perfurativo: dor com piora súbita, intensa, aguda e persistente, peritonite, palidez, sudorese, evoluido para o choque séptico se não tratado 
• Obstrutivo: distensão, parada de eliminação de flatus e fezes, náuseas/vômitos 
• Vascular/isquêmico: dor intensa súbita, tipo cólica, desproporcional ao exame físico, podendo evoluir para peritonite 
• Hemorrágico (extra-luminal): Dor súbita e sinais de choque hipovolêmico 
Quadro 1: Causas comuns de abdômen agudo 
• Distúrbios do trato gastrintestinal
Dor abdominal inespecífica
Apendicite aguda
Obstrução intestinal
Ulcera péptica perfurada
Hérnia encarcerada Perfuração intestinal Diverticulite aguda
Diverticulite de Meckel 
Síndrome de Boerhaave 
Distúrbios intestinais inflamatórios 
Gastrenterite aguda e gastrite aguda
Adenite mesentética
Infecções parasitárias 
• Distúrbios do fígado, baço e trato biliar 
Colecistite aguda
Colangite aguda
Abscesso hepático íntegro ou roto
Tumor hepático roto 
Rotura espontânea do baço
 Infarto e abscesso esplênicos 
Cólica biliar 
Hepatite aguda 
Distúrbios pancreáticos 
Pancreatite aguda, pseudocistos do pâncreas infectados, abscessos pancreáticos
• Distúrbios do trato gênito-urinário 
Cólica renal ou ureteral 
Pielonefrite aguda 
Cistite aguda
Infarto renal
Orquiepididimite
• Distúrbios ginecológicos 
Prenhez ectópica rota
Torção de tumor de ovário 
Ruptura de cisto de folículo ovariano 
Salpingite aguda
Dismenorréia 
Endometriose
endometrite
• Distúrbios vasculares
Rotura de aneurisma: aorto-ilíaco, hepático, renal, esplênico e outros. 
Colite isquêmica aguda
Trombose mesentérica 
• Distúrbios peritoneais e retroperitoneais 
Abscessos intra-abdominais 
Peritonite primária 
Hemorragia retroperitoneal
2) Entender a propedêutica do abdome agudo inflamatória e infeccioso(fisiopatologia, etiopatogenia, quadro clinico, DX,trtamento, complicações)
O abdome agudo inflamatório pode ser definido como um quadro de dor abdominal, com as características inicialmente mencionadas, decorrente de um processo inflamatório e/ou infeccioso localizado na cavidade abdominal, ou em órgãos e estruturas adjacentes.
Etiopatogenia: Existem diversas causas de abdome agudo inflamatório, sendo as mais freqüentes a apendicite aguda, a colecistite aguda, a pancreatite aguda e a diverticulite por doença diverticular dos colos.
Fisiopatologia: 
 Os dados fisiopatológicos no abdome agudo inflamatório estão relacionados com a reação do peritônio e as modificações do funcionamento notrânsito intestinal. A cavidade peritoneal é revestida pelo peritônio, uma membrana serosa derivada do mesênquima que possui uma extensa rede capilar sangüínea e linfática, com função protetora por meio da exsudação, absorção e formação de aderências.
Topograficamente, a membrana peritoneal divide-se em visceral e parietal. O peritônio visceral é inervado pelo sistema nervoso autônomo e o peritônio parietal, pelo sistema nervoso cerebroespinal,o mesmo da musculatura da parede abdominal.
Todo agente inflamatório ou infeccioso, ao atingir o peritônio, acarreta irritação do mesmo, cuja intensidade é diretamente proporcional ao estádio do processo etiológico. Segue-se a instalação progressiva de íleo paralítico localizado ou generalizado. Esse fenômeno é justificado pela lei de Stokes que diz: “Toda vez que a serosa que envolve uma musculatura lisa sofre irritação, esta entra em paresia ou paralisia.” Por outro lado, a resposta do peritônio parietal exterioriza-se clinicamente por dor mais bem localizada e contratura da musculatura abdominal localizada ou generalizada, dependendo da evolução do processo. É importante salientar que a contratura muscular pode ser voluntária ou, mesmo, determinada por doença extra-abdominal.
De fato, podemos concluir que a dor abdominal secundária à irritação do peritônio visceral (autônoma) é mal localizada e origina-se pela disten são e contração das vísceras, enquanto a dor que segue a irritação do peritônio parietal (cerebroespinal) é contínua, progressiva, piorando com a movimentação e sendo também mais localizada.
3) Conhecer as classes e as indicações terapêuticas da gentamicina, clindamicina e doxiciclina. 
GENTAMICINA
Ações terapêuticas: Antibiótico sistêmico, tópico e oftálmico.
Gentamicina é um antibiótico da classe dos aminoglicosídeo que tem na sua composiçãoSulfato de Gentamicina, um composto capaz de inibir a produção de proteínas pelas bactérias, o que provoca a sua morte. Deste modo, a Gentamicina é assim capaz de combater eficazmente infecções causadas por bactérias sensíveis ao composto. Gentamicina é usada para infecções causadas por bactérias como Pseudomonas aeruginosa, Proteus sp., Escherichia coli, Klebsiella- Enterobacter Serratia sp., Citrobacter sp., Providencia sp., Staphylococcus sp. e Neisseria gonorrhoeae.
Mecanismo ação: os aminoglicosídios inibem a síntese de proteínas bacterianas. Sua penetração através da membrana celular da bactéria depende, em parte, do transporte ativo oxigênio-dependente por um sistema transportador poliamínico.
Resistência se dá pela falha na penetração do fármaco na parede celular, ou pela sua inativação por enzimas microbianas. - Espectro antimicrobiano: os aminoglicosídios são eficazes contra microrganismos aeróbicos gram negativos e alguns gram positivos. A gentamicina é o mais usad. 
- São altamente polares e não são absorvidos no TGI. - São utilizados principalmente em septicemia. - Podem causar ototoxidade e nefrotoxidade.
CLINDAMICINA 
Ações terapêuticas : Antibiótico
Mecanismo de ação:
- A clindamicina inibe a síntese de proteína, semelhante ao observado para os macrolídios e o cloranfenicol. 
- A clindamicina é ativa contra cocos gram positivos, incluindo estafilococos resistentes à penicilina, e contra muitas bactérias anaeróbicas
- Utilizada em infecções causadas por bacterióides, infecções das articulações e ossos causadas por estafilococos, e em conjuntivite estafilocócica. - Pode causar colite pseudomembranosa, que é a inflamação aguda do cólon devido uma toxina necrosante produzida pelo Clostridium dificile presente na flora intestinal.
Indicações : Tratamento de infecções ósseas por estafilococos; infecções geniturinárias, gastrintestinais e pneumonias por anaeróbios; septicemias por anaeróbios, estafilococos e estreptococos; infecções da pele e tecidos moles por germens suscetíveis.
Propriedades : Antibiótico sistêmico. Seu mecanismo de ação é exercido mediante a inibição da síntese protéica em bactérias sensíveis; une-se às subunidades 50 S dos ribossomos bacterianos e evita a formação das uniões peptídicas. Geralmente considerada bacteriostática, podendo, porém, ser bactericida quando usada em concentrações elevadas ou frente a microrganismos altamente sensíveis. É absorvida com rapidez no trato gastrintestinal e não é inativada no suco gástrico. Os alimentos não afetam sua absorção. Distribui-se amplamente e com rapidez na maioria dos líquidos e tecidos, exceto no líquido cefalorraquidiano; alcança concentrações elevadas no osso, bile e urina. Atravessa com facilidade a placenta. Sua união às proteínas é muito elevada. Metaboliza-se no fígado e alguns metabólitos podem ter atividade antibacteriana. Em crianças, aumenta a velocidade do metabolismo. É eliminada por via renal, biliar e intestinal. Excreta-se no leite materno
Reações adversas : Náuseas, vômitos, colite pseudomembranosa, hipersensibilidade, bloqueio neuromuscular, aumento reversível das transaminases hepáticas, trombocitopenia e granulocitopenia
DOXICICLINA
É uma tetraciclina
 Mecanismo de ação: as tetraciclinas inibem a síntese de proteínas ao competirem com tRNA pelo local de ligação. São apenas bacteriostáticos. - As tetraciclinas são quelantes de íons metálicos, portanto não devem ser administradas juntamente com leite, antiácidos ou preparações de ferro. - Deposita-se nos ossos e dentes amarelando-os.
4) Caracterizar os métodos complementares para diagnóstico de abdome agudo

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