Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
12/05/2016 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAESCOLA DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIACURSO: MEDICINA VETERINÁRIADISCIPLINA: AGROSTOLOGIA (MEV 137) PROCESSO DE FENAÇÃO PROF. REBECA RIBEIRO SALVADOR2015.2 INTRODUÇÃO • Conservação de forragem • Uso estratégico em época de escassez forrageira • Método de conservação: desidratação • O propósito da fenação é obter umaforragem desidratada de alta qualidade INTRODUÇÃO • Fenação: “conservação do valor nutritivo da forragem através da rápida desidratação, uma vez que a atividade respiratória das plantas, bem como a dos microrganismos é paralisada. Assim, a qualidade do feno está associada a fatores relacionados com as plantas que serão fenadas, às condições climáticas, durante a secagem, e ao sistema de armazenamento empregado.” (REIS et al., 2001) FENAÇÃO: VANTAGENS • Pode ser armazenado por longos períodos com pequenas alterações no valor nutritivo; • Grande número de espécies forrageiras podem ser usadas no processo; • Pode ser produzido e utilizado em grande e pequena escala; • Pode ser colhido armazenado e fornecido aos animais manualmente ou em processo mecanizado. FENAÇÃO: DESVANTAGENS • O elevado custo de aquisição de máquinas adequadas (no caso de processo automatizado); • Elevado custo com mão-de-obra por quilo de feno produzido em pequenas propriedades. FENO: CARACTERÍSTICAS • O teor de umidade normalmente está na faixa de 10 a 20%, o que equilíbrio com a umidade relativa do ar; • A conservação de forragens na forma de feno depende da prevenção dos processos biológicos, tais como crescimento de fungos e fermentação, em razão da baixa quantidade de água disponível. 12/05/2016 2 FORRAGEIRAS DE ESCOLHA PARA FENAÇÃO FENO: ESCOLHA DA FORRAGEIRA • Para escolha da planta a ser fenada devemos levar em consideração as suas características estruturais, tolerância ao corte, produtividade, capacidade de rebrota, qualidade nutricional, além da facilidade de secagem. FENO: ESCOLHA DA FORRAGEIRA • Algumas plantas dificultam o trabalho da segadeira, devido às suas características estruturais, ou ao seu hábito de crescimento. Neste caso, são mais fáceis de serem cortadas as plantas cespitosas, quando comparadas às estoloníferas e decumbentes. FENO: ESCOLHA DA FORRAGEIRA • O potencial de produção talvez seja o fator mais importante a ser considerado na escolha da espécie forrageira; • Esse fato pode ter influência na redução dos custos de produção, visto que na mesma área pode-se obter uma maior quantidade de feno. FENO: ESCOLHA DA FORRAGEIRA • A rebrota depende das condições de fertilidade e umidade do solo, bem como do grau de tolerância das forrageiras ao corte; • Um fator de extrema importância na determinação da capacidade de rebrota refere-se à precocidade do alongamento do caule da forrageira (gramínea), que é dado pela elevação do meristema apical acima do solo, tornando-se exposto à eliminação. FENO: ESCOLHA DA FORRAGEIRA • A facilidade de secagem é influenciada pela relação folha/haste, teor de cera das folhas, teor de umidade no momento do corte, número e abertura dos estômatos. Em geral, forrageiras mais folhosas são mais fáceis de serem fenadas. 12/05/2016 3 Principais características de uma planta para produção de feno são: • Boa quantidade das folhas; • Boa composição bromatológica; • Talos finos e pequenos; • Desidratação rápida após o corte; • Grande capacidade de produção; • Resistência a cortes frequentes. FENO: ESCOLHA DA FORRAGEIRA – em resumo: PROCESSO DE FENAÇÃO PROCESSO DE FENAÇÃO • O processo de fenação, tradicionalmente, abrange três etapas principais: 1. Corte; 2. Desidratação ou secagem; 3. Armazenamento. PROCESSO DE FENAÇÃO: CORTE PROCESSO DE FENAÇÃO - CORTE • Dilemas... • O período mais indicado para prática da fenação é a estação das águas melhor qualidade nutricional! • A ocorrência de chuva é o fator mais prejudicial à produção de feno! • O produtor deve manter-se atento à previsão do tempo e, às primeiras indicações de mudanças, tomar as providências adequadas para proteger o feno! • Manejo de corte: • Levar em conta as condições que asseguram a persistência da forrageira, tais como a frequência e a altura de corte; • As plantas forrageiras têm características morfofisiológicas que demandam diferentes alturas de corte! PROCESSO DE FENAÇÃO - CORTE 12/05/2016 4 • Manejo de corte: • Ex.: capim Tifton 85 (Cynodon), deve apresentar entre 45 a 50cm de altura no momento do corte para alcançar rendimentos satisfatórios. O corte deve ser feito a 10 cm do solo. PROCESSO DE FENAÇÃO - CORTE • Manejo de corte: • As condições ambientais X momento do corte: é importante realizar os cortes em dias ensolarados, pouca nebulosidade, baixa umidade relativa do ar, ocorrência de ventos e temperaturas elevadas. PROCESSO DE FENAÇÃO - CORTE • Manejo de corte: • O corte pode ser manual ou mecânico e, deve ser feito nas primeiras horas da manhã possibilita maior desidratação ao final do dia; • O corte manual pode ser feito empregando-se alfange, foice ou roçadeira costal. PROCESSO DE FENAÇÃO - CORTE • Manejo de corte: • O corte mecânico propriamente dito é feito com segadeira de barra, segadeira de tambor, segadeira condicionadora ou colhedeira de forragem; • Cada maquinário tem altura de corte regulável, largura de corte variável de acordo com o modelo e rendimento – OBSERVAR NECESSIDADE DE CADA ESPÉCIE FORRAGEIRA! PROCESSO DE FENAÇÃO - CORTE PROCESSO DE FENAÇÃO: SECAGEM PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM • Esta fase implica na evaporação de grande quantidade de água - duas a três toneladas de água para cada tonelada de feno produzido, no menor tempo possível; • As condições ambientais que favorecem a secagem são: dias ensolarados, pouca nebulosidade, baixa umidade relativa do ar, ocorrência de ventos e temperaturas elevadas. 12/05/2016 5 • SECAGEM: • 1ª Fase – Inicia-se após o corte e espalhamento da planta forrageira no campo. Normalmente esta fase é rápida e envolve intensa perda de água. Nesta fase, os estômatos permanecem abertos, (cerca de duas a três horas), após o corte. • Teor de umidade, que se encontra em torno de 70 a 90%, cai ficando em uma faixa de 60 a 65%. PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM • SECAGEM: • 2ª Fase – Nesta fase a perda de água é mais lenta e o teor de umidade, que se encontra em torno de 60 a 65%, cai para uma faixa de 45% de umidade. Os estômatos já se encontram fechados e a perda de água ocorre via cutícula foliar. PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM • SECAGEM: • 3ª Fase - Inicia-se quando a planta apresenta cerca de 45% de umidade. • É o momento em que a planta é mais susceptível às condições climáticas, observando-se maiores perdas na qualidade do material fenado quando há grandes oscilações climáticas (chuvas, aumento da umidade do ar); • Desidratação ocorre por plasmólise – membrana celular perde permeabilidade seletiva. PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM • SECAGEM: • 3ª Fase - É nesta fase que a forragem torna-se mais susceptível aos danos causados pelo processamento, onde as folhas apresentam-se mais quebradiças, podendo reidratar. • Ao final desta fase, atinge-se o ponto de umidade do feno definido como ótimo que é em torno de 15 a 20% de umidade. PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM PROCESSO DE FENAÇÃO PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM • O adequado processamento da forragem, espalhamento, viragem e enleiramento, contribuem para acelerar e uniformizar a desidratação da planta. Nessas condições e com tempo bom, dois ou três dias serão suficientes para se produzir um feno de boa qualidade, desde que a forrageira seja colhida no momento ideal. 12/05/2016 6 PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM • A umidade relativado ar varia durante o dia, sendo menor à tarde e elevada à noite, deste modo, se justifica manter a forragem com baixa umidade, enleirado-a a noite e removendo as leiras durante o dia. O enleiramento durante a noite evita o re-umedecimento. PROCESSO DE FENAÇÃO - SECAGEM PROCESSO DE FENAÇÃO: ARMAZENAMENTO PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO • O feno pode ser armazenado, solto ou enfardado em locais ventilados e livres de umidade; • As formas de armazenamento mais comuns são o armazenamento solto (medas) e em forma de fardos; 12/05/2016 7 PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO • No armazenamento solto, o feno é levado a galpões reservados para este fim ou para as chamadas "medas", que são montes de feno organizados no próprio campo de produção não é recomendável! PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO • Na forma de fardos: • Armazenamento pode ser feito em galpões especiais ou a campo, cobertos com lona; • Material enfardado ocupa menor espaço, tem melhor conservação, facilita o transporte e possibilita o controle da disponibilidade de feno. • Este método requer enfardadeira que pode ser manual ou mecânica, arame ou cordão apropriado para amarrar, sendo, portanto, mais caro e trabalhoso do que o armazenamento do feno solto. PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO • Enfardamento manual: • Enfardadeiras que usam sistema de prensa manual. Tal equipamento produz fardos de 13 a 15 kg medindo 40cm de altura, 45cm de largura e 65cm de comprimento produção média de 100 fardos por dia com o uso de 3 operadores. PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO • Enfardamento máquinas: • As enfardadeiras mecânicas automáticas captam a forragem enleirada, fazem a prensagem dos fardos em dimensões variáveis. PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO 12/05/2016 8 • O armazenamento deve ser em local de baixa umidade, em cima de tablado (pallets) de modo a evitar mofos e deterioração. PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO • O armazenamento do feno em galpões é um método altamente eficiente, no entanto, podem ocorrer perdas de 5-10% da matéria seca, para fenos armazenados com umidade abaixo de 20%. Entretanto, o armazenamento no campo resulta em perdas de até 40% da matéria seca. PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO PROCESSO DE FENAÇÃO - ARMAZENAMENTO Feno peletizado Cuidado – redução do tamanho da fibra! AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DO FENO Como características de um bom feno podemos citar: • Coloração verde; • Cheiro agradável; • Ter boa quantidade de folhas, alta relação folha/haste; • Apresentar caules finos e macios; • Ausência de mofo; • Livre de impurezas. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO FENO Alguns testes (práticos) de qualidade: • Pegar ao acaso pequenos feixes de capim ceifado e torcer entre as mãos – não verter água e nem estar quebradiço, voltando lentamente ao estado original. • Pegar ao acaso, hastes de capim enfiando a unha nos nós – não verter água e nem estar “lenhoso”. • Análise laboratorial: umidade, estufas e micro-ondas. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO FENO 12/05/2016 9 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO FENO AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO FENO AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO FENO 4 DÚVIDAS?
Compartilhar