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EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM

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EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO NO BRASIL – AULA 1
Para que seja possível realizar um cuidado que atenda ao princípio da integralidade, é necessário formar profissionais com habilidade para ouvir e compreender as demandas dos indivíduos e comunidades e propor soluções dentro de um modelo de cooperação.
O conhecimento sobre a educação, seu agentes e a forma como está organizada no país pode ajudar os profissionais de Enfermagem a assumir um papel estratégico em sua própria formação, bem como na proposição de práticas educativas mais transformadoras.
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar.
Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação (Carlos Rodrigues Brandão).
a educação é um processo que se dá através da interação entre as pessoas e o mundo que as cerca.
Diz respeito a uma ação estimuladora do processo de transformação e desenvolvimento humano.
O termo educação vem do latim e origina-se do verbo educere, que significa “levar, conduzir para fora, guiar”, além da palavra educare, que primitivamente significava “sustentar, alimentar, criar” (Ghiraldelli Jr., 2003).
Ao tentamos procurar um conceito de educação que seja capaz de traduzir todos os significados que a palavra tem, percebemos que há uma grande diversidade de concepções, frutos das correntes de pensamento, que sofrem por sua vez a influência do contexto social, político, econômico e cultural de cada período histórico.
Para o pensamento liberal, a função da educação é:
Preparar o indivíduo para o desempenho de papéis de acordo com as aptidões individuais. Para isso, os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e as normas vigentes na sociedade de classes, através do desenvolvimento da cultura individual (Libaneo, 1989).
De acordo com a Pedagogia de Paulo Freire, a educação tem como base a valorização da experiência vivida, definida como um ato político, como direito à cidadania.
Freire afirmava que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, as pessoas se educam entre si, mediatizadas pelo mundo” (Freire, 1987).
Jaques Delors, no relatório que elaborou para UNESCO em 1996, afirmou que o conceito de educação deveria ser ampliado e a que a sua missão consiste em permitir que todos, sem exceção, façam frutificar seus talentos e suas potencialidades criativas.
Isso implica, por parte de cada um, a capacidade de assumir sua própria responsabilidade e de realizar seu projeto pessoal.
A educação envolve:
Um processo;
A interação social;
A intencionalidade. 
A intencionalidade da transformação através da educação pode ser oriunda tanto daquele que deseja transformar-se, ou seja, do sujeito do processo educativo, como daquele que se propõe a apoiá-lo.
Informais - Quando ocorrem processos educativos independentemente de intenção e interação educativas. Não são sistemáticos e nem estão institucionalizados. como por exemplo, na educação transmitida pelos pais, no convívio com amigos, na participação em eventos culturais e outros.
Formais - Quando a intenção de se promover a educação está fortemente orientada para atender a regulamentação do sistema educacional, dos currículos oficiais, no contexto escolar. É intencional, sistemática e institucionalizada.
No Brasil, a educação como um projeto estruturado se organiza a partir de 1549, com a chegada dos jesuítas credenciados por D. João III, com o propósito de catequizar e educar as populações indígenas.
A educação no país está orientada pela Constituição da República Federativa promulgada em 1988, uma conquista da sociedade brasileira. A educação, a cultura e o desporto são tratados no capítulo III.
Para aplicar os princípios constitucionais no sistema educacional do país, foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, apelidada de Lei Darcy Ribeiro (Brasil, 1996).
É uma explicitação da ação do Estado na área da educação, a definição do modo de articulação do Estado e a sociedade.
Se considerarmos o grau de interação e intencionalidade para provocar mudanças através da educação, podemos classificar os processos educativos de duas formas.
A lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias (Artigo 1º, parágrafo 1).
A lei estabelece alguma condição para a educação escolar?
Sim, que ela esteja vinculada ao mundo do trabalho e a prática social (Artigo 1º, parágrafo 2).
A lei de 9.394/96, no terceiro artigo são apresentados os princípios que devem nortear o ensino no Brasil: igualdade, liberdade, pluralismo, respeito, coexistência, gratuidade, valorização, gestão, qualidade, experiência, vinculação e respeito.
No título V, são definidos os níveis e modalidades da educação e ensino. Você pode verificar no artigo 21 que a composição da educação escolar consiste em: Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Educação superior. A educação superior tem como uma de suas finalidades o estímulo à “criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo e a formação de diplomados nas diferentes áreas do conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira” (Brasil,1996).
Em 2001, o Conselho Nacional de Educação, através da Câmara de Educação Superior, apresenta as orientações para a elaboração dos currículos que devem ser necessariamente adotadas por todas as instituições de ensino superior (Diretrizes Curriculares dos Nacionais dos Cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrição).
Ao estabelecer as diretrizes para os cursos de graduação em saúde, a CES reforçou a articulação entre a educação superior e a saúde, objetivando uma formação com ênfase na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde.
Dessa forma, o conceito de saúde e os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) foram considerados elementos fundamentais a serem enfatizados nesta articulação.
Vamos relembrar o conceito de saúde da Constituição?
Universalidade - Diz respeito a um processo de extensão de cobertura dos serviços, de modo que venham a se tornar acessíveis a toda a população.
Equidade - Esta noção diz respeito à necessidade de se tratar desigualmente os desiguais; é o reconhecimento da desigualdade entre as pessoas e grupos sociais e que muitas delas são injustas.
Integralidade - Diz respeito à possibilidade do sistema de saúde contemplar o conjunto de ações de promoção da saúde, prevenção de risco e agravos, assistência e recuperação.
O objetivo das diretrizes curriculares foi levar os alunos dos cursos de graduação em saúde a aprender a aprender, que engloba aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a conhecer, garantindo um cuidado integral e com qualidade.
Foram definidas nessas diretrizes as competências gerais requeridas para o exercício das (os) enfermeiras (os): Atenção à saúde; Tomada de decisões; Comunicação; Liderança; Administração e gerenciamento; Educação permanente.
Com relação à educação permanente, espera-se que estes profissionais sejam capazes de aprender continuamente, ter responsabilidade e compromisso com a educação e o treinamento/ estágios das futuras gerações.
Para dar conta do desenvolvimento destas competências, os conteúdos essenciais para o curso de graduação em Enfermagem devem estar relacionados com todo o processo saúde/ doença do indivíduo, da família e da comunidade, de forma integrada à realidade epidemiológica.
Educação em Enfermagem é parte integrante do seu currículo não só para atender ao que foi proposto nas diretrizes curriculares.
Busca desenvolver competências e habilidades, tornando possível uma atuação humana e resolutiva nos processo educativos que se entrelaçam com os processos de saúde e doença.
AULA 2 – TENDÊNCIAS PEDAGÓGICASBordenave, um especialista em Comunicação e Educação, com muita experiência em educação de adultos, afirmava que todos os processos educativos e as técnicas de ensino têm como referência uma determinada pedagogia.
Essas formas de ensinar e aprender são atravessadas por condicionantes sócio-políticos que refletem diferentes concepções de homem, de sociedade e consequentemente, diversos pressupostos sobre o papel da escola, da aprendizagem, relação professor-aluno, técnicas pedagógicas e outros.
Mesmo que raramente se apresente em sua forma pura na prática educativa, quando um modelo pedagógico é exercido de modo dominante por um período prolongado, produz consequências sobre a conduta do indivíduo e também sobre o comportamento da sociedade.
São inúmeras as denominações das tendências pedagógicas, vamos adotar aqui a classificação apresentada pelo professor Libaneo (2012), que as divide em: liberais e progressistas.
Liberais -As tendências pedagógicas liberais mais importantes são: a liberal tradicional e tendência liberal renovada, que por sua vez compreende: a renovada progressista, renovada não diretiva e renovada tecnicista. Tradicional, Renovada Progressista, renovada não-diretiva, tecnicista.
Progressistas - Libaneo (2012) classifica as tendências pedagógicas progressistas em: libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos. Libertadora, Libertária, Critico-social dos conteúdos
O termo liberal não tem o sentido de avançado, livre, democrático que costumamos lhe atribuir. É uma filosofia ou uma visão de mundo fundada nos ideais da igualdade, liberdade e fraternidade.
A pedagogia liberal tem como pressuposto que a escola tem por função preparar o indivíduo para assumir papéis na sociedade de acordo com as aptidões individuais.
A pedagogia liberal tradicional foi trazida para o Brasil pelos jesuítas no século XVI. Quinze dias após desembarcarem em Salvador, já puseram a funcionar a primeira escola de ler e escrever.
A proposta educacional dessa tendência era o repasse do conhecimento moral e intelectual totalmente centrado na figura do professor.
Os conteúdos, os procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não tinha relação com o cotidiano dos alunos e com as realidades sociais.
Século XVI -Tendência liberal tradicional.
Anos 20 e 30 -Tendência liberal renovada.
Anos 1960 -Pedagogia liberal tecnicista.
Final dos anos 1960 - Tendências pedagógicas progressistas.
Para Paulo Freire, o termo “educação bancária” se deve à concepção de que o aluno é “o banco em que o mestre deposita o seu saber e que vai render muitos juros, em favor da ordem social que o professor representa”.
Outros estudiosos da educação apelidaram esta tendência de pedagogia da transmissão e também de educação bancária. Na “educação bancária” o aluno é um repositório do que o professor transmite.
O liberalismo apareceu para justificar “o sistema capitalista que, ao defender a predominância da liberdade e os interesses individuais na sociedade, estabeleceu uma forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção, também denominada sociedade de classes” (Libaneo, 2012).
Tendência liberal tradicional - Ao nível individual - Elevada absorção de informações;
Hábito de tomar notas e memorizar;
Passividade do aluno e falta de atitude crítica;
Profundo respeito quanto às fontes de informação;
Distância entre a teoria e a prática;
Tendência ao racionalismo radical;
Falta de problematização da realidade.
Ao nível social - Adoção de forma acrítica de informações científicas e tecnológicas oriundas de países desenvolvidos;
Conformismo;
Individualismo e falta de espírito de cooperação;
Pouco ou nenhum conhecimento da própria realidade;
Manutenção do status quo;
Submissão à dominação.
Com a chegada do pensamento liberal democrático no Brasil nos anos 20 e 30, os rumos da educação tradicional foram mudados.
A tendência liberal renovada se manifestou por várias versões (renovada progressista; renovada não diretiva, piagetiana e outras), todas relacionadas com os fundamentos da “escola nova” que tinha como ideário a formação do indivíduo como ser livre, ativo e social.
A figura do professor como detentor do saber e o conteúdo a ser transmitido deixaram de ser o centro do processo.
Pedagogia liberal tecnicista – A tendência liberal tecnicista surge com o declínio da escola renovada no final dos anos 1960.
A educação agora precisava atender aos interesses da sociedade capitalista, que demandava pela preparação e especialização de mão-de-obra para o aumento da produção industrial.
Esta tendência foi inspirada na teoria do Behaviorismo (Watson, Skinner) e na Reflexologia (Pavlov), dando ênfase aos resultados comportamentais e não mais às ideias e ao conhecimento.
Libaneo (2012) afirma que nessa pedagogia “[...] o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação”.
A Pedagogia Behaviorista, também conhecida como Pedagogia Comportamental, do condicionamento e tecnicista, tinha como princípios a racionalidade, a eficiência, a neutralidade científica associada à negação dos determinantes sociais.
Essa orientação educacional acabou sendo imposta pelo governo militar, pois era considerada como uma estratégia capaz de alavancar o desenvolvimento econômico através da formação e qualificação da mão de obra.
O professor é o técnico, o programador, o instrutor, o elo entre a verdade científica e o aluno, a quem cabe receber, aprender e fixar. Debates, reflexões, questionamentos são desnecessários, assim como a relação afetiva e pessoal dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.
Pedagogia Comportamental: Ao nível individual –
Aluno responsivo, emitindo as respostas que o sistema permitir;
Alta eficiência da aprendizagem de dados e processos;
O aluno não questiona os objetivos, o método e nem participa da seleção do conteúdo;
A realidade não é problematizada pelo aluno;
Tendência ao individualismo e competitividade;
Pouco estímulo à criatividade e originalidade.
Ao nível social - Ênfase na produtividade e na eficiência;
Falta de desenvolvimento de consciência crítica e de cooperação;
Tendência ao conformismo em nome da eficiência e pragmatismo utilitário;
Eliminação do conflito como parte da aprendizagem social.
O surgimento das tendências progressistas coincide com a abertura política no final dos anos 1960. A escola agora era vista sob o olhar das teorias críticas, que consideravam a escola um aparelho para reproduzir a ideologia da classe dominante.
Libaneo (2012) afirma que essa Pedagogia se manifesta em três tendências: Progressista libertadora, progressista libertária e progressista “crítica dos conteúdos.
Mais conhecida como a Pedagogia de Paulo Freire, é oriunda dos movimentos de educação popular, que se confrontavam com o autoritarismo e a dominação social e política do regime militar.
Não é próprio dessa tendência falar de educação escolar, pois a marca de sua atuação é a educação não formal. Aqueles que defendiam esta proposta, dentre eles o educador Paulo Freire, acreditavam em uma educação capaz de problematizar a realidade e se comprometer com a transformação social.
Os conteúdos de ensino eram denominados “temas geradores”, que surgiam da problematização da prática de vida dos educandos. Verifica-se que o emprego dessa Pedagogia está mais presente na educação extraescolar, mas isto não impede que seus pressupostos sejam adotados pelos professores da educação formal.
Progressista libertária - Esta tendência se baseia na ideia de que, ao se introduzir transformações a partir da base das instituições, todos os outros níveis seriam progressivamente contaminados.
Espera que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos, no sentido da criação de grupos de pessoas com princípios educativos autogestionários  no caminho da consolidação da democracia recém-instaurada (anos 80).
Progressista "crítico-social dos conteúdos" - Diferente da Pedagogia libertadora e libertária, a difusão doconteúdo pela escola é primordial. Não qualquer conteúdo, e sim aqueles vivos, concretos e indissociáveis da realidade social.
A Pedagogia “dos conteúdos” consciente dos condicionantes históricos e sociais da educação acredita no papel transformador da escola, na sua possibilidade de preparar o “aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade” (Libâneo, 2012).
Por fim, cabe destacar que as tendências apresentadas aqui, numa visão geral, predominavam em um determinado momento histórico, isto não significa dizer que deixaram de coexistir no momento em que a outra começa a ser difundida.
O estudo dessas tendências pode ajudar a você, futuro enfermeiro, a atuar nos processos educativos na área da saúde de forma mais solidária e transformadora.
AULA 3 – A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO
Os enfermeiros estão envolvidos diretamente com a formação profissional dos técnicos de Enfermagem. 
Desta forma, a disciplina de Educação em Enfermagem pode ser considerada um conteúdo essencial para a capacitação pedagógica, independentemente da licenciatura.
Está determinado pelo COFEN que, no âmbito da prática educativa, os enfermeiros são responsáveis por estimular, promover e criar condições para o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural dos profissionais sob a sua supervisão.
Como uma atividade social, a formação dos enfermeiros no Brasil tem sido marcada pelas transformações políticas, econômicas e sociais pelas quais o país passou ao longo do seu desenvolvimento.
Foi desta forma que aconteceu em 1890, quando foi necessário formar profissionais para assistir pacientes no hospício, determinando a criação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras da Assistência a Alienados.
O modelo de enfermagem francês foi tomado como referência, uma vez que não havia diretrizes no país para o ensino de enfermagem.
O curso constava de: Noções práticas de propedêutica clínica; Noções gerais de anatomia, fisiologia, higiene hospitalar, curativos, pequena cirurgia, cuidados especiais a certas categorias de enfermos e aplicações terápicas; Administração interna e escrituração do serviço sanitário e econômico das enfermarias.
Dez anos depois, em São Paulo, criou-se outro curso sob a orientação de enfermeiras inglesas, como objetivo de formar profissionais para atender aos estrangeiros residentes no país.
Com a ocorrência da I Guerra Mundial, surgiu a necessidade de preparar voluntários para atender às emergências de guerra.
Dessa forma, a Cruz Vermelha em 1916 começou a formar enfermeiras na Escola Prática de Enfermeiras da Cruz Vermelha, sem no entanto atender aos padrões da enfermagem moderna, conforme estabelecido por Florence Nightingale.
Nos anos 1920, o Brasil ainda apresentava sérios problemas de saúde pública com a persistência das epidemias, o que atrapalhava muito as exportações, um entrave nas relações comerciais e econômicas.
Nesse cenário, é criado em 1920 o Departamento Nacional de Saúde Pública e, três anos depois, a Escola de Enfermeiras deste departamento.
Através da ABEN (Associação Brasileira de Enfermagem), a enfermagem brasileira, que há muito buscava mudanças no ensino, apresentou proposta de currículo mínimo ao Conselho Federal de Educação, que após fazer modificações, aprova-o em 1972.
A duração do curso foi aumentada, mas a ênfase nos aspectos curativos e biológicos do processo saúde-doença foi mantida e a disciplina de saúde pública continuou excluída do tronco comum.
O intenso crescimento industrial que se deu no país no início dos anos 1970 durante o regime militar não representou um avanço no plano social. A insatisfação popular foi cada vez mais crescente e as questões sociais como a saúde passaram a ser discutidas por vários segmentos da sociedade.
Na década de 1960, o Estado brasileiro passa a determinar a estruturação e reformulação do ensino universitário, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
As mudanças trazidas pela LDB de 1961 repercutiram para o ensino de enfermagem com a fixação do currículo mínimo com uma redução de mais de 30 % em sua carga horária e a exclusão de disciplinas como saúde pública e ciências sociais.
O final dos anos 1960 foi marcado por uma grande mobilização social e estudantil com reivindicações de mudança na área educacional, traduzidas por mais verbas para educação, ampliação de oportunidades de acesso à universidade e melhor qualidade para o ensino. Em resposta a esse movimento, o Estado implanta uma política que foi apelidada de “Reforma Universitária”.
A conferência de Alma Ata em 1978 e todos os movimentos que surgiram na década de 1980, como a VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), a promulgação da Constituição do Brasil em 1988, a criação do SUS e a aprovação da Lei Orgânica da Saúde (1992) influenciaram o ensino de Enfermagem.
Após amplo debate entre a liderança de enfermagem, é gestado e aprovado em 1994 um novo currículo, com a estrutura fundada em quatro eixos temáticos:
Bases biológicas e sociais da Enfermagem; Fundamentos de Enfermagem; Assistência de Enfermagem; Administração em Enfermagem.
As escolas e cursos de enfermagem, a partir de 2001, foram alinhando seus projetos pedagógicos e matrizes curriculares às DCENF, buscando atender ao perfil profissional proposto e capacitar para o exercício das competências gerais e específicas.
Uma das responsabilidades do enfermeiro é a formação dos profissionais de nível médio de enfermagem, que estão diretamente envolvidos com o cuidado ao ser humano.
Cabe a eles proporcionar um ensino de qualidade, para garantir a segurança e qualidade da assistência prestada à população.
A divisão e organização do trabalho em diferentes momentos é que vai constituir a sistematização dos perfis ocupacionais e profissionais do trabalhador.
O trabalho em enfermagem vem se caracterizando como um processo fragmentado em atos e procedimentos isolados realizados por diferentes atores. As responsabilidades são atribuídas de acordo com o grau de qualificação: auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros.
Embora os atendentes de enfermagem sejam considerados os primeiros trabalhadores a terem seu trabalho institucionalizado, os enfermeiros foram pioneiros a receberem uma formação sistematizada, que até 1961 foi considerada de nível médio.
Na década de 1950, devido ao número insuficiente de enfermeiros e falta de pessoal qualificado para trabalhar na área de enfermagem, abriram-se em larga escala cursos de auxiliares, para solucionar a necessidade de profissionais que pudessem atuar em hospitais.
Mais tarde, em 1965, atendendo a uma solicitação da Associação Brasileira de Enfermagem, o governo regulamentou o curso de Técnico em Enfermagem.
A legislação educacional vigente estabelecida pela Lei nº 9.394 de 1996 alterou a organização da formação profissional.
O ensino técnico destina-se a proporcionar habilitação profissional através do modelo da competência para aqueles que tenham também concluído o ensino médio.
O contexto social, político, econômico, cultural, tecnológico no qual estamos inseridos exige um novo perfil de profissional de nível médio de enfermagem, assim como exige um novo educador deste profissional.
A compreensão é de que a educação permanente do docente não deve se restringir apenas às competências diretamente voltadas para o ensino. Em educação profissional, quem ensina deve saber fazer. Quem sabe fazer e quer ensinar deve aprender a ensinar .
Outros conhecimentos e atributos são necessários, tais como: Conhecimento das filosofias e políticas da educação profissional; FLEXIBILIDADE com relação às mudanças, com incorporação de inovações no campo do saber já conhecido. Iniciativa para buscar o autodesenvolvimento, tendo em vista o aprimoramento do trabalho. Capacidade de monitorar desempenhos e buscar resultados, capacidade de trabalhar em equipes interdisciplinares,
Na enfermagem,o processo de desenvolvimento e aprimoramento de conhecimentos e habilidades é conhecido como “educação continuada”, sendo considerada mundialmente uma estratégia que as “organizações lançam mão para desenvolver seus recursos humanos”.
A primeira organização voltada especificamente para a educação dentro de um departamento de Enfermagem foi criada em 1953, nos Estados Unidos.
No Brasil, na década de 1970 surgem várias experiências com esta finalidade nas unidades de saúde, e a Associação Brasileira de Enfermagem realiza o primeiro Seminário de Educação Continuada em Enfermagem (Costa, 2000).
Aquisição progressiva de competência e que esta competência só será reconhecida à medida que a qualidade do cuidado se revela na totalidade da prática de assistência de enfermagem (ABEN,1980).
A relação entre educação e trabalho foi tratada no início dos anos 1970 sob a perspectiva do desenvolvimento econômico e social. Refletia as ideias que foram amplamente difundidas na década de 1960 através da Teoria do Capital Humano.
Educação continuada como:
[...] conjunto de experiências posteriores à formação inicial que permitem ao trabalhador manter, aumentar e melhorar sua competência para que esta seja pertinente ao desenvolvimento de suas responsabilidades (Mejia, apud Davini, 1995).
a competência adquirida durante a formação profissional decresce em consequência dos seguintes fatores: incongruência entre a teoria e a prática; Adoção de hábitos e práticas de validade duvidosa no exercício profissional;
A escolha da terminologia “educação permanente” deve-se à possibilidade de abrigar múltiplas abordagens. A formação técnica; O ensino de graduação e pós-graduação; O processo de organização do trabalho; A interação com as redes de gestão e de serviços de saúde e o controle social.
Enquanto a educação continuada aceita o acúmulo sistemático de informações e o cenário de práticas como território de aplicação da teoria, a educação permanente entende que o cenário de práticas informa e recria a teoria necessária, recriando a própria prática.
AULA 4 – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Se levarmos em consideração a concepção de Saúde e os princípios que hoje orientam o modelo de assistência (universalidade, equidade e integralidade), o cuidado deve abranger tanto as ações de natureza assistencial/curativa, quanto as atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças.
Para atender o princípio da integralidade é imperativo que a abordagem dos profissionais de Saúde resulte de uma compreensão mais ampliada e não fragmentada do processo saúde-doença.
No Dicionário da Educação profissional em Saúde, no verbete educação em saúde, a “educação, saúde e trabalho são compreendidos como práticas sociais que fazem parte do modo de produção da existência humana, precisando ser abordados historicamente como fenômenos constituintes- produtores, reprodutores ou transformadores das relações sociais.” (MOROSINI; FONSECA; PEREIRA, 2014)
O caso do Jeca Tatu pode ser classificado como Educação  Sanitária ou higienista.
Nesta atividade é necessário identificar a relação entre o profissional de saúde e o cliente (Jeca Tatu)  e analisar como suas condições de saúde eram interpretadas. Partindo do conceito de saúde ampliado, você deve analisar as condições socioeconômicas e culturais do Jeca Tatu e verificar se elas foram levadas em consideração na abordagem.
Educação em saúde segundo o Ministério da Saúde é o processo educativo de construção do conhecimento em Saúde que visa à apropriação de temática pela população. Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate de profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de Saúde de acordo com suas necessidades.
Na compreensão do Ministério da Saúde, as ações de Educação em Saúde devem envolver três atores: os profissionais, os gestores e a população que necessita construir seus conhecimentos e ampliar sua autonomia para cuidar de si, da sua família e de sua comunidade.
A maioria dos autores situa o final do século XIX e o início do século XX como o marco histórico para a construção da concepção e sistematização das práticas de Educação e Saúde. 
 Neste período, a Educação em Saúde apoiou-se no campo de conhecimento da Higiene, creditando às medidas higiênicas a capacidade de resolver os problemas de saúde (MOROSINI; FONSECA; PEREIRA, 2014).
A educação sanitária toma corpo devido à necessidade de controlar as epidemias de varíola, peste, febre amarela, tuberculose e minimizar os transtornos causados pelas doenças na economia agroexportadora. 
Na visão biologicista, a determinação do processo saúde era reduzida à dimensão individual, ignorando a influência dos fatores econômicos e sociais nas condições de vida, trabalho e saúde dos indivíduos. 
Acreditava-se que os problemas de saúde eram decorrentes da não adoção de medidas de higiene e que a transmissão de conhecimentos iriam garantir mudanças no comportamento e atitudes das pessoas.
A reforma incluía a demolição das favelas e cortiços, expulsão de moradores para a periferia e a criação da Brigada de Mata Mosquitos composta por funcionários e policiais que invadiam as casas. 
Essas medidas e a aprovação da Campanha de Vacinação Obrigatória contribuíram para o episódio conhecido como a Revolta da Vacina (ALVES, 2005). 
Na década de 1960, deu-se o surgimento de movimentos sociais de resistência e começaram a ser desenvolvidas experiências de serviços comunitários de saúde desvinculados do Estado. Movimentos sociais tais como o Movimento de Educação Popular, protagonizado por Paulo Freire, influenciaram as práticas de educação em Saúde. 
 
A participação dos profissionais de Saúde, nas experiências de educação popular a partir dos anos 1970, trouxe para o setor saúde uma cultura de relação com as classes populares, possibilitando um rompimento com a tradição autoritária e normatizadora de educação em Saúde.
Profissionais de Saúde e gestores são os detentores do saber;
Os usuários são considerados como carentes e informação em Saúde e destituídos de conhecimento;
Culpabilização dos indivíduos pelos seus problemas de Saúde e da comunidade;
Concepção reducionista do processo saúde-doença apoiada no discurso biologicista;
Ênfase na doença e na intervenção curativa.
O Brasil foi pioneiro na constituição da Educação Popular. O movimento que deu origem a esta concepção sofreu grande influência do pensamento de Paulo Freire. 
A Educação popular em Saúde esteve entre os movimentos que buscavam romper com o autoritarismo das ações educativas em Saúde no início dos anos 1970. 
A metodologia da Educação Popular foi incorporada pelos profissionais de Saúde no contato com os projetos sociais que buscavam o enfrentamento mais amplo dos problemas de saúde da população.
o Movimento de Educação Popular deu origem a diversos espaços de reflexão, articulação e produção de conhecimento, tais como a: Articulação Nacional de Educação Popular em Saude, Rede de educação Popular e Saúde, Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde, Rede de Estudos sobre Espiritualidade no Trabalho em Saúde e na Educação Popular, Articulação Nacional de Extensão Popular.
Confira o histórico da Política Nacional de Educação Popular em Saúde:
Profissionais de Saúde e representantes do movimento popular criaram, em 1998, a Rede Nacional de Educação Popular em Saúde com apoio da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.
Esses atores, em 2002, manifestaram ao presidente recém-eleito a intenção política de participar do SUS considerando que a Educação Popular em Saúde era uma prática social necessária à “integralidade do cuidado, à qualificação da participação e do controle social na saúde e às mudanças na formação dos profissionais da área”
No ano seguinte, foi então criada a Coordenação Geral de Ações Populares de Educação na Saúde dentro da estrutura da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES).
Uma das estratégias proposta para constituirum espaço de interlocução entre os movimentos populares e a gestão do sistema foi a criação da b>Articulação Nacional de Movimentos e Práticas de Educação Popular em Saúde (ANEPS), que veio a favorecer por sua vez a constituição de outros coletivos como a ANEPOP (Articulação Nacional de Extensão Popular) relacionada aos processos de formação dos profissionais.
Mais tarde, com as mudanças que ocorreram na gestão federal, em 2005, os assuntos ligados a EPS passam à responsabilidade da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP) através da Coordenação Geral de Apoio a Educação Popular.
Em 2009, essa secretaria cria o Comitê Nacional de Educação de Popular em Saúde que tinha como uma de suas missões acompanhar a formulação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde no SUS (PNEPS-SUS) que, em 2012, foi instituída. (IDEM, 2012).
AULA 5 – O PLANEJAMENTO DA AÇÕES EDUCATIVAS
Para atuar no ensino formal ou participar de ações educativas não formais no cenário da saúde, é preciso elaborar e organizar planos para direcionar a ação docente e assegurar o alcance dos objetivos propostos.
O ato de planejar sempre fez parte da história da humanidade, mas hoje é uma atividade imprescindível para lidar com as questões educacionais em todos os níveis de ensino.
Pensar, sonhar e planejar fazem parte da existência humana. Quando começamos nosso dia, já sabemos o que fazer, como fazer e com quem, pois estas decisões já foram tomadas antes.
A história do homem é um reflexo do seu pensar sobre o presente, passado e futuro. O homem pensa sobre o que fez; o que deixou de fazer; sobre o que está fazendo e o que pretende fazer.
Ao se planejar algo, é imperativo partir das necessidades que se manifestam por meio de uma sondagem da realidade.
Conhecendo a realidade é que se torna possível estabelecer com maior precisão quais são as necessidades e prioridades do objeto do planejamento.
Uma vez conhecida a realidade, é a hora de tomar decisões sobre o que fazer para provocar as mudanças desejadas.
É nesta fase que se estabelecem os objetivos; eles vão orientar o processo de planejamento para a obtenção dos resultados esperados.
É importante que durante o planejamento seja feita uma previsão racional de todos os meios e recursos humanos e materiais necessários ao desenvolvimento do plano. Os meios e os recursos devem ser definidos a partir dos objetivos.
O próprio ato de planejar deve ser submetido a uma permanente avaliação de modo a permitir que as falhas sejam identificadas e corrigidas.
o planejamento é um ato político pedagógico, porque expõe uma intencionalidade com uma determinada visão de mundo sobre o que se deseja realizar e que objetivos busca atingir.
o planejamento é compreendido como um “[...] processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, ente recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas, instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades humanas”.
O planejamento do sistema de educação, também chamado de planejamento educacional, é o de maior abrangência.
A esfera federal é responsável por aprovar o Plano Nacional de Educação (PNE), para definir as diretrizes e metas para educação nacional. Em junho de 2014, com três anos de atraso, foi sancionada a lei nº 13.005, que aprova o PNE que vai vigorar no período de dez anos. O PNE traduz o resultado do planejamento da educação para todos os entes federativos. Foram definidas 20 metas no PNE.
Em níveis menos abrangentes, vamos encontrar o planejamento escolar, que é fruto de um processo de reflexão e das decisões sobre a organização, funcionamento e a proposta pedagógica da escola.
Em outro patamar está o planejamento curricular, que se configura como uma previsão sistemática e ordenada da vida escolar e como um instrumento orientador da ação educativa. Seu foco está na proposta geral das experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao aluno.
O planejamento de ensino é o nível mais específico e diz respeito à ação educativa concreta do professor em seu trabalho didático pedagógico. O planejamento neste caso envolve a previsão de resultados esperados, assim como os meios necessários para alcançá-los.
Quanto decisões a respeito do que fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem fazer são tomadas (planejamento) e apresentadas de forma sistematizada e registradas em um documento chamado de plano.
É a formalização dos diferentes momentos do planejamento educacional:
Plano Nacional de Educação;
Plano de curso;
Plano de ensino;
Plano de aula.
O projeto também é um produto do planejamento. Nele estão registradas as decisões e os fundamentos de algo que queremos que esteja consolidado no futuro. O Planejamento do ensino está voltado para os sujeitos que aprendem, que estão em formação humana. Portanto, o professor necessita decidir, prever, selecionar e organizar de forma reflexiva sobre o processo ensino-aprendizagem, antes, durante e depois.
A fase denominada sondagem e diagnóstica é o momento em que se busca reunir dados sobre as possibilidades, para entender e sistematizar os problemas e necessidades de um determinado indivíduo ou grupo em seu contexto socioeconômico e cultural. É importante verificar: Os objetivos, interesses e motivações dos alunos/ participantes; As habilidades e expectativas; Perfil socioeconômico e cultural; Contexto familiar; Hábitos e crenças;
Na educação formal e na educação em saúde, essa fase resulta em uma coleta de dados sobre a realidade, para conhecer os aspectos relacionados ao contexto local e global.
Criação de objetivos - Uma vez de posse destas informações, procede-se à análise, interpretação e estabelecimento de prioridades. É o momento de se definir o que se quer alcançar com a ação educativa. Os objetivos expressam essa decisão, a ação pretendida, e podem ser de dois tipos: gerais (alcance de longo prazo) e específicos.
Conteúdo;
Procedimentos metodologicos; Recursos; Processo de avaliação.
Seleção dos conteúdos - discutir e analisar o conceito de planejamento com ênfase no planejamento participativo.
Definidos os objetivos da disciplina, a etapa seguinte se refere à seleção dos conteúdos. Os conteúdos são saberes e conhecimentos que não valem por si só; são meios e não fins. Sua escolha cumpre a função de permitir que os objetivos sejam atingidos.
A avaliação é a última etapa do processo ensino-aprendizagem; o momento em que se verifica se os objetivos foram ou não atingidos.
Como parte integrante do processo de ensino que diz respeito ao aluno e ao professor, portanto, é necessário definir e estabelecer os critérios, técnicas e instrumentos que serão utilizados na avaliação.
“Avaliar faz parte da condição humana. Somos continuamente avaliados; conceitos e pareceres são emitidos a respeito de nossas ações. Não seria diferente no processo educacional”(Fontoura; Pierro; Chaves, 2011).
Elementos que devem estar descritos na estrutura do Plano Educativo (plano de curso, plano de ensino, plano de aula e outros):
Objetivos gerais;
Objetivos específicos;
Conteúdo programático;
Procedimentos metodológicos;
Estratégias e recursos de ensino;
Avaliação.

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