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74904527 Ponto Dos Concursos SENADO Regimento Interno

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CURSO ON-LINE – REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL 
PROFESSOR: TELMO 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
Olá pessoal, é um prazer estar com vocês e poder colaborar 
com o aprendizado do Regimento Interno do Senado Federal. 
Espero contribuir para que consigam obter preciosos pontos 
neste certame que, provavelmente, será um dos mais 
concorridos dos últimos tempos. Nossa matéria é, 
tradicionalmente, cobrada para todos os cargos oferecidos; 
desta forma, nosso curso é voltado para todos que almejam 
uma vaga no Senado, seja Consultor, Analista ou Técnico. 
 
Permitam que me apresente. Meu nome é Telmo Rocha, tenho 
28 anos, sou Servidor do Tribunal Superior do Trabalho, órgão 
no qual ingressei no concurso de 2007 alcançando o terceiro 
lugar para o cargo de Técnico Judiciário. Fui aprovado, também, 
nos últimos concursos do TSE e TJDFT, mas abri mão de ambos. 
Antes de entrar no TST fui militar de carreira do Exército 
Brasileiro, instituição na qual permaneci durante quase oito 
anos. Lá exerci durante cerca de seis anos a função de 
administrador de redes e assistente-chefe de CPD. Durante 
esses anos tive oportunidade de, coordenar e lecionar vários 
cursos, sobretudo na área de informática. Agora pretendo 
mudar um pouco meu foco e embarcar nesta empreitada, 
usando minhas experiências de concurseiro e estudioso das 
atividades legislativas, para simplificar o entendimento do 
Regimento do Senado e tornar seu estudo o mais fácil possível. 
 
Como vocês sabem, os Regimentos Internos da casas 
legislativas são assunto certo nos editais de concursos de tais 
órgãos e, muitas vezes, os pontos alcançados com as questões 
relacionadas a essa matéria trazem um diferencial decisivo para 
CURSO ON-LINE – REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL 
PROFESSOR: TELMO 
2 
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a aprovação do candidato, afinal ninguém gostaria de perder um 
cargo no Senado Federal por não ter acertado uma simples 
questão de Regimento. Sendo assim, aconselho que não 
subestimem nenhuma matéria, principalmente uma tão 
específica como a nossa. 
 
A proposta do nosso curso é fazer com que vocês entendam a 
essência do regimento, traduzindo da maneira mais fácil 
possível todas as regras e termos que, muitas vezes, não são 
bem claros para quem não está ambientado com o processo 
legislativo e com outras normas constantes no regimento 
interno. 
 
Abordaremos a matéria na seqüência original, dando ênfase a 
pontos mais interessantes e que, por conseqüência, tem maior 
chance de serem cobrados em nosso concurso. Realizaremos, 
também, os exercícios dos concursos anteriores com os 
respectivos comentários para que vocês fixem melhor o 
entendimento da matéria e fiquem habituados à maneira que os 
assuntos são cobrados. Por outro lado, faremos algumas 
remissões necessárias a outros conteúdos, sobretudo na esfera 
do direito constitucional que está diretamente ligado à nossa 
matéria. 
 
Nosso curso será composto por seis aulas (esta aula 
demonstrativa + cinco) e obedecerá ao seguinte cronograma: 
 
• Aula zero: Conceitos Iniciais, do Funcionamento, Dos 
Senadores (Da Posse). 
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3 
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• Aula 01: Dos senadores (continuação), Da Mesa, Dos Blocos 
Parlamentares, Da Maioria, Da Minoria, Das Lideranças e Da 
Representação Externa. 
 
• Aula 02: Das Comissões e Das Sessões. 
 
• Aula 03: Das Proposições e Das Proposições Sujeitas a 
Disposições especiais. 
 
• Aula 04: Das Atribuições Privativas, Convocação e Do 
Comparecimento De Ministro De Estado. 
 
• Aula 05: Da Alteração Ou Reforma Do Regimento Interno Da 
Questão De Ordem Dos Documentos Recebidos Dos 
Princípios Gerais Do Processo Legislativo. 
 
Para que vocês tenham idéia da quantidade de vagas que, 
provavelmente, serão ofertadas em nosso concurso alvo, segue 
abaixo o link do DOU de 24 de setembro de 2010, onde há o 
Quadro de Pessoal do Senado Federal com os cargos que se 
encontram vagos atualmente. A quantidade de vagas é bem 
animadora (e as remunerações dos cargos também, rsss). Veja 
o quadro que o Senado divulgou: 
Cargo Total de vagas em 2010 
Consultor Legislativo 15 
Advogado 1 
Analista (varias áreas) 212 
Técnico (várias áreas) 228 
Fonte: Diário Oficial da União – 24/09/2010. 
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=24/09/2010&jornal=2&pagina=58&totalArquivos=72 
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Tenho certeza que trabalhar no Senado Federal é o sonho de 
muita gente. Sendo assim, não desistam dos seus sonhos, 
afinal: 
 
“O homem é do tamanho do seu sonho.” 
Fernando Pessoa 
 
Sem mais delongas, conto com vocês nessa jornada e que 
nossos esforços sejam parte do diferencial que os conduzirá ao 
sucesso. 
 
Vamos em frente. 
 
 
 
REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL 
 
1 - DO FUNCIONAMENTO 
 
1.1 - DA SEDE 
 
Esta é uma parte bastante simples, mesmo assim vale fazer 
algumas observações. 
O Senado tem sede no Palácio do Congresso Nacional, em 
Brasília, ou seja, na CAPITAL FEDERAL, não podemos 
confundir a cidade que é a Capital da Republica Federativa, com 
Distrito Federal, ente da federação. 
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Note que, em determinadas situações, o Senado poderá 
funcionar em qualquer outro local. O Regimento Interno 
exemplifica, de forma não exaustiva, situações em que isso 
poderá acontecer (caso de guerra, de comoção intestina, de 
calamidade pública ou de ocorrência que impossibilite o seu 
funcionamento na sede). A autorização para que o Senado 
funcione em outro local depende de determinação da Mesa 
Diretora da casa que deve ser motivada por requerimento da 
maioria dos senadores (note que é apenas maioria, NÃO É 
MAIORIA ABSOLUTA). 
 
 
1.2 - DAS SESSÕES LEGISLATIVAS 
 
Iniciaremos este tópico trazendo algumas definições básicas 
sobre o significado de determinados termos. É interessante que 
sejam bem compreendidos para que não se incorra em 
confusões e interpretações erradas. São eles: 
 
I - Legislatura 
II - Sessão Legislativa (ordinária e extraordinária) 
III - Sessão 
 
 
I - Legislatura: Segundo o parágrafo único do Art. 44 da 
Constituição Federal, “Cada legislatura terá a duração de quatro 
anos”. Desta forma, entende-se que legislatura é um intervalo 
de quatro anos de atividade legislativa. No caso dos 
deputados, o mandato coincide exatamente com a legislatura. 
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Em se tratando do Senado Federal, que é nosso alvo, verifica-se 
que cada mandato de senador engloba duas legislaturas. 
Cada legislatura possui quatro sessões legislativas 
ordinárias. 
 
II - Sessão Legislativa: é o intervalo de tempo em que 
ocorrem os trabalhos legislativos. A Sessão Legislativa pode ser 
ordinária ou extraordinária. 
 
Sessão Legislativa Ordinária: É quando acontecem os trabalhos 
de maneira ordinária (normalidade). Ela se inicia no dia 02 de 
fevereiro de cada ano e vai até o dia 22 de dezembro, 
frisando-se que ocorre um intervalo entre o dia 17 de julho e 
1º de agosto. Observe que, com a interrupção que ocorre na 
sessão legislativa ordinária faz com que esta se divida em dois 
períodos. 
 
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA 
1º Período 2º Período 
2 de fevereiro a 17 de julho 1º de agosto a 22 de 
dezembro 
 
 
Essasdatas sofreram uma alteração um tanto recente devido à 
promulgação da emenda constitucional nº 50. Antes da referida 
modificação o a sessão legislativa ordinária tinha a seguinte 
configuração: funcionamento de 15 de fevereiro a 30 de junho e 
de 1º de agosto a 15 de dezembro, sendo assim, pelo menos 
em tese, os nossos parlamentares passaram a trabalhar mais 
(rssss). 
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OBSERVAÇÃO! 
 
Cabe ressaltar uma questão bastante cobrada em concursos 
a respeito do tópico em comento é o seguinte: 
 
CF, Art. 57, § 2º - A sessão legislativa não será 
interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
 
Preste bastante atenção: o congresso nacional, englobando 
as duas casas, não poderá interromper a sessão legislativa 
enquanto não aprovar a lei de diretrizes orçamentárias – LDO, 
sendo assim, não vacile na hora da prova. 
 
 
Foi cobrado em prova: 
(CESPE – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANCINE - 2006) 
A sessão legislativa não pode ser interrompida antes da 
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, o qual 
deve ser encaminhado até 8 meses antes do encerramento do 
exercício financeiro, ou seja, até o dia 30 de abril e devolvido 
até 30 de junho para sanção. 
 
Gabarito : Errado 
 
A questão, apesar de se referir corretamente em relação à 
impossibilidade de interrupção da sessão legislativa sem a 
aprovação da LDO, possui erros. Em primeiro lugar o projeto da 
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LDO deve ser enviado ao Congresso pelo presidente até 8 
meses e ½ antes do encerramento do exercício financeiro – ou 
seja, 15 de abril; em relação à devolução para a sanção, deverá 
ser feita até 17 de julho. 
 
 
Sessão Legislativa Extraordinária: ocorre quando o Congresso é 
convocado a trabalhar nos períodos em que se encontra de 
recesso, ou seja, entre 17 de julho e 1º de agosto e entre 22 de 
dezembro e 2 de fevereiro. 
 
Com relação à sessão legislativa extraordinária cabe fazermos 
algumas observações importantes. 
Segundo a CF: 
 
Art 57. 
§ 6º A convocação extraordinária do 
Congresso Nacional far-se-á: 
 I - pelo Presidente do Senado 
Federal, em caso de decretação de estado 
de defesa ou de intervenção federal, de 
pedido de autorização para a decretação 
de estado de sítio e para o compromisso e 
a posse do Presidente e do Vice-
Presidente da República; 
 II - pelo Presidente da República, 
pelos Presidentes da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal ou a 
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requerimento da maioria dos membros de 
ambas as Casas, em caso de urgência ou 
interesse público relevante, em todas as 
hipóteses deste inciso com a aprovação da 
maioria absoluta de cada uma das Casas 
do Congresso Nacional. 
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, 
o Congresso Nacional somente deliberará 
sobre a matéria para a qual foi convocado, 
ressalvada a hipótese do § 8º deste 
artigo, vedado o pagamento de parcela 
indenizatória, em razão da convocação. 
§ 8º Havendo medidas provisórias em 
vigor na data de convocação 
extraordinária do Congresso Nacional, 
serão elas automaticamente incluídas na 
pauta da convocação. 
 
Verificamos, então, que existirão, basicamente, duas formas 
de convocação do congresso: 
 
1 - Pelo Presidente do Senado (independente de 
deliberação): 
a) caso seja decretado estado de defesa ou de intervenção 
federal; 
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b) para apreciar pedido de autorização para a decretação de 
estado de sítio; e 
c) para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-
Presidente da República. 
 
2 – Pelo Presidente da República, pelos Presidentes da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a 
requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas 
em caso de urgência ou interesse público relevante, 
entretanto, nesses casos, mediante deliberação em 
plenário, com aprovação por maioria absoluta de cada 
uma das casas do congresso. 
Vejam um detalhe interessante: 
Se o Congresso é convocado para sessão legislativa 
extraordinária, ele deverá deliberar (discutir e votar) apenas 
a matéria que ensejou a sua convocação. Porém há uma 
exceção: caso exista medida provisória em vigor, ou seja, 
pendente de deliberação, ela será automaticamente incluída 
na pauta de convocação. 
III - Sessão: a definição de sessão é bastante simples. Trata-
se das reuniões que ocorrem, tanto no âmbito do plenário da 
casa legislativa quanto no âmbito das comissões que a 
compõem. Observe como o regimento interno do senado 
especifica as suas sessões: 
 
Art. 154. As sessões do Senado podem ser: 
I – deliberativas: 
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a) ordinárias;
 
 
b) extraordinárias; 
II – não deliberativas; e 
III – especiais. 
 
 
Nesta ocasião iremos ficar apenas com a classificação das 
sessões, mais adiante, no momento oportuno, iremos nos 
aprofundar detalhadamente nesse tópico. 
 
 
1.3 - DAS REUNIÕES PREPARATÓRIAS 
 
Para que fique mais fácil a observação de alguns detalhes 
transcreverei abaixo esse trecho do Regimento: 
 
Art. 3º A primeira e a terceira sessões 
legislativas ordinárias de cada legislatura serão 
precedidas de reuniões preparatórias, que 
obedecerão às seguintes normas: 
I – iniciar-se-ão com o quorum mínimo de 
um sexto da composição do Senado, em 
horário fixado pela Presidência, observando-se, 
nas deliberações, o disposto no art. 288; 
II – a direção dos trabalhos caberá à Mesa 
anterior, dela excluídos, no início de 
legislatura, aqueles cujos mandatos com ela 
houverem terminado, ainda que reeleitos; 
III – na falta dos membros da Mesa 
anterior, assumirá a Presidência o mais idoso 
dentre os presentes, o qual convidará, para os 
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quatro lugares de Secretários, Senadores 
pertencentes às representações partidárias mais 
numerosas; 
IV – a primeira reunião preparatória 
realizar-se-á: 
a) no início de legislatura, a partir do dia 
1º de fevereiro; 
b) na terceira sessão legislativa ordinária, 
no dia 1º de fevereiro; 
V – no início de legislatura, os Senadores 
eleitos prestarão o compromisso regimental na 
primeira reunião preparatória; em reunião 
seguinte, será realizada a eleição do Presidente 
e, na terceira, a dos demais membros da Mesa; 
VI – na terceira sessão legislativa ordinária, 
far-se-á a eleição do Presidente da Mesa na 
primeira reunião preparatória e a dos demais 
membros, na reunião seguinte; 
VII – nas reuniões preparatórias, não será lícito 
o uso da palavra, salvo para declaração 
pertinente à matéria que nelas deva ser tratada. 
(Grifei) 
 
 
As reuniões preparatórias ocorrem em duas ocasiões durante 
cada legislatura: uma vez antecedendo o início da primeira 
sessão legislativa ordinária, que coincide com o início do 
mandato dos senadores recém eleitos (não se esqueçam que 
um mandato de senador abrange duas legislaturas) e outra vez 
antecedendo o início da terceira sessão legislativa ordinária. 
Tais reuniões possuem, basicamente, duas finalidades: 
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- realizar as eleições dos membros da mesa diretora; e 
- dar posse aos senadores recém eleitos. 
 
Como requisito para o início da reunião, exige-se a presença 
mínima de um sexto da composição do Senado, ou seja, 
necessita-se que estejam presentes, pelo menos 14 senadores 
(81 : 6 = 13,5 arredondando=14). 
 
Para que se iniciem os trabalhos das reuniões preparatórias é 
necessário que um colegiado de senadores conduza os trabalhos 
e o regimento faz as seguintes especificações no que tange a 
esta tarefa: 
1- Os trabalhos serão conduzidos pela mesa diretora 
anterior, entretanto não farão parte dela os senadores que 
tenham findado o seu mandato na legislatura anterior, mesmo 
que tenham sido reeleitos; 
2- Caso não haja membros da mesa anterior, o Senador mais 
idoso (o mais velho) assumirá a função de presidente da 
reunião e convidará quatro senadores que sejam membros das 
representações (partidos ou blocos) mais numerosos para 
exercerem as funções de secretários; 
3- No início de legislatura, ou seja, na primeira sessão 
legislativa ordinária, a primeira reunião preparatória se 
realizará a partir do dia 1º de fevereiro; 
4- Na terceira sessão legislativa ordinária a primeira reunião 
preparatória se realizará no dia 1º de fevereiro; 
5- No início de legislatura (primeira sessão legislativa 
ordinária), os Senadores eleitos prestarão o compromisso 
regimental na primeira reunião preparatória; em reunião 
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seguinte, será realizada a eleição do Presidente e, na terceira, 
a dos demais membros da Mesa; 
6- Na terceira sessão legislativa ordinária, a eleição do 
Presidente da Mesa será realizada na primeira reunião 
preparatória e a dos demais membros, na reunião seguinte; 
7- Nas reuniões preparatórias, os senadores não poderão 
fazer uso da palavra (fazer declarações, pronunciamentos, 
etc), a não ser para fazer declaração pertinente à matéria que 
nelas deva ser tratada. 
 
Pessoal, com relação ao detalhes sobre as eleições da Mesa 
Diretora, irei esmiuçar detalhadamente esse assunto no tópico 
referente a tal matéria. Por hora ressalto que os membros da 
Mesa possuem um mandato de 2 anos, por isso ocorrem as 
reuniões preparatórias na primeira e na terceira sessões 
legislativas ordinárias. 
 
 
2 – DOS SENADORES 
2.1 – DA POSSE 
 
Para tomar posse no mandato de Senador o cidadão deverá, 
anteriormente, apresentar o diploma expedido pela justiça 
eleitoral que comprova a sua situação (eleito como titular ou 
suplente de senador, se for o caso). A apresentação de tal 
diploma poderá ser feita pelo diplomado, pessoalmente, por 
ofício ao Primeiro-Secretário, por intermédio do seu Partido ou 
de qualquer Senador. 
 
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A posse é um ato público por meio do qual o Senador se 
investe no mandato. A posse será realizada perante o Senado, 
durante reunião preparatória, sessão deliberativa ou não 
deliberativa. A situação mais comum é que a posse ocorra na 
primeira reunião preparatória da primeira sessão legislativa 
ordinária, que ocorre no dia 1º de fevereiro. É posse geral, 
quando normalmente todos os recém eleitos tomam posse. A 
cada eleição geral, que ocorre a cada quatro anos (estamos, 
inclusive, em ano de eleição) o senado tem o seu quadro 
renovado em 1 e 2 terços, nas atuais eleições (2010) serão 
eleitos 2 terços dos membros que tomarão posse em 2011. 
Então, para que fique mais claro vejamos como podem ocorrer 
as posses dos Senadores. 
 
• Posse Coletiva: ocorre na primeira reunião preparatória 
da primeira sessão legislativa ordinária, que ocorre no dia 
1º de fevereiro. É posse geral, quando normalmente todos 
os recém eleitos tomam posse. Como são diversos os 
Senadores a tomar posse, um dos Senadores empossados, 
durante a solenidade prestará o compromisso proferindo 
os seguintes dizeres: “Prometo guardar a Constituição 
Federal e as leis do País, desempenhar fiel e 
lealmente o mandato de Senador que o povo me 
conferiu e sustentar a união, a integridade e a 
independência do Brasil”; os demais, ao serem cha-
mados, dirão: “Assim o prometo”. 
 
• Posse Individual: pode ocorrer no caso do senador que 
não tomar posse na cerimônia coletiva e no caso de ser 
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convocado o suplente que, por ventura, venha a tomar 
posse como senador, em caráter temporário ou definitivo, 
a depender da situação. Ocorrendo a posse individual 
durante Sessão Legislativa Ordinária, o Presidente 
designará três Senadores para receber o empossando para 
introduzi-lo no plenário e conduzi-lo até a Mesa, onde, es-
tando todos de pé, prestará o compromisso. Ressalto que 
o suplente que for convocado para assumir o mandato 
somente proclamará o juramento na primeira vez que 
assumir o cargo, as demais vezes o Presidente do Senado 
apenas comunicará à Casa a volta daquele ao exercício do 
mandato. 
 
Vejamos um exemplo: 
 
Suponha que o Senador X tomou posse como senador no dia 10 
de fevereiro de 2011 e dez dias depois, foi nomeado para o 
cargo de Ministro de Estado da Fazenda. Para que isso seja 
possível ele pega licença do mandato (prática extremamente 
comum no Brasil). Como conseqüência o seu primeiro suplente 
(senador é eleito com 2 suplentes) é convocado a assumir o 
mandato. Nessa situação ocorrerá a posse individual, nos 
moldes que mencionei acima, inclusive prestando o 
compromisso. Um ano após a nomeação o Presidente da 
república, por algum motivo político, resolveu exonerar o 
Senador X do cargo de ministro e, devido a isso, ele teve que 
retornar ao mandato de senador e o suplente, em decorrência, 
voltou ao “banco de reservas”. Seis meses depois, o Presidente 
resolve dar uma segunda chance ao nosso Senador X e o 
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nomeia para o Ministério de Estado da Pesca e Aquicultura e, 
novamente X aceitou. Nessa segunda ocasião o suplente 
assumirá (feliz da vida) de novo o mandato, mas desta vez não 
haverá posse e nem prestação do compromisso. O 
presidente do Senado apenas comunicará à Casa a volta 
daquele ao exercício do mandato. Espero que tenha ficado bem 
explicado. 
 
PRAZOS PARA TOMAR POSSE 
 
• O Senador deverá tomar posse dentro de noventa dias, 
contados da instalação da sessão legislativa, ou, se eleito 
durante esta, contados da diplomação, podendo o prazo 
ser prorrogado, por motivo justificado, a requerimento 
do interessado, por mais trinta dias. Passados os noventa 
dias, se o Senador não tomar posse nem requerer sua 
prorrogação, será considerado que este renunciou ao 
mandato, e será convocado o primeiro Suplente. 
• O primeiro Suplente, que for convocado para a substituir 
Senador licenciado (veremos todas as licenças mais 
adiante), terá o prazo de trinta dias improrrogáveis 
para prestar o compromisso, e, nos casos de vaga ou de 
afastamento (para assumir cargo de Ministro de Estado, 
de Governador de Território, de Secretário de Estado, do 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou 
de chefe de missão diplomática temporária) o prazo será 
de sessenta dias, que poderá ser prorrogado, por 
motivo justificado, a requerimento do referido suplente, 
por mais trinta dias.Se, dentro dos prazos acima descritos 
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o Suplente não tomar posse e nem requerer sua 
prorrogação, será considerado que este renunciou ao 
mandato, e será convocado o segundo Suplente, que 
terá, em qualquer hipótese, trinta dias para prestar o 
compromisso. 
 
Pessoal, este negócio de prorrogação para tomar posse funciona 
da seguinte forma: nos casos em que é permitida a 
prorrogação, o interessado, seja o titular eleito ou suplente, 
desde que haja motivo justificado para não tomar posse 
dentro dos prazos previstos, poderá, ainda na vigência do prazo 
inicial, requerer a prorrogação do prazo para tomar posse. Este 
requerimento de prorrogação deve ser aprovado pelo Senado 
(mera formalidade), no entanto, se o prazo inicial se esgotar 
sem que o referido requerimento seja votado, será 
automaticamente considerada como concedida a prorrogação do 
prazo. Tudo ok? 
 
Pessoal, por hoje é só. Espero vocês na nossa jornada rumo ao 
Senado Federal. 
Lembrem-se que todas as dúvidas que possam surgir poderão 
ser sanadas através do nosso fórum. 
 
Abraços, 
Telmo Rocha. 
 
 
 
 
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Questões desta aula 
 
(CESPE – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANCINE - 2006) 
A sessão legislativa não pode ser interrompida antes da 
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, o qual 
deve ser encaminhado até 8 meses antes do encerramento do 
exercício financeiro, ou seja, até o dia 30 de abril e devolvido 
até 30 de junho para sanção. 
 
Gabarito: Errado 
 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
 
Regimento Interno do Senado Federal, disponível em 
http://www.senado.gov.br/legislacao/regsf/RegSFVolI.pdf 
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Olá Pessoal, sejam todos bem vindos! 
 
Fico muito feliz com a companhia de vocês no nosso curso de 
Regimento Interno do Senado Federal. Espero que todos 
estejam animados para aprender nossa matéria, afinal os 
motivos para se dedicar para este concurso são muitos, 
principalmente as remunerações, vejam só os valores: 
 
CARGO REMUNERAÇÃO INICIAL BRUTA 
CONSULTOR R$ 22.691,43 
ANALISTA R$ 17.465,86 
TÉCNICO R$ 13.200,04 
FONTE: Diário Oficial da União - 24/09/2010 Disponível em: 
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=24/09/2010&jornal=2&pagina=60&totalArquivos=72 
 
É uma bela motivação, não é mesmo? 
 
Está disponível, também, um arquivo com o Regimento Interno 
na íntegra já com todas as atualizações em seu texto. É 
importante que vocês acompanhem as explicações com ele à 
mão, para eventuais consultas. 
 
Ao término de cada tópico serão apresentadas algumas 
questões comentadas e ao final da aula será apresentada a lista 
completa, para que vocês possam treinar efetivamente fixar o 
aprendizado. 
 
O encontro de hoje abordará os seguintes tópicos: 
 
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Dos Senadores (continuação), Da Mesa, Dos Blocos 
Parlamentares, Da Maioria, Da Minoria, Das Lideranças, 
Da Representação Externa e Exercícios desta aula. 
 
Vamos lá! 
 
 
2.2 DO EXERCÍCIO 
 
O exercício abrange a realização das atividades parlamentares 
em sua rotina normal. Para que exerça tais atividades o 
Senador deve apresentar-se no edifício do Senado à hora 
regimental, ou seja, deverá comparecer nas horas marcadas 
para as sessões do Plenário e para as reuniões das comissões 
das quais faça parte. 
 
No desempenho de suas funções o Senador tem diversas 
atribuições, tais como: propor, votar e discutir projetos de lei; 
ser eleito para exercer cargos nos órgãos do Senado. A lista 
elencada pelo Regimento segue abaixo; 
 
Cabe aos Senadores: 
 
• Oferecer proposições, discutir, votar e ser votado; 
• Solicitar informações às autoridades sobre fatos relativos ao 
serviço público ou úteis à elaboração legislativa; 
• Usar da palavra, observadas as disposições deste Regimento. 
 
 
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No exercício de suas atividades e, para que possa cumpri-las de 
forma efetiva, o Senador pode, desde que assim ache 
conveniente, tomar certas atitudes. É interessante frisar que, 
mesmo que estando substituído pelo Suplente (afastado ou 
licenciado) continuará com os direitos a seguir. Vejamos: 
 
 
É facultado ao Senador, uma vez empossado: 
 
• Examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo; 
 
• Requisitar da autoridade competente, por intermédio da Mesa 
ou diretamente, providências para garantia das suas 
imunidades e informações para sua defesa; 
 
• Freqüentar a Biblioteca e utilizar os seus livros e publicações, 
podendo requisitá-los para consulta, fora das dependências 
do Senado, desde que não se trate de obras raras, assim 
classificadas pela Comissão Diretora; 
 
• Freqüentar o edifício do Senado e as respectivas 
dependências, só ou acompanhado, vedado ao 
acompanhante o ingresso no plenário, durante as sessões, e 
nos locais privativos dos Senadores; 
 
• Utilizar-se dos diversos serviços do Senado, desde que para 
fins relacionados com as suas funções; 
 
• Receber em sua residência o Diário do Senado Federal, o do 
Congresso Nacional e o Diário Oficial da União. 
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Vejamos, agora, algumas questões. 
 
Exercícios 
Julgue os itens a seguir: 
 
1 – Cabe aos Senadores, no exercício do mandato, votar, 
ser votado, oferecer e discutir proposições. 
 
Gabarito: Certo 
É exatamente isso pessoal. O item está de acordo com o Art. 
8º, I do Regimento. 
 
2 - Uma vez diplomado, é facultado ao Senador receber 
em sua residência o Diário do Senado Federal, o do Con-
gresso Nacional e o Diário Oficial da União. 
 
Gabarito: Errado 
O erro da assertiva é que o Senador faz jus ao que é afirmado 
após empossado, ou seja, a partir da posse e não da 
diplomação. 
 
3 – É facultado ao senador, uma vez empossado, 
requisitar qualquer livro junto Biblioteca do Senado para 
sua consulta fora das dependências do Senado. 
 
Gabarito: Errado 
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Os livros classificados como obras raras pela Comissão Diretora 
não poderão ser consultados fora das dependências do Senado. 
 
 
4 – O Senador pode freqüentar quaisquer dependências 
do edifício do Senado, só ou acompanhado, inclusive o 
plenário, durante as sessões. 
 
Gabarito: Errado 
Não é permitido ao acompanhante o ingresso no plenário, du-
rante as sessões, e nos locais privativos dos Senadores. 
 
 
5 – O Senador, nos períodos em que estiver sendo 
substituído pelo suplente não poderá freqüentar o 
plenário, durante as sessões. 
 
Gabarito: Errado 
Mesmo substituído por suplente o senador mantém esse direito. 
 
 
 
 
2.3 DOS ASSENTAMENTOS E DA REMUNERAÇÃOa) ASSENTAMENTOS 
 
Os assentamentos caracterizam o registro dos dados pessoais 
do parlamentar e que serão utilizados para fins de todos os atos 
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da Casa, nos quais ele esteja, de algum modo, envolvido. Sejam 
atos relativos ao exercício da atividade legislativa ou atos 
administrativos. Segundo o Regimento interno: “O Senador ou 
Suplente, por ocasião da posse, inscreverá, em livro específico, 
de próprio punho, seu nome, o nome parlamentar, a respectiva 
rubrica, filiação partidária, idade, estado civil e outras 
declarações que julgue conveniente fazer. Com base nos dados 
declarados pelo parlamentar o Primeiro-Secretário (da Mesa) 
expedirá as respectivas carteiras de identidade (identidade de 
parlamentar)”. 
 
b) REMUNERAÇÃO 
 
Pessoal, conforme é de conhecimento de vocês, a partir da EC 
n0 19, os Senadores (e demais agentes políticos) passaram a ser 
remunerados por meio de subsídio. Valer ressaltar que a 
remuneração dos parlamentares também deve obediência ao 
teto remuneratório constitucional (subsídio dos ministros do 
STF). 
 
Segundo o Regimento Interno, o senador, dependendo do 
caso, tem direito a receber remuneração a contar: 
 
a) do início da legislatura, ao diplomado antes da instalação 
da primeira sessão legislativa ordinária; 
 
b) da expedição do diploma, ao diplomado posteriormente à 
instalação; 
 
c) da posse, ao Suplente que entrar em exercício. 
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O Senador que assumir os seguintes cargos poderá optar pela 
remuneração do mandato: 
 
a) Ministro de Estado; 
 
b) Governador de Território; 
 
c) Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de 
Prefeitura de Capital; ou 
 
d) Chefe de missão diplomática temporária 
 
OBSERVAÇÃO: 
Repare bem no texto; essa possibilidade decorre do Art. 56, § 
3º da CF: 
Art. 56. Não perderá o mandato o 
Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, 
do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura 
de Capital ou chefe de missão diplomática 
temporária; 
(...) 
§ 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou 
Senador poderá optar pela remuneração do 
mandato. (Grifei) 
 
 
 Então, que fique claro: O Senador, sem perder o mandato, 
pode ser nomeado para Secretário de Prefeitura de Capital e, 
ainda, optar por receber a remuneração do mandato. Mas não é 
de qualquer prefeitura, tem que ser de CAPITAL de estado, 
ok. 
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Exercícios 
Julgue os itens abaixo: 
 
6 – O Senador por ocasião da posse apresentará 
declaração devidamente digitada que deverá conter seu 
nome, o nome parlamentar, a respectiva rubrica, filiação 
partidária, idade, estado civil e outras declarações que 
julgue conveniente fazer. 
 
Gabarito: Errado 
Segundo o Art. 10 do RI tais dados serão inscritos de próprio 
punho em livro específico. Nada de declaração digitada... 
 
 
7 – O Senador, em qualquer caso, fará jus à remuneração 
a partir do início da legislatura. 
 
Gabarito: Errado 
Conforme demonstramos anteriormente, não será em qualquer 
caso. 
 
8 – O Senador que assumir cargo de Ministro de Estado, 
de Governador de Território, de Secretário de Estado, do 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou 
de chefe de missão diplomática temporária poderá optar 
pela remuneração do mandato. 
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Gabarito: Certo 
É exatamente isso. 
 
9 - Com base nos dados recebidos da Justiça Eleitoral, o 
Primeiro-Secretário do Senado expedirá as carteiras de 
identidade dos Senadores. 
 
Gabarito: Errado 
Tais documentos serão expedidos tomando por base os dados 
declarados pelo próprio Senador ou Suplente. 
 
 
 
2.4 DO USO DA PALAVRA 
 
Obviamente os Senadores, durante as sessões (do plenário ou 
das comissões), podem fazer uso da palavra, mas para isso eles 
devem seguir diversos preceitos do RI. Neste tópico citarei as 
regras mais importantes quanto ao assunto, mas antes vamos a 
algumas definições: 
 
Ordem do Dia: é a fase da sessão plenária destinada à 
discussão e à votação das propostas. Corresponde, também, à 
relação de assuntos a serem tratados em uma reunião 
legislativa. 
 
Questão de Ordem: É utilizada pelo senador para suscitar, em 
qualquer fase da sessão, dúvida a respeito de interpretação 
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ou aplicação do regimento em caso concreto, relacionada 
com a matéria tratada na ocasião. A questão é decidida pelo 
presidente da sessão, com recurso ao Plenário. No caso de 
recurso, a Presidência pode solicitar audiência da Comissão de 
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), quando se tratar de 
interpretação de texto constitucional, cabendo ao Plenário a 
deliberação final sobre o assunto. 
 
Aparte: É a permissão para falar dada por um orador a outro 
parlamentar pelo tempo máximo de dois minutos. A negativa 
de um aparte a um senador se estende aos demais. Não é 
permitido pedir aparte ao presidente da sessão, a parecer oral, 
a encaminhamento de votação – exceto quando se trata de 
manifestação de pesar ou voto de aplauso –, a senador que 
discursa para dar uma explicação pessoal; e a questão de 
ordem ou sua contestação. 
 
 
Agora sim, vamos em frente. 
 
O senador poderá fazer uso da palavra: 
• nos cento e vinte minutos que antecedem a Ordem do Dia, 
por dez minutos, nas sessões deliberativas, e por vinte 
minutos, nas sessões não deliberativas; 
• na discussão de qualquer proposição, uma só vez, por 
dez minutos; 
• na discussão da proposição em regime de urgência, uma 
só vez, por dez minutos, limitada a palavra a cinco 
Senadores a favor e cinco contra; 
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• no encaminhamento de votação, uma só vez, por cinco 
minutos; 
• no encaminhamento de votação de proposição em regime 
de urgência, uma só vez, por cinco minutos, o relator da 
comissão de mérito e os líderes de partido ou bloco 
parlamentar ou Senadores por eles designados; 
• para explicação pessoal, em qualquer fase da sessão, 
por cinco minutos, se nominalmente citado na ocasião, 
para esclarecimento de ato ou fato que lhe tenha sido 
atribuído em discurso ou aparte, não sendo a palavra 
dada, com essa finalidade, a mais de dois oradores na 
mesma sessão; 
• em qualquer fase da sessão, por cinco minutos: 
a) pela ordem, para indagação sobre andamento dos 
trabalhos, reclamação quanto à observância do Regimento, 
indicação de falha ou equívoco em relação à matéria da 
Ordem do Dia, vedado, porém, abordar assunto já resolvido 
pela Presidência; 
b) para suscitar questão de ordem; 
c) para contraditar questão de ordem, limitada a palavra aum só Senador; 
• após a Ordem do Dia, pelo prazo de vinte minutos, para 
as considerações que entender; 
• para apartear, por dois minutos, obedecidas as seguintes 
normas: 
a) o aparte dependerá de permissão do orador, 
subordinando-se, em tudo que lhe for aplicável, às 
disposições referentes aos debates; 
b) não serão permitidos apartes: 
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1 – ao Presidente; 
2 – a parecer oral; 
3 – a encaminhamento de votação, salvo nos casos de 
requerimento de homenagem de pesar ou de voto de 
aplauso ou semelhante; 
4 – a explicação pessoal; 
5 – a questão de ordem; 
6 – a contradita a questão de ordem; 
7 – a uso da palavra por cinco minutos; 
 
c) a recusa de permissão para apartear será sempre 
compreendida em caráter geral, ainda que proferida em 
relação a um só Senador (se recusou a um esta recusa vale 
para todos os demais); 
d) o aparte proferido sem permissão do orador não será 
publicado; 
e) ao apartear, o Senador conservar-se-á sentado e falará 
ao microfone; 
 
Estas são algumas das regras às quais se submetem os 
Senadores para que possam fazer o uso da palavra. Não 
deixem de ler com atenção a lista completa no texto do 
Regimento, pois como diz o velho ditado: O seguro 
morreu de velho! 
 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
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1) O Senador, quando estiver fazendo uso da palavra, 
poderá, em algumas situações, ser interrompido pelo 
Presidente ou por outro Senador. Nestes casos, o tempo 
que durar a interrupção será descontado em favor do 
orador, salvo no caso de ser aparteado e assim consentir. 
2) É vedado ao Senador usar de expressões descorteses ou 
insultuosas. 
3) O Senador, ao fazer uso da palavra, se manterá de pé, 
salvo licença para se conservar sentado, por motivo de 
saúde, e dirigir-se-á ao Presidente ou a este e aos 
Senadores, não lhe sendo lícito permanecer de costas 
para a Mesa. 
4) O Senador não pode ler da tribuna ou incluir em discurso, 
aparte, declaração de voto ou em qualquer outra 
manifestação pública, documento de natureza sigilosa. 
 
 
Exercícios 
Julgue os itens: 
 
10 – O líder de partido ou bloco parlamentar poderá 
fazer uso da palavra uma vez por sessão, por quinze 
minutos, em qualquer fase da sessão, exceto durante a 
Ordem do Dia, para comunicação urgente de interesse 
partidário. 
 
Gabarito: Errado 
O erro está apenas no tempo, que na verdade seriam cinco 
minutos, e não quinze. 
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11 – No encaminhamento de votação, o senador poderá 
fazer uso da palavra apenas duas vezes, somando-se não 
mais que cinco minutos. 
 
Gabarito: Errado 
O certo seria uma só vez, por cinco minutos. 
 
12 – O aparte dependerá de permissão do orador e 
aquele que for proferido sem ela não será publicado. 
 
Gabarito: Certo 
Combinação do Art 14, XII, a e d. 
 
13 – O Senador poderá fazer uso da palavra por cinco 
minutos para interpelar Ministro de Estado e por dois 
minutos para a réplica. 
 
Gabarito: Certo 
Está de acordo com o Art. 14, XIII 
 
14 - Não é permitido ao Senador ler da tribuna ou incluir 
em discurso, aparte, declaração de voto ou em qualquer 
outra manifestação pública, documento de natureza 
sigilosa. 
 
Gabarito: Certo 
A assertiva está de acordo com o Art 20. 
 
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15 - Ao fazer uso da palavra o Senador manter-se-á de 
pé, salvo licença para se conservar sentado, por motivo 
de saúde, e irá se dirigir Presidente ou a este e aos 
Senadores, sendo lícito permanecer de costas para a 
Mesa. 
 
Gabarito: Errado 
Não é licito permanecer de costas para a Mesa. 
 
16 - A recusa de permissão para apartear será sempre 
compreendida em caráter geral, ainda que proferida em 
relação a um só Senador. 
 
Gabarito: Certo 
Esta assertiva esta de acordo com a literalidade do RI. 
 
17 – Independente do tamanho do Bloco ou Partido, o 
líder poderá usar da palavra durante o período do 
expediente da sessão, por cinco minutos, para 
comunicado urgente de interesse partidário. 
 
Gabarito: Certo 
O item está de acordo com o Art. 14, II, a. 
 
18 – Em sessões deliberativas é permitido ao Senador 
fazer uso da palavra durante dez minutos dentro dos 120 
minutos que antecedem a Ordem do Dia. 
 
Gabarito: Certo 
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Conforme o Art. 14, I. 
 
19 – Caso não haja senadores incritos para usar da 
palavra, esta será concedida de acordo com a ordem em 
que for pedida. 
 
Gabarito: Certo 
O item está conforme o Art. 16, caput. 
 
20 – O tempo das interrupções feitas ao Senador, no uso 
da palavra, será descontado em seu favor, salvo nos 
casos de aparte por ele consentido. 
 
Gabarito: Certo 
De acordo com o Art. 18, parágrafo único. 
 
2.5 DAS MEDIDAS DISCIPLINARES 
 
Todos aqueles que estão encobertos por leis e regulamentos 
podem sofrer sanções; com os Senadores não poderia ser 
diferente. Neste sentido o RI trás algumas medidas a serem 
tomadas no caso de os parlamentares adotarem posturas e 
comportamentos considerados inadequados. 
 
USO DE EXPRESSÕES DESCORTESES OU INSULTUOSAS 
Note que neste ponto o Regimento deu ênfase à proibição de os 
Senadores, quando no uso da palavra, utilizarem expressões 
descorteses ou insultuosas. Apenas transcreverei este ponto 
devido à sua fácil compreensão. 
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Art. 22. Em caso de infração do art. 19, 
I, (usar de expressões descorteses ou 
insultuosas) proceder-se-á da seguinte ma-
neira: 
I – o Presidente advertirá o Senador, 
usando da expressão “Atenção!”; 
II – se essa observação não for 
suficiente, o Presidente dirá “Senador F..., 
atenção!”; 
III – não bastando o aviso nominal, o 
Presidente retirar-lhe-á a palavra; 
IV – insistindo o Senador em desatender 
às advertências, o Presidente determinará 
sua saída do recinto, o que deverá ser feito 
imediatamente; 
V – em caso de recusa, o Presidente 
suspenderá a sessão, que não será reaberta 
até que seja obedecida sua determinação. 
 
 
Conforme você pode observar, caso o senador, usando a 
palavra, utilize expressões descorteses ou insultuosas 
(insultando o Presidente do Senado, por exemplo), poderão ser 
tomadas, sucessivamente cinco atitudes, sendo que em último 
caso, se nenhuma das medidas anteriores for o suficiente para 
fazer o Senador “resmungão” comportar-se a sessão será 
suspensa até que o Senador indisciplinado se retire. 
 
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DESACATO AO SENADO 
 
Considera-se desacato ao Senado,segundo o Regimento, o ato 
do Senador: 
1 – Reincidir na desobediência de não se retirar do recinto 
(sessão de comissão ou do plenário) quando ordenado pelo 
Presidente. 
É o caso daquele “resmungão” comentado acima, que proferiu 
palavras insultuosas até o presidente mandar ele se retirar do 
recinto. Note que o que caracteriza o desacato ao Senado é a 
reincidência. 
 
2 – Agredir por atos ou palavras contra a Mesa ou contra outro 
Senador, nas dependências da casa. Chamo a atenção para a 
sutileza: é nas dependências da casa, então, se for fora não 
estará caracterizado o desacato ao Senado. 
 
PROCEDIMENTOS ADOTADOS NO CASO DE DESACATO AO 
SENADO 
 
Caso se caracterize uma das formas de desacato ao Senado, 
será adotada uma seqüência de atos que poderá surtir dois 
resultados distintos. Vamos a tal seqüência: 
 
1- O Segundo-Secretário, por determinação da Presidência, 
lavrará relatório pormenorizado do fato que, 
supostamente configura desacato ao Senado; 
 
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2- Cópias autenticadas do relatório serão encaminhadas aos 
demais membros da Mesa e aos líderes que, em reunião 
convocada pelo Presidente, deliberarão: 
a) pelo arquivamento do relatório (resultado 1); 
b) pela constituição de comissão para, sobre o fato, se 
manifestar (resultado 2). 
 
No caso da reunião deliberar pelo resultado 1 – 
arquivamento – tudo permanece bem para o Senador. 
 
Agora, caso seja deliberado pelo resultado 2 – constituir 
uma comissão para se manifestar sobre o fato que 
originou a o procedimento acima narrado, daí os 
seguintes fatos se desencadearão: 
 
1 – formada a comissão, esta, de posse do relatório, se 
reunirá no prazo de duas horas, a partir de sua 
constituição, a fim de eleger o Presidente, que designará 
relator para a matéria; 
 
2 – a comissão poderá ouvir as pessoas envolvidas no caso 
e as testemunhas que entender; 
 
3 – a comissão terá o prazo de dois dias úteis para emitir 
parecer, que será conclusivo, podendo propor uma das 
seguintes medidas: 
a) censura pública ao Senador; 
b) instauração de processo de perda de mandato; 
 
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4 – aprovado pela comissão, o parecer será encaminhado à 
Mesa para o procedimento cabível no caso. 
 
Vejam bem: 
 
Caso seja formada a comissão para apurar o suposto desacato 
ao Senado, o parlamentar arrolado pode ficar bastante 
“enrolado”, pois desta comissão, de regra, sairão apenas dois 
resultados: proposta de uma punição branda (censura pública) 
ou algo mais grave e, digamos, perigosa que é a proposta de 
instauração de processo de perda de mandato. Seja qual 
for o parecer da comissão ele será encaminhado para a Mesa 
da casa que tomará o procedimento cabível. 
 
DECORO PARLAMENTAR 
 
De acordo com o regimento interno, ”Se algum Senador 
praticar, dentro do edifício do Senado, ato incompatível com o 
decoro parlamentar ou com a compostura pessoal, a Mesa 
dele conhecerá e abrirá inquérito, submetendo o caso ao 
Plenário, que sobre ele deliberará, no prazo improrrogável de 
dez dias úteis”. 
Os atos que são ditos incompatíveis com o decoro parlamentara 
são descritos na Resolução n0 20 de 1993, que instituiu o código 
de Ética e Decoro Parlamentar, porém, em princípio não 
precisamos nos preocupar em aprofundar mais que isso neste 
item, pois aquela resolução tradicionalmente não vem sendo 
cobrada nos editais. 
 
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Exercícios 
Julgue os itens: 
 
21 – O Senador que, ao usar da palavra utilizar 
expressões descorteses ou insultuosas, não atender às 
advertências, mesmo após lhe ser retirada a palavra, 
poderá ter sua saída do recinto determinada pelo 
Presidente e, caso se recuse a deixar o recinto, a sessão 
será suspensa. 
 
Gabarito: Certo 
Todos estes procedimentos estão previstos no caso da 
transgressão citada. Art. 22. 
 
22 - Agressão, por atos ou palavras, praticada por 
Senador contra a Mesa ou contra outro Senador, nas 
dependências da Casa, constitui desacato ao Senado. 
 
Gabarito: Certo 
O item está totalmente condizente com o Art. 23. 
 
23 - A comissão constituída para se manifestar sobre 
caso de desacato ao Senado terá o prazo de dois dias 
úteis para emitir parecer, que será conclusivo. 
 
Gabarito: Certo 
Conforme Art. 24, II, b e V 
 
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24 - Se algum Senador praticar, dentro do edifício do 
Senado, ato incompatível com o decoro parlamentar ou 
com a compostura pessoal, a Mesa dele conhecerá e 
abrirá inquérito, submetendo o caso ao Plenário, que 
sobre ele deliberará, no prazo de dez dias. 
 
Gabarito: Errado 
O prazo é de dez dias úteis. 
Acostumem-se com as maldades, rsss. 
 
25 – Ato de Senador que configure desacato ao Senado 
pode acarretar a perda de mandato. 
 
Gabarito: Certo 
De acordo com o Art. 24, V, b. 
 
 
 
2.6 DAS VAGAS 
 
O Regimento elenca três situações em que ocorrerá vaga no 
cargo de Senador: 
 
a) FALECIMENTO 
b) RENÚNCIA 
c) PERDA DE MANDATO 
 
Quanto ao falecimento do senador, com certeza não é 
necessário fazer maiores esclarecimentos. Então, só para 
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reforçar: Senador morre -> cargo vago -> convoca-se o 
suplente, ok? 
 
2.6.1 RENÚNCIA 
 
A renúncia ao mandato de Senador da República gera vacância 
no cargo e acarretará a convocação do seu suplente. Podemos 
classificar a renúncia como expressa ou tácita. 
 
Renúncia expressa: pode ser comunicada de duas formas: 
escrita ou verbal. 
 
Renúncia expressa escrita: será dirigida por escrito à Mesa, 
com firma reconhecida, e independe da aprovação do 
Senado, mas somente se tornará efetiva e irretratável depois de 
lida no Período do Expediente e publicada no Diário do Senado 
Federal. 
 
Renúncia expressa oral: o Senador ou Suplente em exercício 
pode fazer em plenário, oralmente, a renúncia ao mandato, a 
qual se tornará efetiva e irretratável depois da sua publicação 
no Diário do Senado Federal. 
 
Um ponto comum que há entre as duas é que ambas se 
tornarão efetivas e irretratáveis após a publicação no Diário 
do Senado Federal; ou seja, fica implícito que, enquanto não 
ocorrer tal publicação, o Senador pode se retratar (desistir da 
renúncia à senatória). 
 
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Pessoal, esse negócio de renunciar ao mandato já deu muito 
“pano pra manga” no Brasil. Antes da tão falada lei da ficha 
limpa entrar em vigor os parlamentares corruptos, para evitar 
por em risco os seus direitos políticos no caso de uma provável 
instauração de processo de perda de mandato, tinham uma 
válvula de escape, que era justamente a renúncia. Vamos dar 
um exemplo real, claroe atual. 
 
EXEMPLO: 
Joaquim Domingos Roriz, na época Senador da República pelo 
Distrito Federal, quando se viu envolvido num escândalo com 
diversas acusações de corrupção, resolveu renunciar ao 
mandato. Mas porque ele fez isso? É simples, veja só: um 
Senador que se encontrasse numa “saia justa”, como era o 
caso do nosso amigo Roriz, podia, desde que ainda não tivesse 
sido instaurado um processo de perda de mandato no âmbito 
do Senado, renunciar ao mandato sem sofrer quaisquer 
restrições em seus direitos políticos (podendo, no futuro, se 
candidatar a cargos eletivos). Então, na opinião de vocês, a 
renúncia era ou não uma boa para opção o Roriz naquela 
época? Com certeza! Mesmo porque poucos anos antes essa 
tática deu certo para ACM e Arruda no escândalo do Painel 
lembra-se? Mas agora com a lei da ficha limpa a “casa caiu” 
para boa parte dos corruptos, ou pelo menos balançou, rsss. 
 
 
Renúncia tácita: considera-se que renunciou ao mandato o 
Senador convocado que não comparecer no prazo estabelecido 
no regimento para prestar o compromisso (tomar posse) e o 
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Suplente que, convocado, não se apresentar para entrar em 
exercício no devido prazo regimental. 
 
Revisemos as regras e os prazos para que não reste 
dúvida: 
 
 
PRAZOS PARA TOMAR POSSE 
 
• O Senador deverá tomar posse dentro de noventa dias, 
contados da instalação da sessão legislativa, ou, se eleito 
durante esta, contados da diplomação, podendo o prazo 
ser prorrogado, por motivo justificado, a requerimento 
do interessado, por mais trinta dias. Passados os 
noventa dias, se o Senador não tomar posse nem 
requerer sua prorrogação, será considerado que este 
renunciou ao mandato, e será convocado o primeiro 
Suplente. 
• O primeiro Suplente, que for convocado para a substituir 
Senador licenciado (veremos todas as licenças mais 
adiante), terá o prazo de trinta dias improrrogáveis 
para prestar o compromisso, e, nos casos de vaga ou 
de afastamento (para assumir cargo de Ministro de 
Estado, de Governador de Território, de Secretário de 
Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de 
Capital ou de chefe de missão diplomática temporária) 
o prazo será de sessenta dias, que poderá ser 
prorrogado, por motivo justificado, a requerimento do 
referido suplente, por mais trinta dias. Se, dentro dos 
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prazos acima descritos o Suplente não tomar posse e nem 
requerer sua prorrogação, será considerado que este 
renunciou ao mandato, e será convocado o segundo 
Suplente, que terá, em qualquer hipótese, trinta dias 
para prestar o compromisso. 
 
 
Em qualquer dos casos em que ocorrer a vacância do cargo de 
Senador o Presidente a comunicará ao plenário. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Nos casos de renúncia tácita, qualquer senador poderá, até o 
dia útil que seguir a publicação da vacância, interpor recurso ao 
Plenário, que deliberará, ouvida a Comissão de Constituição, 
Justiça e Cidadania (CCJ). 
Tal recurso teria a finalidade de justificar a perda dos prazos. 
(Mas, cá entre nós; dificilmente alguém iria perder esses 
prazos, né?) 
 
2.6.2 PERDA DO MANDATO 
 
Aquele Senador que incorrer em determinadas proibições, 
previstas hora na CF, hora no Regimento Interno do Senado, 
estará sujeito à punição de PERDA DE MANDATO. Ao tratar 
deste tema, o Regimento faz uma transcrição dos artigos 54 e 
55 da CF. Farei um quadro resumo das proibições aos 
Senadores para que este tópico fique o mais claro possível, pois 
esta parte é “chata”. 
 
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PROIBIÇÕES – art. 54 da CF 
Em: 
• PJ de direito público; 
• Qualquer entidade da administração indireta; ou 
• Concessionária de serviço público 
 
 
Senador não poderá desde a 
expedição do diploma: 
 
Senador não poderá desde a 
posse: 
• Firmar ou manter contrato 
com estas entidades (salvo 
quando o 
contrato obedecer a cláusulas 
uniformes); 
 
• Aceitar ou exercer cargo, 
função ou emprego 
REMUNERADO, inclusive os 
demissíveis "ad nutum", nelas. 
• Ocupar cargo ou função 
"ad nutum" nelas; 
 
• Patrocinar causa em que 
seja interessada qualquer 
destas entidades. 
 
Perderá o mandato o Senador que descumprir as proibições 
do quadro acima. Note que são aquelas proibições que constam 
no artigo 54 da Carta Magna. 
 
PERDERÁ O MANDATO O SENADOR 
• que deixar de comparecer à terça parte das sessões 
deliberativas ordinárias do senado, em cada sessão 
legislativa anual, salvo licença ou missão autorizada; 
 
• que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
 
• quando o decretar a justiça eleitoral; 
 
• que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e 
irrecorrível. 
 
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Vejamos agora as formas como se dão estas perdas de 
mandato. 
 
A PERDA DO MANDATO poderá ser DECIDIDA pelo Senado ou 
DECLARADA, de ofício ou mediante provocação, pela Mesa. 
 
Perda de Mandato Decidida (votada): neste caso será decidida 
pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, 
mediante provocação da Mesa ou de partido político 
representado no Congresso Nacional. Essa representação no 
congresso quer dizer o seguinte: o partido que tiver no 
congresso ao menos um Deputado ou um Senador (basta um), 
já cumpri a exigência constitucional. 
 
Perda de Mandato Declarada: neste caso a perda do mandato 
será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante provocação de 
qualquer Senador, ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
 
Faremos, outra vez, um esquema/resumo para facilitar a 
compreensão. 
 
O quadro abaixo contém os casos em que a perda do mandato é 
DECIDIDA pelo Senado e as que a perda é DECLARADA pela 
Mesa: 
 
 
 
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Perda de Mandato Decidida 
pelo Senado Federal, por 
voto secreto e maioria 
absoluta 
 
 
• descumprimento das 
proibições do art. 54 CF; 
• cujo procedimento for 
declarado incompatível com o 
decoro parlamentar; 
• que sofrer condenação 
criminal em sentença definitiva e 
irrecorrível 
 
 
 
 
Perda de Mandato 
Declarada pela Mesa 
• que deixar de 
comparecer à terça parte das 
sessões deliberativas 
ordinárias do Senado, em 
cada sessão legislativa anual, 
salvo licença ou missão 
autorizada; 
• que perder ou tiver 
suspensos os direitos 
políticos; 
• quando o decretar a 
Justiça Eleitoral; 
 
 
ATENÇÃO 
Exceto nos casos em que a perda do mandato for declarada 
pela justiça eleitoral e daquele que o perdeu ou teve 
suspensos os direitos políticos, haverá uma apreciação da 
representação dos fatos pela Comissão de Constituição, Justiça 
e Cidadania - CCJ; esta proferirá seu parecer em quinze dias 
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úteis, que, a depender do caso, conterá as seguintes possíveis 
soluções: 
 
CASOS POSSIVEL PARECER DA 
CCJ 
• descumprimento das 
proibições do art. 54 CF; 
• cujo procedimento for 
declarado incompatível com o 
decoro parlamentar; 
• que sofrer condenação 
criminal em sentença definitiva e 
irrecorrível 
 
• pela aceitação da repre-
sentação para exame 
ou 
• pelo arquivamento 
 
• que deixar de 
comparecer à terça parte das 
sessões deliberativas 
ordinárias do Senado, em 
cada sessão legislativa anual, 
salvo licença ou missão 
autorizada; 
 
• pela procedência da 
representação 
ou 
• pela improcedência da 
representação 
 
 
IMPORTANTE: 
Perceba que há os dois casos em que é dispensável a 
análise pela Comissão de Constituição, Justiça e 
Cidadania – CCJ: 
 
1 – Senador que perder ou tiver suspensos os direitos 
políticos; e 
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2 - quando a Justiça Eleitoral decretar a perda do 
mandato; 
 
Isso ocorre pelos seguintes motivos: 
 
1 - quando um cidadão perde ou tem suspenso os seus 
direitos políticos ele perde a capacidade politica passiva, 
não podendo, desta forma, continuar no exercício de um 
cargo eletivo; 
2 – quando, por algum motivo, a Justiça Eleitoral decreta 
a perda do mandato de algum parlamentar, esta decisão 
deve, obrigatoriamente, ser cumprida pelo legislativo. 
 
Concluindo: em ambos os casos só o que resta ao Senado 
é, através da Mesa, decretar a perda do mandato do 
Senador que se encontre em tais situações. 
 
Continuando... 
 
No caso em que compete à Mesa declarar a Perda do Mandato 
do Senador, o parecer da CCJ lhe será enviado para que decida. 
Esse é mole pessoal, é apenas um caso: se a CCJ concluir em 
seu parecer que é procedente (que o senador realmente faltou a 
à terça parte das sessões deliberativas ordinárias do Senado, 
em cada sessão legislativa anual) a Mesa declarará a Perda; 
se o parecer revelar que é improcedente, o assunto será 
arquivado. Ok? 
 
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Já nos casos em que a competência é do Senado, por voto 
secreto e maioria absoluta, decidir sobre a perda do mandato 
o caminho é um pouco mais longo. Observem os passos: 
 
1 – O parecer da CCJ será incluído na Ordem do Dia após o 
interstício regimental, para que seja deliberado pela admissão 
ou não da representação contra o Senador; 
2 – Se o Plenário votar por não admitir a representação, esta é 
arquivada; 
3 – Se a representação for admitida pelo voto do Plenário, o 
Presidente designará comissão composta de nove membros 
para instrução da matéria; 
4 - Recebida e processada, será fornecida cópia da 
representação ao acusado, que terá o prazo de quinze dias 
úteis, prorrogável por igual período, para apresentar, à 
comissão, sua defesa escrita; 
5 - Apresentada ou não a defesa, a comissão, após proceder 
às diligências que entender necessárias, emitirá parecer, 
concluindo por projeto de resolução, no sentido da perda do 
mandato ou do arquivamento definitivo do processo; 
Obs. O acusado poderá assistir, pessoalmente ou por 
procurador, a todos os atos e diligências, e requerer o 
que julgar conveniente aos interesses da defesa. 
6 - Para falar sobre o parecer, será concedida vista do processo 
ao acusado pelo prazo de dez dias úteis. 
7 - O projeto de resolução, depois de lido no Período do 
Expediente, publicado no Diário do Senado Federal e distribuído 
em avulsos, será incluído em Ordem do Dia e submetido à 
votação pelo processo secreto. 
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ATENÇÃO! 
Essa é a votação que ocorre por voto secreto e maioria 
absoluta. Então, depois de todos esses passos, para que o 
senador perca o mandato será necessário 41 votos nesse 
sentido. 
 
Definição: 
Avulsos são exemplares das proposições, pareceres, relatórios, 
etc., publicado oficialmente pelas Casas Legislativas. São 
conteúdos resumidos que tem como objetivo dar conhecimento 
oficial aos Senadores sobre determinada o teor de determinada 
matéria. 
 
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Exercícios 
Julgue os itens: 
 
26 - A comunicação de renúncia à senatória ou à 
suplência deve ser dirigida por escrito ao Presidente da 
Mesa, com firma reconhecida, dependendo, ainda, da 
aprovação do Senado. 
 
Gabarito: Errado 
A comunicação de renúncia será dirigida por escrito à Mesa 
e independe da aprovação do Senado. 
 
27 – A renúncia ao cargo de Senador se torna efetiva e 
irretratável depois de lida no Período do Expediente e 
publicada no Diário do Senado Federal. 
 
Gabarito: Certo 
É exatamente isso, realmente a renúncia se torna irretratável 
depois de lida e publicada. 
 
28 – O Regimento do Senado não prevê a existência de 
renuncia tácita ao mandato de Senador. 
 
Gabarito: Errado 
O regimento trás sim esta previsão: “Considerar-se-á como 
tendo renunciado o Senador que não prestar o 
compromisso no prazo estabelecido neste Regimento e o 
Suplente que, convocado, não se apresentar para entrar em 
exercício no prazo estabelecido neste Regimento”. 
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29 - Perde o mandato o Senador que sofrer condenação 
criminal em sentença definitiva e irrecorrível. 
 
Gabarito: Certo 
Item de acordo com o Art. 32, IV. 
 
30 – O Senador que deixar de comparecer à terça parte 
das sessões deliberativas ordinárias do Senado, em cada 
sessão legislativa anual, salvo licença ou missão 
autorizada, responderá a processo de perda de mandato, 
cuja decisão final cabe ao Senado Federal, por voto 
secreto e maioria absoluta. 
 
Gabarito: Errado 
No caso acima a decisão será tomada pela Mesa, e não pelo 
Senado (Art. 32, § 3º). 
 
31 - As representações para perda de mandato serão 
encaminhadas à Comissão de Constituição, Justiça e 
Cidadania, que proferirá seu parecer em quinze dias 
úteis. Este parecer, nos casos em que se trate de 
Senador, cujo procedimento for declarado incompatível 
com o decoro parlamentar, concluirá pela procedência, 
ou não, da representação. 
 
Gabarito: Errado 
Essa foi no estilo pegadinha. O erro é que no caso em questão 
parecer irá concluir pela aceitação ou arquivamento. 
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32 – O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e 
Cidadania que verse sobre caso de Senador que, após a 
posse, esteja patrocinando causa em que seja 
interessada é uma empresa pública será encaminhado à 
Mesa para decisão. 
 
 
Gabarito: Errado 
No caso acima o parecer será incluído Ordem do Dia após o 
interstício regimental, pois a decisão cabe ao Senado por voto 
secreto e maioria absoluta, ok?33 - O projeto de Decreto Legislativo, que verse sobre a 
perda de mandato de Senador, depois de lido no Período 
do Expediente, publicado no Diário do Senado Federal e 
distribuído em avulsos, será incluído em Ordem do Dia e 
submetido à votação pelo processo secreto. 
 
 
Gabarito: Errado 
Trocou-se o instrumento. O projeto é de resolução e não de 
Decreto Legislativo. 
 
 
34 – O Senador que, após a diplomação, firmar ou 
manter qualquer contrato com empresa pública estará 
sujeito à perder o mandato. 
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Gabarito: Errado 
É permitido manter contratos de cláusulas uniformes (contratos 
de adesão que podem ser firmados por qualquer pessoa, como 
contratos de telefone). 
 
 
35 – Não perde o mandato o Senador que, após a 
expedição do diploma, se mantiver como proprietário, 
controlador ou diretor de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito 
público, ou nela exerça função remunerada. 
 
Gabarito: Certo 
O Senador só estará sujeito à perda de mandato caso se 
encontre nas situações narradas pelo item após ter tomado 
posse. Após a diplomação é permitido (pelo menos até tomar 
posse). 
 
Ok, vamos ao próximo tópico! 
 
 
2.6.3 SUSPENSÃO DAS IMUNIDADES 
 
Os Senadores (e também os Deputados) gozam de 
determinadas imunidades constitucionais que, por um lado, 
afastam sua responsabilização penal e civil por determinados 
atos e manifestações que tenham relação com o exercício de 
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seu mandato, e por outro ângulo lhes asseguram certas 
garantias no processo de sua incriminação. Estas imunidades se 
dividem em MATERIAIS E FORMAIS. Vamos fazer uma breve 
explanação sobre cada uma delas, apenas para diferenciá-
las. 
 
IMUNIDADES MATERIAIS - está prevista no caput do art. 53 
da Constituição Federal que assim diz – “Os Deputados e 
Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de 
suas opiniões, palavras e votos”. Tal imunidade afasta a 
responsabilização do Senador por suas opiniões, palavras e 
votos, desde que ele esteja desempenhando atividade 
relacionada ao mandato. Nessas situações não poderá ser 
responsabilizado criminalmente (não pode ser processado 
criminalmente), civilmente (não será obrigado a indenizar 
eventuais danos causados a terceiros por sua conduta), e 
também não poderá ser condenado disciplinarmente e 
politicamente perante o Senado Federal. 
 
IMUNIDADES FORMAIS - a imunidade formal ou processual, 
ao contrário da material, não afasta a ilicitude da conduta do 
parlamentar e também não afasta a possibilidade de sua 
responsabilização; ela apenas assegura ao parlamentar 
certas prerrogativas no curso do processo de sua 
responsabilização. 
 
Bem pessoal, segundo a CF e o Regimento Interno, “As 
imunidades dos Senadores subsistirão durante o estado de sí-
tio, só podendo ser suspensas mediante voto de dois terços dos 
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membros da Casa, nos casos de atos praticados fora do recinto 
do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a 
execução da medida”. 
 
Simplificando: 
 
• Durante o estado de sítio as imunidades continuarão a 
existir; 
• Elas somente poderão ser suspensas mediante o voto dois 
terços dos membros do Senado; 
• Somente podem ser suspensas para atos praticados fora 
do recinto do Congresso Nacional que sejam 
incompatíveis com a medida (estado de sítio); 
• Mesmo no caso de suspensão das imunidades para os atos 
praticados fora do recinto (...) elas permanecem 
absolutas para os atos praticados no recinto do 
Congresso Nacional. 
 
 
 
Exercícios 
Julgue os itens: 
 
 
36 – Sempre que for decretado o estado de sítio, pela 
regra, serão suspensas as imunidades dos Senadores. 
 
Gabarito: Errado 
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A regra, na realidade é que as imunidades permanecerão em 
pleno vigor durante o estado de sítio. Elas poderão ser 
suspensas, mas para isso é necessário que tal medida seja 
aprovada pelo voto de dois terços dos membros da Casa e ela 
só será válida para atos praticados fora do recinto do 
Congresso Nacional e que sejam incompatíveis com o estado de 
sítio. 
 
37 – No caso de suspensão das imunidades, durante o 
estado de sítio, poderá o Senador responder civil e 
penalmente pelas declarações e atos relacionados com a 
atividade parlamentar que praticar dentro do Plenário do 
Senado. 
 
Gabarito: Errado 
Só para reforçar, a suspensão é só para os atos externos ao 
Congresso Nacional, desta forma os que aconteçam no interior 
do Senado estão encobertos pela imunidade, sempre. 
 
 
38 – Para que as imunidades parlamentares dos 
Senadores sejam suspensas, durante o estado de sítio, é 
necessária a aprovação pelo Senado por três quintos dos 
votos. 
 
Gabarito: Errado 
O quantitativo exigido é dois terços. 
 
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2.6.4 DA AUSÊNCIA, DA LICENÇA E CONVOÇÃO DE 
SUPLENTE 
 
CONVOÇÃO DE SUPLENTE 
 
Para ficar mais didático vamos definir em primeiro lugar os 
casos em que serão convocados os suplentes. 
 
O SUPLENTE É CONVOCADO QUANDO: 
• ocorrer a vaga (falecimento, renúncia ou perda de 
mandato pelo titular); 
• o titular pedir afastamento do exercício do mandato para 
investidura nos cargos de Ministro de Estado, de 
Governador de Território, de Secretário de Estado, do 
Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou 
de chefe de missão diplomática temporária; ou 
• o titular entrar em licença por prazo superior a cento e 
vinte dias. 
 
Vamos recordar os prazos que o Suplente tem para 
prestar o compromisso/tomar posse.... 
 
 
 
• O primeiro Suplente, que for convocado para a substituir 
Senador licenciado, terá o prazo de trinta dias 
improrrogáveis para prestar o compromisso, e, nos 
casos de vaga ou de afastamento (para assumir cargo 
de Ministro de Estado, de Governador de Território, de 
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Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de 
Prefeitura de Capital ou de chefe de missão diplomática 
temporária) o prazo será de sessenta dias, que 
poderá ser prorrogado, por motivo justificado, a 
requerimento do referido suplente, por mais trinta dias. 
Se, dentro dos prazos acima descritos o Suplente não 
tomar posse e nem requerer sua prorrogação, será 
considerado que este renunciou ao mandato, e será 
convocado o segundo Suplente, que terá, em qualquer 
hipótese, trinta dias para prestar o compromisso. 
 
 
DA AUSÊNCIA 
 
Será considerado ausente aquele senador que o nome não 
constar das listas de comparecimento das sessões 
deliberativas ordinárias. Essas ausências serão computadas 
para fins de perda

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