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Noções Gerais de Direito Empresarial

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Noções Gerais de Direito Empresarial 
Fernanda Rosa da Silva, advogada, OAB/RS102.681 
 
 O Direito Empresarial, antigo Direito Comercial, é o ramo do direito 
que estuda as relações privatistas que envolvem a empresa e o empresário. 
Nessas relações estão o estudo da empresa, o direito societário, as relações 
de título de crédito, as relações de direito concorrencial, as relações de 
direito intelectual e industrial e os contratos mercantis. 
Conceito de Empresa e Empresário: 
 
A Atividade do empresário pode ser vista como a de articular os fatores 
de produção, que no sistema capitalista são quatro: capital, mão-de-obra, 
insumo e tecnologia. As organizações em que produzem os bens e serviços 
necessários ou úteis à vida humana são resultado da ação dos empresários, 
ou seja, nascem do aporte de capital – próprio ou alheio –compra de insumos, 
contratação de mão de obra e desenvolvimento ou aquisição de tecnologia que 
realizam. Como exemplo podemos citar o caso de um empresário, que com seu 
próprio dinheiro (capital) - compra madeira (insumo), contrata um carpinteiro 
(mão -obra), e projeta um novo modelo de janela de madeira (tecnologia), 
viabilizando assim o produto no mercado consumidor com preços e qualidades 
competitivos.(COELHO, Fábio Ulhoa, pag. 01, Manual de Direito Comercial.) 
O art. 996 caput do Código Civil define empresário: “que exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou 
circulação de bens e serviços”. 
Dessa conceituação podemos destacar: 
1. Profissionalidade: habitualidade, pessoalidade e o monopólio das 
informações no exercício da atividade empresarial; 
2. Atividade: empresário é o que exerce profissionalmente uma atividade 
econômica organizada, então empresa é a atividade econômica organizada de 
produção ou circulação de bens ou serviços. 
3. Econômica: decore da lucratividade, é quando o lucro é objetivo. 
4. Organizada: para a atividade empresarial é necessário a presença 
organizada de todos os fatores: capital, mão de obra, insumos e tecnologia. 
5. Produção de bens ou serviços: produzir é fabricar, prestar, assim, a 
produção de bens e ou serviços deve ser entendida como a fabricação de 
produtos ou mercadorias (ex: todo tipo de fábrica, indústria, confecção etc.) ou 
prestação de serviços (ex: hospital, banco, escola dentre outros). 
6. Circulação de bens ou serviços: A atividade de circular bens é a do 
comércio, em sua manifestação originária: ir buscar o bem no produtor para 
trazê-lo ao consumidor. Deve ser entendida como a intermediação daqueles 
fatores, ou seja, a atividade de interligação entre o consumidor e o fabricante 
ou prestador de serviço (ex: comerciante, varejista, atacadista etc.). 
7. Bens ou serviços: fugindo um pouco da regra de que bens são tangíveis e 
serviços intangíveis, surge o negócio eletrônico, cuja interpretação pode 
pender para um lado ou para outro, sendo sempre, contudo, atividade 
empresarial (ex: a assinatura de uma revista virtual, com o mesmo conteúdo 
do de papel é bem ou serviço? E o download de arquivos de vídeos e músicas 
da internet). 
 
Títulos de Crédito: 
O crédito é a confiança que uma pessoa inspira a outra de cumprir, no 
futuro, obrigação atualmente assumida. Significa que com a utilização do 
crédito, pode alguém hoje, ser suprido de determinada importância, empregá-
la no seu interesse, fazê-la produzir em proveito próprio desde que tenha 
assumido a obrigação de, em época futura, retornar a quem lhe forneceu a 
importância de que se utilizou. Surgiu, assim, o crédito como elemento novo a 
facilitar a vida dos indivíduos e o progresso dos povos. 
Os títulos de créditos surgiram na Idade Média, como documentos que 
representavam direitos de crédito; os quais, a princípio, só poderiam ser 
utilizados apenas pelos que figuravam nos documentos como seus titulares 
(credores) e que posteriormente passaram a ser transferidos por esses seus 
titulares a outras pessoas que, de posse dos documentos, podiam exercer, 
como proprietários, os direitos mencionados nos papéis. A chamada cláusula 
à ordem, nada mais é que a faculdade que tem o titular de um direito de crédito 
(credor) de transferir esse direito à outra pessoa, juntamente com o documento 
que o incorpora. 
Conceito Título de Crédito 
É um documento, portanto não pode ser uma declaração oral, 
necessário para o exercício do direito nele mencionado. É indispensável o 
documento para que os direitos nele mencionados sejam exercidos. Daí ser ele 
um título de apresentação, porque no momento em que desejar exercer os 
direitos mencionados no título, deve o atual possuidor (chamado de portador 
ou detentor) apresentar o documento ao devedor ou a pessoa indicada para 
pagar. Por isso é indispensável. Os direitos mencionados no título são sempre 
direitos de crédito. 
Com o passar do tempo foram surgindo os títulos impróprios, que são 
documentos que tomaram as características de títulos de crédito sem, contudo, 
se referirem a verdadeiras operações de crédito pecuniário, em que há o gozo 
de dinheiro presente em troca de dinheiro futuro. Pontes de Miranda 
acrescentou a denominação de títulos cambiariformes, que embora 
contenham alguns elementos da letra de câmbio ou da nota promissória não 
apresentam outros de sua natureza. Assim: a duplicata, o cheque não 
representam uma verdadeira operação de crédito, de confiança, mas se 
beneficiam dos princípios que regulam aqueles títulos dando segurança aos 
que com ele transacionam. 
Por fim, os títulos de crédito somente produzem efeitos quando 
preenchidos os requisitos da lei. 
Características do Título de Crédito 
 
I. Literalidade = só vale nos títulos o que neles está escrito, logo, o que nele 
não está escrito não pode ser alegado. → Ex: declaro, com minha assinatura 
no documento, que pagarei o título se o obrigado principal não o pagar; no 
futuro, não poderei escusar-me de fazer esse pagamento. Por outro lado, se 
prometo ao portador desse título pagá-lo se o obrigado principal não pagar, 
mas minha assinatura não constar no documento, não poderei depois ser 
forçado judicialmente a efetuar o pagamento, pois minha declaração não 
consta no documento. 
 
II. Autonomia = cada pessoa que se obriga no título está assumindo uma 
obrigação autônoma, ou seja, não depende das obrigações já assumidas por 
outros no mesmo título nem a elas vinculada. Cada obrigação é autônoma e o 
obrigado (aceitante) tem que cumpri-la, em favor do portador, sem poder fugir 
a esse dever alegando algo sobre as relações com os obrigados anteriores do 
título. Assim, a autonomia das obrigações assumidas dá ao portador a 
segurança do cumprimento dessas obrigações por qualquer uma das pessoas 
que tenham assinados no documento. 
→ Quanto mais o título circular, recebendo assinaturas, tanto mais segurança 
terá o portador de que, no momento aprazado, seja reembolsado da 
importância mencionada no documento, facultando-lhe a lei recebê-la não 
apenas do obrigado principal mas, na falta dele, qualquer dos que lançaram as 
suas assinaturas no título e, desta forma, assumiram a obrigação de pagá-lo, 
se a isso forem justamente chamados. 
 
III. Abstração = são direitos que não dependem do negócio que deu lugar ao 
nascimento do título. Uma vez emitido o título, este se liberta de sua causa e, 
assim, a mesma não poderá ser alegada futuramente para invalidar as 
obrigações decorrentes do título, pois esse, uma vez emitido, passa a conter 
direitos abstratos, não cabendo a exigência de contraprestação para poder ser 
satisfeita a obrigação. Por isso, as obrigações decorrentes do título, por serem 
abstratas, terão que ser cumpridas não se admitindo qualquer recusa baseada 
na causa que originou o título. E então, juntos com a abstração, serão aplicados 
os princípios da autonomia e da literalidade, isto é, os princípios de que as 
obrigaçõessão independentes entre si e que, no título, vale tudo e somente o 
Classificação dos Títulos de Crédito 
 
Há 4 maneiras pela qual há a promoção da transferência da propriedade dos 
créditos (forma e circulação): 
 
I. Títulos nominativos = sua circulação se faz mediante um termo de cessão 
ou de transferência. O nome do credor (pessoa indicada como beneficiária da 
prestação a ser realizada) vem mencionado no texto do título de crédito. A 
posse e a propriedade transferem-se através da tradição, juntamente à 
assinatura no livro do emitente. → Ex: debêntures, letras financeiras. 
II. Títulos à ordem (títulos endossáveis) = a transmissão da propriedade do 
documento se realiza com a somatória de uma declaração (endosso) e a 
tradição do documento. O texto do documento menciona a identidade do credor 
por meio de uma declaração de vontade (o endosso). → 85% dos títulos de 
crédito estão nesta categoria. 
O aparecimento da cláusula ‘à ordem’ possibilitou a circulação dos direitos 
incorporados nos títulos de crédito. E para tornar mais fácil a utilização dessa 
cláusula, surgiu o endosso, que consiste na simples assinatura do beneficiário. 
É necessário que quem assinar esteja legitimado na propriedade do título. 
III. Títulos ao portador = não se menciona a identidade do credor (beneficiário 
da prestação). Será considera titular dos direitos incorporados nos documentos 
a pessoa que com ele se apresentar e, ainda, a sua circulação se faz por 
simples tradição manual, basta a transmissão da posse do documento. É a 
forma menos segura, porque se houver o extravio do título eu perco também o 
crédito. No Brasil, a Lei 8021/90 (art. 4º) proibiu os títulos ao portador; porém o 
CC permitiu novamente com a ressalva que deve haver uma norma específica 
para sua criação. → caso o portador se identifique sem que indique a pessoa 
a quem o título deverá ser pago, este se tornará coobrigado pelo pagamento 
ao lançar sua assinatura no verso do título. 
IV. Títulos não à ordem = é uma alteração dos títulos ‘à ordem’. Sua circulação 
se faz através de uma cessão, que requer um termo de transferência assinado 
pelo cedente e pelo cessionário. Como consequência da cessão, o cedente se 
obriga apenas com o cessionário, não em relação aos posteriores possuidores 
do título. 
 
Categorias dos títulos de crédito 
1) Títulos abstratos = sem importância na causa; uma vez criado e posto em 
circulação, passa a valer por si mesmo. → Ex: letra de câmbio, nota 
promissória. 
2) Títulos causais = só existem em função de um determinado negócio 
fundamental, o qual influencia sua existência. → Ex: duplicatas, que para serem 
emitidas, necessitam que tenha havido uma venda de mercadorias, a prazo, 
em território nacional. 
3) Títulos próprios = aqueles que encerram uma verdadeira operação de 
crédito, subordinada a sua existência à confiança que inspiram os que deles 
participam; são os mais puros títulos de crédito. → Ex: letra de câmbio, nota 
promissória. 
4) Títulos impróprios (cambiariformes) = não apresentam uma verdadeira 
operação de crédito (não há abstração), mas contêm forma de título cambiário. 
São formais e com conteúdo pecuniário. → Ex: cheque, duplicata. 
5) Títulos representativos = a obrigação auferida ao devedor possui conteúdo 
não pecuniário (≠ de $). Envolve mercadorias. Possuem rigidez formal e são 
títulos causais. → Ex: conhecimento de transporte, de depósito e warrant. 
6) Títulos de financiamento = prestação mista (obrigação de dar - $ - + 
obrigação de fazer). São mais utilizados no mercado de capitais e possuem 
forma flexível. → Ex: cédula de crédito, debêntures e letras imobiliárias. 
Forma de criação do título: há, na criação, a declaração de vontade; a qual, na 
maioria das vezes, faz surgir um título de crédito (ex: cheque e duplicata). Para 
cada título, há uma declaração, mas há aqueles em que uma declaração de 
vontade gera vários títulos (ex: debêntures). São os títulos seriados, os quais 
são idênticos (pertencem a mesma classe) na conferência de direito a credores, 
que atuam em conjunto. 
Títulos considerados uns com relação aos outros: são títulos principais aqueles 
em que a validade independe da existência de outros títulos, já os títulos 
acessórios são aqueles que têm sua validade dependendo da existência de 
outros títulos de crédito (ex: warrant, que é acessório do título de conhecimento 
de depósito). 
Títulos de acordo com o grau de cartularidade: são títulos absolutos aqueles 
que apresento fisicamente o título de crédito toda vez que quiser extrair efeitos 
da obrigação cartular (ex: a maioria → os cambiários). Já os títulos relativos só 
apresento o título para a transmissão do crédito (ex: títulos de financiamento 
→ cédula de crédito, não preciso do título, pois é endossável) 
Previsão legislativa do Título de Crédito: são títulos típicos (formais) os que 
possuem um modelo fixado pelo legislador e são títulos atípicos aqueles que 
não seguem um modelo criado, porém devem obedecer a normas. 
 
 
EMPRESAS: 
 
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL, EIRELLI 
 
Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta 
própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um 
microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até sessenta 
mil reais por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. 
O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo 
ou o piso da categoria. 
Recentemente foram criadas as empresas individuais de 
responsabilidade limitada, conforme a lei 12.441/11 que instituiu a EIRELI, que 
é aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, 
devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a cem vezes o maior 
salário-mínimo vigente no país. O titular não responderá com seus bens 
pessoais pelas dívidas da empresa. 
A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade 
limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. Ao 
nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou a 
denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
A EIRELI também poderá resultar da concentração das quotas de outra 
modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que 
motivaram tal concentração. A empresa individual de responsabilidade limitada 
será regulada, no que couber, pelas normas aplicáveis às sociedades limitadas. 
A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) poderá se 
enquadrar como microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP), 
desde que atenda aos requisitos da lei complementar 123, de 14 de dezembro 
de 2006. O enquadramento será efetuado mediante declaração para essa 
finalidade, cujo arquivamento deve ser requerido em processo próprio. 
Por fim chegamos às sociedades, estas para que adquiram personalidade 
jurídica é necessária a inscrição, no registro próprio e na forma da lei, de seus 
atos constitutivos (art. 958 do C. C.), ficando a cargo das juntas comerciais o 
registro da sociedade empresária, e dos cartórios de pessoas jurídicas, o da 
sociedade simples (art. 1150 do C. C.). 
Segundo a sistemática adotada pelo código civil as sociedades são 
divididas em personificadas e não personificadas. O código civil reconhece 
como não personificadas: a sociedade comum, irregular ou de fato e a 
sociedade em conta de participação. A sociedade comum é aquela que não 
tem seus atos constitutivos inscritos no registro competente. Isso não implica a 
inexistência da sociedade assim os sócios responderão solidariamente entre 
si, e subsidiariamente perante terceiros, exceto o sócio que contratar em nome 
da sociedade, pois será pessoalmente responsável. Já a sociedade em conta 
de participação é similar a um contrato de investimento, tendo duas categorias 
de sócios: o ostensivo que contrataem nome da sociedade, tendo 
responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações sociais e o sócio 
participante que não contrata em nome da sociedade de forma que não possui 
responsabilidade pelas obrigações sociais, porém fica limitado aos 
investimentos empregados na sociedade pelo sócio ostensivo, nos termos do 
contrato social. 
Com a superação da teoria dos atos de comércio, e a adoção da teoria 
da empresa, o direito brasileiro passou a adotar duas classificações societárias: 
as sociedades simples e as sociedades empresárias. 
A sociedade simples é a pessoa jurídica que realiza atividade intelectual, 
de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de 
auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa. Exemplo clássico é aquela constituída por profissionais 
do mesmo ramo como a dos advogados, médicos ou engenheiros, 
configurando-se uma sociedade simples cujo contrato social é inscrito no 
registro civil das pessoas jurídicas, salvo quando se tratar de sociedades de 
advogados que se inscrevem apenas na OAB. 
Já as sociedades empresárias são aquelas que se enquadram no 
conceito de empresa, devendo ter sua inscrição no registro público de 
empresas mercantis (junta comercial) do estado onde se encontra 
estabelecida. 
São tipos de sociedade empresária: 
A.) Sociedade em nome coletivo: tipo societário pouquíssimo utilizado, pois 
exige que os sócios sejam pessoas físicas, com responsabilidade solidária e 
ilimitada por todas as dívidas da empresa, podendo o credor executar os bens 
particulares dos sócios, mesmo sem ordem judicial. O nome da empresa é 
composto pelo nome dos sócios. 
B.) Sociedade em Comandita Simples: também pouco utilizado, sendo 
formada a empresa por sócios comanditados (participam com capital e 
trabalho, tendo responsabilidade solidária e ilimitada) e comanditários (aplica 
apenas capital, possuindo responsabilidade limitada ao capital empregado e 
não participando da gestão dos negócios da empresa). Empresa de capital 
fechado isto é não negociável em bolsa de valores. Com relação ao nome 
podem usar firma ou razão social, do qual devem figurar apenas os sócios 
comanditados sob pena de responsabilidade solidária e ilimitada do sócio que 
constar na razão social. 
C.) Sociedade em Comandita por ações: também em processo de extinção 
é regida pelas normas relativas às sociedades anônimas, artigos. 280e 
seguintes da lei 6.404/76, salvo a restrição de que somente os acionistas 
podem ser diretores ou gerentes, respondendo ilimitadamente pelas 
obrigações da empresa, enquanto os sócios comanditários que são os demais 
acionistas não gerentes ou diretores possuem responsabilidade limitada ao 
capital social. Assim como as S/As, podem ser empresa de capital aberto, tendo 
suas ações negociadas em bolsa. Podem ter denominação ou nome fantasia, 
firma ou razão social, acrescidas da expressão “Comandita por Ações” ou 
“C/A”. 
D.) Sociedade Limitada: mais de 90% das empresas no Brasil são Ltdas, pois 
nesse tipo de sociedade a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor 
de suas cotas, mas responde solidariamente pela integralização do capital 
social, referente à parte não integralizada pelos demais sócios. Foi a sociedade 
mais afetada pelo Código Civil de 2002, uma vez que as sociedades vigentes 
a sua época tiveram que adequar seus estatutos ao código atual. Pode ter 
denominação ou nome fantasia, firma ou razão social, acrescida da expressão 
“Ltda”. 
E.) Sociedade Anônima: é uma espécie utilizada principalmente no caso de 
grandes empresas onde o capital encontra-se dividido em ações e cada 
acionista é responsável pelo preço de emissão de suas próprias ações 
(responsabilidade limitada e não solidária) está regulamentada na Lei 6.404/76 
e não no Código Civil. Possui várias espécies de títulos e é regulamentada por 
diversos órgãos, devendo publicar seus atos no diário oficial ou em jornal de 
grande circulação. Possui denominação ou nome fantasia acrescidos da 
expressão “S/A” ou antecedido da expressão “Companhia” ou Cia”.

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