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Trabalho de Cultura Brasileira
Globalização atual e as consequências na cultura brasileira.
Jessica Guinter Boechat de Souza - 201202060609
 A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, que teria sido impulsionado pelo barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.
 Os efeitos no mercado de trabalho da globalização são evidentes, com a criação da modalidade de empregos para países com mão-de-obra mais baratas para execução de serviços que não é necessário alta qualificação, com a produção distribuída entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.
 O início da Globalização gera discordância quanto ao momento histórico de seu surgimento. Porém a datação mais significativa e aceita é o fim da década de 80, onde o mundo era dividido em dois: o capitalista e o socialista. O que estamos vivendo hoje é a vitória do sistema que ganhou esta guerra: o capitalista, que é um sistema produtivo, ou seja, ele precisa produzir, e precisa vender para obter lucro, para isso ele usa dois outros sistemas auxiliares atualmente: O sistema neoliberal e uma rede de informação mundial que faça seu produto conhecido e comercializado no mundo inteiro. Eis aí a globalização. Tal fenômeno, ainda, gera a agilidade e eficiência das comunicações e da informação, além de ‘’estreitar’’ as distâncias entre cidade e países.
 O Brasil, como mostraremos, está totalmente inserido nesse contexto global. Suas raízes estão pautadas na abertura econômica com Juscelino Kubitschek, no grande investimento estrangeiro durante a Ditadura Militar e, mais profundamente, com a implementação da política neoliberal no início da década de 90.
 Será ainda levado em consideração questões como: agropecuária, comércio internacional (importação e exportação), a importância geopolítica do Brasil no mundo, devido a grande quantidade de água doce, a importância da Amazônia, a importância do país junto a ONU, a questão energética, a importância do Mercosul, a atração de Multinacionais e seu contexto interno no país, entre outros assuntos.
 Como dito acima, já no governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), o Brasil ‘’engatinhava’’ uma economia minimamente globalizada. JK investiu com convicção na atração de capitais externos para equipar as indústrias locais. Com medidas que privilegiavam esses empréstimos, como a adoção de uma taxa cambial favorável e de facilidades na remessa de lucros para o exterior, o Brasil assistiu a uma invasão veloz do capital estrangeiro em áreas estratégicas.
 Nessa época, foi criado um Plano de Metas, onde o lema do governo era “cinqüenta anos de progresso em cinco”. Esse plano previa um acelerado crescimento econômico a partir da expansão do setor industrial, com investimentos na produção de aço, alumínio, metais não-ferrosos, papel, celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e equipamento elétrico.
 O Plano de Metas teve pleno êxito, pois no decorrer da gestão governamental a economia brasileira registrou taxas de crescimento da produção industrial (principalmente na área de bens de capital) em torno de 80%. Além disso, a indústria automobilística começou a ganhar significativo destaque.
 Por outro lado um significativo aumento da inflação e da dívida externa foi inevitável. O governo realizava investimentos no setor industrial a partir da emissão monetária e da abertura da economia ao capital estrangeiro, o que gerou uma desnacionalização econômica, já que as empresas estrangeiras (multinacionais) passaram a controlar setores industriais estratégicos da economia nacional. Portanto, se por um lado o Plano de Metas alcançou os resultados esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo extremamente dependente. Nesse contexto, entrou em cena o Fundo Monetário Internacional (FMI), que passou a representar o vilão estrangeiro, com suas ingerências na política econômica brasileira e exigências para o saneamento das finanças.
Outro momento histórico onde o país obteve grande relação exterior foi durante a Ditadura Militar (1964-1985). Um dos objetivos era atrair novos investimentos de capital para o país. Nessa época, o investimento do Estado na indústria pesada, transformaria o Brasil em uma grande potência. A utilização da correção monetária surgiu para reduzir a inflação e minimizar as perdas dos investidores. Com o Banco Nacional de Habitação (BNH), em 1965, a classe média era incluída no sistema de crédito, aumentando a receita federal.
Nesse ritmo, a economia cresceu tão vigorosa que marcou época, ficando conhecida como "Milagre Econômico", ocorrido entre 1968 e 1973. Nessa época a economia crescia numa taxa média de 10% ao ano e, além disso, houve grande modernização dos sistemas de comunicação e realização de obras gigantescas. Porém, a partir de 1973, quando houve a 1º grande crise do petróleo houve algumas grandes conseqüências negativas, como a taxa de lucro dos empresários que crescia enquanto os salários dos trabalhadores eram atingidos, o aumento considerável da dívida externa, a subvalorização cambial e a fuga de capital para os EUA.
 Antes da globalização realmente vigorar no Brasil, foi preciso um grande empenho para reduzir a inflação de 223% que o país presenciava. Para isso, criou-se o plano Cruzado, o qual não conseguiu grande sucesso. Após isso, uma das medidas do governo Collor foi a abertura da economia, com diminuição das tarifas de importações. Além disso, iniciou-se, realmente, o processo de privatizações. A partir daí surge o Plano Real e o governo passa a intervir cada vez menos na economia.
 Além disso, há uma invasão de bens de consumo e de produção. O número de indústrias cresce e, conseqüentemente cresce o número de investimentos estrangeiros e multinacionais. A economia globalizada, então, está consolidada.
 Novas noções. Uma das características da cultura contemporânea é a substituição das noções tradicionais de cultura, identidade cultural nacional, identidade em geral e, mesmo, de nação (pelo menos, nos países da UE). Hoje, qualquer pessoa tem uma cultura mental composta por figuras, ideias e imagens que circulam por todo o planeta, desenraizadas de uma referência local ou nacional. Os autores jurídicos que definiam a nação em termos de “poder, espaço e população” encontram-se ultrapassados pelos acontecimentos; os autores que falavam de cultura nacional em termos de homogeneidade, de língua ou de etnia mostram-se incompatíveis com qualquer aproximação empírica às sociedades actuais.
 O multiculturalismo, a transculturalidade são as perspectivas para abordarmos os novos contextos. Apesar de sermos forçados a constatar a presença do fundamentalismo como actor dos novos confrontos (ideológicos, políticos, militares…), identificamos, por contraposição, o cosmopolitismo (a abertura ao outro, a visão abrangente do mundo) e o relativismo (a ausência de preconceitos a priori para olhar o outro).
 A globalização implica um movimento de distanciamento da idéia sociológica clássica da "sociedade" como um sistema bem delimitado e sua substituição por uma perspectiva que se concentrana "forma como a vida social está ordenada ao longo do tempo e do espaço". Essas novas características temporais e espaciais, que resultam na compressão de distâncias e de escalas temporais, estão entre os aspectos mais importantes da globalização a ter efeito sobre as identidades culturais. Eles são discutidos com mais detalhes no que se segue. Lembremos que a globalização não é um fenômeno recente: "A modernidade é inerentemente globalizante" 
 Devemos ter em mente essas duas tendências contraditórias presentes no interior da globalização. Entretanto, geralmente se concorda que, desde os anos 70, tanto o alcance quanto o ritmo da integração global aumentaram enormemente, acelerando os fluxos e os laços entre as nações. Eis algumas conseqüências desses aspectos da globalização sobre as identidades culturais, examinando três possíveis conseqüências:
·	
·	 As identidades nacionais estão se desintegrando, como resultado do crescimento da homogeneização cultural do e do "pós-moderno global"
·	As identidades nacionais e outras identidades e outras identidades "locais" ou particulares estão sendo reforçadas pela resistência à globalização.
·	As identidades nacionais estão em declínio, mas novas identidades __ híbridas __ estão tomando seu lugar.
 O processo de globalização estabelece uma nova relação entre as culturas locais e a cultura global. A disseminação da cultura mundializada influencia os padrões de comportamento, provocando uma valorização da tradição e um fortalecimento dos regionalismos manifestos na identidade cultural. 
 
 FIM

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