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Plano de Aula 2 Mandado de Injução

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
SINDICTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO MUNICÍ PIO Y, pessoa 
Jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número... , com sede à rua .. ., 
número ..., bairro , Município Y , São Paulo , CEP , representado por seu Presidente CAIO, 
nacionalidade, esta do civil, pro fissão, portador da identidade número.. ., inscrito no CP F sob o número ... , residente e domiciliado à rua. .. , número... , bairro , cidade , 
Estado , C EP, endereço eletrônico, por meio de seu advogado que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, com respeito e acatamento devidos à presença de Vossa Excelência, impetrar o presente,
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
Contra omissão do PREFEITO DO MUNICÍPIO Y, com fundamentos no Art. 5ª, inciso LXXI da CF/88 e art. 24, § 3º c. C art. 30, II, da Constituição Federal) em razão de ausência do órgão do poder legislativo em regulamentar o direito de greve dos servidores públicos, pelos motivos a seguir delineados:
1 - DOS FATOS
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade.
Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício.
2 - DO DIREITO
2.1 - DA LEGITIMIDADE
Ensina os arts. 3 e 12, III da Lei 13.300 de 2016, o seguinte:
“Art. 3o São legitimados para o mandado de injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2o e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora.”
“Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:
(...)
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial;”
Não obstante, verifica-se também o entendimento deste egrégio tribunal, pacificado nas súmulas 629 e 630, respectivamente:
“A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes.”
“A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.”
Com isso, considerando que a representante da impetrante é presidente da referida associação, é totalmente legítima para interpor a presente ação mandamental, com a finalidade de garantir o exercício dos direitos de seus associados.
2.2 – DO CABIMENTO
Está previsto no Art. 5, inciso LXXI, da Constituição Federal de 1988 o seguinte:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
Não obstante, a Lei Federal 13.300 de 2016, que veio para regulamentar o processo e julgamento do mandado de injunção, especialmente em seu artigo 2º, diz o seguinte:
Art. 2o Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
Fundamentação: 
A ausência de lei complementar municipal regulamentadora do direito previsto na Constituição Estadual (art. 126, § 4º, III), torna inviável o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais que laboram em condições especiais que prejudicam a saúde ou integridade física (atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas), razão pela qual o mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à satisfação da pretensão veiculada. Há existência de norma constitucional de eficácia limitada ainda não regulamentada, o que impede o exercício de um direito em caso concreto (inconstitucionalidade por omissão);
A competência legislativa das pessoas políticas para editar normas sobre previdência social, em especial acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos, é concorrente (artigo 24, XII da CF), de modo que ausente norma de caráter geral expedida pela União, haverá competência plena do Chefe do Executivo local para a propositura da lei, sem prejuízo, é claro, da superveniência de Lei Federal a respeito (§ 4º, artigo 24 da CF); o Município tem autonomia para legislar sobre a aposentadoria especial de seus servidores no exercício da competência supletiva (art. 24, § 3º c. C art. 30, II, da CF); 
Parâmetro jurisprudencial: RE 210.213-SP, Rel. Min. César Peluso.
Pedido: 
1) Notificação da autoridade coatora para prestar informações; 
Intimação do MP; 
2) A procedência do pedido para declarar a omissão normativa...;  
3) A procedência do pedido com a aplicação analógica do disposto no art. 57, caput e § 1º da Lei nº 8.213/91, que disciplina o 4) regime geral da previdência social, aos servidores que cumprirem as exigências legais. 
Valor da causa - R$... Ou R$ 1.000,00, para fins fiscais;
 
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Maceió/AL, 16 de agosto de 2017

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