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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI MEDICINA VETERINÁRIA APOSTILA DE PRÁTICAS VETERINÁRIAS: Equinos e Ruminantes SÃO PAULO 2013 ÍNDICE 1. EQUINOS A. Nomenclatura Zootécnica B. Abordagem e Contenção C. Exame clínico: Histórico, Anamnese e Exame Físico. D. Vias de Administração E. Técnicas e procedimentos terapêuticos: Imobilização e Bandagens F. Manejo de Feridas G. Emergências Gastrointestinais 2. RUMINANTES A. Nomenclatura Zootécnica B. Métodos de Contenção C. Métodos de derrubamento D. Exame clínico: Histórico, Anamnese e Exame Físico 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. EQUINOS O cavalo (do latim da ordem dos ungulados, uma das três ferus. A denominação para as fêmeas é castrados, garanhão e para os filhotes, mesma família dos asnos São animais gregários e se mostram ativos durante o dia. Os equídeos possuem somente o dedo central, os demais desaparecem. A última falange de dedo único é cercada por uma formação córnea que não pode ser chamada casco. Todos os sete membros da família dos equídeos são do mesmo gênero, Equus, e podem relacionar as mulas. Pertencem a ordem dos perisso dos rinocerontes e dos tapires, ou antas. Os primeiros cavalos descendem de uma linha evolutiva com cerca de 60 milhões de anos, que aparentemente iniciou Segundo Hunt (2003) os primeiros "simples Equus" coletivamente conhecidos como o grupo dos Equus simplicidens. Eles tinham corpos similares às zebras (relativamente curtos, ombros retos e pescoço grosso), e crânios idênticos aos burros (curtos e est provavelmente tinham crina “selvagem”, eretas, orelhas de tamanho médio e, talvez, latim caballu) é um mamífero ungulados, uma das três subespécies modernas da . A denominação para as fêmeas é égua, para os machos não para os filhotes, potro. Esse grande ungulado é membro da asnos e das zebras, a dos equídeos. São animais gregários e se mostram ativos durante o dia. Os equídeos possuem somente o dedo central, os demais desaparecem. A última falange de dedo único é cercada por uma formação córnea que não pode ser chamada casco. Todos os sete membros da família dos equídeos são do mesmo , e podem relacionar-se e produzir híbridos, não férteis, como mulas. Pertencem a ordem dos perissodáctilos, sendo por isso parentes tapires, ou antas. Os primeiros cavalos descendem de uma linha evolutiva com cerca de 60 milhões de anos, que aparentemente iniciou-se com o Hyracotherium. Segundo Hunt (2003) os primeiros Equus conhecidos foram um grupo de três "simples Equus" coletivamente conhecidos como o grupo dos Equus simplicidens. Eles tinham corpos similares às zebras (relativamente curtos, ombros retos e pescoço grosso), e crânios idênticos aos burros (curtos e est provavelmente tinham crina “selvagem”, eretas, orelhas de tamanho médio e, talvez, mamífero hipomorfo, modernas da espécie Equus , para os machos não . Esse grande ungulado é membro da São animais gregários e se mostram ativos durante o dia. Os equídeos possuem somente o dedo central, os demais desaparecem. A última falange deste dedo único é cercada por uma formação córnea que não pode ser chamada casco. Todos os sete membros da família dos equídeos são do mesmo se e produzir híbridos, não férteis, como dáctilos, sendo por isso parentes Os primeiros cavalos descendem de uma linha evolutiva com cerca de 60 se com o Hyracotherium. Equus conhecidos foram um grupo de três "simples Equus" coletivamente conhecidos como o grupo dos Equus simplicidens. Eles tinham corpos similares às zebras (relativamente curtos, ombros retos e pescoço grosso), e crânios idênticos aos burros (curtos e estreitos). Eles provavelmente tinham crina “selvagem”, eretas, orelhas de tamanho médio e, talvez, algumas faixas na parte traseira. Eles rapidamente se diversificaram em pelo menos 12 novas espécies em quatro grupos diferentes, em uma explosão evolutiva. Ao observarmos as mudanças ocorridas desde o Hyracotherium até o Equus é interessante notarmos a força da seleção natural em longo prazo, através do registro fóssil, antigo e completo, verificamos que o ambiente selecionou as adaptações necessárias para sua sobrevivência, como por exemplo, a diminuição da quantidade de dedos das patas, devido à redução dos pântanos e surgimento de planícies e campinas. A introdução do cavalo na América é atribuída a Colombo em sua segunda viagem realizada em 1493 à ilha de São Domingos. Posteriormente o cavalo foi introduzido em 1534 na capitania de São Vicente, por D. Ana Pimentel, esposa de Martim Affonso de Souza. A partir daí o cavalo foi introduzido no Brasil em épocas diferentes e, 1808, D. João VI veio para o Brasil trazendo a sua coudelaria do Alter Real (uma raça de cavalo). Esta raça desempenhou um papel importante na formação dos nossos melhores cavalos de sela: Manga-larga e o Campolina. As raças desenvolvidas no Brasil, desde a época do Império, são: o Manga- larga, Crioula brasileira e o Campolina. Apesar de todos os cavalos pertencerem à mesma espécie (Equus caballus), o homem interveio para modificar os caracteres da raça sempre pensando na sua utilização e beleza. Hoje existem mais de 100 raças diferentes de cavalos em todo o mundo. A. Nomenclatura Zootécnica • Cabeça: 1. Fronte e topete 2. Fonte 3. Olhal 4. Olho 5. Chanfro 6. Narina 7. Lábios 8. Orelha 9. Nuca 10. Parótida 11. Chato da bochecha 12. Ganacha 13. Bolsa da bochecha 14. Barba 1. Orelha 2. Olhal 3. Olho 4. Chanfro 5. Narina 6. Boca 7. Nuca 8. Topete 9. Fonte 10. Fronte 11. Pálpebra 12. Bochecha 13. Ponta do focinho • Pescoço • Tronco 1. Crineira e bordo superior 2. Bordo inferior 3. Tábua 4. Cernelha 5. Lombo 6. Lombo 7. Anca 8. Garupa 9. Peito 10. Interaxila 11. Axila 12. Contado 13. Flanco 14. Colhadouro 15. Ventre 16. Virilha 17. Cauda 18. Órgãos genitais 1. Pescoço 2. Cernelha, garrote ou cruzeta 3. Dorso 4. Lombo ou rins 5. Anca 6. Garupa 7. Fiode lombo 8. Costado 9. Vazio do flanco 10. Cilhadouro 11. Ventre ou barriga 12. Virilha 13. Bainha com bolsa ou prepúcio (no macho) 14. Pênis ou verga (saindo do prepúcio) 15. Umbigo 16. Úbere com as mamas ou tetas (na fêmea) 17. Bolsa escrotal, saco escrotal / 18. Interaxila / 19. Crineira e bordo superior Bordo inferior Bainha com bolsa ou prepúcio (no macho) Pênis ou verga (saindo do prepúcio) Úbere com as mamas ou tetas (na fêmea) Bolsa escrotal, saco escrotal / 18. Interaxila / 19. Axila ou sovaco • Membros 1. Peito 2. Encontros 3. Pescoço 4. Cabeça 5. Antebraço 6. Joelho 7. Canela 8. Boleto 9. Quartela 10. Coroa 11. Casco 12. Interaxila 13. Períneo 14. Nádega 15. Cola, Cauda ou Rabo 16. Ânus 17. Vulva (na fêmea) 19. Espádua 20. Braço 21. Codilho 22. Antebraço 23. Joelho 24. Canela 25. Boleto 26. Quartela 27. Coroa 28. Casco 29. Coxa 30. Nádega 31. Soldra 32. Perna 33. Jarrete Cola, Cauda ou Rabo • Casco 1. Cavidade cutigeral 2. Tecido queratinoso 3. Bordo coronário 4. Bordalete perióplico 5. Regiões parietal 6. Ombro 7. Quarto 8. Talão 9. Pinça 10. Guarda – casco 11. Ferradura 12. Glomas ou glumas B. Abordagem e Contenção A abordagem do animal deve ser feita de maneira tranquila, evitando movimentos bruscos, recomenda o cabresto e a corda do cavalo para que ele não se assuste antecipadamente e a aproximação deve ser feita pel tendem a serem mais agressivos. 13. Talões ou arcobotantes14. Barras 15. Lacunas laterais da ranilha 16. Ramos de ranilha 17. Corpo da ranilha 18. Ponto da ranilha 19. Sola 20. Bordo plantar do casco 21. Linha branca ou linha do ferrados 22. Lacuna mediana ou central da ranilha Abordagem e Contenção A abordagem do animal deve ser feita de maneira tranquila, evitando movimentos bruscos, recomenda-se ao tratador ou médico veterinário que esconda o cabresto e a corda do cavalo para que ele não se assuste antecipadamente e a aproximação deve ser feita pelo lado esquerdo. Éguas com potrinhos e garanhões tendem a serem mais agressivos. arcobotantes Lacunas laterais da ranilha Ramos de ranilha Corpo da ranilha Ponto da ranilha Bordo plantar do casco Linha branca ou linha do ferrados Lacuna mediana ou central da A abordagem do animal deve ser feita de maneira tranquila, evitando se ao tratador ou médico veterinário que esconda o cabresto e a corda do cavalo para que ele não se assuste antecipadamente e a Éguas com potrinhos e garanhões Os métodos de contenção são utilizados para o manejo do animal, para realização de exames clínicos e qualquer outro procedimento necessário. São importantes para garantir a segurança do tratador ou veterinário, e do próprio animal. A contenção pode ser Física (direta ou indireta) ou Química, através da utilização de anestésicos e sedativos. • Métodos de contenção Física: - Laço: É constituído pela argola, a ilhapa, o corpo do laço e a presilha. Além da contenção, também é utilizado na doma e amansamento, na derrubada e imobilização e no transporte e embarque. - Cabresto: O cabresto é constituído pela cabeçada e o cabo. Um cabresto completo deve ter na cabeçada a focinheira, a testeira e o afogador. Podem ser confeccionados em vários tipos de materiais, os mais utilizados são os de nylon, porém os mais indicados são os de couro, por serem naturais, resistentes e confortáveis. - Peias: Conhecido também como Peias de Reprodução, ou Peias de Cobertura. São utilizadas na contenção da égua, para evitar acidentes com o garanhão e com o condutor. - Tronco de Contenção: é a forma mais segura de contenção para realização de procedimentos em equinos. Limita a movimentação do animal e permite aproximação com menores riscos quando há reação do animal. - Boxe de Contenção: Utilizados no transporte de equinos. São pequenos trailers de dois eixos fechados nas laterais alguns são cobertos em cima outros não, e outros ainda tem a cobertura opcional, a porta de entrada e saída dos animais fica atrás onde os animais entram de frente e saem de ré. - Pito / Cachimbo: utilizado em animais agressivos ou que não permitam algum tipo de manipulação. Para colocar o cachimbo: • Segure o cabo do cachimbo com a mão que possua maior firmeza e agilidade. • Coloque os dedos da mão oposta sob a laçada e segure o lábio superior, elevando-o discretamente. • Deslize a laçada por entre os seus dedos, envolvendo o máximo qu lábio superior. • Aperte a laçada rapidamente com a mão direita. • Fique atento para possíveis reações do animal. - Gravata ou Paletó: Puxa - Pé de amigo: Contenção tirando-lhe o apoio. Coloque os dedos da mão oposta sob a laçada e segure o lábio superior, o discretamente. Deslize a laçada por entre os seus dedos, envolvendo o máximo qu Aperte a laçada rapidamente com a mão direita. Fique atento para possíveis reações do animal. Puxa-se a região da paleta para fazer a contenção no animal. ontenção do membro posterior, tira-se um dos membros do solo, Coloque os dedos da mão oposta sob a laçada e segure o lábio superior, Deslize a laçada por entre os seus dedos, envolvendo o máximo que poder o se a região da paleta para fazer a contenção no animal. um dos membros do solo, - Mão de amigo: Contenção do membro anterior, tira-se um dos membros do solo, tirando-lhe o apoio. - Torção de orelha: Consiste em conter o animal segurando-se manualmente a orelha, porém não é um método indicado, pois pode causar dano à cartilagem aural, o que causará uma alteração irreversível do seu posicionamento (orelha caída). - Abraço (contenção de potros): Deve-se contê-lo na posição quadrupedal, posicionando-se ao seu lado, passando uma mão em volta da musculatura peitoral e outra por trás da coxa ou na base da cauda (suspendendo-a). C. Exame clínico: Histórico, Anamnese e Exame Físico. O exame clínico é uma das etapas mais importantes de um atendimento médico veterinário, quando uma consulta (anamnese e exame físico) é bem realizada, o diagnóstico correto é atingido em cerca de 90% dos casos. É constituído basicamente dos seguintes procedimentos: - Resenha: Identificação do animal ou dos animais. De maneira geral é importante considerar espécie, raça, sexo e idade. Em alguns casos é importante saber a coloração da pelagem do animal, já que animais de pelagem escura são mais resistentes aos raios solares, ao passo que os de pelagem clara, ou que apresentem áreas despigmentadas são mais suscetíveis ao aparecimento de lesões de pele causadas pelos raios do sol. - Anamnese: Investigação da história do animal. É o levantamento do histórico do caso e de outras informações através de informações fornecidas pelo proprietário ou tratador. A anamnese deve ser metódica e seguir sempre a mesma sequência, para não omitir informações importantes. - Exame Físico: é a colheita de sintomas através da inspeção, palpação, percussão e auscultação. Inclui o exame do estado geral, das funções vitais, das mucosas, dos linfonodos e dos sistemas (digestório, locomotor, respiratório, etc.). O objetivo do exame físico é obter informações válidas sobre a saúde do paciente. O exame físico pode ser geral ou especial. • Geral: avaliação do estado geral do animal (atitude, comportamento, estado nutricional, estado de hidratação, coloração de mucosas, exame de linfonodos, etc.), parâmetros vitais (frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura, movi mentos ruminais e/ou cecais); • Especial: exame físico direcionado ao(s) sistema(s) envolvido(s). - Exames complementares: Solicitação e interpretação dos exames subsidiários (caso necessário). Reúnem os exames laboratoriais, os exames radiográficos e outros, como ultrassonografia, endoscopia, cirurgias exploratórias, etc. - Diagnóstico e prognóstico. - Tratamento (resolução do problema). • Parâmetros clínicos normais: −−−− Mucosas (oral, oculares e genitais): devem estar róseas, lisas e úmidas. −−−− Tempo de preenchimento capilar (TPC): Animal sadio: 1-2 segundos Animal desidratado: 2-4 segundos Animal gravemente desidratado: > 5 segundos −−−− Frequência cardíaca: Adultos – 28 a 40 bpm −−−− Frequência respiratória: Adultos – 8 a 16 mpm −−−− Movimentos intestinais: devem estar presentes. − Temperatura corpórea: Jovens – 37,2 a 38,9 / Adultos – 37,5 a 38,5 D. Vias de Administração −−−− Via Tópica: o fármaco é aplicado direto no local aonde se deseja a ação, geralmente utilizam-se pomadas. A absorção é lenta. −−−− Via Ocular: Aplicação de colírios, também tem a absorção mais lenta. −−−− Via Intraarticular: utilizada para fins diagnósticos ou terapêuticos. −−−− Via Oral: Utilizada geralmente para a administração de vitaminas, é uma via pouco utilizada em equinos, devido a sua alta palatabilidade. Utiliza- se mais a sonda nasogástrica. −−−− Via Retal: É uma via pouco utilizada, devido ao risco de romper o reto do animal, porém é comum utilizar em potros, em casos de retenção do mecônio. −−−− Via Subcutânea: É a aplicação do fármaco embaixo da pele, via não utilizada em equinos. −−−− Via Intramuscular:Aplicação do fármaco direto no músculo, é muito utilizada na aplicação de vacinas. Os locais indicados para aplicação em equinos são: garupa, nádegas, tábua do pescoço e encontros. −−−− Via Intravenosa: É a via de absorção mais rápida, aplica-se o fármaco diretamente na corrente sanguínea do animal. As veias mais utilizadas são a jugular, a torácica e a cefálica. E. Técnicas e procedimentos terapêuticos: Imobilização e Bandagens −−−− Imobilização: Tem o objetivo de manter um membro, ou apenas um segmento de um membro, imóvel, em repouso, e em posição correta. Utilizada em tratamentos de emergência, tratamentos definitivos e reabilitação. Pode-se optar pela imobilização na ocorrência de fraturas simples, localizadas em extremidade distal dos membros abaixo do osso metacárpico e metatársico – após 48 a 72 horas do acometimento, período em que se instala a inflamação da região afetada. Esta imobilização deverá ser mantida até a recuperação do osso, que deve ser periodicamente avaliado, possibilitando o exame radiográfico sem qualquer interferência na qualidade da imagem obtida (FRASER, 1997; THOMASSIAN, 2005; RIBEIRO, 2006). A imobilização pode ser feita com ataduras de “gesso sintético” (fibra de vidro) ou resinas especais. −−−− Bandagens: O objetivo da bandagem é aliviar a dor, reduzir edemas, pelo fato de melhorar a circulação linfática, gerar maior estabilidade articular e melhorar a contração muscular. A bandagem elástica é utilizada na compressão para ajudar no controle de inchaços, proteção de machucados, pós-operatórios, ligar para trabalhar animais, etc. Possui uma elasticidade que permite o movimento sem que ocorra estrangulamento. A utilização de bandagem estéril (principalmente quando for usada após artroscopia ou artrotomia) protege a articulação e pode reduzir edema F. Manejo de Feridas As feridas são lesões na pele, geralmente produzidas por ação traumática externa, cuja intensidade ultrapassa a resistência dos tecidos atingidos. Tempo de evolução, integridade do suprimento sanguíneo local, grau de contaminação, localização da ferida, perda tecidual, porte do animal, ambiente em que se encontram, custo e efetividade configuram-se como fatores a serem considerados na escolha de estratégias terapêuticas. Segundo Neto (2003), os ferimentos de pele representam uma das mais frequentes ocorrências na clínica de equídeos, principalmente os ferimentos localizados nos membros locomotores. Tipos de feridas: De acordo com o grau de contaminação microbiana, as feridas se classificam em: lesões limpas, limpo-contaminadas, contaminadas e sujas ou infectadas. Classicamente as feridas são divididas em abrasões, contusões, hematomas, incisões, lacerações e perfurações. Processo de cicatrização: A cicatrização é um processo corpóreo natural de regeneração concomitante dos tecidos epidérmico e dérmico. Após uma lesão, um conjunto de eventos bioquímicos complexos e orquestrados se estabelece para reparar a o dano. Pode ser dividido em cinco etapas: 1. Coagulação, 2. Inflamação, 3. Proliferação, 4. Contração da ferida 5. Remodelação Tipos de cicatrização: - Cicatrização por primeira intenção: o ocorre quando os bordos da ferida estão próximos e se unem novamente com rapidez. Ocorre em feridas não contaminadas (McGavin e Zachary, 2007). É indicada após incisões cirúrgicas, e consiste em aproximar os bordos da lesão por meio de suturas, favorecendo a cicatrização devido a diminuição do tempo da fase inflamatória e de remodelação do colágeno, obtendo uma melhor contração da ferida e posterior reepitelização (Auer e Stick, 1999; Mandelbaum e Santis, 2003). - Cicatrização por segunda intenção: As feridas cujos bordos estão distantes, não apresentam uma aposição dos mesmos ou ainda que estejam contaminadas por agentes infecciosos ou contenham corpos estranhos. - Cicatrização por terceira intenção: É feita uma preparação da ferida, para que seja possível a reparação secundária. Fatores que apresentam interferência na cicatrização: - Nutrição: desnutrição, deficiências proteicas, vitamínicas, (principalmente C, K), e anemia; - Alterações circulatórias que resultem em diminuição da oferta sanguínea; -Hormônios: glicocorticóides, cujos efeitos anti-inflamatórios retardam a cicatrização; - Infecções: a existência de infecção na área lesionada retarda a cicatrização; - Fatores mecânicos: movimentação afastando os bordos; - Corpos estranhos: suturas desnecessárias, fragmentos de aço, vidro ou até mesmo osso nas lesões impedem a cicatrização; - Tamanho, tipo e localização: áreas ricamente vascularizadas e lesões pequenas cicatrizam mais rapidamente. Em equinos são reconhecidas especialmente as dificuldades decorrentes da formação excessiva de tecido de granulação em feridas cutâneas localizadas em extremidades. Tratamento: O tratamento baseia-se na higienização da lesão e consequentemente o curativo local com pomadas que favorecem a cicatrização. O manejo inicial é direcionado para isolar a ferida de contaminantes de origem exógena e endógena e preparar a pele vizinha para a manipulação durante o tratamento e cicatrização. Na área ao redor da ferida deve-se realizar tricotomia e preparação antisséptica para facilitar uma avaliação precisa da mesma e estruturas adjacentes (Auer e Stick, 1999). O aspecto mais importante na preparação de feridas traumáticas para cicatrização é o debridamento cirúrgico, o qual consiste na remoção de tecido morto e desvitalizado para reduzir os níveis de bactérias patogênicas e oportunistas. Recomenda-se a aplicação de antimicrobianos na lesão, no qual destaca-se o uso do iodo-povidine. G. Emergências Gastrointestinais O sistema digestório equino é sede de importantes disfunções clínicas que levam os animais à morte, a principal disfunção que atinge os equinos é a Síndrome Cólica. Essa predisposição a problemas gastrointestinais ocorre devido a vários fatores, como a pequena capacidade volumétrica do estômago (8 a 20 litros) quando comparado com outras espécies domésticas, a incapacidade do vomito (musculatura do cárdia desenvolvida que, quando vencida, leva o alimento às narinas devido ao selo formado por palato mole e faringe, que impedem refluxo à boca, além de ausência do centro do vomito no sistema nervoso central), longo mesentério no jejuno (em média 25 metros) favorecendo as torções, locais com diminuição abrupta do diâmetro do lúmen como a flexura pélvica e a transição para o cólon menor, favorecendo o acúmulo de alimento, além de uma mucosa retal frágil predisposta a rupturas. Uma das principais causas da Síndrome Cólica é o manejo alimentar inadequado, além disso, outros fatores podem levar ao aparecimento da síndrome, como a criação em regime intensivo, a verminose, problemas odontológicos, entre outros. Sintomas: Escavar o chão (patear), olhar para o flanco, mexer na água com o focinho, morder/ escoicear o flanco, rolar, sentar, gemer, sudorese intensa e, conforme a fase da enfermidade, hiperexcitabilidade ou depressão. Classificação do grau de dor Leve Sem alterações circulatórias, Manifestações discretas. Moderada Alterações respiratórias, Cavar, deitar, rolar Sudorese intensa. Grave Alterações circulatórias Rolar, se jogar. A síndrome cólica pode ser não estrangulativa, quando a irrigação é comprometida pela distensão intraluminal, decorrente principalmente do acúmulo de líquido e gás, e pode ser estrangulativa, quando pode acometer a circulação venosa, arteriais ou ambas, causando alterações na mucosa, no TPC, na frequência cardíacae respiratória. Primeiros Socorros: − Sonda Nasogástrica: pode servir para a descompressão gástrica e diminuir a dor, como meio auxiliar de diagnóstico e via de tratamento. Para a passagem da sonda nasogástrica deve-se conter o animal adequadamente de acordo com o temperamento do cavalo e o grau de dor. Após a contenção, a sonda deve ser lubrificada (lidocaína gel, nitrofurazona) e marcada externamente na altura da glote (algumas sondas já vêm com uma marca aos 40cm, média de tamanho da cabeça de adultos, e outras vêm marcadas a cada l0cm). Deve-se introduzir a sonda medialmente e ventralmente na narina, com o objetivo de se evitar a falsa narina, que fica dorsal e lateralmente. A introdução deve ser delicada, com a curvatura da sonda acompanhando a curvatura da cabeça. Ao aproximar-se da marca da glote, deve-assoprar a sonda com a intenção de se promover a deglutição e, simultaneamente, introduzir a sonda. Pode-se também esperar pela deglutição espontânea do animal e introduzir a sonda, mas isso pode demorar um pouco mais. A passagem da sonda, com lavagem gástrica e administração de analgésico, será eficaz no tratamento de 80 a 90% dos cavalos com síndrome cólica, indicando a importância desse procedimento. − Tricotomia: É necessário fazer a tricotomia na região da calha da jugular, pois o animal vai precisar utilizar um cateter, para administração de fluido. − Hidratação: Por meio da avaliação de alguns parâmetros clínicos, como turgor da pele (pregueamento), umidade e viscosidade da mucosa bucal e retração do globo ocular , pode-se estimar o estado de hidratação do animal. − Parâmetros vitais retal, frequência respiratória, frequência cardíaca, mucosas e tempo de preenchimento capilar. − Paracentese abdominal peritoneal, é um método auxiliar importante no diagnóstico das doenças abdominais nos equinos, utilizada na diferenciação de peritonites sépticas e assépticas. − Palpação Retal: A palpaç em alguns casos, é o procedimento que uma forte suspeita se aquele paciente tem ou não indicação cirúrgica. Parâmetros vitais: É necessário avaliar todos os parâmetros, temperatura retal, frequência respiratória, frequência cardíaca, mucosas e tempo de nto capilar. Paracentese abdominal: É a avaliação físico-química e citológica do líquido peritoneal, é um método auxiliar importante no diagnóstico das doenças abdominais nos equinos, utilizada na diferenciação de peritonites sépticas e A palpação retal é um exame de fundamen em alguns casos, é o procedimento que vai dar o diagnóstico definiti uma forte suspeita se aquele paciente tem ou não indicação cirúrgica. É necessário avaliar todos os parâmetros, temperatura retal, frequência respiratória, frequência cardíaca, mucosas e tempo de química e citológica do líquido peritoneal, é um método auxiliar importante no diagnóstico das doenças abdominais nos equinos, utilizada na diferenciação de peritonites sépticas e ão retal é um exame de fundamental importância, vai dar o diagnóstico definitivo ou uma forte suspeita se aquele paciente tem ou não indicação cirúrgica. 2. RUMINANTES Os ruminantes são uma veados, girafas, bovídeos e por vezes incluídos até mesmo os camelos, caracterizados pela presença de um estômago complexo, com três ou quatro câmaras, adaptado à ruminação Os órgãos envolvidos neste proporcionando a fragmentação dos alimentos ingeridos, inicialmente por meio da mastigação efetivada na cavidade bucal, e rúmen por intermédio do esôfago bolo alimentar formado é transportado até o próximo compartimento denominado por retículo, o qual se comunica com outra cavidade, o omaso e deste em direção ao abomaso. Os ruminantes são uma subordem de mamíferos artiodátilos, que inclui os veados, girafas, bovídeos e por vezes incluídos até mesmo os camelos, caracterizados pela presença de um estômago complexo, com três ou quatro câmaras, adaptado à ruminação. Os órgãos envolvidos neste processo digestivo realizam a digestão mecânica, proporcionando a fragmentação dos alimentos ingeridos, inicialmente por meio da ão efetivada na cavidade bucal, em seguida o alimento é conduzido até o rúmen por intermédio do esôfago, após o processamento do alimento no rúmen, o bolo alimentar formado é transportado até o próximo compartimento denominado por retículo, o qual se comunica com outra cavidade, o omaso e deste em direção ao subordem de mamíferos artiodátilos, que inclui os veados, girafas, bovídeos e por vezes incluídos até mesmo os camelos, caracterizados pela presença de um estômago complexo, com três ou quatro processo digestivo realizam a digestão mecânica, proporcionando a fragmentação dos alimentos ingeridos, inicialmente por meio da m seguida o alimento é conduzido até o samento do alimento no rúmen, o bolo alimentar formado é transportado até o próximo compartimento denominado por retículo, o qual se comunica com outra cavidade, o omaso e deste em direção ao A. Nomenclatura Zootécnica B. Métodos de Contenção A contenção de bovinos é extremamente necessária e utilizada regularmente em todos os locais onde se trabalhe com esses animais. Tanto os técnicos, fazendeiros, peões, médicos veterinários ou qualquer um que necessite que os animais fiquem total ou parcialmente contidos ou imobilizados, terão que adotar procedimentos de contenção. − Tronco de Contenção: É um equipamento especialmente projetado e construído para a contenção ou imobilização completa de um bovino, de maneira que se possa realizar no mesmo qualquer procedimento, com total segurança para o operador e para o próprio animal. Alguns dos procedimentos executados em Troncos de Contenção incluem castração, inseminação artificial, marcação, transferência de embriões, palpação, casqueamento, colocação de brincos de identificação, medida de perímetro escrotal, vacinações, coleta de sangue, aplicação de injeções etc. − Peia: é utilizada nos trabalhos de ordenha, tomada de temperatura e combate a carrapatos. − Formiga: Principal método utilizado para condução e contenção de cabeça, introduz-se o instrumento no nariz do animal, e pressiona-se o septo nasal, exercendo uma pressão considerável. Normalmente utilizado em animais não cooperativos. − Derrubamento lateral (caprinos) mandíbula, voltando a cabeça do animal em direção ao tórax. Derrubamento lateral (caprinos): Segura-se a base da orelha e a mandíbula, voltando a cabeça do animal em direção ao tórax. se a base da orelha e a mandíbula, voltando a cabeça do animal em direção ao tórax. − Sentado (Ovinos): C. Métodos de derrubamento É um método de contenção utilizado quando há necessidade de procedimentos com o animal deitado. Normalmente utiliza-se a contenção química antes de derrubar o animal, o animal é derrubado com cordas e deve-se sempre deixá-lo em decúbito lateral direito. − Método Italiano: pode ser aplicado tanto em fêmeas como em machos e animais descornados, pois não constringirá mama ou pênis. − Método de Rueff: este método é mais empregado em fêmeas com chifres, pois em machos é traumático na região do pênis e do prepúcio. − Método de Almeida Barros: sua execução é simples, pois necessita apenas de uma corda com argola e pode ser executado tanto em machos como em fêmeas, dispensando a peia. D. Exame clínico: Histórico, Anamnese e Exame Físico. Inicia-se pela resenha, a anamnese e em seguida faz-se o exame físíco. O exame físico é composto de: − Inspeção − Palpação − Auscultação − Percussão − Olfação − Funções Vitais Parâmetrosnormais: � Frequência cardíaca: Bovinos: Adultos 50 a 70 bpm / Jovens 60 a 90 bpm Caprinos e Ovinos: 70 a 110 bpm Suínos: Adultos 60 a 90 bpm / Jovens 100 a 130 bpm � Frequência Respiratória: Bovinos: Adultos 10 a 30 mpm / Jovens 20 a 50 mpm Caprinos: 20 a 40 mpm Ovinos: 12 a 22 mpm Suínos: 8 a 18 mpm � Temperatura retal: Bovinos: Adultos 37,5 a 39,5°C / Jovens 38,5 a 39,5°C Ovinos e Caprinos: Adultos 38,3 a 39,5°C / Jovens 38,6 a 40,3°C / Lanados até 40°C Suínos: 39 a 40°C � Movimentos Ruminais: 7 a 10 mr a cada 5 minutos ou 1 a 2 mr por minuto. 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavalo http://www.saudeanimal.com.br/cavalo1.htm http://www.planetvet.com.br/index.php/econhecimento/animais-de- producao/equinos/historia/78-historia-dos-equinos http://www.saudeanimal.com.br/cavalo4.htm http://jumentoemuar.blogspot.com.br/2010/08/nomenclatura-do-corpo.html http://reocities.com/colosseum/bench/2228/conheca.html http://equitacaoespecial.blogspot.com.br/2010/07/escolha-o-cabresto-certo.html http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/online/CT69.pdf http://www.mundoequino.com.br/cabrestos.html http://www.portaleducacao.com.br/Artigo/Imprimir/29841 http://www.ufpel.edu.br/nupeec/anexos/776343c501.pdf http://www.pontovet.com.br/manejo/contencao http://books.google.com.br/books?id=VQzU5X7Ta0C&pg=PT219&lpg=PT219&dq=c onten%C3%A7%C3%A3o+cavalos+la%C3%A7o&source=bl&ots=bgZJV_c_t&sig=V HCnjfdqyLdhEaAjafCGATDrM5s&hl=pt&sa=X&ei=2yuUUfKAOYvo8gS_0YCoAQ&ve d=0CDYQ6AEwAjgK (Enciclopédia agrícola brasileira: I-M) http://www.mundodasdicas.net/reboque-para-cavalos-transporte-seguro-de-seu- animal/ Semiologia Veterinária: A Arte do Diagnóstico (FRANCISCO LEYDSON F. FEITOSA) http://www.cstr.ufcg.edu.br/mono_mv_2008_2/monogr_carlos_eduardo_fernandes.p df http://www.fmv.utl.pt/spcv/PDF/pdf12_2009/13-18.pdf http://www.slideshare.net/MariaJooSoPedro/ruminantes http://www.brasilescola.com/biologia/digestao-dos-ruminantes.htm pt.wikipedia.org/wiki/Ruminantes http://www.ruralnews.com.br/visualiza.php?id=246 http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/anim.htm http://www.crmv-mt.org.br/uploads/0002472012174539.pdf
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