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Terapia Nutricional para Distúrbios Renais Prof.ª Denúsia Alves Fisiologia e Função dos Rins Função Manter o balanço homeostático com relação aos líquidos, eletrólitos e solutos orgânicos. Realiza essa função pela infiltração contínua de sangue e pelas alterações neste liquido alterado. Cada rim consiste de aproximadamente 1 milhão de unidades funcionantes chamadas nefróns. FUNÇÕES Remoção de resíduos; Regulação do volume do liquido extracelular e da pressão sanguínea; Regulação da osmolaridade; Função tampão; Excreção de resíduos; Produção de hormônios NEFROPATIA As manifestações das nefropatias são consequências diretas das porções do sistema do trato urinário mais afetadas. Estas manifestações incluem; Doenças glomerulares Insuficiência renal aguda (IRA) Defeitos tubulares Nefropatia em estágio terminal Cálculos renais. DOENÇAS GLOMERULARES As funções do glomérulo que são importantes com relação á doença são a produção de um ultrafiltrado adequado e impedir que certas substâncias entrem neste ultrafiltrado. Síndrome Nefritica Incorpora as manifestações clinicas de um grupo de doenças caracterizadas pela inflamação das alças capilares do glomérulo. DOENÇAS GLOMERULARES Síndrome Nefritica Também chamadas de glomerulonefrites aguda, as manifestações primárias incluem hematúria, hipertensão e perda suave da função renal. Terapia Nutricional Bom estado nutricional Se doença subjacente tratar a mesma Cuidado com a restrição proteica Restringir sódio, se hipertensão presente DOENÇAS GLOMERULARES Síndrome Nefrótica Compreende um grupo heterogêneo de doenças cujas manifestações comuns derivam de perda de barreira glomerular para proteína. Consequências da perda de proteína: hipoalbunemia, hipercolesterolemia, hipercoagulabilidade e metabolismo ósseo alterado. DOENÇAS GLOMERULARES Terapia Nutricional Os objetivos primários da terapia nutricional são controlar os sintomas associados com a síndrome. Diminuir o risco de progressão para a insuficiência renal. Manter reservas nutricionais. A dieta deve fornecer proteína e energia adequada. PROTEÍNA Estudos recomendam que a ingestão de 0,8g/kg/dia pode diminuir a proteinuria sem afetar adversamente a albumina sérica. ¾ da proteína devem ser de fontes de alto valor biológico (AVB); A ingestão de energia deve ser de cerca de 35 kcal/kg/dia para adultos e 100 a 150 kcal/kg/dia para crianças. SÓDIO Restrição modesta de sódio, em função da pressão oncótica. LIPIDIOS Hipercolesterolemia fator indutor de doença cardiovascular. Paciente pediátricos estão em risco de aterosclerose prematura. Dieta com baixo teor de lipídios e colesterol DOENÇAS DOS TUBULOS E INTERSTÍCIOS Em grandes proporções, as funções dos túbulos renais os tornam suscetíveis á lesão. Trabalho de secreção e reabsorção lesões isquêmicas. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA IRA é caracterizada por uma redução súbita na taxa de filtração glomerular (TFG) e uma alteração na capacidade do rim de excretar a produção diária de excreção metabólica. Duração pode variar de alguns dias a semanas INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Causas são classificadas em três categorias: Perfusão renal inadequada ( pré-renal); Doença dentro do parênquima renal (intrínseca); Obstrução (pós-renal); Terapia Nutricional Estágios iniciais atenção ao estado nutricional; Preparações intravenosas Proteína 0,5 a 0,8g/kg para pacientes que não fazem diálise 1 a 2g/kg para pacientes dialisados Estabilização do estado clinico 0,8 a 1,0g/kg de peso. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Energia As necessidades devem ser estimadas em 30 a 40 kcal/kg de peso seco/dia. Monitorar o estado respiratório Se diálise ou hemofiltração não estiver disponível pensar na proteína Uso de formulas LIQUIDO E SÓDIO Importante atenção ao estado de hidratação Controle de líquidos Sódio Sódio é restrito, dependendo do nível de excreção urinária. 20-40 mEq/dia na fase oligúrica Potássio Deve ser monitorado frequentemente A ingestão deve ser indicada de acordo com os níveis séricos Mecanismo primário para remoção de potássio é a diálise 30-50mEq/dia na fase oligúrica DOENÇAS TUBULARES OU INTESTINAIS Nefrite insterticial crônica pode ocorrer como resultado de abuso de analgésico , doença falciforme, diabetes, insuficiência renal leve. Síndrome de fanconi é caracterizado por incapacidade de reabsorver a quantidade apropriada de glicose, aminoácido, fosfato, bicarbonato. Pielonefrite infecção bacteriana no rim. Natureza Progressiva da Nefropatia Lesões renais Declínio lento e estável da função renal. Fatores Não são claros Fisiopatologia TFG ( fator de filtração glomerular) Terapia Nutricional Proteína – restrição de proteína insuficiência renal leve a moderada), (post hoc) Restrição de fósforo e controle da pressão sanguínea, Doença renal progressiva – 0,8g/kg/dia 60%AVB pacientes com TFG maior que 55mL/mim e 0,6g/kg/dia 60% AVB para pacientes com TFG de 25 a 55 mL/mim. Natureza Progressiva da Nefropatia Recentemente KDOQI recomenda – pacientes com TFG menor que 25mL/mim sem diálise devem ser mantidos em 0,6g/kg/dia de proteína e 35 kcal/kg/dia. Se não for possível manter o paciente com essa ingesta recomenda-se aumentar para 0,75g/kg/dia. Controlar a pressão arterial e glicose sanguínea. Benefícios da restrição proteica & Desnutrição proteica calórica Nefropatia em Estagio Terminal Pode resultar de uma grande variedade de diferentes nefropatias. Diabetes Glomerulonefrite Hipertensão crônica Problemas: incapacidade do rim excretar os produtos de excreção, Manter o balanço de líquidos e eletrólito, Produzir hormônio. Levam a UREMIA – (nitrogênio de uréia sanguinea acima de 100mg/dL e creatinina de 10 a 12mg/dL. Tratamento Médico/Nutricional Transplante O transplante envolve a implantação cirúrgica de um rim de um doador vivo ou cadáver. Terapia Nutricional Baseado nos efeitos metabólicos da terapia imunossupressora , 1º mês após transplante dieta com alto teor de proteína (1,3 a 1,5g/kg de peso corporal), Energia 30 a 35 kcal/kg, Em casos de necessidades aumentada é recomendado 1,6 a 2g/kg, Restrição moderada de sódio (80 a 100mEq/dia) Tratamento Médico/Nutricional Após esse tempo, a ingestão de proteína pode ser diminuída para 1g/kg e a ingestão de energia adequada para garantir um bom estado nutricional, Restrição de potássio pode ser recomendado, A dieta deve conter quantidade adequada de cálcio, fósforo(1.200 mg) e vitamina D, Colesterol para menos de 300mg/dia, Óleo de peixe pode ser benéfico. Tratamento Médico/Nutricional Diálise pode ser realizado por hemodiálise ou diálise peritoneal. Hemodiálise – método pelo qual passa pela membrana semipermeável do rim artificial e os produtos de excreção são removidos por difusão e os líquidos por ultrafiltração. As necessidades dietéticas de proteína são cerca de 1,2g/kg, cerca de 50% de proteína de alto valor biológico. Tratamento Médico/Nutricional Diálise peritoneal – utiliza a membrana semipermeável do peritônio. Proteína – necessidade aumentada cerca de 1,2 a 1,5g/kg. Sódio, potássio e liquido (recomendações mais liberais). Ganho de peso Balanço de Liquido e Sódio A capacidade do rim de lidar com o sódio e a água na nefropatia deve ser avaliada frequentemente: Aferição da pressão sanguínea Presença de edema Nível sérico de sódio Ingestão dietética. Recomendação de sódio – 2 a 3g/dia Orientações para lidar com a sede: Chupar gelo, frutas em fatias e geladas ou doces azedos, mastigar gomas que contenham ácido cítrico. Nefrolitíase A nefrotilíase ou a presença de cálculos renais, é um problema de saúde significante na população, É frequente entre as idades de 30 e 50 anos, Predominância no sexo masculino. Fisiopatologia A formação de cálculos renais é um complexo que consiste de saturação, supersaturação, nucleação, crescimento do cristal ou agregação, retenção do cristal e formação de calculo na presença de promotores, inibidores e complexores na urina. Terapia Nutricional Modificação da dieta; Ingestão de líquidos; Avaliação metabólica; Aconselhamento dietético.
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