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CAP 2

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CAP 2 
De início Marx, faz referência ao fato de que as mercadorias para irem ao mercado e serem trocadas dependem da ação subjetiva dos seus “guardiões”, os possuidores de mercadorias, visto que não podem ir sozinhas.
Marx nos adverte que para que essas coisas se refiram umas às outras como mercadorias, é necessário que os seus guardiões se relacionem entre si como pessoas, cuja vontade reside nessas coisas (enquanto valores de uso), de tal modo que um, somente de acordo com a vontade do outro, portanto cada uma apenas mediante um ato de vontade comum a ambos, se aproprie da mercadoria alheia enquanto aliena a própria. Ademais, os possuidores de mercadorias devem reconhecer-se reciprocamente como proprietários privados
o processo de troca, portanto, o que impera é uma relação entre pessoas (possuidores/representantes de mercadorias) e coisas que se trocam
Uma questão importante observada por Marx no processo de troca é que para cada possuidor – sua mercadoria não tem nenhum valor de uso direto, do contrário não levaria ao mercado. Ela (mercadoria) é trocada por ser um valor de uso para outros e não para o seu possuidor direto. Para este, ela tem apenas valor de uso de ser portadora de valor de troca e, portanto, meio de troca. Por isso, ele (possuidor) quer aliená-la (trocá-la) por mercadoria cujo valor de uso (utilidade) o satisfaça.
todas as mercadorias são não-valores de uso para seus possuidores e valores de uso para seus não-possuidores.
 Elas têm que realizar-se, portanto, como valores (no processo de troca), antes de poderem realizar-se como valores de uso.
“o trabalho humano, despendido em sua produção, conta somente na medida em que seja despendido de forma útil para outros. Se o trabalho é útil para outros, se, portanto, seu produto satisfaz a necessidade alheias, somente sua troca pode demonstrar” (MARX, 1988, p. 80).
Em seqüência Marx nos adverte para o fato de que cada possuidor de mercadorias só quer alienar sua mercadoria por outra mercadoria cujo valor de uso satisfaça à sua necessidade.
O dinheiro, ou cristal monetário como se refere Marx, é um produto necessário do processo de troca, no qual diferentes produtos do trabalho, são, de fato, igualados entre si, e, portanto, convertidos em mercadorias. Ademais, na mesma medida em que se dá a transformação do produto do trabalho em mercadoria, completa-se a transformação da mercadoria em dinheiro.
Prossegue o autor, observando a forma-dinheiro[2]. Adverte que até agora, conhecemos apenas uma função do dinheiro, a de servir de forma de manifestação do valor das mercadorias ou de material, no qual as grandezas de valor das mercadorias se expressam socialmente.
Ademais, o valor de uso da mercadoria monetária dobra. Além de seu valor de uso particular como mercadoria, como ouro[3], por exemplo, que serve para obturar dentes, como matéria-prima para artigos de luxo etc., ela adquire um valor de uso formal decorrente de suas funções sociais específicas (de equivalente geral).
Para Marx, como qualquer outra mercadoria, o dinheiro pode expressar sua própria grandeza de valor apenas relativamente em outras mercadorias. Ele tem o seu valor determinado pelo tempo de trabalho necessário à sua produção e se expressa naquele quantum de qualquer outra mercadoria em que está cristalizado o mesmo tempo de trabalho.
Aqui cabe uma observação importante, para Marx a dificuldade não reside em compreender que o dinheiro é mercadoria, porém como, porque, por meio de que mercadoria é dinheiro.
 Para o autor, “uma mercadoria não parece tornar-se dinheiro porque todas as outras mercadorias representam nela seus valores, mas, ao contrário, parecem todas expressar seus valores nela porque ela é dinheiro” (MARX, 1988, p. 84). Para Marx o enigma do fetiche do dinheiro é, portanto, apenas o enigma do fetiche da mercadoria, tornado visível e ofuscante.
Por fim, observa-se que Marx até então, procede análise das relações mercantis simples, no que tange ao processo de troca, por exemplo, analisa-o de maneira particularizada, individualizada, ou seja, abstraindo o modo de produção capitalista em sua forma geral, “acabada”, desenvolvida. A abstração operada por Marx é, pois, fundamental para a exposição acerca do processo de surgimento e do modo de produção do capital.

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