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Aula 4 Processos de Formação dos Depósitos Minerais

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PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE DEPÓSITOS MINERAIS E AMBIENTES TECTÔNICOS
Formação dos depósitos minerais é complexa. 
Eles podem ser 
endógenos 
e exógenos. 
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Os depósitos endógenos
variam em função de várias feições:
-Tipo de Magma (composição e diferenciação- Sistema endomagmático);
-Tipo de fluido, razão fluido/rocha(Sistema hidrotermal)
-Condições de T e P (Sistema metamórfico)
Ambiente tectônico ques as rochas magmáticas são geradas
Os depósitos ricos em elementos calcófilos e siderófilos (P.ex, Ni, Co, Pt, Pd e Au) são mais associados às rochas máficas
Os depósitos ricos em elementos litófilos (p.ex.Li, Sn, Zr, U e W) são associados às rochas félsicas, particularmente alcalinas. 
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Depósitos Exógenos
Estão relacionados:
A processos de intemperismo físico – acumulações mecânicas (Depósitos de placeres);
A processos sedimentares de precipitação química (Evaporitos, Carbonatos, Fosfatos)
A processos de alterações quimicas residuais (Depósitos lateríticos de Ni, caulim, bauxita)
A processos de enriquecimento supergênico (Deposito Chapéu de Ferro ou Gossan)
A processos vulcano-exalativos (Bifs, VMS, SEDEX)
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 CLASSIFICAÇÃO DOS DEPÓSITOS MINERAIS Histórico 
As classificações podem ser divididas em 2 grupos:
1- As desenvolvidas antes da Tectônica de Placas relacionadas a processos geológicos globais-p.ex. Lindgren 1933, Bateman 1967, Stanton 1972, Smirnov 1976 e Jensen & Bateman 1979 ;
2-As desenvolvidas após – Mitchell and Garson 1981, Hutchison 1983, Sawkins 1990 (baseando-se em ambientes tectônicos, e outras em função da associação litológica e processos formacionais Guilbert and Park 1986
. Independente da classificação, a compreensão de um modelo de depósito mineral está relacionado ao entendimento das feições essenciais como: geológicas, rochas encaixantes, alteração das rochas encaixantes, associações geoquímicas/metais, distribuição espacial, teor, tamanho, mineralogia do minério, estrutura metalogenética regional, ambiente tectônico de um grupo ou classe de depósitos minerais
 
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CLASSIFICATION OF MINERAL DEPOSITS
Seis classificações se destacam entre as mais antigas
Niggli (1929) 
Schneiderhöhn (1941) 
Lindgren (1913, revised 1933, modified 1968) 
Bateman (1942, revised 1950, revised 1979) 
Stanton (1972) 
Guilbert and Park (1986)
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Classificação de Lindgren
Lindgren considered all types of mineral deposits, not only those related to magmatic processes . 
Primary subdivision is into chemical and mechanical processes of concentration. 
Chemical processes are divided into groups according to place of deposition of minerals: 
in magmas, 
in bodies of rocks, 
in bodies of surface waters. 
Magmatic deposits are further subdivided into 
magmatic segregation deposits and 
pegmatites. 
Deposits formed in bodies of rocks are 
volcanic exhalations (sublimates, fumarolic deposits), 
igneous metamorphic deposits (contact metamorphic, contact metasomatic, hypothermal in carbonate rocks), 
hydrothermal deposits (hypothermal, mesothermal, epithermal, telethermal, xenothermal), 
metamorphic deposits 
chemical weathering deposits. 
Deposits formed in bodies of surface waters are termed as 
chemical sedimentary deposits (chemical precipitates), 
evaporates, 
volcanogenic.
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Classificação de Lindgren 
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Classificação de Bateman 
Bateman also considered all types of mineral deposits . 
His classification is a simplified version of Lindgren's, but subdivisions are according to processes of deposition and form of deposit.
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Classificação de Bateman
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 Classificação de Stanton 1972 (CONSIDERA OS DEPÓSITOS MINERAIS EM TERMOS DE ASSOCIAÇÕES LIOTOLÓGICAS 
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Classificação de Guilbert and Park
Guilbert and Park considered all types of mineral deposits (Table 6.6). The primary subdivision is two-fold: 
according to the associated host rocks for deposits related to magmatic rocks; and 
according to the process of deposition for other deposits.
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Guilbert and Park Classification
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Classificação de Evans 2007 –Baseia-se no ambiente geológico e/ou processos de formação
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Classificação de Franco Pirajno (2010)
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 AMAGMATIC OR UNCERTAIN ORIGIN
– Orogenic lodes
– Black shales
– Carlin type
– Associated with high-heat producing granites
– Meteorite impact structures
 MECHANICAL/RESIDUAL/WEATHERING
– Placers
– Laterites
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Fraser et al. (2007) that includes geodynamic environment, tectonic setting, and fluid/magma involved in mineralisation. 
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Classificação de Walter Pohl 2011
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Depósitos do Sistema Endógeno- (Tipo de Magma, tipo de fluido, Condições de T e P) 
Quanto aos Tipos de Magma Máfico-ultramáficos (principais tipos de magmas gerados a partir de fusão parcial do manto- devido a anomalias térmicas ou quedas de pressão no nível do manto e da astenosfera)
Komatiítico
Toleítico (série pigeonítica)
Cálcio-alcalino
Alcalinos
Magmas de basaltos aluminosos;
Série shoshonítica; 
Série de basalto transicionais (entre a série toleítica a série alcalina)
ORIGEM
Alta taxa de fusão; ambientes de tectônica de expansão e intraplaca oceânico, desenvolvidos em terrenos arqueanos e paleoproterozóicos
Taxas elevadas de fusão; ambientes de expansão; subducção (regiões de margens de placas oceânicas) e intraplaca
Taxas moderadas de fusão em regime hidratado; ambientes de subducção (margens continentais ativas ou de arco de ilhas)
Baixa taxa de fusão; ambientes de subducção e intraplaca
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CARACTERÍSTICAS DAS SÉRIES MAGMÁTICAS E AMBIENTE TECTÔNICO DAS ROCHAS VULCÂNICAS
1-Série Toleítica ou pigeonítica (Alto teor em Fe nos primeiros diferenciados)
	Basalto – Andesito (ou islandito) – dacito – riolito 
2- Série alcalina (rica em álcalis)
	Havaiito- mugearito – traquito- riolito alcalino
	Basalto Traquiandesito – traquito
	Basanito - Nefelinito
	Basalto Alcalino 
	Traquito – Fonólito
3- Série Cálcio-Alcalina ou hiperstênica
	Basalto-Andesito-dacito-Riolito
4- Série Shoshonítica (alto teor em K)
	Absorquitos – shoshonitos – latitos
5- Série komatiítica (Série magnesiana)
	São classificadas em função de inúmeros parâmetros químicos. Os mais comuns tem sido os diagramas de alcalis (Na2O + K2O) vs SiO2, o diagrama AFM, etc.
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Classificação das rochas vulcânicas magnesianas
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Magma Komatiítico
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		MAGMAS TOLEITICOS E ALCALINOS
Tholeiites –s- São associados a Taxas de fusão mantélicas mais rasas e aumentam com a Taxa de Fusão 
	 - Em uma dada pressão, as rochas toleíticas aumentam com a taxa de fusão
Alcalinas – Aumentam com menor taxa de fusão e com o aumento da profundidade 
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Aspectos mineralógicos e químicos da Série toleítica
1- presença de pigeonita (Cpx pobre em Cálcio
2-Em termos químicos, a feição principal é o enriquecimento da série em Fe, com a progressiva diferenciação até as rochas de composição intermediária
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Aspectos mineralógicos e texturais dos basaltos toleíticos e alcalinos em ambientes oceânicos
Table 10-1
Common petrographic differences between tholeiitic and alkaline basalts
Tholeiitic Basalt
Alkaline Basalt
Usually fine-grained, intergranular
Usually fairly coarse, intergranular to ophitic
Groundmass
No olivine
Olivine common
Clinopyroxene = augite (plus possibly pigeonite)
Titaniferous augite (reddish)
Orthopyroxene (hypersthene) common, may rim ol.
Orthopyroxene absent
No alkali feldspar
Interstitial alkali feldspar or feldspathoid may occur
Interstitial glass and/or quartz common
Interstitial glass rare, and quartz absent
Olivine rare, unzoned, and may be partially resorbed
Olivine common and zoned
Phenocrysts
 or show reaction rims of orthopyroxene
Orthopyroxene uncommon
Orthopyroxene absent
Early plagioclase
common
Plagioclase less common, and later in sequence
Clinopyroxene is pale brown augite
Clinopyroxene is titaniferous augite, reddish rims
after Hughes (1982) and McBirney (1993).
Tholeiitic Basalt and Alkaline Basalt 
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Magmas Cálcio-alcalinos
Associado com a subducção da crosta oceância, onde ocorre três zonas de fusão distintas:
 1- Zona de fusão da clorita, gerando magmas toleitico; 
1A-Zona de fusão do anfibólio gerando magmas calcio-alcalino e 
1B- Zona de quebra ou fusão da flogopita (B) que acontece aos ~200 km de profundidade, gerando magmas ultramáficos alcalinos. 
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Comparação entre as Séries Calcio-alcalinas e toleíticas
No caso da série Calcio-alcalina, o aumento de SiO2 e a redução de MgO, CaO e FeO durante a cristalização fracionada são notáveis.
Entretanto, no caso da série toleítica, o aumento
da proporção FeO/MgO nos minerias ferromagnesianos é marcante.
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Magmatismo Alcalino Continental CARBONATITOS -KIMBERLITOS
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PROCESSOS RESPONSÁVEIS PELA FORMAÇÃO E/OU MODIFICAÇÃO DO MAGMA ( Diferenciação de Magmas)
Processos pelos quais um magma é capaz de se diversificar e produzir um magma ou rocha de composição diferente, estando envolvidos na evolução/ transformação do magma 
Fusão parcial (Batch Melting) 
Cristalização Fracionada Simples
Mistura de dois ou mais magmas (magma mixing, magma mingling)
Assimilação e contaminação crustal
Imiscibilidade de líquidos 
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Modelos de Evolução de Magmas
1- Fusão Parcial (anatexia)
Separação de um líquido parcialmente fundido, rico em elemento incompatível, do resíduo sólido rico em elemento compatível
O líquido permanece residente até que ele seja liberado e se mova para cima
Processos de fusão em equilíbrio com variável % de fusão
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Estágios de formação de Granitos
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2-Cristalização Fracionada Simples
Processo envolvendo mudança progressiva na composição do magma, a medida que ocorre a cristalização ou a remoção dos cristais.
O elemento traço incompativel aumenta sua concentração no líquido residual em relação à concentração original no magma parental, cujo aumento pode às vezes ser exponencial com a cristalização. 
O Elemento compativel por sua vez, diminui no líquido residual tão ele é extraído na fase sólida.
	
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Coeficiente de Partição 
Constante de
	equilíbrio KD (ou D):
 X i sólido
KD (D) = -----------------
 X i líquido
melhor:
	 a i sólido
KD (D) = -----------------
 	 a i líquido
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Elemento compatível
 
 KD > 1
 tem preferência de ser incorporado
 nos minerais cristalizados (p.e. Ni)
 empobrece durante a diferenciação
Elemento incompatível
 
 KD < 1
 tem preferência de ficar no líquido
 (p.e. Zr)
 enriquece durante a diferenciação
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	Ex.: KD for olivina (60 % peso), opx (25 %), cpx (10 %) e granada (5 %)
	KD (Er): (0.6 * 0.026) + (0.25 * 0.23) + (0.10 * 0.583) + (0.05 * 4.7) = 0.366
KD de (1 + x) minerais / líquido
Sheet1
		
		Table 9-1. Partition Coefficients (CS/CL) for Some Commonly Used Trace Elements in Basaltic and Andesitic Rocks
		
						Olivine		Opx		Cpx		Garnet		Plag		Amph		Magnetite						Mineral		Mode		Density		Wt prop		Wt%		Bulk D
				Rb		0.010		0.022		0.031		0.042		0.071		0.29								ol		15		3.6		54		0.1776900296
				Sr		0.014		0.040		0.060		0.012		1.830		0.46								cpx		33		3.4		112.2		0.3692003949
				Ba		0.010		0.013		0.026		0.023		0.23		0.42								plag		51		2.7		137.7		0.4531095755
				Ni		14		5		7		0.955		0.01		6.8		29						garnet				4		0		0
				Cr		0.70		10		34		1.345		0.01		2.00		7.4						Sum						303.90		1.00
				La		0.007		0.03		0.056		0.001		0.148		0.544		2						Rb										0.05
				Ce		0.006		0.02		0.092		0.007		0.082		0.843		2						Sr										0.85
				Nd		0.006		0.03		0.230		0.026		0.055		1.340		2
				Sm		0.007		0.05		0.445		0.102		0.039		1.804		1
				Eu		0.007		0.05		0.474		0.243		0.1/1.5*		1.557		1
				Dy		0.013		0.15		0.582		1.940		0.023		2.024		1
				Er		0.026		0.23		0.583		4.700		0.020		1.740		1.5
				Yb		0.049		0.34		0.542		6.167		0.023		1.642		1.4
				Lu		0.045		0.42		0.506		6.950		0.019		1.563
				Data from Rollinson (1993).										* Eu3+/Eu2+		Italics are estimated
Rare Earth Elements
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Cristalização fracionada nos estágios tardios
A cristalização fracionada torna o magma cada vez mais enriquecido em elementos incompatíveis (LIL - K, Rb, Cs, Ba, Pb2+, Sr, Eu2+; HSFE-REE, Th, U, Ce, Pb4+, Zr, Hf, Ti, Nb, Ta) e mais empobrecido em elementos compatíveis;
A segregação mineral do líquido enriquece este na fase volátil ou aquosa (H2O, CO2, S, Cl, F, B, e P, bem como uma série de elementos incompativeis e elementos calcófilos)
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Esquema de formação dos depósitos minerais segundo a Diferenciação e o Estado de Oxidação do Magma em rochas plutonicas ácidas
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A liberação dos voláteis está asociada
Ao aumento da Pressão do fluido no topo da intrusão, gerando fraturas em intrusões rasas
Fase vapor e alguns líquidos silicatos tardios escapam ao longo da rede de fraturas como diques de vários tamanhos (diques apliticos)
Grandes cristais em pegmatitos é atribuída a baixa nucleação e alta difusão dos elementos na fase rica em voláteis (água)
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3. Assentamento Gravitacional - Movimento diferencial dos cristais e líquidos sob a influência da gravidade devido a diferença na densidade (decantação) –Está relacionado ao desenvolvimento das texturas de acumulação ou cumulática tão comuns em Complexo Máfico-Ultramáfico Acamadado
1-densidade;
2- viscosidade, 
3- tamanho e a forma dos cristais 
A taxa de afundamento dos cristais pode ser estimada pela Lei de Stokes 
V= 2gr2(ds-dl)
	9
V= velocidade terminal de esfera sólida de raio r, caindo no líquido de viscosidade , sob aceleração da gravidade g, e dl e ds são as densidades do líquido e sólido respectivamente.
 - Cristais maiores afundam mais rápido;
Se o contraste de densidade for quase nulo, os cristais flutuam;
Quanto maior a viscosidade do magma, menor o afundamento dos cristais
Densidade e hábito dos principais em rochas mafica-ultramaficas
Cromita 4,0 -4,3		Octaédrico
Olivina 3,25-3,45		Achatado
Opx 3,2 -3,4		Prisma curto
Cpx	 3,3-3,35		Prisma alongado
Plag 2,64 		Prisma tabular
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Fenômenos de convecção na câmara magmática
Envolvem:
Diffusão
Separação convectiva de líquidos e cristais
Diferenças de temperatura entre o líquido magmático e as paredes da câmara magmática geram células de convecção. Os cristais tendem a se cristalizar nas paredes e no teto onde se produz uma forte nucleação.
Os elementos/moleculas pesados migram em direção as partes frias e os mais leves para as partes quentes do gradiente (Difusão termal ou efeito Soret)
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3-Mistura de magmas (magma mixing, magma mingling). Comum em Granitos e em rochas máfica-ultramáficas. 
Mingling – mistura mecânica –emulsão bifásica pelo contato de 2 líquidos (a exemplo de água e óleo) (Mingling de basalto-riolito)
Mixing – mistura única, fase híbrida de composição intermediária . 
Variações dos elementos ou oxidos no diagrama de Harker devem ficar em uma linha reta entre os dois principais extremos de composição. 
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Mingling – Basalto –dacito da Bacia de Jaibaras
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4-Assimilação e contaminação crustal 
Assimilação – O magma incorpora mecanicamente componentes da rocha encaixante – xenólitos
Contaminação – O magma tem sua composição modificada pela adição de porções da rocha encaixante (só ocorre se a T for maior a T do solidus da encaixante)
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5-Imiscibilidade de líquidos 
Envolve a separação de um magma homogêneo em duas frações as quais se mantêm em equilíbrio.
Silicato-silicato – situações de desmisturação de líquidos silicáticos
máficos e félsicos (líquidos basálticos –líquidos riolíticos)
Silicato-fosfato e silicato-óxido . Líquidos ricos em magnetita podem coexistir de forma imiscível com líquidos silicatados. 
Sistema carbonatito-nefelinito
Aassociação magnetita-apatita de vários complexos M-U estratificados e de carbonatito;
Associação ilmenita-magnetita-apatita ou rutilo-apatita de complexo anortosítico
Alguns exemplos:
Gotas (droplets) imiscíveis rica em sílica em basaltos toleíticos ricos em ferro
Imiscibilidade de sulfetos-silicatos (depósitos de sulfetos maciços na base da intrusão máfica ou ultramáfica ou de derrames de lavas ultramáficas) Os depósitos formados dessa maneira consiste de pirrotita, calcopirita e pentlandita, ou seja, são minérios de Cu e Ni acompanhados de Pt, Au, Ag e outros elementos.
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Principais processos formadores de minérios em rochas máficas e ultramáficas
ROCHAS PLUTÔNICAS
 Processos endomagmáticos ou ortomagmáticos, em sistema fechados / abertos
-Diferenciação magmática 
- Diferenciação magmática com acumulação gravitacional
-imiscibilidade de líquidos
- Assimilação crustal + Imiscibilidade
ROCHAS VULCÂNICAS
-Processos vulcano-exalativos (VHMS)
-Captura de diamantes por rochas kimberlíticas e lamproíticas
-Assimilação crustal+Imiscibilidade+separação gravitacional
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Principais depósitos associados com rochas máfica-ultramáficas?
Compreende uma assembléia de metais (siderófilos e calcófilos), entre os quais Ni, Cr, PGE, Cu, Co , V e Fe
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Principais processos formadores de minérios em rochas graníticas 
Fusão Parcial
Assimilação –de material de uma fonte rica em metal 
Mistura de Magmas
Cristalização fracionada ou Diferenciação magmática
Alteração pós-magmática (Hidrotermalismo)
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Depósitos Endomagmáticos
Correspondem aos depósitos que se cristalizam diretamente do magma ou seja em temperatura magmatica, enquanto o fundido (melt) era ainda líquido e antes da sua solidificação total. São conhecidos também como depósitos ortomagmáticos , característicos dos depósitos associados às rochas máfica-ultramáficas. Isso compreende uma assembléia de metais (siderófilos e calcófilos), entre os quais Ni, Cr, PGE, associados mais as rochas ultramáficas e Cu, Co , V e Fe as rochas máficas e ultrabásicas 
Podem ser de dois tipos:
 i-	Disseminados – relacionados à simples precipitação dos minerais minérios como constituinte principal ou menor nas rochas rochas máficas ou ultramáficas (ex. kimberlitos, carbonatitos;
Ii- Segregados - relacionada a segregação magmática ou concentração dos minerais minérios em camadas cristalizados precocemente a partir do líquido magmático (depósitos de cromita).
	Estes podem ser formados por dois processos: 
A- Cristalização Fracionada –Estão associados em geral aos depósitos em rochas plutônicas e dependem da solubilidade e ponto de fusão. Os primeiros a se cristalizar são os mais insolúveis (platina, cromita, magnetita, ilmenita), os últimos os mais solúveis (minerais alcalinos e alcalinos terrosos)
B- Imiscibilidade de líquidos- pode ocorrer tanto associados às rochas plutônicas máficas ou ultramáficas quanto vulcânicas ultramáficas (komatiitos)
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Subdivisões dos depósitos endomagmáticos
Subsistema endógeno sem influência externa
Subsistema com influência externa
Ambiente Plutônico:
– formam-se dentro do plutão (ex. Depósitos de cromita, magnetita, EGP);
Ambiente Vulcânico – Depósitos primários de diamante em kimberlitos
Ambiente Plutônico -Depósitos de sulfetos de Ni e de Cu na base de plutons básico-ultrabásicos;
Ambiente vulcânico –Depósitos de Ni e de Cu na base de derrames komatiíticos
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Subsistema com influência externa –Ambiente vulcânico 
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Resumo: as características geológicas que definem o sistema mineralizador endomagmáticos são as seguintes: 
1) O corpo mineralizado está associado diretamente ao magma hospedeiro. Na maioria das vezes o corpo mineralizado está em um conduto vulcânico ou em um plutão cuja composição geral é básica ou ultrabásica (que foi uma antiga câmara magmática);
 2) o minério é o próprio magma ou constituído por minerais cristalizados diretamente do magma;
 3) Os cátions dos minerais do minério provêm, em sua maior parte, do próprio magma; 
4) o enxofre dos minérios sulfetados provém, quase todo, de fontes externas, chegando até a intrusão por meio de assimilação ou de contaminação fluida.
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Sistema Hidrotermal
Associa-se a circulação de soluções aquosas quentes, principalmente água e quantidades menores de CO2, H2S, SO2, CH4, N2, NaCl e outros sais e complexos metálicos dissolvidos. Essas soluções circulam lateralmente e verticalmente, em condições de T e P variada (T-50 a 500oC), abaixo da superfície terrestre, responsáveis pela formação de inúmeros depósitos minerais sob forma de veios, stockworks, depósitos vulcano-exalativos, entre outros.
Existem vários fluidos nesse sistema. Os mais primitivos ou juvenis são os fluidos hidrotermais-magmáticos que se originam do magma tão ele esfria e se cristaliza. 
A compreensão do sistema hidrotermal envolve o entendimento de 5 componentes essenciais:
A- A energia ncessária para fornecer calor (intrusão magmática, gradiente geotermal, desintegração radiotiva, metamorfismo);
B- A fonte dos metais e S e outros ións complexantes , como Cl; 
C-A fonte dos fluidos que inclui as soluções aquosas, tais como :
fluidos magmáticos ou juvenis; 
fluidos metamórficos, 
águas meteóricas e/ou conatas
 água do mar
D- O Transporte que moveu essas soluções enriquecidas em metais e S ou Cl através da crosta;
E- Mecanismo de deposição e/ou preservação.
Os depósitos minerais hidrotermais são formados em locais de descargas dos fluidos em respostas às mudanças físico-químicas da solução. Os principais locais de canalização e deposição dos fluidos são: Falhas, redes de fraturas e zonas de cisalhamento ou na cúpula de intrusões quando o sistema hidrotermal for magmático 
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Requisitos Básicos para formação de depósitos Hidrotermais
1 - energia - geralmente termal, gravitacional ou deformacional
2- A fonte dos metais e S e outros ións complexantes , como Cl; 
3- A fonte da solução aquosa
4- O tipo de Transporte que moveu esses fluidos através da crosta;
5- Mecanismo de deposição e/ou preservação.
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Condições de precipitação
Essas soluções hidrotermais precipitam em condições de Temperatura que varia 50 a 6OOoC. 
Em caso das soluções serem associadas a processos magmáticos, em função da variação de temperatura, tem-se o desenvolvimento das seguintes fases : 
Pegmatitica,
 Neumatolitica,
 Hidrotermal ( kata-, meso-, epitermal) e abaixo de 100°C a teletermal. 
Cada fase possui sua paragênese de minerais característicos. 
Entretanto, outros fatores podem mudar as condições de cristalização de tais fases, como : pH, Eh, a fugacidade de oxigênio, a presença de complexos. 
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Principais fluidos aquosos
Àguas meteóricas (de superfície e águas subterrâneas)
Aguas marinhas
Aguas conatas
Águas metamórficas 
Águas Magmáticas
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Principais fluidos aquosos 
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 C- A fonte dos metais e S 
A determinação da fonte dos metais e S é realizada por meio de estudos geoquímicos, de inclusões fluidas e de estudos isotópicos. 
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Isótopos estáveis
Conceito:atomo de um elemento tendo o mesmo número de prótons e diferente número de neutrons ou de massa
Utilização – são usados para obter informações sobre: 
1- temperatura da mineralização
2-fontes dos constituintes da mineralização
3-processos físico-químicos por ocasião da mineralização (aqueles que produzem fracionamentos isotópicos como óxido-redução)
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Carbono
12C 		6protons		6neutrons
13C			6protons		7neutrons
14C			6protons		8neutrons
Oxigênio
16O		8protons		8neutrons
17O		8protons		9neutrons
18O		8protons		10neutrons
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 Quanto ao Transporte que moveu essas soluções através da crosta;
Depende do espaço disponível da rocha
1-Espaços porosos- localizados nos interstícios dos grãos, capaz de absorver os fluidos mineralizantes;
2-Porosidade- razão entre o volume ou o espaço medido em porcentagem em relação ao volume da rocha;
3-Permeabilidade- medida de facilicidade pelos os quais os fluidos transitam ou circulam na rocha;
4-Planos de estratificação;
5—Camadas de lavas vesiculares;
Fraturas de resfriamento;
6-Brechas ígneas, formadas por aglomerados vulcânicos e brechas intrusivas;
7-Fraturas ou Falhas
8-Dobramento e arqueamento;
9-Pipes vulcânicos
O movimento das soluções hidrotermais é mais importante onde as aberturas são maiores e contínuas, como falhas, ou onde os pequenos espaços são interconectados entre si, como sedimentos de boa porosidade e derrames de lavas vesiculares;
Em locais de menor porosidade e permeabilidade, a DIFUSÃO IÔNICA é o principal fator de enriquecimento, uma vez que permite o ingresso ou a substituição de íons dentro dos cristais por outro
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Principais ambientes favoráveis a circulação de fluidos em escala regional sem conexão com corpos graníticos
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	Pipes Vulcânicos
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Principal feição do Hidrotermalismo
ALTERAÇÃO HIDROTERMAL
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Alteração Hidrotermal 
Generalidades
A circulação das soluções hidrotermais , normalmente, ao longo de falhas ou unidades litológicas permeáveis, produz mudanças físico-química das rochas hospedeiras, conhecidas como ALTERAÇÃO HIDROTERMAL.
O Mapeamento das assembléias de alteração hidrotermal é portanto muito importante para a identificação dos condutos hidrotermais bem como depósitos minerais soterrados.
 A rocha hospedeira do depósito apresenta variado grau de alteração hidrotermal, cuja intensidade diminui à medida que se afasta da zona de descarga e, portanto, do corpo mineralizado.
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Alteração Hidrotermal 
Conceito: Diz respeito às mudanças mineralógicas, químicas e texturais da rocha hospedeira induzidas pela percolação de soluções aquosas quentes enriquecidas em cloretos (Na, K) e ions como SO4, HS, H2SO4, H2S, responsáveis pela formação de muitos tipos de depósitos minerais sob forma de veios, stockworks, vulcano-exalativos, entre outros. 
Isso gera modificações metassomaticas quimicas resultados do desequilíbrio quimico entre a rocha encaixante e os fluidos hidrotermais, reponsáveis pela modificação textural e composicional da rocha hospedeira.
Em Alta T - Realiza-se em condições subsolidus magmática pela ação e infiltração de fluidos supercríticos na massa rochosa ou de fluidos associados ao estágio tardio de cristalização magmática.
Entre as reações subsolidus tem-se:
A- troca de bases nos feldspatos (Na por K ou K por Na);
B-mudanças no estado estrutural do feldspato;
C-albitização
D-microclinização 
Em Menor Temperatura e P , realiza-se sob ação de exsolução de gases e fase aquosas enriquecidas em cloretos (Na, K) e ions como SO4, HS, H2SO4, H2S, 
Localiza-se ao longo de veios ou em volta de corpos irregulares de origem hidrotermal.
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Principais feições das alterações hidrotermais
São caracterizadas por mudanças na Cor, Textura, composição mineralógica e química ou qualquer combinação destas.
Podem estar associadas a dois tipos de estruturas:
1- canalisada – de extensão localizada, geralmente discordante, controlada por falhas e/ou fraturas
2-pervasiva – de extensão regional, discordante ou concordante, associada a permeabilidade da rocha hocha hospedeira.
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By Roberto Xavier
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By Roberto Xavier
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Nomenclatura das alterações hidrotermais
Propilica-Alteração complexa marcada pela presença de epidoto, clorita, albita, carbonato (calcita, dolomita ou ankerita), com modificação importante dos cations Na, Ca e K, etc. Em função do domínio dos minerais propílicos tem-se adotados algumas subdivisões, tais como: cloritização, albitização, epidotização e carbonatação.
Argílica intermediária –Tipo de alteração argilosa contendo caolinita e os minerais do grupo da montmorilonita oriundas de alteração do plagioclásio;
Argílica avançada –Tipo de alteração argilosa enriquecida em dickita, caulinita (ambas Al2Si2O5 (OH)4, pirofilita (Al2Si4O10 (OH)2 e quartzo. Sericita é usualmente presente.
Sericítica- Alteração rica em sericita (muscovita) e quartzo. Pirita pode estar presente.
Potassica- Feldspato K e/ou biotita são os minerais essencias deste tipo de alteração. 
Silicificação- Marcada pelo aumento na proporção de quartzo ou sílica criptocristalina nas rochas alteradas. A silicificação de rochas carbonáticas induzidas por intrusões graníticas gera escarnitos.
Greisenização- Transformação pós-magmática que ocorre a temperaturas entre 200 e 450°C e de 0,5 a 2,5 kbar, sob influência de soluções residuais ácidas a ultra-ácidas ricas em sílica e constituintes voláteis, associados a intrusões graníticas rasas, originando os greisens.
 Os greisens são rochas metassomatizadas constituídas essencialmente de quartzo-micas, frequentemente com topázio, fluorita, turmalina, feldspato e minerais metálicos, formados a partir de granitos ou outras rochas pela ação de soluções hidrotermais-pneumatolíticas com elevado teor de F, Cl, e H2O. 
Essas mudanças são acompanhadas de ganhos e/ou perdas de elementos, de massas durante alteração hidrotermal.
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Propílica
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Alteração Argílica
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Alteração sericitica e potássica
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Alteração potássica substituída por silicificação
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Assembléias hidrotermais variando com o pH 
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Principais depósitos formados no sistema hidrotermal
Depósito Hidrotermal-plutônico
Depósito Hidrotermal-Vulcanico
- Depósitos Epitermais
-Depósitos do tipo VMS
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Sistema Hidrotermal-Plutônico
Está associado aos fluidos mais primitivos ou juvenis que se originam do magma tão ele esfria e se cristaliza.
A fase magmática aquosa, embora possa existir como uma fase líquida, vapor ou um fluido supercrítico homogêneo, ela é dominantemente, tratada como fase vapor.
O processo de saturação da fase de vapor d`água no magma está relacionado a duas fases de Boiling (ebulição).
A 1ª Boiling está relacionada à saturação da fase de vapor d`água induzida pela diminuição da pressão (devido ao alojamento do magma em condições rasas ou a falhas na câmara magmática) em Temp. constante. Ocorre em sistema magmático epizonal, devido ao fato que a solubilidade da fase volátil no líquido, aumenta com a pressão.
A 2ª Boiling associa a saturação da fase vapor d`àgua a cristalização progressiva de minerais anidros dominantes sob condições isobáricas. Está associada ao sistema magmático após um avançado estágio de cristalização. O fluido aquoso é exsolvido na forma supercrítica a temperaturas superiores a 500oC 
 
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- Sistema Hidrotermal-Magmático - Modelo de Burnham (1979) - Magma granodiorítico com 3% H2O em solidificação em ambiente subvulcânico (raso). (fator chave é a profundidade que o fluido exsolve do magma hídrico e as condições de P-T durante sua ascensão à superfície) 
Modelo de Burnham (1979)
 Magma granodiorítico com 3% H2O em solidificação em ambiente subvulcânico (raso).
A- Cristalização inicial dos minerais anídricos e exsolução da fase líquida residual rico em H2O e elementos incompatíveis. 
B- Estágio inicial de solidificação, acompanhado de fraturamento e escape de voláteis (sistema aberto)
C- Úlltimo estágio, o corpo intrusivo torna-se supersaturado em fluidos, o que induz o aumento da pressão interna do fluido e o rompimento da carapaça resultando no hidrofraturamento
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Principais depósitos no sistema hidrotermal-plutônico
Formam os depósitos de Cu e Mo pórfiros ;
Os depósitos de Sn-W associados a greisens;
Depósitos de òxidos de Fe-Cu-Au (IOCG)
Pegmatitos;
Skarnitos*
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Depósitos nos Pórfiros
Os
depósitos nos pórfiros são depósitos de sulfetos de Cu-Mo intimamente relacionados a stocks porfiríticos que gradam em profundidade para um pluton de grande dimensão com textura fanerítica e composição similar com alguma mineralização em stockwork em sua interface. 
	
A composição das rochas hospedeiras da mineralização → varia de granito a diorito, onde quartzo-monzonito e granodiorito são os mais comuns. Tal depósito é marcado por uma multiplicidade de eventos intrusivos, com variações texturais e composicionais nas intrusivas.
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Depósito Pórfiro (Alteração Hidrotermal)
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Depósito de Cu-Mo pórfiro (alteração potássica e propilítica) 
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Os depósitos de Sn-W associados a greisens;
Alteração fílica, greisenização e argilitização
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DEPÓSITOS IOGC
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Depósito IOCG tipo Olympic Dam
Conceito atual (classificação empírica -p/ex. Groves et al.2010)
Depósitos minerais ricos em Fe-Cu e Au de origem hidrotermal; 
Dominados por hematita e magnetita (>10%), pobres em Ti, e/ou silicatos ricos em Fe (grunerita, actinolita Fe, fayalita);
Ocorrem na forma de brechas, veios, corpos lenticulares maciços e disseminados, com enriquecimento em sulfetos de Cu (calcopirita-bornita-calcocita e pirrotita) e elementos menores (F, P, Au, Ag, U, LREE). 
Relação temporal com magmatismo é comum, mas não necessariamente com intrusões proximais, como o caso dos sistemas de Cu-Au pórfiros, skarns, etc)
(exemplos. Olympic Dam, Ernest Henry and Candelaria).
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Alterações hidrotermais em depósitos tipo IOCG 
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Sistema Hidrotermal Vulcânico-
Vulcanismo Continental
 Depósitos Epitermais: Au - Ag±Cu 
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Depósitos Epitermais- Em função do fluido dominante são classificados em Baixa e Alta sulfetação
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Distribuição das zonas de alterações hidrotermais nos ambientes de alta e de baixa sulfetação
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		Texturas do minerio
Foto 34.  Sulphide mineralization flooding vughy silica, Mt Kasi.
Photo 35.  Diatreme breccia with vughy silica altered juvenile intrusion fragment and pervasive silicification of milled breccia, Yanacocha.   
Foto 36.  Mineralized breccia comprising matrix enargite-alunite, Nena 
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Sistema Hidrotermal Vulcânico-Vulcanismo Subaquoso
 Depósito VMS –Sulfetos maciços vulcanogênicos
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Au-rich VMS: Alteration 
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 Zonação do Pipe de Alteração 	
O Pipe de Alteração Hidrotermal representa o conduto para a ascensão dos fluidos mineralizantes. Entretanto, ainda não há um consenso quanto às feições caracterísitcas desses Pipes. Todavia, em vários depósitos tem-se observados vários tipos de alteração.
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MECANISMOS DE PRECIPITAÇÃO DOS METAIS EM SOLUÇÃO SOLUÇÃO
Deposição dos minerais minérios resulta de mudanças de parâmetro físico-químicos, como:
 Temperatura,
Pressão, 
 pH, 
Potencial Redox
Mistura de fluidos
Concentração total de elementos complexantes. 
Contaminação e/ou reação com rocha encaixante ou rocha hospedeira.
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1- Fatores físico-químicos que afetam a precipitação dos metais
1-Em níveis crustais rasos a deposição ocorre preenchendo espaços abertos;
2- Em níveis de maior profundidade (menor porosidade) o processo é marcado por substituição dos minerais pré-existentes;
A deposição dos metais é causada pela desestabilização de seus complexos aquosos (complexos clorados ricos em Na, K, Ca contendo metais, com temperaturas variando de 550 a 300oC )
A desestabilização é induzida por:
Resfriamento da solução
Reações com rochas em/ou em torno da cúpula
Mistura com água de circulação marginal
Se a solução complexante ou mineralizante com Au e Cu for dominada por complexo de cloro (Cl2-), a precipitação ocorre em condições de baixo pH, alta salinidade (>10 wt%NaCl) e alta T (e.g. Depósitos Pórfiros;
Se a solução complexante ou mineralizante for sulfetos (Au(HS)2- a precipitação é controlada por baixa salinidade (<10 wt%NaCl), baixa T e pH intermediário (e.g. Depósitos Epitermais e VMS).
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Mecanismo de Concentração na fase fluida (cont.)
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Sistema Metamórfico (T e P)
Metamorfismo dinamotermal ou Regional (envolve ação conjunta de calor, pressão e deformação – calor e pressão causam as reações mineralógicas, enquanto a deformação produz dobras, falhas, fraturas, zonas de cisalhamentos, etc)
Principais depósitos
 Grafita,
Ouro, 
talco, 
Manganês, 
Itabiritos (BIFs) 
Metamorfismo de Contato -Skarns
Metamorfismo Dinâmico (envolve depósitos de todos os ambientes que foram afetados por zonas de cisalhamento após sua formação, inclusive em zonas de cisalhamentos pretéritas, associados à reativações)
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Metamorfismo de Contato - (SKARNS)
Os Skarns ( Escarnitos ) são uma variedade de rochas calcissilicáticas, de granulação média a grossa, compostas por silicatos ricos em Ca e Mg, como granada e piroxênio, formadas pela interação metassomática entre mármores e materiais silicáticos. 
Podem ser formadas por metamorfismo de contato e regional
Principais metais associados: Fe, W, Cu, Pb, Zn, Mo, Ag, Au, U, F, B, Sn e ETR.
Os critérios utilizados na classificação dos skarns são diversos, é habitual considerar:
a mineralogia, composição química, conteúdo em metais, profundidade, temperatura, fugacidade do oxigênio, tipo de protólito, estrutura interna, tipo de relação com a encaixante, distância dos corpos ígneos, processos genéticos. 
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Evolução de um Skarn deposit
Existem 2 (3) estágios principais de formação (Einaudi et al. 1981): um progradante e outro retrogradante. 
 No estágio progradante, tem-se dois processos: 
A- metamorfismo térmico isoquímico, marcado pela formação de hornfels cálcico de granulação fina, com uma paragênese anidra
B-um processo metassomático envolvendo fenômenos de difusão e processos de infiltração, gerando assembléias ricas em Si, Al, Fe, etc..(granada-piroxenio) Tem-se a formação de magnetita e schelita associada aos estágios finais do metassomatismo progressivo.
 O estagio retrogradante é marcado por mistura com fluidos meteóricos durante o resfriamento do pluton, que gera inclusive a mineralização sulfetada, que pós-data em sua maioria os granada-piroxenio iniciais.
Assim, tem-se: Hornfels, Skarn de reação, skarnoides e skarns de substituição ou infiltração de granulação grossa
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Formação dos Skarns
03 Estágios
1-Metamorfismo Termal Isoquímico (400-650oC)
2-Metassomatismo-Estágio Progradante (500-600oC)
3- Alteração Hidrotermal-Estágio Retrógrado (<300oC)
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Quanto ao tipo de rocha substituída, os Skarns são classificados em:
 Exoskarn quando envolve à substituição dos litótipos carbonatados 
e Endoskarn relacionado à substituição da rocha granitóide intrusiva (Zharikov,1970). 
Se as rochas carbonatadas estiverem em contato com o plúton e forem, em parte, englobadas pelo plúton, os escarnitos irão se formar dentro do plúton e são também denominados de endoescarnitos
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FIG. 18. Examples of endoskarn veins and massive endoskarns at the Empire mine, Idaho (A-E) and the Antamina mine,
Peru (F-H). A. Garnet + pyroxene endoskarn veins in granite porphyry; feldspar phenocrysts still can be clearly seen. B.
D-, scapolite (Me18–25) veins and garnet-dominant veins in granite porphyry; scapolite veins are earlier than the garnet-dominant veins. 
sharp contact between garnet + pyroxene vein and granite porphyry with embayed quartz phenocrysts. 
D. Closeup of an embayed quartz phenocryst. Embayments are filled with the same groundmass as porphyry.
massive endoskarn with granite porphyry residue. 
4m, quartz–K-feldspar ± fluorite
veins cutting the Antamina quartz monzodiorite porphyry. 
G. 6m, garnet + pyroxene endoskarn vein in Antamina quartz monzodiorite porphyry. 
H. massive endoskarn with relic igneous texture of the Antamina
quartz monzodiorite porphyry. Modified from Chang and Meinert (2004
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Endoescarnito – Monzonito 
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Exoescarnito
–Estagio progradante
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 Calcissilicática metassomatizada ou escarnóides com porções de exoescarnito com predomínio de piroxênio sobre granada (estágio progradante)
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 Calcissilicática metassomatizada ou escarnóides com porções de exoescarnito com predomínio de porfiroblastos de piroxênio sobre granada
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Exoescarnito (estágio progradante)
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Exoescarnitos –estágio retrogradante 
Agregados subédricos de clinopiroxênio parcialmente alterados para hornblenda verde. O conjunto envolvido por opacos (sulfetos). Luz natural e polarizada
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Exoskarns – Desenvolvem-se a distâncias consideráveis do contato, a depender da facilidade que os fluidos hidrotermais tenham para migrar através de falhas e descontinuidades. 
Em geral são estratiformes, e têm as suas maiores dimensões semi-paralelas aos contatos da camada de rocha carbonatada.
Endoskarns – Têm formas imprevisíveis, que dependem da dimensão, forma e absorção do fragmento de rocha carbonatada englobado pelo granitóide intrusivo. 
 
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Outros Termos
Escarnóides- rochas calcissilicáticas de granulação fina, pobre em Fe, e que reflete em parte, a composição do protólito. 
Resultam do metamorfismo de margas em ambientes quimicamente abertos, que proporcionam a atividade de fluidos externos em pequena proporção.
Têm formas adaptadas ao percurso seguido pelos fluidos metassomáticos e pelos contatos entre as rochas carbonatadas e silicatadas
Geneticamente, escarnóide é um termo intermediário entre hornfels metamórfico e um Skarn de granulação grossa puramente metassomatico. 
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Praticamente todos os grandes depósitos de skarns são zonados e a distribuição geral das zonas, no sentido do plúton para as encaixantes, é: 
(a) endoescarnitos a piroxênio + plagioclásio; 
(b) exoescarnito com predomínio de granada sobre piroxênio; 
(c) exoescarnito com predomínio de piroxênio sobre granada; 
(d) exoescarnito a wollastonita e/ou epidoto.
 Zonação dos Skarns
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 Figura: Modelo de evolução esquemático para um skarn cálcico (Ray & Webster, 1991) A: -A intrusão do magma dentro da seqüência enriquecida em carbonatos e formação de hornfels de contato B: -Infiltrações de fluidos hidrotermais produzem endoskarn e exoskarn enriquecido em piroxênios; C: -Continuação da infiltração de fluidos hidrotermais com progressiva expansão da zona de exoskarn e desenvolvimento de exoskarn proximal enriquecido em granada. -O skarn é parcialmente controlado pelas litologias, planos entre camadas e fraturas. -Mineralização pode tomar lugar neste estagio tardio; D: -Sistemas hidrotermais menos quentes e tardios -marcado metassomatismo retrógrado. -Neste estágio a mineralização é introduzida cristalizada e redepositada na forma de corpos ou lentes de minério “orebodies”. -Os controles estruturais , litológicos e a influencia de águas meteóricas determinam o delineamento do skarn. 
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Zonação em Skarn de Santa Quitéria
Monzogranito 
Grt
Cpx
Epidoto
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Depósitos minerais escarníticos
Escarnito Fe-Cálcico;
Escarnito Fe-Magnesiano;
Escarnito W-Cálcico;
Escarnito Cu-Cálcico;
Escarnito Zn-Pb Cálcico;
Escarnito Mo-Cálcico;
Escarnito Sn-Cálcico;
Escarnito Sn-Magnesiano;
Escarnito Au-Cálcico.
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Tipos de depósitos de Skarns - variam em função da composição dos plutons 
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Depósito de Skarn
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Síntese das características gerais de depósitos de Skarns
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Mina Brejuí
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Skarn de Brejuí
Scheelita, granada e diopsídio
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Mina Bonfim, RN
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TIPOLOGIA DA OCORRÊNCIA DE Fe- (Cu) dos Skarns de Santa Quitéria
Dois tipos
1- Minério magnetítico maciço
2.Sulfetos disseminados com duas associações distintas: 
	a) associação pirrotita-calcopirita-pirita-marcassita em exoescarnitos com CPX e S/Granada
	b) outra composta por sulfetos e óxidos de ferro, 	 associação magnetita, pirrotita, calcopirita e pirita em exoescarnitos com Grt >Cpx.
 
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Minério magnetítico maciço
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 Minério magnetítico maciço 
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Associação sulfetos e óxidos de ferro em exoescarnitos com granada>cpx
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Associação pirrotita-calcopirita-pirita-marcassita em exoescarnitos com CPX e s/Grt
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Síntese da assembléia mineral
Estágio de Progradação 
Granada, diopsidio/hedembergita, 
Estágio de Retrogradação
Hornblenda/actinolita, magnetita, biotita, epidoto, pirrotita, calcopirita, pirita/marcassita, calcita e quartzo.
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DEPÓSITOS DE OURO Os depósitos de Ouro tem sido classificados em 16tipos, a maioria em Lodes ou Veios hospedados em diferentes tipos litológicos
1.Depósitos em Placeres
2. Depósitos VMs 
3. Salmouras geotermais
4. Adulária- Sericita Epitermal 
5. ALUNITA-Calinita Epitermal 
6) Ouro pórfiro 
7) Pipe de brecha 
8) Skarns 
9) Depósito de Ouro epigenético em carbonato (tipo Manto) 
10) Depósitos DE OURO Micro, HOSPEDADOS EM SEDIMENTOS –Tipo Carlin
11) Depósito de Au disseminado e em Stockwork em sequência Não-Carbonática 
12) Depósito em veio rico em sulfetos com Cu-Au
13) Depósitos associados a veios de quartzo associados a corpos batolíticos
14) Depósitos de Veios de Quartzo- Carbonato em Greenstone ( os mais importantes, ficando atrás apenas dos depósitos de placeres) 
15) Depósitos de veios de quartzo carbonato hospedado em turbiditos
16)Depósitos disseminados ou em veios em formações ferríferas. 
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Depósitos de ouro orogênicos em zonas de cisalhamento –Tipo Lodes ou mesotermais (Depósitos Metamórficos)
São depósitos do tipo veio ou filões de quartzo associados a sulfetos desenvolvidos ao longo de zonas de cisalhamentos que recortam uma variedade de associações litológicas, preferencialmente terrenos metamórficos , tipo granito-greenstone belts arqueanos , rochas vulcânicas máficas, metassedimentares, Bifs e as rochas plutônicas félsicas; 
O Au está preferencialmente confinado a sistemas de veios de quartzo-carbonatos e/ou veios de quartzo- sulfetos em rochas encaixantes ricas em ferro
Condições de formação: T varia de 200 a 500oC e P de 1 a 4Kb
Principal controle - Estrutural, - associa-se com zonas de alta deformação marcadas por deformações frágeis, dúcteis-frágeis ou mesmo dúcteis, dependendo dos níveis crustais em que os fluidos circulam. 
Em megaescala mostra mostra preferência por zonas de subducção e colisão, marcadas por espessamento crustal, deformação, metamorfismo e magmatismo sinorogênico capazes de exibir papel importante na origem e circulação dos fluidos; 
 Em mesoescala associam-se às zonas de cisalhamento formadas em regimes estruturais que vão do dúctil ao rúptil, principalmente, na zona de transição. Mostram preferência pelas estruturas de segunda e terceira ordem dentro das principais descontinuidades. 
Nesses locais ocorrem associados : a brechas, stockworks e vênulas, veios laminados paralelos ao cisalhamento, rochas cisalhadas misturadas a veios deformados, descontínuos e pouco espessos.
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Principais ambientes de formação dos depósitos auríferos –Tipo Lodes
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The main gangue minerals in greenstone-hosted quartz carbonate vein deposits are quartz and carbonate (calcite, dolomite, ankerite, and siderite), with variable amounts of white micas, chlorite, tourmaline, and sometimes scheelite. 
The sulphide minerals typically constitute less than 5 to 10% of the volume of the orebodies. 
The main ore minerals are native gold with, in decreasing amounts, pyrite, pyrrhotite, and chalcopyrite and occur without any significant vertical mineral zoning. 
Arsenopyrite commonly represents the main sulphide in amphibolite-facies rocks and in deposits hosted by clastic sediments. Trace amounts of molybdenite
and tellurides are also present in some deposits.
Mineralogia da Ganga e do minério 
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ALTERAÇÕES HIDROTERMAIS (desenvolvem-se em torno do filão )
 As alterações hidrotermais que acompanham a mineralização são representados por:
Cloritização –fácies xisto verde
Carbonatação (siderita –calcita-ankerita)
Sericitação (micas ricas em K –muscovita e/ou biotita em grau + forte)
Silicificação (veios de quartzo na parte central, tendo pirita e/ou carbonato)
Sulfetação (pirita e arsenopirita em grau baixo e pirrotita e arsenopirita em grau forte, implicando uma diminuição da atividade do S com o aumento da T).
 O Au pode ocorrer seja na forma livre ou incluso nos sulfetos (arsenopirita, pirrotita e/ou pirita) em meio as lentículas e vênulas silicosas 
 
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Tabular fissure veins in more competent host rocks.
Veinlets and stringers (stockwork) in less competent host rocks.
En echelon veins.
Veins usually have sharp contacts with wallrocks
Deposit Form
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Depósitos de lodes (cont.)
Em escala de detalhe - Os locais da mineralização são marcados, por zonas de intensa carbonatação e cloritização que se estendem por centenas de metro em torno do conduto; 
O Au é transportado em duas formas: na forma tipo Au(HS)2 e na forma Au(HS)o. 
Na primeira ocorre na Zona de transição do fácies de grau forte para grau médio e a de grau médio para fraco .
 Em contato com rochas ricas em Fe (básica/ultrabásica, formações ferríferas), em carbono (filitos e xistos grafitosos) ou em potássio (granitóides) o complexo Au(HS)2 é desestabilizado o que favorece a precipitação e formação de depósitos de Au, conforme reação:
Au(HS)2- + FeO (silicato, óxidos) » Au + FeS2(pirita) +H2O
 e na segunda, Au(HS)o , desenvolve-se em Ambiente de grau faco (T<270º), onde o Au é precipitado devido a < T e reações com rochas ricas em Fe, cujas concentrações baixas de Cl e altas de S favorecem os altos teores em Au e os baixos teores em metais bases nesses depósitos
Tais zonas mineralizadas podem ter dezenas de quilômetros de comprimento e profundidade variável na crosta.
Os depósitos são formados portanto em amplas condições de P-T, ocorrendo em terrenos desde o fácies granulito a xisto verde, este o mais frequente.
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Referencia Bibliográfica
Franco Pirajno, 2010. Hydrothermal Processes
and Mineral Systems
ORE DEPOSIT TYPES AND THEIR PRIMARY EXPRESSIONS By K.G. McQueen (internet)
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