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Nomofobia é a fobia causada pelo desconforto e/ou angústia que a pessoa sente advinda da incapacidade de comunicação através de aparelhos celulares. Em resumidas palavras, é o medo de ficar sem celular, que pode ser considerado uma doença (fobia) que necessita de tratamento. De acordo com a psicóloga do Programa de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo) Dora Goes, o abuso do uso de celular pode se tornar um transtorno, conhecido como nomofobia, do inglês “no mobile phobia” (medo de ficar sem o celular). O excesso não está relacionado ao tempo em que a pessoa fica no aparelho, mas aos prejuízos que o uso acarreta na vida. Pesquisas revelam dados alarmantes a respeito da fobia. Em 2014, uma pesquisa do Instituto Datafolha expõe que 62,5 milhões de pessoas acessam a internet pelo celular no Brasil. Levando em consideração o estudo, esse número aumentou mais de 20 milhões de 2013 para 2014. O estudo mostrou ainda que, mesmo em casa, 52% das pessoas continuam acessando a internet pelo celular. Além disso, Segundo dados de 2013 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 66% da população brasileira acima de 10 anos possuía telefone móvel. Outra pesquisa realizada no ano de 2012, revela que dois terços da população sofre com essa recente fobia. Os sintomas da nomofobia são inúmeros como: ansiedade, perda de contato com pessoas próximas, sentir-se mais feliz na vida virtual que na realidade, se preocupar com as curtidas e compartilhamentos de uma foto, entre outros. É válido ainda ressaltar que, o principal problema é a substituição da vida social pelas relações virtuais, e isso se torna um círculo vicioso, que se agrava cada vez mais, prejudicando o indivíduo em diversos aspectos, por exemplo: falta de concentração, problemas de visão (por causa da exposição à tela), sedentarismo, tendinite, problemas na coluna por causa da postura, e até na alimentação. Por meio dos dados de caráter alarmante, aliado às diversas consequências adquiridas pelo uso doentio do aparelho, podemos considerar então, que a nomofobia, mesmo sendo uma doença reconhecida recentemente, deve-se ter uma atenção redobrada para conscientização e tratamento, pois juntamente com as tecnologias ganhamos de “brinde” suas consequências, e a nomofobia, é apenas uma entre outras tantas.
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