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52_perguntas_de_FUNDAMENTOS_DAS_CIÊNCIAS_SOCIAIS

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52 QUESTÕES DE FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS 
1- Quais são as áreas de conhecimento compreendidas pelas ciências sociais? 
As Ciências Sociais compreendem o conjunto de saberes relativos às áreas da 
Antropologia, da Sociologia e da Ciência Política. 
 
2- Qual é o objeto de estudo da Sociologia? 
A Sociologia tem como objeto de estudo a sociedade, com ênfase nas suas diferentes 
formas de organização, bem como nos processos que interligam os indivíduos em 
grupos e instituições. 
 
3- O homem faz a sociedade ou é a sociedade que faz o homem? 
Toda sociedade humana consiste em indivíduos distintos e todo indivíduo humano só 
se humaniza ao aprender a agir, falar e sentir o convívio com outros. Nossa fala, nossos 
gestos, nosso modo de ser e de agir revelam o tipo de socialização que tivemos e que 
influencia em nossa visão de mundo. Temos consciência de que esse abismo entre os 
indivíduos e a sociedade não existe na realidade, ou seja, o homem faz a sociedade e a 
sociedade faz o homem. 
 
4- Para que servem as teorias das ciências sociais? 
Ao observar os fenômenos sociais somos levados a nos confrontar com nossas próprias 
posições, nossos valores, nossa visão de mundo, que interferem na nossa pesquisa. Por 
meio da utilização dos métodos das ciências sociais somos capazes de deixar de lado as 
observações de senso comum da realidade para buscarmos uma compreensão mais 
refinada e sistematizada dos fenômenos. Assim, as abordagens teóricas são como 
lentes de aumento, que nos ajudam a ver e compreender melhor certos aspectos da 
realidade. 
 
5- Qual a diferença entre conceito e técnica de pesquisa em Ciências Sociais? 
Em sentido figurado, podemos dizer que os conceitos são as ferramentas de trabalho, 
como o binóculo ou a bússola, enquanto as técnicas de pesquisa são as instruções 
para o uso correto desses instrumentos. Existe, portanto, uma relação direta entre os 
conceitos e o modo de abordar a realidade, observada a partir dos indicadores 
escolhidos pelo pesquisador. 
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6- O que diferencia as Ciências Sociais das Ciências Naturais? 
As chamadas Ciências Naturais (química, física, zoologia, astronomia e etc.) estudam 
“fatos simples”, no sentido de que estuda fenômenos que são isoláveis, recorrentes e 
sincrônicos. A matéria prima das ciências naturais, portanto, é todo o conjunto de 
fatos que se repetem e têm uma constância sistêmica, já que podem ser vistos, 
isolados e, assim, reproduzidos dentro de condições de controle razoáveis, num 
laboratório. Por isso as ciências naturais produzem “leis científicas”, isto é, argumentos 
que estabelecem uma relação causal única, universal e invariável entre dois 
fenômenos. 
Já as Ciências Sociais estudam fenômenos complexos, situados em múltiplos planos de 
causalidade, cuja determinação pode ser consideravelmente variada. A matéria prima 
das Ciências Sociais (os fenômenos sociais), assim, são eventos com determinações 
complicadas e que podem ocorrer em ambientes diferenciados tendo, por causa disso, 
a possibilidade de mudar seu significado de acordo com o ator . Por isso dificilmente 
encontramos uma “lei científica” nas ciências sociais. 
 
7- O que diferencia a Antropologia da Sociologia? 
O olhar antropológico privilegia os aspectos culturais da sociedade, como costumes, 
crenças e valores morais dos diferentes de grupos e comunidades. Sua abordagem 
possui um caráter integrativo, cujo propósito é não “parcelar o homem”, mas sim 
compreendê-lo em sua totalidade. A abordagem antropológica é caracterizada pela 
observação direta, por impregnação lenta e contínua dos grupos sociais estudados, 
com os quais são mantidas relações pessoais. 
 
8- As diferenças culturais podem ser explicadas pelo estudo das raças humanas? 
Algumas pessoas ainda acreditam nas velhas, persistentes e incorretas teorias que 
atribuem capacidades inatas e específicas a determinadas raças. Esse pensamento vai 
caracterizar o chamado determinismo biológico, a crença de que a vida social é 
definida por fatores genéticos. Atualmente os antropólogos estão totalmente 
convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças 
entre os povos. Estas diferenças são explicadas a partir das diferenças culturais. 
 
9- Os povos de clima quente são mais atrasados do que os de clima frio? 
Da mesma forma que o determinismo biológico, o determinismo geográfico acredita 
que forças do mundo natural agiriam de modo mecânico e determinante sobre as 
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sociedades humanas. Na verdade esta visão é equivocada, na medida em que as 
diferentes culturas humanas são influenciadas, mas não determinadas de modo 
absoluto pelo meio físico. As diferenças entre os povos de diferentes regiões do 
planeta são explicadas a partir da história, que nos mostra a existência de grandes 
civilizações também em climas quentes. 
 
10- O que é a cultura? 
Edward Tylor foi um dos primeiros antropólogos a sistematizar o conceito de cultura. 
Segundo este autor, em seu trabalho intitulado Primitive Culture, de 1871, a cultura 
poderia ser definida como todo aquele conjunto de conhecimentos, que inclui crenças, 
arte, moral, lei, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo 
homem como membro de um grupo ou sociedade. Segundo o antropólogo norte-
americano, Leslie White, a capacidade de produzir cultura se deu quando o cérebro do 
homo-sapiens foi capaz de gerar símbolos, com significados próprios. Referindo-se 
principalmente ao comportamento adquirido, por oposição ao comportamento inato 
dado pela natureza ou pela biologia, a cultura tem sido utilizada para designar tudo o 
que é humanamente criado (hábitos, crenças, artes e artefatos) e passado de uma 
geração a outra. Nessa formulação, a cultura distingue-se da natureza e distingue uma 
sociedade da outra. 
 
11- Qual a diferença entre etnocentrismo e relativismo cultural? 
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como 
centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, 
nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode 
ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença: no plano afetivo. como 
sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc. O relativismo cultural se 
contrapõem ao etnocentrismo na medida em que define o significado de um ato não 
na sua dimensão absoluta, mas no contexto em que acontece, ou seja, relativizando 
aquele ato. Quando compreendemos o "outro" nos seus próprios valores e não nos 
nossos: estamos relativizando. Enfim, relativizar é ver as coisas do mundo como a 
relação entre elas. Ver que a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado. 
 
12- Qual é o objeto de estudo da Ciência Política? 
A Ciência Política é o estudo da política, dos sistemas políticos, das organizações e dos 
processos políticos. Envolve o estudo da estrutura e dos processos de governos — ou 
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qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, 
justiça e direitos civis. 
 
13- O que Hobbes denominou como “Estado de natureza”: 
No Estado de Natureza, os indivíduos viviam isolados e em luta permanente, vigorando 
a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse Estado, reina o 
medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para Thomas Hobbes, a 
passagem do estado de natureza para uma sociedade política ou civil, é decorrente da 
elaboração de um Contrato Social. 
 
14- Como os filósofos Hobbes e Rousseau explicam a criação do Estado Civil? 
O estado de natureza de Hobbes e o estado de sociedade de Rousseau evidenciam 
uma percepçãodo social como luta entre fracos e fortes, vigorando a lei da selva ou o 
poder da força. Para fazer cessar esse estado de vida ameaçador e ameaçado, os 
humanos decidem passar à sociedade civil, isto é, ao Estado Civil, criando o poder 
político e as leis. A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de 
um contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse 
natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferira um terceiro – o 
soberano - o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. O 
contrato social funda a soberania. 
 
15- Quais são os direitos naturais do homem, segundo a concepção liberal de 
Jonh Locke: 
Liberdade; Igualdade; e Propriedade.Para Jonh Locke, o contrato social é um pacto de 
consentimento, no qual os homens livremente acordam em formar a sociedade civil 
para consolidar e garantir os direitos que já possuíam originalmente no estado de 
natureza. 
 
16- Quais são as formas clássicas de governo? 
Pela tipologia clássica são a Realeza (É o governo de um só. Pode degenerar em 
tirania), a Aristocracia (Governo de um grupo ou poucos grupos. Pode degenerarem 
oligarquia) e a Democracia (Governo de muitos, aquele em que o povo elege seus 
representantes, direta ou indiretamente. Pode degenerar em demagogia.). 
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17- Qual a diferença entre o Estado monárquico e o Estado republicano? 
Na forma monárquica a autoridade é exercida por um soberano vitalício. A forma 
republicana adota regras (como a ideia de maioria) para a formação da vontade 
coletiva e o poder é exercido em uma temporalidade prviamente definida. 
 
18- Qual a diferença entre os regimes presidencialista e parlamentarista? 
No presidencialismo há uma nítida separação entre a função executiva e a legislativa, o 
Presidente da República é chefe de Estado e de governo. O Presidente é escolhido pelo 
povo por tempo determinado através de eleição direta. No parlamentarismo há uma 
relação de dependência entre o Executivo e o Legislativo. A chefia do Executivo é 
dividida entre chefe de Estado(que representa o país) e chefe de governo (que toma 
todas as decisões políticas). O chefe de governoé escolhido de forma indireta, pelo 
Parlamento (aprovação pela maioria parlamentar). 
 
19- Quais são os tipos de dominação legítima segundo Max Weber? 
A dominação deve ser entendida, segundo Weber, como uma probabilidade de mando 
e de legitimidade deste. A crença é condição fundamental para que a relação entre 
aquele que manda (domina) e aquele que obedece (dominado) se realize. Portanto, 
não é toda e qualquer relação de poder que é legitimada, é preciso que aquele que 
obedece acredite voluntariamente naquele que tem poder de mando. São três as 
formas de dominação legítima: dominação racional-legal, dominação tradicional e 
dominação carismática. 
 
20- Em que se baseia o tipo ideal de dominação tradicional? 
É baseada nas tradições e mais diretamente relacionadas às monarquias absolutistas 
do período conhecido como Idade Moderna. 
 
21- Em que se baseia o tipo ideal de dominação carismática? 
Neste caso a legitimidade se baseia no carisma do líder. Esta forma de dominação se 
apresenta, geralmente, em períodos de ruptura institucional. 
 
 
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22- Em que se baseia o tipo ideal de dominação racional-legal? 
A dominação racional-legal Relacionada ao Estado de Direito e a presença de uma 
burocracia em termos administrativos, cujo princípio de legitimidade se baseia na 
racionalidade e nas disposições legais. 
 
23- Por que Karl Marx afirmava que o Estado é um instrumento de dominação de 
classe? 
Segundo Karl Marx, o Estado é a forma na qual os indivíduos de uma classe dominante 
fazem valer seus interesses comuns e na qual se resume toda a sociedade civil de uma 
época. Segue-se que todas as instituições comuns são mediadas pelo Estado e 
adquirem através dele uma forma política. Daí a ilusão de que a lei se baseia na 
vontade e, ais ainda, na vontade destacada de sua base real - na vontade livre. 
 
24- Quais os principais fatos que caracterizam o contexto histórico do surgimento 
da Sociologia, no século XIX? 
O século XIX foi marcado pela Revolução Industrial e pelo Neocolonialismo, cujas 
consequências se projetaram para os séculos XX e XXI. No plano político e econômico, 
o termo revolução é usado para expressar um movimento de transformação que, na 
visão dos seus protagonistas, traz transformações significativas, positivas e benéficas 
para a sociedade. De fato, as revoluções trazem grandes transformações e com a 
revolução industrial não poderia ter sido diferente. Tais transformações já se fizeram 
presentes na transição do Feudalismo para o Capitalismo. 
 
25- Qual a diferença entre o Colonialismo e o Neocolonialismo? 
Diferente do Colonialismo dos séculos XV e XVI, o Neocolonialismo representou nova 
etapa do Capitalismo, do momento em que as nações europeias saíram em busca de 
matérias-primas para sustentar as indústrias, de mercados consumidores para os 
produtos europeus e de mão-de-obra barata. Esse Colonialismo se direcionou para a 
África e a Ásia, que foi partilhada entre as nações europeias. A América escapou desse 
Colonialismo porque se tornara independente pouco antes. Porém, se não fora 
dominada politicamente pela Europa e pelos EUA, fora economicamente, pois 
dependia dos banqueiros e do capital industrial europeu. 
 
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26- Quais as principais ideias apresentadas por Charles Darwin na sua obra A 
origem das espécies, publicada em 1859? 
Darwin defendeu a noção de variação gradual dos seres vivos graças ao acúmulo de 
modificações pequenas, sucessivas e favoráveis, e não por modificações 
extraordinárias, surgidas repentinamente. Nessa obra Darwin apresentou o núcleo da 
sua concepção evolutiva: a seleção natural, ou a persistência do mais capaz; com o 
passar dos séculos, a seleção natural eliminaria as espécies antigas e produziria novas 
espécies. 
 
27- Charles Darwin era um cientista social? 
Não, Darwin era um cientista natural, mas suas ideias foram apropriadas pelas ciências 
sociais da época, dando origem ao chamado Darwinismo Social. Segundo o 
Darwinismo Social, as sociedades se modificam e se desenvolvem como os seres vivos. 
As transformações nas sociedades representam a passagem de um estágio inferior 
para outro superior, em que o organismo social se mostra mais evoluído, adaptado e 
complexo. Se na natureza, a competição gera a sobrevivência do mais forte, também 
na sociedade favorece a sobrevivência de sociedades e indivíduos mais fortes e 
evoluídos. 
 
28- O que é o Positivismo? 
O positivismo é uma corrente filosófica criada por Augusto Comte, na segunda metade 
do século XIX, que refletiu o entusiasmo burguês pela consolidação capitalista, por 
meio do desenvolvimento industrial e científico, como visto no item anterior. 
 
29- Qual o tema central da obra de Augusto Comte? 
O tema central da obra de Augusto Comte é a Lei dos Três Estados, em que ele divide a 
evolução histórica e cultural da humanidade em três fases, de acordo com seu 
desenvolvimento; a classificação e a hierarquização das ciências, da mais simples à 
mais complexa, já que para ele, a ordem é necessária ao progresso; e a reforma da 
sociedade, com mudanças intelectuais, morais e políticas destinadas, principalmente, a 
restabelecer a ordem na sociedade capitalista industrial. 
 
 
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30- Qual o princípio da Lei dos 3 Estados? 
Comte devotou-se à Sociologia, uma palavra que ele elaborou para descrever a ciência 
da sociedade. Ele acreditava que sua principal contribuição foi a teoria de quea 
humanidade passou por três estágios de desenvolvimento intelectual: o teológico, o 
metafísico e o positivo. No primeiro estágio, o universo era explicado em termos de 
deuses, demônios e seres mitológicos. No segundo estágio, a realidade era explicada 
em termos de abstrações como a essência, existência, substância e acidente. De 
acordo com Comte, o estágio metafísico estava só terminando, dando lugar ao 
científico ou estágio positivo. Neste estágio final, explicações somente poderiam ser 
baseadas em leis científicas descobertas através da experimentação, observação ou 
lógica. Matemática, astronomia, física, química e biologia, classificadas por ele na base 
crescente de complexidade, já eram científicas; Comte procurou completar o estágio 
positivo ao criar a mais complexa de todas, a sociologia como ciência. 
 
31- O Positivismo teve influência na Sociologia? 
Sim, com a obra de Émile Durkheim, o criador da Escola sociológica francesa; com ele 
tem início a sociologia científica. 
 
32- Para Durkheim, quais as características dos fatos sociais? 
Para Durkheim os fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir que apresentam a 
característica marcante de existir fora da consciência individual. Estes tipos de conduta 
ou de pensamento não são apenas exteriores aos indivíduos, são também gerais na 
extensão de toda sociedade conhecida e dada, são dotados de um poder imperativo e 
coercitivo que constitui características intrínsecas de tais fatos. Para Durkheim, a 
sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais e patológicos . 
 
 
33- O que é a consciência coletiva, segundo Durkheim? 
É o conjunto de crenças, sentimentos e valores aceitos pela média dos membros de 
uma sociedade. 
 
 
 
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34- Quando o fato social é normal? 
É normal o fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de uma 
determinada sociedade e que refletem os valores e as condutas aceitas pela maior 
parte da população. 
 
35- Quando o fato social é patológico? 
É todo fato, fatos que extrapolam os limites aceitos pela consciência coletiva vigente 
em uma sociedade, é o comportamento tido com desviante. O que é normal varia de 
sociedade para sociedade; 
 
 
36- Qual a visão de sociedade do sociólogo alemão Max Weber? 
Segundo Weber, a Sociedade não pode ser vista como uma realidade material 
independente dos indivíduos. Weber procura compreender a sociedade como um 
agregado de indivíduos que possuem suas motivações próprias. Por isso, para 
compreender a sociedade, é preciso entender as redes de significações estabelecidas 
pelos indivíduos em suas ações e relações sociais. 
 
37- Para Weber é possível conhecer “toda” a realidade social? 
Não, para ele somente podemos compreender pequenos “pedaços” dessa realidade. 
Como cada indivíduo tem sua própria visão parcial do mundo, há um conflito 
permanente entre os indivíduos que compõem a sociedade. Por isso, Weber propõe a 
reconstrução do sentido subjetivo original da ação e o reconhecimento da parcialidade 
da visão do observador. 
 
38- Qual é objeto de estudo da sociologia para Weber? 
O objeto da sociologia para Weber é o sentido da ação social, que deve ser buscado 
pela apreensão da totalidade de significados e valores atribuídos pelos indivíduos. 
Nesse sentido, ele procura mostrar que não há apenas uma causa dos fenômenos 
sociais. 
 
 
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39- Weber procurou elaborar uma tipologia para compreender as características 
particulares, definindo quatro tipos de ação, quais são esses tipos? 
 (I) Ação Racional com relação a fins (burocracia moderna) - motivada por fins 
objetivos; 
(II) Ação Racional com relação a valores - motivada por crenças em valores morais, 
religiosos, políticos etc.; 
(III) Ação Tradicional - guiada pela tradição, costumes; 
(IV) Ação Afetiva - guiada por uma conduta emocional. 
 
40- O que é o Materialismo Dialético? 
É o método de abordagem da vida social, elaborado por Karl Marx, também chamado 
de Materialismo Histórico. De acordo com tal concepção, as relações materiais que os 
homens estabelecem entre si, o modo como produzem os seus meios de vida, formam 
a base de todas as suas relações. 
 
41- Por que Marx dizia que “não basta interpretar o mundo, é preciso transformá-
lo através da Práxis”? 
A Práxis é um conceito central no pensamento de Marx. A Práxis não se confunde com 
a prática. A Práxis é a união da interpretação da realidade (teoria – conhecimento 
científico) à prática (realização efetiva, atividade), em outras palavras, é a ação 
consciente do sujeito na transformação de si mesmo e do mundo que o cerca. É 
através da práxis que se dá o combate à alienação. 
 
42- O que é Dialética? 
Dialética é o modo de pensarmos as contradições da realidade, de pensarmos as 
diferenças sociais e, consequentemente, a transformação permanente da realidade – a 
realidade dialética. Princípios básicos da dialética: tudo se relaciona; tudo se 
transforma; mudanças qualitativas; luta dos contrários: Tese - Antítese – Síntese. A 
aplicação das teses fundamentais do materialismo dialético à realidade social deu 
origem a concepção materialista da história. 
 
 
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43- Qual é a crítica que Karl Marx faz ao idealismo? 
Segundo a concepção de Marx, o entendimento da realidade da vida, só é possível a 
medida que conheçamos o modo de produção da sociedade – modo de produção é 
aqui entendido como a maneira pela qual os homens obtêm seus meios de existência 
material. É através do modo de produção que conhecemos uma sociedade em sua 
especificidade histórica e social. Por isso ele dizia que “Não é a consciência que 
determina a vida material, mas a vida material que determina a consciência”. 
 
44- Quais os principais modos de produção existiram na história, segundo Marx? 
Para Marx, é a partir do modo de produção, é possível identificar as diferenças 
históricas e as relações sociais presentes em cada época determinada. Na história, 
podemos distinguir pelo menos cinco grandes modos de produção: primitivo; o regime 
asiático; escravatura; servidão (feudal) e a capitalista. 
 
45- Qual foi a influência da obra de Marx na história das revoluções políticas? 
A obra de Marx também teve influência sobre a construção do primeiro regime 
socialista a ser instituído na história recente da humanidade. Esta experiência se daria 
na Rússia, em 1917, ano em que o partido bolchevique, liderado por Lênin, no 
comando de um movimento revolucionário instituiria naquele país um projeto 
socialista de inspiração marxista. 
 
46- O que é a globalização segundo Anthony Guiddens? 
 
"A intensificação de relações sociais mundiais que unem localidades distantes de tal 
modo que os acontecimentos locais são condicionados por eventos que acontecem a 
muitas milhas de distância e vice versa". 
 
 
47- Quais as principais consequências da globalização? 
 
A globalização não parece estar produzindo nem o triunfo do “global” nem a 
persistência, em sua velha forma nacionalista, do “local”. Os deslocamentos ou os 
desvios da globalização mostram-se, afinal, mais variados e mais contraditórios do que 
sugerem seus protagonistas ou seus oponentes. Entretanto, isso também sugere que, 
embora alimentada, sob muitos aspectos, pelo Ocidente, a globalização pode acabar 
sendo parte daquele lento e desigual, mas continuado, descentramento do Ocidente. 
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48- O que constitui segundo Manuel Castells, uma “sociedade em rede”? 
 
“Redes constituem a nova morfologia social de nossa sociedade e a difusão da lógica 
de redes modifica de forma substancial a operação e osresultados dos processos 
produtivos e de experiência, poder e cultura. Tudo isso porque elas são estruturas 
abertas capazes de expandir de forma ilimitada, integrando novos nós desde que 
consigam comunicar-se dentro da rede, ou seja, desde que compartilhem os mesmos 
códigos de comunicação ( por exemplo, valores ou objetos de desempenho)”. 
 
 
49- Como se apresenta no Brasil contemporâneo a situação da desigualdade? 
 
Estatísticas revelam que 12,9% dos brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza. As 
desigualdades regionais são visíveis: as regiões Norte e Nordeste respondem por 43% 
do total de pessoas vivendo em extrema pobreza no país. 
A desigualdade também se expressa nos grandes centros urbanos, onde populações 
desassistidas vivem pelas ruas, e nas periferias das grandes e médias idades brasileiras, 
um expressivo número de pessoas vive em subocupações – as favelas, localidades em 
que se registra um alto índice de criminalidade, decorrente da ausência ou ineficiência 
do poder público, e da ação de grupos que passam a exercer autoridade sobre a 
população, como traficantes e milícias. 
 
 
50- Como se apresenta a situação do preconceito e da exclusão no Brasil? 
 
Embora seja vedada pela Constituição Brasileira qualquer forma de discriminação, 
mecanismos sociais de exclusão, baseados em preconceito, discriminação e por vezes 
intolerância, impedem que parcelas significativas da população tenham acesso à 
cidadania plena. Temos como exemplo desse processo de exclusão, entre outros, a 
situação das mulheres, dos negros e dos homossexuais. 
 
 
51- O que é um grupo étnico? 
 
É um grupo que se perpetua principalmente por meio biológicos; compartilha de 
valores culturais fundamentais; compõe um campo de comunicação e interação e cujo 
grupo de membros se identifica e é identificado por outros como constituinte de uma 
categoria distinguível das outras. 
 
 
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52- Quais as principais transformações que ocorreram no modelo de família 
tradicional nos últimos 40 anos? 
 
A partir dos anos 70, ainda que permaneça dominante o modelo da família nuclear, 
surgem versões inéditas de conjugalidade. Apesar do predomínio do modelo nuclear 
conjugal, entre as famílias das camadas médias, aumentam as experiências de vínculos 
afetivo-sexuais variados e o contingente de mulheres optando pela maternidade fora 
da união formalizada. Castells assinala que há um crescimento do número de pessoas 
vivendo sós e um crescimento expressivo das famílias chefiadas por mulheres. A 
coabitação sem vínculos legais ou união consensual como alternativa ao casamento se 
torna cada vez mais expressiva numericamente, e aceita legal e socialmente. O 
tamanho das unidades domésticas tende a diminuir ainda mais, com o decréscimo do 
número de filhos. Crescem os recasamentos e as famílias recombinadas. 
Há também uma visibilidade cada vez maior das famílias homoafetivas, ou seja, 
formadas por indivíduos do mesmo sexo. Este modelo de família tem recebido o 
reconhecimento de consideráveis setores da sociedade, bem como de setores do 
Judiciário.

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