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Propedêutica Neurológica Nervos cranianos Olfatório Óptico Oculomotor Troclear Trigêmeo Abducente Facial Vestibulococlear Glossofaríngeo Vago Acessório Hipoglosso MOTOR (5) SENSITIVO (3) MISTO (4) I Olfatório Inervação Olfato: Mucosa Olfatória Odores conhecidos: café, canela, cravo, hortelã, tabaco e álcool Alterações Olfatórias Hiposmia/Anosmia: Bilateral: Resfriado comum, atrofia da mucosa Unilateral: Lesão do nervo olfatório, do bulbo olfatório ou do trato olfatório Lesões corticais: Parosmia – peversão do olfato Alucinações olfatórias Cacosmia – sensação olfatória desagradável mas sem a presença real do odor Semiotécnica Verificar se não há nenhuma obstrução nas duas narinas – rinoscopia anterior Pedir ao paciente fechar os olhos Tampar uma narina e solicitar a aspiração de um odor conhecido na outra narina Pedir ao paciente identificar o odor II Óptico Inervação Visão: Retina Semiotécnica Campo Visual Acuidade visual Reflexo fotomotor Reflexo consensual Acomodação visual Fundoscopia – emergência do nervo óptico na papila III Oculomotor Inervação SNA – ML: Músculo ciliar + Músculo esfíncter da pupila MEE: m Elevador da pálpebra superior + m Reto Superior + m Reto Inferior + m Reto Medial + m Oblíquo Inferior Núcleos Núcleo oculomotor principal: Fibras de inervação de todos os músculos do oculomotor Quando é lesado, pode não resultar nos 3 achados clínicos – midríase, estrabismo divergente e ptose palpebral Núcleo parassimpático acessório (Edinger-Westphal): Fibras de inervação: Músculo ciliar + Músculo esfíncter da pupilar Recebe aferências que medeiam: Reflexos Fotomotor, Consensual e de Acomodação Visual Síndrome de Claude Bernard-Horner Compressão/Lesão em sistema nervoso simpático cervical Lesão central: Doenças neurológicas progressivas Tumor de ponte Lesão pré-ganglionar: Tumor de Pancost Dissecação de aorta ou de carótida Tuberculose Lesão pós-ganglionar: Herpes zoster Sinusite IV Troclear Inervação MEE: m Oblíquo Superior V Trigêmeo Inervação Sensibilidade geral (temperatura, dor, pressão e tato): Couro cabeludo + Testa + Face Cavidade Nasal + Cavidade Bucal 2/3 Anteriores da língua Conjuntiva + Córnea + Íris + Corpo Ciliar Propriocepção – MEE: Músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigoideos medial e lateral) + ATM Semiotécnica Ramo Sensitivo Solicitar ao paciente que feche os olhos Passar o algodão em ramo oftálmico, ramo maxilar e ramo mandibular em ambos os lados Pode não passar também o algodão, para averiguar se o paciente sente mesmo o algodão ou percebe a aproximação da mão do examinador Perguntar ao paciente se reconhece o objeto Testar a sensibilidade dolorosa nas mesmas regiões Embebedar o algodão com álcool e Acender o isqueiro por alguns instantes Ao encostar o objeto e perguntar se está frio ou se está quente Ramo motor – palpação do masseter Reflexo corneopalpebral Com o olho aberto encostar o algodão na córnea Verificar se o paciente apresenta o reflexo, fechando os olhos Realizar em ambos olhos VI Abducente Inervação MEE: m Reto Lateral VII Facial Inervação Dor Visceral: Parte anterior das cavidades nasais + Face superior do palato mole Gustação: 2/3 Anteriores da língua SNA – ML: Glândulas Lacrimal, Submandibular, Sublingual MEE – mm da face Paralisia Facial Central Acometimento não ocorre no quadrante superior da testa. Há uma dificuldade de baixar a pálpebra superior –leve lagoftalmia Periférica Lagoftalmia mais grave com ulceração da córnea Para diferenciar da central, pedir para que enrugue a testa. O enrugamento deixará de ocorrer na periférica. Causas: herpes zoster, mudanças abruptas de temperatura e citomegalovírus. Fatores de risco: DM II e gravidez. VIII Vestibulococlear Inervação Equilíbrio e Audição Alterações auditivas Sintoma deficitário: Hipoacusia Sintomas de estimulação: Hiperacusia, Zumbido e Alucinações Zumbido – sintoma irritativo Zumbido ↔ Déficit auditivo Zumbido + Alucinação ← Focos corticais Zumbido + Hiperacusia ← Paralisia facial periférica ↓Acuidade por transmissão aérea Tamponamento por cerume, Otosclerose Lesão do ramo coclear ← Rubéola, Neurinoma, Intoxicação medicamentosa e Sd de Menière Acometimento do ramo vestibular Sintomas: Vertigem + Náuseas + Vômitos + Desequilíbrio Labirintite É uma inflamação no labirinto – pós-vital e pós-infecção Vertigem + Zumbido + Nistagmo + Náuseas e Vômitos + Fotofobia + Cefaleia Vertigem: Crise aguda Longa duração: 2 a 3 dias Intensa e não-intermitente Fim gradual Não há fator de melhora Síndrome de Menière Tríade: Vertigem + Zumbido + Hipoacusia progressiva 2 ou + crises vertiginosas com duração mínima de 20 min e máxima de 10 horas Vertigem: Intermitente Piora da audição a cada crise Exame físico Ramo coclear Diminuição gradativa da intensidade da voz natural Cochichar atrás do paciente Fricção dos dedos atrás do paciente Ruídos baixos como tic-tac do relógio Manobra de Weber – condução óssea Manobra de Rinne – condução aérea Rinne negativo: Quando a transmissão no osso mastoide for maior que transmissão aérea, é um indício de que há deficiência auditiva na condução Audiometria – teste de maior sensibilidade Cabine acústica + fone de ouvido Audiometria tonal – tons puros: via aérea comum ou via óssea (osso mastoide) Audiometria vocal – compreensão da voz humana Imitanciometria (ou Impedanciometria) – Reflexo estapédico + Timpanometria Sonda é posicionada na entrada do conduto auditivo externo Timpanometria: Avalia a condutância sonora das orelhas externa e média Reflexo estapédico – orelhas média e interna, nervo auditivo e tronco cerebral Ramo vestibular Marcha Marcha de Babinski-Weill (marcha em estrela) – Labirintite Nistagmo Marcha ebriosa (marcha cerebelar) Teste de Romberg Paciente em posição ortostática, com os pés próximos e não juntos e manter os olhos fechados Posicionar próximo ao paciente para impedir de cair Caso o paciente mantenha-se equilibrado, dar empurrõezinhos em todas as direções para certificar que não há nenhuma alteração Romberg labiríntico: Se o paciente cai para o mesmo lado repetidas vezes, é um indício de disfunção labiríntica Romberg verdadeiro (ou cerebelar): Se o paciente cai a cada momento para um sentido diferente, isto indicará uma provável disfunção cerebelar, é um indício de disfunção cerebelar Nistagmo Avaliar: Frequência (rápido ou lento) Amplitude (amplo ou estreito) Direção (horizontal, vertical e rotacional) Tipo de movimento (pendular – igual em todas as direções/jerk – lento em uma direção e rápido em outra). Objeto deve ficar 15 cm do paciente Prova calórica Estimula-se o labirinto com água quente e água fria Prova rotatória Cadeira Giratória IX Glossofaríngeo Inervação Dor visceral: 1/3 Posterior da língua + Faringe + Úvula palatina + Tonsilas Mecanoceptores: Seio e Corpo Carotídeos Gustação: 1/3 Posterior da língua ML: Glândula Parótida Observação: O exame físico é realizado junto com o de nervo vago X Vago Inervação Dor visceral: Laringe + Traqueia + Esôfago + Vísceras Torácicas e Abdominais SNA – ML: 1/3 inferior do esôfago + Vísceras Torácicas e Abdominais MEE: Palato mole + Faringe + Laringe + 2/3 superiores do Esôfago Anamnese Dificuldade para deglutir (disfagia) – alimentos líquidos Dificuldade para falar (disartria), com voz bitonal ou anasalada. Semiotécnica Palato mole e Úvula – Reflexo palatino Paciente sentado Pedir para abrir a boca e inspecionar palato mole e úvula Pedir ao paciente dizer “A” e “E” por alguns instantes Verificar se há contratura do palato mole e se há elevação simétrica da úvula Faringe – Reflexo nauseoso Com abaixador da língua, tocar os pilares amigdalianos de um lado Verificar se o paciente apresenta ânsia Se não, perguntar ao paciente se sentiu tocando Repetir o processo do outro lado Alterações Sinal da cortina Um lado do palato irá subir e a úvula irá desviar para o mesmo o lado, enquanto o outro ladoo palato encontra-se hipotônico e abaixado. Se ambos os lados estiverem acometidos Ausência do reflexo palatino – úvula e palato mole sem elevação Som anasalado Suspeita de lesão no vago: Alteração de voz Excesso de bocejos Ausência de ânsia, porém há sensibilidade nos pilares amigdalianos XI Acessório Inervação SNA – ML: Vísceras Torácicas MEE: Trapézio + m Esternocleidomastoideo + Palato mole + Faringe + Laringe Lesão Torcicolo contralateral a lesão Semiotécnica Pedir ao paciente elevar um ombro e depois o outro Pedir rotacionar a cabeça para um lado e depois para outro e Lateralização de ambos os lados XII Hipoglosso Inervação MEE – Língua Semiotécnica Avaliar a língua em repouso Protusão da língua Tocar o céu da boca Lesão Presença de fasciculação (tremor) homolateral Língua pende para lado lesado Dentro da boca, fica desviado contralateralmente Investigação da Morte Encefálica Como ocorre? Suspeita de morte encefálica → Coma grau III (Escala de Glasgow) Deve excluir a possibilidade de: Hipotermia, Hipotensão grave, Uso de drogas sedativas, Distúrbio grave do equilíbrio ácido-básico, Distúrbio grave hidroeletrolítico A confirmação da morte encefálica deve ser feita por 2 médicos diferentes – um deles sendo neurologista/neurocirurgião – em plantões diferentes (intervalo>24h) Deve haver ausência de todos os reflexos do tronco encefálico É necessário exame complementar confirmatório: Pode ser exame de fluxo, atividade elétrica ou metabolismo do cérebro Exemplos: Eletroencefalograma, Doppler Transcraniano, SPECT (fluxo e perfusão cerebral) e Potenciais Evocados Tronco Encefálico Reflexo fotomotor II e III pares Midríase paralítica Reflexo córneo-palpebral V e VII pares Reflexo naseoso IX e X pares Reflexo de tosse IX e X pares Reflexo óculo-céfalico (olhos de boneca) VIII par Verificar se não há nenhum trauma raquimedular cervical Rotação a cabeça 90° para cada lado e no plano vertical Verificar se os olhos não movimentam contralateralmente ao movimento Repetir no outro lado Reflexo oculovestibular – prova calórica VIII, III, VI pares Realizar a otoscopia e verificar se obstrução ou perfuração Com a cabeceira a 30° instilar 50 ml de soro gelado (próximo a 0°C) ao longo de um minuto Observar por até 1 minuto após, se não há nistagmo Aguardar 5 minutos antes de testar outro lado Teste da apneia Ventilar o paciente por cerca de 10 minutos com FiO2 de 100% (atingir PaO2 ≥ 200 mmHg) Desconectar do respirador (manter cânula de O2 na Carina com fluxo 6 L/min) Observar movimentos respiratórios (se possível ventilômetro acoplado) por até 10 minutos ou pCO2 ≥ 55 mmHg Verificar se há apneia Anamnese Neurológica Objetivo: Localizar a lesão História Clínica Evolução Quadros agudos Doença cerebrovascular – AVC Processos infecciosos – meningite e encefalite Quadros progressivos Doenças neurodegenerativas – ELA (Esclerose lateral amiotrófica – doença desmielinizante), doença de Parkinson, doença de Alzheimer, Esclerose Múltipla Neoplasias Quadros paroxísticos Epilepsia, Enxaquecas Idade Crianças e adolescentes Doenças inflamatórias do SNC Adultos jovens Doenças desmielinizantes A partir da 4ª década: Doenças cerebrovasculares Neoplasias Trauma craniano Fratura de Base do crânio Sinal de Guaxinim: Equimose bilateral e bipalpebral Rinorreia e Otorreia – perda de LCR Licorreia e Otorragia – hemorragia Equimose tardia no processo mastoide Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (80%) Causas: 80% → Hipertensão Arterial 20% → Trombo embólicos – trombos do coração E, aorta ou carótidas Hemorrágico (20%) Tipos: Intraparenquimatoso Subaracnoide (15%) Subdural Epidural Principal causa: Má formação arteriovenosa → Aneurismas Congênita Desencadeada por aterosclerose Hipertensão Rompimento de vaso ← uso abusivo de drogas, álcool, exercício intenso ou pico hipertensivo Localização da lesão Sistema nervoso Central Córtex Causa da Lesão: AVC Perda sensitiva – contralateral ↓Força de tônus – contralateral ↑Reflexos tendinosos profundos – Hiperreflexia Tronco Cerebral Causa de Lesão: AVE, tumor Déficit motor associado aos pares cranianos Geralmente, sem alterações dos reflexos sensitivos ↑Reflexos tendinosos Medula Causa de Lesão: Trauma raquimedular ↓Força de tônus – geralmente bilateral Altura da lesão/trauma Nervos espinais: 8 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígea. Coluna vertebral – 33 vértebras: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais, 4 coccígeas. Os Processos Espinhosos são projeções posteriores das vértebras. C2 até T10 → soma-se +2 ao processo espinhoso → resulta no segmento medular correspondente Processos espinhosos das vértebras T11 e T12 → correspondem os cinco segmentos lombares Processo espinhoso de L1 → corresponde os cinco segmentos sacrais Déficit Sensitivo – bilateral – segundo Dermátomo T4: Altura dos mamilos T7: Apêndice Xifoide T10: Cicatriz Umbilical T12: Região Púbica Hiperreflexia Núcleos da base Causas: Desmielinização, inflamação e compressão Doença de Parkinson Bradicinesia Rigidez Tremor fino Marcha parkinsoniana Sem alterações sensitivas ↑Reflexos tendinosos Cerebelo Causas: AVE, inflamação e desmielinização ↓Tônus da musculatura – hipotonia Ataxia Marcha cerebelar Movimentos anormais Nistagmo Disdiadococinesia Dismetria Sistema Nervoso Periférico Corno anterior Causas: Poliomelite, Esclerose Bilateral amiotrófica Perda de reflexo Perda da força de tônus Atrofia segmentar Fasciculação Não há alterações na sensibilidade Raízes e Nervos Espinais Causa: Hérnia de disco, Doenças degenerativas da coluna Perda da força de tônus Atrofia Parestesia Perda da sensibilidade ↓Reflexos tendinosos Lombociatalgia Dor irradiada – coluna até a face medial da coxa Posição antálgica ← Dor na palpação e na movimentação Multinervos periféricos Causa: Polineuropatia ← DM, neuropatia alcoólica Perda da força de tônus Atrofia Déficit sensitivo: Manifestações distais → proximais (lesões em bota e luva) Perda de reflexos Junção neuromuscular Causa: Miastenia Gravis – progressiva Fatigabilidade Ptose palpebral ↔ diplopia Acometimento apendicular – proximal e assimétrico Fase final: limitação respiratória Músculo Causas: Trauma, Distrofia Muscular de Duchannes e Distrofia Muscular de Becker Paralisia proximal → distal Sem alterações na sensibilidade Reflexos inalterados ou ↓ Interrogatório Complementar Cefaleia Tontura/Vertigem Nistagmo Síncope/Lipotímia Distúrbios da consciência (obnubilação, coma) Distúrbios da motricidade voluntária e da sensibilidade (paresias, paralisias, parestesias, anestesias) Movimentos involuntários Convulsões Distúrbios das funções cerebrais superiores (dislalia, disartria, disritmolalia, dislexia, disgrafia, afasias) Transtornos de memória Cefaleia Cefaleia Tensional Tipo: Em peso/Aperto Simulando uma faixa ou capacete apertado em volta da cabeça Nunca pulsátil Localização: Bilateral Fronte, Nuca e Topo da cabeça Intensidade: Leve a Moderada Duração: Horas até 7 dias Frequência: Variável Fenômenos que acompanham: Não há Às vezes apenas Fonofobia (Intolerância à ruídos) Fatores de melhora Atividade física ou Relaxamento Cefaleia em salvas Localização: Unilateral Região orbicular Ocasionalmente – Fronte, Têmpora e Face Intensidade: Muito elevada Duração: 15min a 3h Frequência: 1 a 8x ao dia Pode acordar o paciente no meio da noite 2 a 4 meses ao ano Fenômenos que acompanham: Vermelhidão ocular, Lacrimejamento e Entupimento nasal (às vezes com corrimento nasal) do mesmo lado da dor. Geralmente crônica Hemicrânia paroxística Tipo: Pulsátil/Em salvas Localização: Unilateral Região orbicular, Fronte, Região Temporal, Região Maxilar Intensidade: Moderada a Severa Início: Geralmente aos 30 anos Duração: 5 a 45 min Frequência: 7 a 22x ao dia Fenômenos que acompanham: Fenômenos vasomotores faciais Obstrução nasal, Rinorreia, Lacrimejamento,Vermelhidão ocular Enxaqueca Tipo: Pulsátil/Latejante (podendo ser em pressão ou aperto) Localização: Unilateral/Bilateral Fronte e Têmpora Intensidade: Moderada a Severa Início: Leve e progressiva Duração: média de 4h a 72 h Irradiação Fenômenos que acompanham: Náuseas e Vômitos Fotofobia e Fonofobia Paresia (dormência e/ou ↓força muscular) em uma parte do corpo Aura – pontos brilhantes no campo de visão Fatores de piora Esforços ou Atividades físicas Geralmente é incapacitante Distúrbios da motricidade voluntária e da sensibilidade Paresia: - Disfunção ou interrupção dos movimentos de membros - Um ou mais membros – superiores, inferiores ou ambos - Motricidade se apresenta apenas num padrão abaixo do normal – força muscular, precisão do movimento, amplitude do movimento e a resistência muscular localizada. Paralisia: - Estado ou situação de imobilidade - Sistema nervoso central deixa de transmitir impulsos para a ativação muscular - Sede do distúrbio – encéfalo, medula ou nervos periféricos. - Poliomielite: Paralisa completa dos músculos das pernas; Músculos mostram-se relaxados e fracos; Sede da perturbação – nervos ligado ao músculo. Parestesia: - Sensações cutâneas subjetivas de formigamento – vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação. - Podem ocorrer pelo rompimento das terminações nervosas. - Responde por alteração na sensibilidade. Anestesia: - Sensibilidade (incluindo a dor) bloqueada ou temporariamente removida Exame físico Neuropsicológico Funções Cognitivas (Corticais) Memória global Capacidade de cálculo e Pensamento lógico Capacidade de julgamento Compreensão e expressão do pensamento (fala, escrita, leitura) Capacidade de abstração Orientação temporal e espacial Capacidade de interação adequada com o meio Manifestação coerente de emoções Consciência Conceito Estado em que o indivíduo está consciente de si mesmo e do ambiente É conhecedor das circunstâncias que estão relacionados consigo mesmo: Tempo, Espaço, Pessoas e Fatos Classificação Estado de Virgília Percepção consciente do mundo exterior e de si Resultante de diversas áreas cerebrais coordenadas pelo sistema reticulotalâmico Obnubilado: Distúrbios de ideação – Confusão Mental Perda da orientação no tempo e no espaço Entre o Estado de Virgília e Comprometimento da consciência Coma Escala de Coma de Glasglow Glasglow <8: Risco de Paralisia Repiratória → Intubação Paciente Intubado: Glasglow=10 Paciente Afásico: Glasglow=9 Quando a pontuação for inferior ou igual 8, faz-se necessário a avaliação dos demais parâmetros: Pupilas Diâmetro, Simetria, Reflexo fotomotor Motricidade ocular (III, IV, VI pares cranianos) Movimentos oculares espontâneos; Manobra dos olhos de boneca Manobra vestíbulo-ocular; Reflexo córneopalpebral; Pálpebras Padrão respiratório Padrão motor Atitudes no leito Rigidez de Decorticação MMII → Rotação interna e extensão; MMSS: Adução + Flexão dos braços, dos punhos e dedos AVCs isquêmicos grandes Rigidez de descerebração Dentes cerrados, Braços estendidos, rígidos e hiperpronados; MMII estendidos Meningite Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) - Avalia funções cognitivas específicas: Orientação temporal Orientação espacial Registro de três palavras Atenção e cálculo Recordação das três palavras Linguagem Capacidade construtiva visual Motricidade Voluntária Movimentos dos membros, tronco, cabeça, face Força muscular + Velocidade dos movimentos Manobras deficitárias Mingazzini Barré Braços estendidos Raimiste Coordenação dos movimentos – olhos abertos e fechados Index-nariz Index-índex Calcanhar-joelho Tocar mão do médico com o pé Movimentos alternados Dismetria. Dissinergias – manobras de Babinsky Sentar-se no leito Inclinação do tronco Prova da cadeira Diadococinesia. Passiva Tônus muscular: Hipertonia/Hipotonia Inspeção Palpação Movimentação Balanço passivos Automática Marcha Palavra Mímica Deglutição Mastigação Respiração Involuntária Espontânea: Hipercinesias Coréias Atetoses Torções Balismos Mioclonias Tiques Espasmos Câimbras Convulsões Reflexa: Reflexos clônicos Profundos Superficiais Reflexos Tônicos Cervicais De postura Clono e Trepidações epileptóides. Automatismos Beliscamento do dorso do pé Flexão forçada dos artelhos Percussões repetidas Sincenesias Globas De imitação De coordenação Semiotécnica Movimento espontâneo – avalia movimentos de membros, tronco, cabeça Movimentação contra resistência – avalia força muscular Manobras específicas Força muscular Intensidade Grau V – 100% Força normal Grau IV – 75% Movimentação completa contra a gravidade e contra resistência aplicada, mas com ↓força muscular Grau III – 50% Consegue vencer a força da gravidade Grau II – 25% Não vence a gravidade (movimentos de lateralização) Grau I – 10% Esboço de contração muscular Grau 0 – 0% Paralisia total (plegia) Distúrbios (Mono)paresia/plegia (Para)paresia/plegia (Hemi)paresia/plegia Completa/Incompleta Proporcionada Desproporcionada Predomínio braquial Predomínio crural (Tetra)paresia/plegia (Di)paresia/plegia Tônus Muscular Sinal da roda denteada – Parkinson – hipertonia plástica Sinal do canivete – Sd Piramidal – hipertonia espástica Lesões musculares/motoneurônio inferior e Sd cerebelares – hipotonia Inspeção Verificar se há achatamento das massas musculares Verificar a simetria Palpação Músculo relaxado Verificar: Atrofia/Hipertrofia/Hipotrofia Consistência da musculatura Lesões motoras centrais: ↑Consistência Lesões motoras periféricas: ↓Consistência Movimentos passivos Flexão e extensão Resistência: ↑Tônus ↑Passividade: ↓Tônus Extensibilidade: Normal, ↑ ou ↓ Balanço passivo Balanço do antebraço do paciente Exagerado: Hipotonia Reduzido: Hipertonia Manobras deficitárias Mingazzini MMII Colocar o paciente em Decúbito Dorsal, com as coxas e as pernas fletidas em 90° Pedir para que permaneça nessa posição por 2 min Os olhos devem manter-se fechados Mingazzini positivo: Paciente não consegue manter-se nessa posição – cair ou oscilar Déficit na perna → Quadríceps Déficit na coxa → Psoas MMSS – ou Manobra dos braços estendidos O paciente na posição sentada ou em pé MMSS estendidos → mão pronada → afastar os dedos Solicitar que permaneça nessa posição (2 min) e manter os olhos fechados Mingazzini positivo: Membro parético oscilará e abaixará de forma lenta e progressiva Barré Colocar paciente em decúbito ventral e pedir para fletir as pernas sobre as coxas, num ângulo de 90°. Solicitar que permaneça nessa posição (2 min) e manter os olhos fechados Barré positivo: Déficit distal Raimiste Colocar paciente em decúbito dorsal com antebraço fletido a 90° Raimiste positivo: Queda do punho - “mão em gota” Coordenação de movimentos Index-nariz Colocar o paciente sentado ou em pé com o membro superior estendido lateralmente Solicitar que o paciente toque a ponta do nariz com o indicador Repete-se x3 a prova primeiramente com os olhos abertos, depois, com os olhos fechados Calcanhar-joelho Colocar o paciente em decúbito dorsal Solicitar que o paciente toque o calcanhar no joelho Primeiro, com olhos abertos, depois, com os olhos fechados Movimentos alternados Movimentos rápidos e alternados: Abrir e fechar a mão Supinação e pronação da mão Extensão e Flexão dos pés ... Manobras de Babinsky - Investiga-se asinergia entre a musculatura do tronco e dos membros inferiores Inclinação do tronco Inclinar a cabeça e o tronco fortemente para trás Doente: não realiza o movimento Indivíduo normal: Movimento compensador de dobrar os joelhos e, em consequência, tende a cair Prova da cadeira Inclinar para trás, de surpresa, a cadeira onde esteja sentado o paciente Resposta normal: Indivíduo realiza o movimento compensador da curvatura do tronco para frente Sentar-se no leito Paciente em decúbito dorsal e de braços cruzados Pedir ao paciente para tentarsentar-se no leito Doente: não conseguirá realizar o movimento, produzindo, então, a flexão das coxas e a elevação dos pés Marcha Marcha Parkinsoniana (Festinante) Causas: Doença de Parkinson Múltiplos infartos cerebrais Características: Flexão do tronco para frente Ausência de movimento dos braços Passos curtos e lentos Marcha Vestibular (Em Estrela) Causas: Labirintopatias Ototoxicidade por medicamentos Características: Base alargada Desvio para o lado da lesão Piora do desequilíbrio de olhos fechados Marcha Cerebelar (Ebriosa) Causas: Etilismo Lesão cerebelar Características: Base alargada Desvios laterais Marcha Hemiparética (Ceifante/Helicópode) Causa: Sindrome Piramidal Características: Joelho estendido Circundação do membro inferior MMSS abduzido com flexão de cotovelo, punho e mãos Marcha Tabética (Magnética) Causas: Compressões posteriores da medula/Lesão do corno posterior da medula Mielopatia Cervical Doença de Alzheimer Demência Frontotemporal Doença de Binswanger Características: Base alargada Pés grudados no chão Marcha Anserina (Pato) Causas: Gestação Abdome Globoso Características: Base alargada Lordose lombar exagerada Rotação exagerada da pelve a cada passo Marcha de pequenos passos Causas: Atrofia cortical da senilidade Paralisia pseudobulbar Marcha em Tesoura/Espástica Causa: Doença do neurônio motor Características: MMII estendidos Circundação e cruzamento dos MMII Flexão plantar do pé – arraste anterior Marcha escarvante Causas: Paralisia do movimento de flexão dorsal do pé Característica: Toca a ponta do pé antes do calcanhar Pode tropeçar, portanto levanta acentuadamente o membro inferior Reflexos Reflexos Superficiais São primitivos e podem indicar lesões piramidais Reflexo cutâneo-plantar Sinal de Babinsky – lesão do trato corticospinal ou até 1 ano de idade Reflexo cutâneo-abdominal Inervação: T6 a T12 Obtido pelo estímulo da parede do abdome com objeto aplicado em sentido látero-medial Regiões: Epigástrica, Mesogástrica e Hipogástrica Resposta normal: Esboço de Contração homolateral dos músculos abdominais, com desvio da linha alba e da cicatriz umbilical Síndrome piramidal: abolida nas 3 regiões Reflexo de Oppenheim Atrito sobre a crista da tíbia, em direção descendente Verificar sinal de Babinsky Reflexo Cremastérico Inervação: L1 Paciente em decúbito dorsal com os membros inferiores em extensão e abdução Estimula-se a face interna da coxa no seu 1/3 superior Resposta normal: contração do músculo cremaster e elevação do testículo homolateral Reflexo de Hoffmann O examinador apoia a falange média do dedo médio do paciente, flexiona a falange distal e o solta bruscamente. Resposta positiva (anormal): Flexão do polegar e dos demais dedos. Ocorre em: Lesão piramidal, Hiperreflexia tendinosa difusa Reflexos Profundos Reflexo aquiliano Inervação: n tibial – L5 a S2 Ação: Tríceps sural Paciente de joelhos sobre uma cadeira e com os pés para fora do assento Paciente sentado e as pernas pendentes Com o martelo, percutir o tendão do calcâneo Resposta: Flexão plantar do pé Reflexo patelar Inervação: n femoral – L2 a L4 Ação: Quadríceps femural Paciente sentado com as pernas pendentes ou com uma das pernas cruzadas sobre o joelho oposto Paciente deitado em decúbito dorsal com joelho semifletido e apoiado na mão do examinador Percurtir com o martelo o tendão da patela junto à articulação do joelho Resposta: contração do músculo quadríceps femural com extensão da perna Reflexo estilorradial Inervação: n radial – C5 a C6 Ação: Músculos flexores da mão e dedo Antebraço em flexão sobre o braço e o punho sobre a mão do examinador Percutir o martelo sobre apófise estilóide do rádio Resposta: contração do músculo braquiorradial com flexão e supinação do antebraço Reflexo bicipital Inervação: n músculocutâneo – C5 a C6 Ação: Bíceps Antebraço apoiado e em semiflexão, mão em supinação Percute-se o tendão do bíceps na dobra do cotovelo com interposição do polegar do examinador Resposta: Esboço de contração do bíceps e consequente flexão e supinação do antebraço Reflexo tricipital Inervação: n radial – C7 a C8 Ação: Tríceps Braço em abdução e sustentado pela mão do examinador, deixa-se cair o antebraço em ângulo reto com o braço Percutir o tendão distal do tríceps Resposta: Esboço de contração do tríceps, com extensão do antebraço Reflexo cubito pronador Inervação: C6 a T1 Antebraço em semiflexão e apoiado sobre a mão do examinador Percutir do processo estilóide da ulna Resposta: Esboço de contração dos pronadores, com consequente pronação da mão. Sensibilidade Cuidado: Não segurar o membro do paciente enquanto testa a sensibilidade Sensibilidade Superficial Tátil Instrumento: Algodão seco/Gaze/Pincel/Cotonete/Espátula Paciente com olhos fechados Comparar com a região homóloga Presença de mancha: Tocar em volta da mancha e medir as diferenças de sensibilidade Térmica Instrumentos: Algodão embebido com álcool e Fósforo apagado recentemente Perguntar ao paciente se está quente ou se está frio Dolorosa Instrumento: Alfinete ou Espátula quebrada Locais: ramos do trigêmeo, braço, cotovelo e mão Sensibilidade profunda Sensibilidade Pressórica Técnica: Compressão em pinça/Digito pressão Local: Osso/Tendão Sensibilidade Vibratória Técnica: Vibração do diapasão Osso/Músculo/Tendão Sensibilidade Cinético Postura Movimentos repetitivos de extensão e flexão Parar em extensão/Flexão e perguntar a situação que está o membro Dor profunda Aplicar em pacientes inconscientes – Escala de Glasglow Estímulo doloroso → Abertura ocular, Reflexo de retirada Rigidez de Decorticação/Descerebração → mudança de posição Exercer pressão com a articulação do dedo no esterno do paciente – técnica normalmente utilizada em pacientes alcoolizados. Equilíbrio Equilíbrio estático Teste de Romberg Equilíbrio dinâmico Marcha do paciente com os olhos fechados Sinais de Irritação Meníngea e Radicular Irritação meníngea Rigidez de nuca Resistência à flexão passiva do pescoço do paciente, que se encontra em decúbito dorsal. Sinal de Brudzinski Ao se tentar fletir passivamente o pescoço, ocorre semiflexão das coxas e das pernas, além da rigidez da nuca. Sinal de Kernig Coxa em 90° em relação ao tronco e perna a 90° em relação à coxa Kernig positivo: impossibilidade de permitir a extensão passiva das pernas devido à dor Esses achados clínicos ocorrem devido à tentativa de evitar a tração da meninge Patologia: Meningite Irritação radicular Sinal de Lasègue Colocar o paciente em decúbito dorsal Manter o joelho do paciente estendido Elevar passivamente o membro inferior Verificar se há dor lombar irradiada para a face posterior do membro inferior Resumo Nervos cranianos Morte encefálica Fotomotor Córneopalpebral Nauseoso Tosse Óculo-cefálico (olhos de boneca) Oculovestibular Teste de apneia Sistema Piramidal – neurônio motor superior Córtex Cápsula interna Tronco cerebral Medula – corno anterior Sistema extrapiramidal Núcleos da base Cerebelo Neurônio motor inferior Medula – corno anterior Raízes e nervos espinais Nervos periféricos Junção neuromuscular Cefaleia Tensional Em salvas Hemicrânia paroxística Enxaqueca Exame neuropsicológico Nível de consciência Escala de Glasglow Atitudes no leito Mini-Exame do Estado Mental Motricidade Força muscular Tônus muscular Manobras deficitárias Mingazzini Barré Braços estendidos Raimiste Coordenação de movimentos Manobras de babinsky Diadococinesia Reflexos superficiais Sinal de babinsky Cutâneo-plantar Oppenheim Gordon Chaddock Cutâneo-abdominal Cremastérico Hoffman Reflexos profundos Aquiliano Patelar Estilorradial Bicipital Tricipital Cúbito-pronador Sensibilidade superficial Tátil Térmica Dolorosa Sensibilidade profunda Pressórica Vibratória Cinético-postural Dor profunda Marcha Parkinsoniana Vestibular Cerebelar Ceifante MagnéticaAnserina Pequenos passos Em tesoura Escarvante Irritação meníngea Irritação radicular
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