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Definição conforme a Profa. Maria Sylvia Zanella di Pietro: “Ação Popular é a ação civil pela qual qualquer cidadão pode pleitear a invalidação de atos praticados pelo poder público ou entidades de que participe, lesivos ao patrimônio público, ao meio ambiente, à moralidade administrativa ou ao patrimônio histórico e cultural, bem como a condenação por perdas e danos dos responsáveis pela lesão.”
Objeto e finalidade
O principal objetivo pleiteado com a propositura da ação popular é o combate ao ato ilegal ou imoral, lesivo ao patrimônio público. Tal como originariamente previsto na Lei 4.717/65. Entretanto, com o advento da Constituição de 1988, o objeto da ação popular foi sobremaneira ampliado. Atingindo não só o ato lesivo ao patrimônio público somente, mas também todos os atos lesivos a moralidade administrativa, ao meio ambiente, patrimônio histórico e cultural.
Portanto, temos que a ação popular em princípio visa a dois objetivos máximos: 
a) anular o ato lesivo; 
b) restituir aos cofres públicos os bens ou valores lesados e reparar o dano causado. 
Quanto às lesões ao meio ambiente e patrimônios histórico e cultural, a reparação logicamente deverá levar em conta os danos causados. Restituindo-se quando possível o patrimônio lesado ao estado anterior com a consequente reparação destes danos, em favor do Estado, em caso de impossibilidade de reversão.
Outrossim, cumpre esclarecer que nem todos os atos estatais estão sujeitos a ação popular. É incabível a ação popular contra lei, e ato tipicamente judicial. Tendo em vista que estes últimos já se encontram sujeitos ao controle mediante o duplo grau de jurisdição, constitucionalmente previsto. Isto não significa que atos e resoluções oriundas do Poder Judiciário, de caráter meramente administrativo não estão sujeitas a ação popular. O que se exclui são os atos jurisdicionais típicos.
Existem duas formas de legitimidade, sendo a Ativa e Passiva:
Ativa: Encontramos a previsão do legitimado ativo para ação popular logo no Art. 1o da Lei 4.717/65, legitimação esta repetida no inc. LXXIII da Constituição de 1988. Encontra-se expresso nestes dispositivos que o legitimado ativo para ação popular será qualquer cidadão. Com isso fica expresso que qualquer cidadão será a parte legítima, restando definir o conceito de cidadão, sendo o este o que encontra-se em gozo de seus Direitos Políticos. Devendo o mesmo comprovar este fato mediante a apresentação do título eleitoral quando da propositura da ação.
Fato peculiar quanto a legitimidade ativa ser concedida ao eleitor no gozo de seus direitos políticos, se dá pela possibilidade do maior de 16 anos e menor de 21 anos ser parte legítima para propositura da ação. Embora não tenha capacidade civil nem penal (maiores de 16 anos e menores de 18 anos). Não necessitando nem mesmo de assistência para exercer seu direito, posto que, conforme ensinamento de Alexandre de Moraes se trata de direito político, como o voto, portanto não necessitando de assistência para propositura da ação.
Passiva: Em primeiro lugar temos as pessoas jurídicas, públicas ou privadas, ou entidade de que o Poder Público participe. É de se ressaltar que Constituição Federal de 1988 ampliou esse conceito. A qual exige como único requisito para legitimação a simples participação do Poder Público na pessoa jurídica ou entidade. Portanto, presente, mesmo que limitadamente, o Poder Público na entidade ou quadro da Pessoa Jurídica, automaticamente estará esta legitimada para figurar no pólo passivo da ação popular.
A segunda categoria dos legitimados passivos da ação popular é a dos administradores ou funcionários das pessoas jurídicas ou entidades de que o Poder Público faça parte. Que de alguma forma houverem aprovado, ratificado, autorizado ou praticado diretamente o ato lesivo impugnado. Sendo que inclusive a omissão destes caracteriza o ato lesivo, legitimando a propositura da ação.

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