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CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO DE URINÁLISES 1 1 CONTROLE DE QUALIDADE Na rotina de qualquer laboratório clínico, todo o possível deve ser feito para evitar erros nos resultados obtidos. Então, todos os processos de exames não podem sofrer perda de estabilidade evitando a possibilidade da ocorrência desses erros. Para conhecer e atuar sobre a correção de erros sistemáticos e aleatórios, é necessário realizar um processo de controle interno de qualidade. 2 CONTROLE DE QUALIDADE De acordo com as finalidades do Laboratório, deve-se sempre ter o cuidado para: Capacitar os alunos a realizar e interpretar os exames laboratoriais da urina, além de incentivá-los à prática do controle de qualidade visando autocorreções quando estas se fizerem necessárias. 3 CONTROLE DE QUALIDADE De forma geral, as análises na urina são exames não invasivos, permitindo estudo de diversas patologias, principalmente as relacionadas ao sistema renal. Se o exame é bem realizado e devidamente interpretado, auxilia no diagnóstico, no tratamento e no monitoramento de patologias que, em caso contrário, evoluem para uma insuficiência renal. 4 CONTROLE DE QUALIDADE O monitoramento dos parâmetros da urina deve ser realizado de forma eficiente e constante. A preocupação com esse controle não ser restrita apenas a glicose, proteínas e alguns íons, mas a uma variedade cada vez maior de outros parâmetros para uma melhor avaliação do paciente. Assim, o laboratório deve estabelecer padrões de avaliação e conservação da urina, garantindo que os resultados liberados, sejam compatíveis com a situação do paciente. 5 CONTROLE DE QUALIDADE Todo exame de laboratório tem as fases pré-analítica, analítica e pós-analítica. Em relação às amostras urinárias, a fase pré-analítica é cada vez mais considerada. Devido a quê? O ponto mais sensível a erros nas análises das amostras urinárias ocorre pela elevada labilidade do material e a coleta ser realizada sem acompanhamento do laboratório. 6 CONTROLE DE QUALIDADE Pela facilidade com que os erros ocorrem , a credibilidade dos exames de urina sempre é contestada. O desenvolvimento de modernas técnicas resgatou a uroanálise na rotina e a sua popularidade é por características únicas das amostras urinárias: É de obtenção rápida, coleta fácil e a análise informa sobre principais funções metabólicas com exames de baixo custo e simplicidade das análises 7 CONTROLE DE QUALIDADE Estas características favorecem a medicina preventiva e a redução dos custos: É um meio barato de examinar um grande número de pessoas para a detecção de doenças renais, o início assintomático de doenças como o D. mellitus e hepatopatias, podendo ser um método altamente valioso de triagem metabólica. 8 CONTROLE DE QUALIDADE Mas esta facilidade, desde a coleta considerada “de fácil obtenção” e a simplicidade dos procedimentos, pode acarretar um certo relaxamento dos padrões de qualidade e, deve-se ter atenção para que os exames sejam realizados de forma eficiente, desde a garantia de que a amostra recebida é adequada e o resultado liberado seja livre de interferentes. 9 CONTROLE DE QUALIDADE E isto pode ocorrer perfeitamente, havendo uma orientação clara ao paciente sobre o procedimento adequado de coleta, bem como sua correta conservação* ou processamento no tempo especificado. Além dos cuidados pré-analíticos, deve-se ter uma constante atenção para as unidades de medida em que os exames são avaliados, pois geralmente estão envolvidos pré-diluições e correções quanto ao volume de urina coletado. 10 CONTROLE DE QUALIDADE Podemos destacar na fase analítica: Qual a situação da maioria dos laboratórios atuais? Quem conhece um Laboratório de Análises Clínicas, pode observar que a pior sala do laboratório, os piores microscópios e as piores lâminas são destinados aos setores de Urinálises e Parasitologia. 11 CONTROLE DE QUALIDADE Destacamos ainda alguns aspectos importantes no controle em exames de urina: Identificação da Amostra - um dos erros mais comuns é por troca de amostras não identificadas. Manipulação da Amostra - dependendo do tipo de análise a ser realizado. 12 CONTROLE DE QUALIDADE Uso de Controle + e -: para saber da importância dos exames de urina na maioria dos laboratórios, basta verificar a falta de interesse no uso dos controles. Um método simples de iniciar um programa de controle diário é guardar amostras alteradas reconhecidamente como controles positivos e normais como controles negativos. Com verificação constante e criteriosa de aparelhos, como balanças, microscópios, centrífugas, tiras, reagentes, etc., melhora-se a qualidade dos resultados significativamente. 13 CONTROLE DE QUALIDADE “Todo laboratório deve manter um programa de controle interno de qualidade que defina claramente os objetivos, procedimentos, normas e critérios para limites de tolerância. Assim a utilização de controles constituídos da mesma matriz do material biológico que se deseja dosar, garante ao laboratório maior segurança na liberação de seus resultados. Simulando os efeitos que a matriz urinária apresenta utilizando o controle adequado, o laboratório poderá discernir no que tange à adaptação de seu sistema analítico, sua calibração e seu desempenho frente ao material urinário.” 14 CONTROLE DE QUALIDADE ERROS POTENCIAIS NA REALIZAÇÃO DE EXAMES A seguir, um resumo dos principais erros ou variações que podem ocorrer nas etapas de realização de exames laboratoriais, desde o pedido médico até a interpretação final: 15 CONTROLE DE QUALIDADE Erros Potenciais na Etapa Pré-Analítica 1. Erros na solicitação do exame: Escrita ilegível, interpretação errada do exame, erro na identificação do paciente, falta de orientação por parte do médico ou do laboratório para determinados exames. 16 CONTROLE DE QUALIDADE Erros Potenciais na Etapa Pré-Analítica 2. Erros na coleta da amostra Identificação errada do paciente, troca de amostras. Paciente não preparado corretamente: falta de jejum, horário da coleta incorreto, tempo de coleta de amostra de urina incorreto. Uso de anticoagulante errado, volume de amostra inadequado para os exames. 17 CONTROLE DE QUALIDADE Erros Potenciais na Etapa Pré-Analítica 2. Erros na coleta da amostra Hemólise e lipemias intensas, estase prolongada. Transporte e armazenamento de amostra incorreto. Contaminação de tubos, frascos, tampas. 18 CONTROLE DE QUALIDADE Erros Potenciais na Etapa Analítica Troca de amostras. Erros de pipetagem: pipetas não aferidas, molhadas, volume incorreto. Vidrarias e recipientes mal lavados. Reagentes e padrões: contaminados, mal conservados, com validade vencida, erros no preparo dos reagentes, concentração errada. 19 CONTROLE DE QUALIDADE Erros Potenciais na Etapa Analítica Presença de interferentes na amostra: medicamentos, lipemia, hemólise, icterícia. Equipamentos: não calibrados, erros no protocolo de automação, cubetas arranhadas, com bolhas de ar, contaminadas com outros reagentes, comprimento de onda incorreto. 20 CONTROLE DE QUALIDADE Erros Potenciais na Etapa Analítica Equipamentos: Erros na fonte de energia (luz), sujeira no sistema ótico do equipamento, ajuste incorreto do zero, instabilidade na leitura fotométrica. Volume de leitura fotométrica insuficiente. 21 CONTROLE DE QUALIDADE Erros Potenciais na Etapa Analítica Temperatura ambiente e da reação não adequadas. Tempo de reação errado. Erros nos cálculos de concentração, nas unidades, não considerar diluições. 22 CONTROLE DE QUALIDADE Erros Potenciais na Etapa Pós-Analitica Identificação errada do paciente, transcrição de dados incorreta, resultado ilegível, unidades erradas, não identificação de substâncias interferentes. Especificidade, sensibilidade e precisão do teste não adequada. Erros na interpretação dos resultados. 23 CONTROLE DE QUALIDADE A rotina de um laboratório clínico é complexa pela multiplicidade de processos distintos e inter-relacionados a serem controlados e pela variedade de matrizes analisadas (sangue, urina, fezes, liquor, líquidos cavitários etc.). Por uma fase pré-analítica envolvendo a qualificação de amostras que dependem do preparo do paciente, da coleta realizada, do acondicionamento das amostras e do transporte. 24 CONTROLE DE QUALIDADE Na etapa analítica, pelos produtos, materiais e serviços qualificados, pelo controle e processamento do material biológico, pela equipe competente, realizando exames em equipamentos em ótimas condições de operação, empregando-se uma tecnologia da informação moderna. Na fase pós-analítica há a relevante correlação clínico laboratorial e a exata interpretação clínica dos resultados. 25 CONTROLE DE QUALIDADE “Os Laboratórios Clínicos devem ter a missão de produzir resultados de exames que sejam de real utilidade para se fazer corretamente o diagnóstico, prognóstico, acompanhar a terapia, evolução e a prevenção de enfermidades.” 26
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