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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
JOYCELINE XAVIER TARGINO FREITAS
DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO EM CARGOS DE CHEFIA 
SÃO JOÃO DE MERITI
2016
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
JOYCELINE XAVIER TARGINO FREITAS
DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO EM CARGOS DE CHEFIA 
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado a Universidade Estácio de Sá, como	requisito parcial para a colação de grau no Curso de Graduação em Administração.
ORIENTADOR: Professor Edgard Lopes Passeri, MSc
SÃO JOÃO DE MERITI 
2016
RESUMO
A inclusão de mulheres no mercado de trabalho e a migração do campo e da cidade favoreceram o enriquecimento dos empresários a partir da industrialização no século XVIII. A descoberta das mulheres pelas organizações trouxe novas concepções: uma mão de obra perfeccionista, atenciosa, e foi neste cenário que surgiu a exploração na qual a mulher passou a se submeter à condições impostas pelas organizações. A consolidação da mulher no mercado de trabalho ocorreu no século XIX, quando boa parte da mão de obra feminina adentrou as fabricas. Desde então começou a luta das mulheres para que seus direitos como cidadãos fossem exercidos. Apesar dos progressos na qualidade e competência profissional feminina nas últimas décadas, ainda podem ser identificados traços do padrão patriarcal. Tal condição se propaga também ao ambiente público, pela desigualdade, não reconhecimento, não qualificação e discriminação da mulher no mercado de trabalho com ênfase no cargo de chefia.
Palavras-chave: Mulher, Mercado de trabalho, Discriminação.
SUMMARY
The inclusion of women in the labor market and the migration of the countryside and the city favored the enrichment of entrepreneurs from industrialization in the eighteenth century. The discovery of women by organizations brought new conceptions: a perfectionist, attentive labor, and it was in this scenario that the exploitation began in which the woman began to submit to the conditions imposed by the organizations. The consolidation of women in the labor market occurred in the nineteenth century, when much of the female labor entered the factories. Since then, the struggle of women has begun for their rights as citizens to be exercised. Despite advances in the quality and professional competence of women in recent decades, traces of the patriarchal pattern can still be identified. Such a condition also spreads to the public environment, inequality, non-recognition, non-qualification and discrimination of women in the labor market with emphasis on the position of leadership.
Key words: Women, Labor market,
SUMÁRIO
Introdução
Objetivo Geral
Objetivo Especifico
INTRODUÇÃO
A razão da escolha deste tema deve-se ao fato de que, nos últimos anos, tem aumentado a consciência de que homens e mulheres vivenciam o mundo do trabalho de forma diferenciada. A discriminação de gênero é um dos fatores que determinam a possibilidade de acesso e permanência no emprego.
A relevância deste estudo advém do preenchimento das lacunas nas empresas brasileiras quanto à relação de gênero no espaço organizacional, assim como as condições de trabalho, incluindo os padrões de remuneração, os direitos e a proteção social a ele associados.
A delimitação desta pesquisa é caracterizada pela ideia de que as relações de gênero exercem um papel na estratificação do mercado de trabalho e que nos estudos sobre o trabalho contribuem também para o entendimento da própria dinâmica e características gerais de configuração desse mercado.
Este contexto instiga a investigação do seguinte problema: Como superar discriminação de gênero no preenchimento de cargos de chefia em uma organização?
Daí verifica-se que o objetivo central desta pesquisa é buscar a condição para uma efetiva igualdade de oportunidades e tratamento entre homens e mulheres no mundo do trabalho. Para tanto, discorre-se sobre os mecanismos de reprodução das desigualdades de gênero no mundo do trabalho, centrados no questionamento da noção da mulher como uma força de trabalho secundária. Essas reflexões visam a dar conta de avanços e desafios em áreas chaves para a promoção da igualdade de gênero no Brasil.
A metodologia do desenvolvimento deste estudo seguirá a taxonomia de uma pesquisa, quanto, aos fins, descritiva, uma vez que se procurará identificar e enunciar as ações gerenciais capazes de superar qualquer tipo de discriminação no preenchimento de cargos de chefia; quanto ao método , será dedutiva, pois se partirá dos princípios gerais da gestão de relações humanas no trabalho para se os aplicar ao caso específico dos pré-requisitos para o preenchimento de cargos de chefia; quanto ao tipo, será, qualitativa, pois a pretensão é superar restrições preconcebidas de gênero no preenchimento de cargos de chefia.
A fundamentação científica deste Artigo será feita via de uma pesquisa, quanto aos meios, literária, pois serão consultadas fontes secundárias representadas por escritos de renomados autores em revistas, livros e sites, sobre a gestão das relações humanas no trabalho; a ela se acrescentará uma pesquisa de campo visando a consolidar na prática as conclusões teóricas anteriormente obtidas.
O roteiro de desenvolvimento do Artigo inicia-se pela configuração de cargos de chefia em suas exigências e pré-requisitos seguida de uma descrição do cenário atual do mercado de trabalho para homens e mulheres. Depois de apurados os dados da pesquisa de campo, responder-se-á ao problema que gerou esta pesquisa demonstrando como superar discriminação de gênero no preenchimento de cargos de chefia em uma organização
Este estudo não tem a pretensão de esgotar o assunto, mas apenas de instigar seu aprofundamento em novas e mais detalhadas pesquisas, nesta ou em outras áreas de conhecimento.
MERCADO DE TRABALHO
 
De acordo com Ferreira (2007) a industrialização surgiu no século XVIII, trazendo um novo panorama a economia mundial, tendo como cenário central a Europa e aos poucos se expandiu a todo o mundo. Segundo Oliveira (2003) a inclusão de mulheres no mercado de trabalho e a imigração do campo e da cidade favoreciam o enriquecimento dos empresários. Sendo assim, a indústria obtinha o lucro pela exploração da classe desfavorecida. Ela vivia em condições de trabalho não regulamentadas que resultou na criação da moderna classe operária.
 A descoberta das mulheres pelas organizações trouxe novas concepções: uma mão de obra fina, perfeccionista, atenciosa e que pela primeira vez enfrentava uma função distinta no mundo do trabalho. Foi neste cenário que surgiu a exploração na qual a mulher passou a se submeter a condições impostas pelas organizações. Cabe ressaltar essa mão de obra não possuía grau de instrução, tampouco conhecimento de mercado, no entanto, havia a necessidade de sustentar sua família.
 A inserção da mulher no mercado de trabalho teve seu início com a primeira e segunda guerras mundiais; os homens participavam e milhares morriam no conflito. Quanto às mulheres ocupavam as funções de trabalho, pois a família precisava ser mantida e a produção deveria continuar.
 À consolidação da mulher no mercado de trabalho ocorreu no século XIX, com o sistema capitalista, com uma grande revolução tecnológica, quando boa parte da mão de obra feminina adentrou as fábricas (PROBST, 2013).
 Segundo a Organização Internacional do Trabalho-OIT (2010), a mulher entrou no mercado de trabalho, mas de forma secundária devido a teoria do patriarcado e pelo fato de o homem ser o provedor do lar. Desse modo, o cenário econômico, o mercado de trabalho, além da ausência dos homens em relação a sua família tornou propícia a inserção da mulher no mundo corporativo de forma complementar. Isso significa que as mulheres passam a ocupar uma funçãode sobrevivência dos membros da família e, ainda favorecer o bem-estar dentro do seio familiar.
 No Brasil, ao longo da década de 1970, a participação da mulher no mercado de trabalho intensificou-se, devido ao contexto de expansão econômica com acelerado processo de industrialização e urbanização. Somente na década de 1990, com a chegada de algumas multinacionais, e junto a isso com o surgimento do conceito de força de trabalho feminina, e do aumento da participação desse segmento no mercado consumidor, a mulher é intitulada como mão de obra diferenciada.
	Desde então começou a luta de algumas mulheres, para que seus direitos como cidadãs fossem exercidos. No Brasil, aconteceram vários movimentos denominados de feministas. Eles tinham como objetivo o reconhecimento, perante a sociedade e autoridades competentes, da mulher como uma categoria capaz de desempenhar tarefas que até então eram somente delegadas aos homens. (PROBST, 2013).
 De acordo com IBGE (2010) apesar dos progressos na qualidade e competência profissional feminina nas últimas décadas, ainda podem ser identificados traços do padrão da corporação patriarcal. Ele coloca a mulher num papel de responsabilidade restrito ao ambiente doméstico. Tal condição se propaga também ao ambiente público pela não qualificação da mulher para o mercado de trabalho.
 Com base neste contexto, o ingresso da mulher no mercado de trabalho ocorreu conforme a necessidade de sua contribuição nos serviços inerente ao ganho financeiro da família. Hoje ao ocupar cargos de chefia é possível identificar que as mulheres, apesar da sua emancipação no mercado, ainda sofrem discriminação pelo fato de serem consideradas “sexo frágil”. 
Convém mencionar que a inserção da mulher no mercado de trabalho foi marcada por barreiras que se intensificam no decorrer dos anos. Mesmo assim, algumas conseguiram superar os obstáculos para além da função de esposa, mãe e do lar, e passa a agregar novas funções que abordaremos no decorrer da discussão.
Desigualdade salarial
 De acordo com os estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( IPEA) divulgados no Portal Brasil, apontam que no período de 2004 a 2014 o rendimento médio mensal das mulheres aumentou de maneira significativa. Isso significa que nas referidas décadas o percentual aumentou de 50% para 61%. Em relação a inserção no mercado de trabalho, as mulheres ultrapassaram de 63% em 2004 para 70% em 2014. Apesar disso, os salários entre os gêneros continuam desiguais, os homens ainda recebem mais do que as mulheres. No ano de 2014, eles a média salarial era de R$ 1.831, quanto as mulheres era de R$1.288.
 Cabe ressaltar, que esta pesquisa foram utilizadas para definir ações do programa Mulher Trabalhadora, criado em março de 2011 pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Este possui como finalidade expandir “a participação e permanência das mulheres no mercado de trabalho, garantindo igualdade de rendimentos e de oportunidades de ascensão”.
 Diante desta situação podemos concluir que a desigualdade entre gêneros está em progresso de igualdade no sentido de buscar uma equiparação entre essas diferenças de salário entre homens e mulheres que é uma realidade no mercado de trabalho.
 Desafios e perspectivas
	Diante de um panorama muitas vezes complicado, mas com vitórias significativas, as mulheres ampliaram em muitas as suas próprias tarefas. E a vida corporativa requer modernização constante. De acordo com Sina (2005), apesar das extravagantes mudanças, nenhuma se compara a reforma feminina, classificada como a Época das Mulheres. Hoje, como destacam Lipovetsky (2000) e Sina (2005), já não são as mulheres que seguem os movimentos mundiais, mas os movimentos é que buscam competência no novo modo de vida redesenhado pela mulher.
	Pode se dizer a implantação da mulher no mercado de trabalho é marcada por grandes conquistas e por obstáculos intensos. Uma das principais vitórias consiste na incorporação da categoria feminina em atividades econômicas que ocasionou a sua autonomia econômica e de diversas decisões e como consequência a capacitação das próprias mulheres. (COELHO, 2011)
A presença especialista dividida com as mulheres tem se mostrado cada vez mais dinâmica ,mais alegre e mais intrigante .Essa troca de pensamento e sentimentos tem se revelado favorável para uma e outra .modifica-se capacidade por engenhosidade ,preciso por inspiração ,restrição por emotividade .De modo mutuo .Fortifico a imposição do conhecimento infinito e as mulheres por natureza ensinam .Em conclusão ,que seja indiferente a sexualidade .Quem almeja uma ocupação de triunfo tem que atribuir-se a partir de agora para o futuro ,uma descrição feminizada. Esta orientação ressalta igualmente para as mulheres que por ventura não sabem seus próprios valores, (JULIO, 2002 P. 136).
	A frente deste contexto podemos dizer que a valorização da mulher no mercado de trabalho começa a ser percebida e admirada, sobretudo pela ocupação feminina em cargos de alto escalão ,como o de chefia .Apesar disso ,ainda hoje ,as mulheres enfrentam inúmeros desafios frente ao sistema econômico onde a maioria dos cargos de gerência e chefia são ocupados pelo gênero masculino.
DISCRIMINAÇÃO
Conceito
	De acordo com Coutinho (2003), o termo discriminar expressa descartar; desigualar; estabelecendo assim, uma desigualdade; não se associar; organizar um ajuntamento de pessoas com característica e costumes diferenciado, como cultura e religião; tratar de forma diferente pessoas ou grupos em decorrência de alguma característica de raça, cor, sexo, etnia e posicionamento social. Sendo assim, é possível articular o sentido desse conceito na discussão relativa à situação de discriminação que mulheres vivenciam em seu cotidiano profissional, nos mais diversos cargos que ocupam nas organizações, sobretudo no de chefia.
Formas 
	
 Existem várias formas de discriminação que devem ser consideradas nesta abordagem: direta e indireta. A primeira declara que ocorrerá a discriminação sempre que um ser humano for tratado de forma menos favorável e, de maneira explicita, pode ser verificado a partir do exame do ato discriminatório. A segunda, por outro lado, ocorre quando acontece condições idênticas de tratamento, pressupondo uma situação preexistente de desigualdade, acentua ou mantém tal quadro de injustiça. O efeito discriminatório aplicado prejudica de maneira desproporcional determinados grupos, ocorrendo uma ação teoricamente neutra, ou seja, resultando na exclusão de pessoas ou grupos sociais. (COUTINHO, 2003).
GÊNERO NO AMBIENTE TRABALHO
Conceito
 Conforme Piscitelli (2009) a expressão gênero descreve a natureza cultural das diferenças entre homens e mulheres, entre os princípios sobre feminilidade e masculinidade.
 Deste modo, pode-se relacionar algumas maneiras de discriminação por gênero que ocorrem nas organizações. Coelho(2006), destaca que existem três (3) padrões fundamentados na discriminação por gênero ou na contestação de conduta entre o homem e a mulher, que esclarecem e especificam os tetos de vidro na coletividade como um conjunto. São eles:
Discriminação por gênero – O empregador-discriminador prefere contratar o homem, para desvantagem da mulher, fundamentado em razões culturais e psicológicas, independentemente do grau de produção entre os dois serem idênticos. Portanto, este padrão cria impedimentos não visíveis baseados num tratamento diferenciado não levando em consideração as habilidades e competências profissionais da mulher.(Becker, 1957);
Discriminação estatística – Este padrão, os funcionários fundamentam-se em um descrédito social, atribuem que a mulher é menos lucrativa que o homem, padrão esse apoiado na discriminação por meio da equiparação entre os gêneros. (Arrow, 1972). Diante disto, Coelho (2006) coloca que as mulheres são desprezadas em favor dos homens, pelos empregadores. 
Discriminaçãomarginal – Neste padrão, as mulheres são discriminadas por serem classificadas mais favoráveis na efetivação de agilidades extra-mercado – como cuidados familiares como criação dos filhos e afazeres domésticos -, atribuindo-se que suas junções empregatícias sejam mais oscilantes, comparando-se com as dos homens. (LazeAr; Rosen, 1990). Nesse sentido, Coelho (2006) avalia que as organizações têm uma concepção discriminatória em inclusão à contratação das mulheres, até mesmo, à ascensão a cargos de chefia (COELHO, 2006).
 Além disso, o ato discriminatório também pode ocorrer nas relações entre os companheiros de trabalho, de algum modo já ouvimos frases como a que o autor escreve “[...] não vou receber ordens de uma mulher [...]” (COELHO, 2006).
 Neste sentido, pode-se dizer que discriminação é um tratamento preconceituoso que decorre de uma afeição, fundada em características pessoais, sociais e culturais. Dessa maneira, tal ato e suas formas tornam-se prejudiciais ao cotidiano das relações sociais e interpessoais entre homens e mulheres existentes nas empresas. É possível verificar os atos discriminatórios desde a contratação de pessoal do gênero feminino até a ocupação dos cargos.
O perfil organizacional
	Segundo Nader(2008) o sistema econômico que se expande devido à industrialização tem seus padrões familiares modificados. Os fenômenos sociais de industrialização e urbanização afetaram os padrões de comportamento, e nosso estudo traz um exemplo contemporâneo dessas mudanças. Até pouco tempo atrás não se tinha conhecimento de mulher exercer um cargo de chefia, e hoje tem-se mulheres primeiras ministras e presidentes.
 De acordo com Pinho (2005), a “identidade feminina”, algo que está fortemente vinculado às diversas modificações sociais ocorridas ao longo da história das sociedades ocidentais, e como a figura feminina foi ganhando uma configuração a partir da expansão dos seus papéis e possibilidades de atuação em outros âmbitos.
	As mulheres estão mostrando serem mais capacitadas em determinadas ações, como competência de articular com os opostos, talento para somar desigualdades, definição, obstinação, influência para incorporar valor e persistência para administrar técnicas, indivíduos e planos. As mulheres também revelam maior aptidão para transformar obstáculos em oportunidades. Diante de diversos papéis que as mulheres exercem na atualidade concretiza-se uma aptidão de liderança na mulher com um perfil traçado de características marcantes.
	Mesmo a mulher adentrando ao mundo do trabalho e da vida pública há pouco tempo, ela traz reforços relevantes para o moderno modelo das empresas. Atributos como versatilidade, emotividade, instinto, eficiência para trabalhar em equipe e gerenciar a adversidade, além de dizer mais vezes “nós” do que “eu”, estão em alta e assinalam, segundo alguns estudiosos, um resultante modo feminino de chefiar (CARREIRA, 2001).
	A mulher de hoje e do futuro estará sendo chamada à responsabilidade profissional, familiar e social, sem perder suas características fundamentais de carinho, dedicação e ternura.
	As diferenças entre o perfil masculino e feminino no trabalho são sensíveis, mas não devem ser generalizados “o que antes era considerado como obstáculos – a divisão entre problemas domésticos e necessidades profissionais – hoje a mulher já consegue equilibrar esses dois desafios de sua vida” (FRANKEL,2007). Sua participação no mundo dos negócios e a própria independência financeira vêm mudando a forma com que os produtos e serviços são desenvolvidos, comercializados e distribuídos.
 Nessa perspectiva o processo financeiro da mulher passa por várias modificações. A sociedade mudou e, com isso, o papel da mulher foi se transformando de forma a acompanhar esses fatores transitórios para ingressar no mundo corporativo com ações de ousadia e carisma, mostrando uma nova maneira de gestão, considerando que mulheres e homens podem ocupar uma hierarquia laboral no mesmo patamar, rompendo assim os obstáculos e barreiras discriminatórias.
PESQUISA DE CAMPO
Objetivando a obtenção de dados para realização deste estudo foram aplicados 8 questionários as profissionais que exercem cargo de liderança/chefia dentro de uma organização. O tema explorado a mulher no mercado de trabalho como superar a discriminação de gênero no preenchimento de cargo de chefia em uma organização?
● Já vivenciou algum tipo de preconceito durante seu progresso profissional, pela circunstância de ser mulher?
75% responderam que não, 25% que sim. Pode-se concluir que a maior parte das profissionais entrevistadas não vivenciaram nenhuma discriminação durante seu progresso profissional.
● Sofreu algum tipo de discriminação / preconceito durante sua ocupação no cargo de liderança/chefia por ser mulher?
75 % responderam que não, 25% responderam que sim. Neste sentido chega-se a seguinte conclusão que durante sua ocupação no cargo de chefia a maioria das gestoras não sofreram preconceito.
● Em sua opinião, existe diferença entre homem e mulher na forma de administrar em uma organização?
50% responderam que sim, 50% que não. Em relação à forma de administrar uma organização fica claro que houve um equilíbrio entre as opiniões.
● Em sua empresa existe a questão da desigualdade salarial?
100% disseram que não. Diante desta afirmativa fica claro que não existe essa desigualdade dentro das organizações entrevistadas.
● Acha que em algum momento está desigualdade acabará?
50% disseram sim, 50% disseram não. Em relação se a desigualdade acabará em algum momento houve um equilíbrio de expectativas.
SUPERAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO E CARGOS DE CHEFIA
 Segundo o IBGE (2010) a aquisição da emancipação feminina é um marcante desenvolvimento para o abatimento das diferenças de gênero e tamanhos na coletividade brasileira. O aumento da atuação das mulheres no mundo corporativo foi seguido por algumas transformações na forma de implementação das trabalhadoras nas inclusões de trabalho, que é uma forma respeitável na designação das condições de emancipação.
 De acordo com Adriana Carvalho, autora do texto da Revista Educar para Crescer publicada em outubro de 2014, as mulheres ao realizar a mesma atividade que os homens possuem uma média salarial de 70% do salário dos homens. Além disso, elas são é minoria em cargos ocupados em padrões tradicionais por homens e nos de chefia. Outro fato importante trata-se da acumulação de cargos que se estendem para além dos afazeres do lar.
 As transformações dentro do mercado de trabalho trazem ao universo feminino como uma nova mão de obra para contribuir de forma a melhorar na inovação e também proporcionando a autoconfiança, independência financeira e coragem para assumir riscos desenvolvendo com muita dedicação as atividades sendo um diferencial.
 No passado existia um espaço maior destinado a outro gênero, mas que com o passar do tempo as organizações compreendem que os cargos podem ser exercidos sem nenhuma diferença, mostrando que essa discriminação começa a ser vencida.
 Segundo Pinho (2005) as evoluções foram direcionando para uma correção dos paradigmas sociais efetivos, dos locais envolvidos e das ações exercidas pelos dois gêneros. Um novo comportamento social começou a mudar a maneira de a sociedade enxergar os gêneros dando o direito a todos a exercer seus papeis sem distinção.
 Com base nessas informações, percebe-se que a luta pela equidade de gênero ainda está em progresso, mulheres têm se destacado e isso é notório, mas ainda há um caminho para que de fato sejam aceitas e tenham seu espaço conquistado perante a sociedade e seu valor reconhecido sem qualquer tipo de preconceito no ambiente organizacional. 
 A Constituição Federal 1988, ressalta no seu artigo 5º, caput, sobre o princípio constitucional da igualdade perante a lei, nos seguintes termos:
Artigo 5º. Todos são iguais perantea lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, a segurança e à propriedade, nos termos seguintes. O princípio da igualdade, garante a promoção dos direitos fundamentais. Ficando certo que a justiça social só será possível através da busca incessante de instrumento jurídico-políticos que ajuda os indivíduos contra a discriminação, e promova a igualdade de oportunidades. ( COUTINHO ,2003).
 Sendo assim, a constituição garante que todos os indivíduos sejam tratados de forma igual sem nenhum tipo de diferença, que todas as pessoas tenham o direito independente de classe, sexo e etnia exercendo seu papel como cidadão.
Por isso, é primordial que a mulher não deixe passar as oportunidades de aprimoramento, quer seja pessoal ou profissional, porque quanto mais se conscientizar e buscar o aprimoramento, maior será o espaço que ocupará dentro desse mundo repleto de transformações (FRANKEL, 2007)
 Apesar das mulheres terem enfrentado obstáculos e dificuldades num mundo organizacional, elas vêm conquistando seu espaço dentro das empresas em cargos de direção por suas competências e habilidades. Segundo Probst (2013), a esperança é que neste período, pela primeira vez na sua história as mulheres ultrapassem em número os homens nos postos de trabalho. Se souberem aproveitar isso, capitalizando possibilidades precedentes, o encontro no mercado de trabalho será, com efeito, único. Significam a ruptura de uma resistente sustentação, as estruturas empresariais formadas pelos homens, a partir do período industrial. A mulher da nova era nem sequer do mesmo modo tem o retrato daquelas que buscavam efetivação, trabalhando em fabricação.
 O resultado de mulheres em cargos importantes cresceu bastante nas empresas. Conforme Shinyaschiki (2006), a mulher por sua vez vem assumindo cargos executivos nas organizações, além de atuar com administradora do seu domicilio e educar seus filhos.
 O crescimento da atuação da mulher em cargos de chefia nas empresas pode ser verificado por pesquisas como a realizada pelo Catho Associados (2005), que mostra que as mulheres já superaram os resultados obtidos pelos homens no universo das organizações. Uma das principais características apresentadas pelas mulheres é que possuem mais habilidade de lidar com estruturas não hierárquicas, enquanto que os homens operaram melhor com estruturas hierárquicas. Isso ocorre devido á própria natureza da mulher a qual, com o passar dos tempos vem se adaptando as diferentes situações, nos diferentes papéis que desempenha na sociedade.
 Na coerência destes fatos as mulheres tem o seu espaço ampliado de maneira a se manter e crescer, assumindo um novo perfil na sociedade consolidando sua capacidade de gestão dentro de uma organização.
	Diante de um panorama por vezes complexo, mas com vitórias significativas, as mulheres ampliaram em muitas as suas próprias tarefas. E a vida corporativa requer modernização constante. De acordo com Sina (2005), apesar das mudanças, nenhuma se compara a reforma feminina, classificada como a Época das Mulheres. Hoje, como destacam Lipovetsky (2000) e Sina (2005), já não são as mulheres que seguem os movimentos mundiais, mas os movimentos é que buscam competência no novo modo de vida redesenhado pela mulher.
	Pode se dizer a implantação da mulher no mercado de trabalho é marcada por conquistas. Uma das principais vitórias consiste na incorporação da categoria feminina em atividades econômicas, o que ocasionou a sua autonomia econômica e de diversas decisões e como consequência a capacitação das próprias mulheres. (COELHO, 2011)
A presença especialista dividida com as mulheres tem se mostrado cada vez mais dinâmica ,mais alegre e mais intrigante .Essa troca de pensamento e sentimentos tem se revelado favorável para uma e outra .modifica-se capacidade por engenhosidade ,preciso por inspiração ,restrição por emotividade .De modo mutuo .Fortifico a imposição do conhecimento infinito e as mulheres por natureza ensinam .Em conclusão ,que seja indiferente a sexualidade .Quem almeja uma ocupação de triunfo tem que atribuir-se a partir de agora para o futuro ,uma descrição feminizada. Esta orientação ressalta igualmente para as mulheres que por ventura não sabem seus próprios valores, (JULIO, 2002).
	Neste contexto, pode-se dizer que a valorização da mulher no mercado de trabalho começa a ser percebida e admirada, sobretudo pela ocupação feminina em cargos de chefia. .Apesar disso, ainda hoje ,as mulheres enfrentam inúmeros desafios frente ao sistema econômico, no qual a maioria dos cargos de gerência e chefia são ocupados pelo gênero masculino.
REFERÊNCIAS
ARROW, K. J. Models of job discrimination. In.:PASCAL, A. H. (Ed.). Racial discrimination in economic life heath. [s.d.]: Lexington, 1972. p. 83-102.
BECKER, G. The Economics of Discrimination.The University of Chicago Press, 1957.
BRASIL.CONSTITUIÇÃO (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, Disponível em: www.planalto.gov.br Acesso em: 15out2016. 
BRASIL IBGE. Pesquisa Mensal de Emprego 2010. Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas. IBGE, 2010. Disponível www.ibge.gov.br.Acesso em: 30set2016.
BRASIL. Portal. Cidadania e Justiça: Desigualdade salarial entre homens e mulheres cai em 10 anos. (Ipea).Disponível em: www.brasil.gov.br/Acesso em: 22out2016. 
CARREIRA, D. Mudando o mundo: a liderança feminina no século 21. São Paulo: Cortez/Rede mulher de Educação, 2001.
CARVALHO ADRIANA - Educar para crescer: Gêneros diferentes, direitos iguais! Disponível em: educarparacrescer.abril.com.br/. Acesso em: 25nov2016. 
CATHO - Carreira de Sucesso . Disponível em: www.catho.com.br/. Acesso em: 18out2016. 
COELHO, D. Ascensão profissional de homens e mulheres nas grandes empresas brasileiras. 2006. Disponível em:www.ipea.gov.br Acesso em: 17out2016.
COELHO, Lina. Mulheres e Desigualdades em Portugal: Conquistas, Obstáculos, Contradições e Ameaças. 2011. Disponível www.ces.ucpt. Acesso em 9jun2016.
COUTINHO, Maria Luiza Pinheiro .Discriminação no trabalho :mecanismos de combate à discriminação e promoção de igualdade de oportunidades .Rio de Janeiro: Igualdade Racial,2003.
FERREIRA, Maria da Luz. Trabalho informal e cidadania: heterogeneidade social e relações de gênero. Belo Horizonte: UFMG, 2007.
FRANKEL, Lois P. Tradução Maria Alayde Carvalho. Mulheres lideram melhor que homens: descubra por que o perfil feminino se destaca no trabalho, em casa e na vida – São Paulo: Editora Gente, 2007.
JULIO, Carlos Alberto. Reinventando você: a dinâmica dos profissionais e a nova organização. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
LAZEAR, P.; ROSEN, S. Male-famale wage differentials in job ladders.Journal of Labour Economics, v. 8, n. 1, p. 106-123, 1990.
LIPOVETSKY, G. A terceira mulher. Trad. Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das letras, 2000.
NADER. M. B. Paradoxos do Progresso: A dialética da relação mulher, casamento e trabalho. Vitória: EDUFES, 2008.
OLIVEIRA, Carlos Alonso Barbosa. Processo de industrialização do capitalismo originário ao atrasado .São Paulo: Editora UNESP; Campinas /SP: UNICAMP, 2003.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Igualdade de gênero e raça no trabalho: avanços e desafios /, Brasília: OIT 2010. 216 p.
PINHO, Ana Paula David de. Nem tão frágil assim: Um estudo sobre mulheres em cargos de chefia. Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: www.psicologia.ufrj.br Acesso em: 04jun2016.
PISCITELLI, Adriana. Gênero: a história de um conceito. In: ALMEIDA, H.B&Szwako, J. (orgs.) Diferenças, Igualdade. São Paulo: Berlindas & Vertecchia, 2009, col. Sociedade em Foco. p. 117- 149. 
PROBST, E. R. A evolução da mulher no mercado de trabalho. 2013. Disponível em:www.rhportal.com.brAcesso em 06jun2016.
SHINYASHIKI, Roberto. A mulher e o mercado de trabalho (2006)Disponível em: www.shinyashiki.com.br. Acesso em 01jun2016.
SINA, A. Mulher e trabalho – O desafio de conciliar diferentes papéis na sociedade. São Paulo: Saraiva, 2005.

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