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Carla Fernanda Biomedicina - UFPE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PATOLOGIA A Patologia pode ser conceituada como a ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as produzem, as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que apresentam. Pathos = sofrimento doença Logos = estudo Patologia = estudo das doenças Saúde: estado de adaptação do organismo ao ambiente físico, psíquico ou social em que vive, onde o indivíduo sente-se bem (saúde subjetiva) e não apresenta sinais ou alterações orgânicas evidentes (saúde objetiva). Doença: estado de falta de adaptação ao ambiente físico, psíquico ou social, no qual o indivíduo sente-se mal (sintomas) e/ou apresenta alterações orgânicas evidenciáveis (sinais). Carla Fernanda Biomedicina - UFPE Para expressar sinais e sintomas, a doença passa por várias etapas até sua manifestação. 1. Etiologia: estudo das causas (agente agressor, agente etiológico); 2. Patogênese: estudo dos mecanismos; 3. Anatomia Patológica: estudo das alterações morfológicas; 4. Fisiopatologia: estudo das alterações funcionais (apresenta significado clínico). ETIOLOGIA OU CAUSA 2500 a.C.: a culpa era do pecado ou de agentes externos (odor, frio, maus espíritos, Deus); Atualmente: Agentes Etiológicos Fatores intrínsecos ou genéticos Fatores adquiridos (infecções, nutrição, químicos e físicos) Combinação de ambos os fatores PATOGÊNESE É a sequência de eventos que vão acontecendo nas células e tecidos desde o estímulo inicial até a expressão final da doença. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS Estudo das alterações estruturais que ocorrem nas células e tecidos que são característicos da doença. Leva por consequência a identificação do agente etiológico e previsão da patogenia. ALTERAÇÕES FUNCIONAIS Estudos das alterações funcionais e dos órgãos e sistemas afetados (fisiopatogenia). MÉTODOS TRADICIONAIS (morfológicos) 1. Autópsia/Necrópsia 2. Biópsia 3. Citopatologia Coleta de fragmento Colorações Montagem em lâminas Observação no M.O. Carla Fernanda Biomedicina - UFPE EXAMES CITOLÓGICOS Descamação celular espontânea Exemplos: urina, escarro. Descamação esfoliativa: raspado de células superficiais Exemplo: exame de Papanicolau EXAMES ANATOMOPATOLÓGICOS Biópsia: fragmento de tecido retirado do indivíduo vivo Necrópsia: fragmento de tecido retirado do indivíduo morto BIÓPSIA A biópsia trata do principal recurso dermatológico que conduz a um diagnóstico. Consiste na retirada de um fragmento de tecido para exame histopatológico ou para outras técnicas de investigação quando não é possível definir o diagnóstico clínico, ou necessita de uma confirmação para melhor encaminhamento terapêutico. Pode ser realizada através de fragmentos ou peças cirúrgicas inteiras, removidos do paciente vivo. A amostragem do material deve ser representativa Fixação (frasco de volume 10:1 – formol 10%) Identificação com registro no laboratório (Patologista) TIPO DE LESÃO A SER ANALISADA: A lesão a ser biopsiada deve ser a mais representativa da doença suspeita e, aparentemente, sem escoriação ou regeneração, de preferência sem tratamento prévio ou sinais de infecção. Carla Fernanda Biomedicina - UFPE TIPOS: 1. Incisional: Somente parte da lesão é removida. Indicada nas lesões extensas em que a retirada não é possível tecnicamente ou não é desejável, nem necessária. Nunca é curativa. 2. Excisional: Toda a lesão é removida. Nas lesões benignas é sempre curativa, podendo ser também nas lesões malignas, quando realizadas com margem de segurança, na ausência de metástases. A biópsia deve compreender sempre ao menos, um mínimo de tecido adiposo, pois a derme inferior e o subcutâneo são sedes frequentes de importantes alterações , muitas vezes características de certas entidades. EXAME MACROSCÓPICO Número de peças Consistência Forma Coloração Medida Superfície PROCESSAMENTO LABORATORIAL Emblocamento e corte em micrótomo para ser colocado em lâmina e observado. AUTÓPSIA/NECRÓPSIA Exame anatomopatológico realizado post mortem para determinar a causa da morte e conhecer as lesões e doenças existentes no indivíduo, procurando correlacionar os achados morfológicos com os clínicos. TIPOS: Médico-legais: é obrigatória por lei em certas condições, sobretudo quando se trata de morte violenta (homicídio, suicídio, acidentes de trânsito ou do trabalho, etc.). Nesses casos, além da retirada de órgãos para exame morfológico, faz-se coleta de sangue e de secreções para análise toxicológica. Autópsia de interesse clínico-patológico.
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