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RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA (RPA)

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RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA 
(RPA)
ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II
Alunas:
Bianca D. Barroso
Laís Marcelle R. Guimarães
Marcelle Malveira
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS DA 
RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA
INTRODUÇÃO
• A sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) deve contar com suporte de
equipamentos e pessoal especializado.
• 1994, com a portaria MS/GM nº 1.884 – Ficou determinada a
obrigatoriedade da existência de SRPA para atender, no mínimo, dois
pacientes simultaneamente e em condições satisfatórias.
OBJETIVOS DA RPA
• Receber o paciente submetido a procedimento anestésico-cirúrgico;
• Enfermagem: Realiza cuidados até normalizar a consciência e os sinais vitais
do paciente;
• Prevenir intercorrências e prestar assistência imediata ao paciente.
PLANEJAMENTO FÍSICO E ESTRUTURAL DA SALA 
DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA)
• Apesar desta área fazer parte da planta física da Unidade de Centro
Cirúrgico, em muitos hospitais antigos observa-se que essa unidade fica
próxima às Salas de Operações e à Unidade de Terapia Intensiva.
• Dimensão: A dimensão mínima de uma SRPA deve ser de 6m².
• Piso: Deve ser de material resistente, não poroso e livre de frestas; os
materiais para o revestimento do piso, teto e paredes devem ser resistentes
à lavagem e ao uso de produtos químicos, como desinfetantes.
• Paredes: Devem ter cor neutra, suave e fosca para evitar a emissão de
reflexos luminosos, a fadiga visual e o cansaço.
PLANEJAMENTO FÍSICO E ESTRUTURAL DA SALA 
DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA)
• Teto: Não deve ter exposição de fios e tubulações, mas deve permitir
facilidade de manutenção, se necessário.
• Portas: Devem ser de correr e largas para a passagem de camas ou macas
e aparelhos.
• Iluminação: As lâmpadas devem ser fluorescentes e incandescentes para
minimizar a fadiga na visão.
• Ventilação: Deve ser organizada de forma que, o sistema de circulação de
ar seja em um ciclo unidirecional, ou seja, que o ar possa entrar e sair da
sala sem que haja contaminação do mesmo.
PLANEJAMENTO FÍSICO E ESTRUTURAL DA SALA 
DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA)
• Temperatura: Deve variar entre 20° e 24°C.
• Umidade: Apresenta umidade relativa entre 50 e 60%.
• Sistema elétrico: As tomadas elétricas devem estar situadas a 1,5m do
chão, a fim de evitar riscos de explosão e acidentes. O sistema de voltagem
deve ser de 110 e 220 volts e com regulação independente.
PLANEJAMENTO FÍSICO E ESTRUTURAL DA SALA 
DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA)
• Número de leitos: Deverá ser igual ao número de salas de cirurgia mais um, 
a distância entre eles deve ser 0,8m; a distância entre leito e paredes deve 
ser 0,6m, com espaços suficientes para manobras. Os leitos devem ser 
móveis, com freios nas rodas, grades laterais e dispostas de forma que os 
pacientes possam ser vistos de qualquer ângulo do recinto. 
• Gases: Oxigênio, vácuo e ar comprimido devem estar presentes em cada 
leito da SRPA e ser canalizados da ramificação centralizada.
• Sala de guarda: Para expurgo, equipamentos e materiais básicos em cada 
leito.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
• Básicos: Materiais geralmente acima da cabeceira do leito, fixos à parede,
fonte de aspiração ao vácuo, oxímetro de pulso.
• Suporte respiratório: Ventiladores mecânicos, máscaras e cateteres para
oxigênio, sondas para aspiração, material completo para intubação
orotraqueal e ventilação manual.
• Suporte cardiovascular: Equipos de soro e transfusão, cateteres, seringas,
agulhas e equipos para medida de pressão venosa central (PVC). Soluções
venosas, drogas utilizadas de rotina e as relacionadas à reanimação
cardiovascular.
• Materiais gerais: Bandejas para cateterismo vesical, sondas vesicais, sistema
de drenagem, pacotes de curativos, bolsas coletoras.
MONITORAMENTO DO PACIENTE NA SRPA
• Circulação: Aferir pressão arterial e ritmo cardíaco.
• Respiração: Verificar a frequência respiratória e oximetria de pulso.
• Avaliar estado de consciência e intensidade da dor.
• Verificar a capacidade de realizar atividade e exercer força muscular.
O PAPEL DA ENFERMAGEM NA SRPA
• A equipe de enfermagem do setor deve ser treinada, capacitada e
habilitada para prestar os cuidados de alta complexidade, tendo como
principal intervenção a segurança do paciente.
• Propõe-se o cálculo proporcional do número de profissionais de
enfermagem em relação ao número de pacientes na SRPA. Assim, 1 para
cada 3 ou 4 pacientes que dependem de aparelhos respiratórios e de 1
técnico para cada 3 pacientes; sem dependência de respiradores, esse
número é variável, onde tem-se 1 enfermeiro para cada 8 leitos e técnico
para cada 3 pacientes.
PROCESSO DE CUIDAR EM RPA
• Os objetivos do tratamento de enfermagem para o paciente na SRPA são:
proporcionar cuidado até eu o paciente tenha se recuperado dos efeitos
da anestesia, tenha retomado as funções motoras e sensoriais, estar
orientado, ter sinais vitais estáveis e não demonstrar nenhuma evidência de
hemorrágica, náusea ou vômitos.
• O estado emocional do paciente deve ser levado em consideração
• Orientar o paciente e a família quanto ao estado de saúde a cirurgia.
• Ouvir o paciente atentamente.
ADMISSÃO DO PACIENTE E PLANEJAMENTO 
DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• O paciente permanece sob observação constante até sua completa
recuperação.
• O local da incisão cirúrgica deve ser avaliado toda vez que o paciente for
mobilizado.
• O paciente deve ser posicionado de forma que não deite sobre drenos,
sondas, cateteres e nem os obstrua.
• Deve ser passado o plantão da SO quanto às condições clínicas do
paciente.
• A sistematização da admissão do paciente deve ser realizada em três
etapas: avaliação do ABC (vias aéreas, respiração, circulação),
recebimento do plantão e registro das informações, e avaliação inicial.
ESCALA DE ALDRETE E KROULIK
• Avaliação das condições fisiológicas dos pacientes submetidos a ação dos
fármacos anestésicos, feita por meio de parâmetros clínicos de fácil
verificação, como frequência respiratória, pressão arterial, atividade
muscular, consciência e saturação de oxigênio.
• Pontuação de 0 a 2 para cada parâmetro clínico avaliado.
• A soma dos pontos obtidos indica a possibilidade de alta da SRPA.
• De 8 a 10 significa que o paciente tem condições clinicas e possibilidades
de ser transferido para a unidade de origem.
• Para adultos, deve-se aplicar a cada 15 minutos na primeira hora; a cada
30 minutos na segunda hora e a cada hora a partir da terceira hora, de
acordo com a gravidade do paciente.
ESCALA DE ALDRETE E KROULIK
• Respiração: Observar frequência respiratória e expansibilidade torácica.
• Circulação: Observar pressão arterial.
• Saturação de oxigênio: Observar com oximetro de pulso.
• Atividade muscular: Avaliar movimentação voluntária no leito.
• Nível de consciência: Chamar paciente pelo nome, sem o estímulo de
toque.
ÍNDICE DE STEWARD
• Crianças (0 a 12 anos) nem sempre podem ser avaliadas pela EAK, pois, na
maioria das vezes agitam-se com excesso de manuseio.
• Aplicar o Índice de Sterward em crianças a cada 15 minutos na primeira
hora, a cada 30 minutos na segunda hora e a cada hora a partir da
terceira hora, de acordo com a evolução do despertar da criança.
• Pontuação de 0 a 2 pontos cada parâmetro sendo quanto maior a soma,
maior a possibilidade de alta da SRPA.
• Avaliar vias aéreas, nível de consciência e movimentação da criança.
ESCALA DE SEDAÇÃO DE RAMSEY
• Avalia o grau de sedação atingido, com a pontuação de 1 a 6, referente
ao nível clínico do indivíduo.
• 1- Ansioso, agitado ou inquieto.
• 2- Cooperativo, aceitando ventilação, orientado e tranquilo.
• 3- Dormindo, com resposta discreta ao estímulo tátil e auditivo.
• 4- Dormindo, com resposta mínima a estímulo tátil ouauditivo.
• 5- Sem resposta ao estímulo tátil ou auditivo, porém com resposta a dor.
• 6- Sem resposta a estímulo doloroso.
RPA DOS PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS 
CIRÚRGICOS
• Ao elaborar o plano de cuidados pra um cliente em RPA, deve-se ter em
mente as suas principais necessidades individuais e considerar a presença de
condições mórbidas pré-operatórias, tais como diabetes, hipertensão
arterial, síndromes vasculares, isquemia coronariana ou cerebral, obesidade
mórbida, entre outras.
• Estabelecimento de intervenções mais adequadas e otimização dos recursos
para atingir as metas.
PACIENTES PORTADORES DE HIPERTENSÃO 
ARTERIAL
• Tem alta prevalência e baixas taxas
de controle, sendo considerada um
dos principais fatores de risco
modificáveis.
• Umas das complicações mais
incidentes no POI.
• Elevação da PA durante o ato
operatório.
• Práticas recomendadas:
-Avaliar, intervir e monitorar os
fatores desencadeantes associados,
a saber: hipoglicemia, hipotermia,
hipoxemia, ansiedade, acidemia,
retenção urinária, hipercapnia,
hipervolemia, hipertenção
intracraniana.
-Controlar rigorosamente a dor
pós-operatória, a ansiedade e
agitação.
PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELITO
• Diabetes melito: multiforme, sistêmica, crônica.
• Pacientes portadores de DM possuem mais complicações cardiovasculares,
submetendo-se a um número maior de intervenções cirúrgicas que a
população em geral e que apresentam maior frequência de complicações
pós-operatórias.
• Controle glicêmico perioperatório: fator de sucesso na recuperação.
• Hiperglicemia perioperatória;
• Pacientes com insulina IV: monitorar as alterações nos níveis de potássio
(avaliar calemia a cada 2 a 4 horas). Interromper após a alimentação oral.
• Para diabéticos tipo 2: monitorar glicemia perioperatória.
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• DM tipo I:
- Avaliar funções fisiológicas.
- Realizar controle de glicemia capilar no pré-operatório imediato,
antes da indução anestésica, a cada uma a 2 hrs na cirurgia e na RPA.
- Monitorar taxa de eletrólitos (potássio).
- Realizar cirurgias eletivas pela manhã.
- Monitorar presença de hipoglicemia e o nível de consciência no POI.
• DM tipo II:
- Monitorar glicemia capilar no pós-operatório de 3 a 4hrs e seguir a
reposição de insulina segundo prescrição.
PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS 
ABDOMINAIS
• Cirurgias abdominais prevalentes na RPA:
- Laparotomia.
- Laparoscopia.
- Herniorrafia hiatal.
- Gastrectomia.
- Cirurgia bariátrica (restritivas, mistas e disabsortivas).
- Apendicectomia.
- Ileocolostomia.
- Ressecção anterior do cólon sigmoide e retossigmoidostomia.
PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS 
TORÁCICAS
• Cirurgias torácicas prevalentes na recuperação pós-anestésica:
- Torascopia.
- Biópsia pulmonar.
• Cirurgias torácicas alteram hemodinâmica e ventilação: RPA feita na UTI.
PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIAS 
VIDEOLAPAROSCÓPICAS
• Cirurgias de sistema digestório: colecistectomia, correção de refluxo
gastroesofágico, correção de hérnia hiatal, colectomia.
• Cirurgias do sistema geniturinário: correção do refluxo vesicuretral,
nefrectomia, prostatectomia, histerectomia.
• Complicações mais comuns.
• Outros procedimentos: pacientes submetidos a cirurgias urológicas,
ortopédicas, ginecológica e das mamas.
RPA DE PACIENTES SUBMETIDOS A 
CIRURGIAS AMBULATORIAIS 
• Cirurgia ambulatorial: “procedimento médico-cirúrgico que pelo porte e
pela ausência de necessidade de cuidados especiais no pós-operatório
dispensam o pernoite do paciente.” (SOBECC, 2013)
• Ações de enfermagem.
• Critérios para alta: o paciente precisa estar orientado no tempo e espaço,
com sinais vitais estáveis, sem náuseas e vômitos, sem dificuldade
respiratória, com capacidade para a ingestão de líquidos e com
sangramentos mínimos ou ausentes.
RPA – OS 5 PADRÕES ASA
1. Pacientes devem receber cuidados pós-anestésicos adequados.
2. Pacientes transportados para RPA devem estar acompanhados de
anestesiologista com suporte de monitoração e tratamento adequados.
3. Admissão na RPA deve acompanhar relatório verbal de anestesiologista a
enfermeira responsável pelo paciente reavaliado por ela.
4. Condições clínicas do paciente devem ser reavaliadas continuamente.
5. Somente um médico pode autorizar a alta de um paciente da SRPA.
DESCONFORTOS NA RPA
• “São considerados desconfortos durante a recuperação pós-anestésica
situações esperadas que podem ocorrer no período pós-operatório de
acordo com o tipo de intervenção anestésico-cirúrgica e situações
decorrentes de interações farmacológicas entre fármacos ministrados, nível
de ansiedade pré-operatória, tempo cirúrgico.” (SOBECC, 2013)
• Os principais desconfortos são:
- Dor aguda;
- Taquicardia e bradicardia sinusal;
- Hipotensão arterial;
- Hipertensão arterial;
- Náuseas e vômitos;
- Hipotermia e hipertermia;
- Distensão abdominal;
- Retenção urinária.
DOR AGUDA
• “É conceituada como uma experiência sensorial e emocional
desagradável, associada a uma lesão tecidual real ou potencial, ou
descrita nos termos dessa lesão.” (SOBECC, 2013)
• Fenômeno frequente no pós-operatório, podendo resultar em sofrimento e
riscos desnecessários para o paciente.
• As respostas físicas, emocionais e comportamentais advindas do quadro
álgico podem ser atenuadas, acentuadas e perpetuadas por variáveis
biológicas, psíquicas e socioculturais do indivíduo e do meio.
CLASSIFICAÇÃO DA DOR
• Segundo a origem: nociceptiva ou neuropática.
• Segundo as características de início e duração: aguda ou crônica.
• Assim, a dor pós-operatória é considerada aguda e nociceptiva estando
diretamente relacionada a uma lesão.
• A dor aguda é interpretada como ameaça à integridade; gera atitudes de
escape, proteção, busca de apoio, medo e ansiedade.
• Intercorrências causadas pela dor: Redução do volume ventilatório,
náuseas e vômitos, retenção urinária, instabilidade cardiovascular, maior
consumo energético, redução da movimentação e da deambulação.
AVALIAÇÃO DA DOR
• A expressão das queixas álgicas varia de acordo com a natureza e a
localização das lesões, a idade do paciente, o estado mental, a natureza
da lesão causal, repercussões físicas, psíquicas e sociais da dor, fatores
ambientais, culturais e ritmo biológico de cada indivíduo.
• A avaliação pode ser realizada por meio de instrumentos de autorrelato
(pacientes comunicativos), observação comportamental (pacientes não
comunicativos e neonatos) e por meio da mensuração de variáveis
biológicas (sinais vitais, temperatura, sudorese, fácies álgicas).
Escala numérica e visual analógica da dor.
Escala comportamental de dor de FLACC.
TRATAMENTO DA DOR
• O controle da dor pós-operatória
deve ser iniciado antes da cirurgia
com a analgesia preemptiva ou
preventiva, com uso de fármacos
e/ou técnicas analgésicas antes da
incisão cirúrgica, diminuindo a
sensibilização central e a
intensidade da dor no pós-
operatório.
• Intervenções farmacológicas:
Escala de analgesia da OMS.
TRATAMENTO DA DOR
• Intervenções não farmacológicas: visam reduzir a ansiedade, o estresse 
emocional e promover conforto. São elas: 
- Utilizar práticas complementares, como a calatonia.
- Promover relaxamento.
- Promover conforto.
- Minimizar o barulho.
- Oferecer o apoio emocional.
- Evitar a movimentação excessiva do paciente.
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Valorar as queixas álgicas do paciente e apoiá-lo emocionalmente.
• Informar ao paciente sobre o termino do procedimento cirúrgico, a sua
atual localização, o processo de retorno de seu estado de sonolência e dos
sentidos (se submetido à anestesia geral), o tempo previsto pra a sua saída
da SRPA, a presença de drenos e/ou sondas, a presença da equipe de
enfermagempara assisti-lo durante esse período, transmitido segurança e
investigar a presença de dor.
• Avaliar sistematicamente presença, localização e intensidade da dor,
considerando-a o quinto sinal vital (avaliar os pacientes em relação à dor,
toda vez que aferir pulso, pressão arterial, temperatura e respiração),
utilizando escalas validadas para sua mensuração.
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Promover ambiente confortável e silencioso, reduzindo as fontes de estresse
ambiental.
• Aprazar os fármacos para o controle da dor prescritos, considerando a sua
farmacodinâmica, farmacocinética e interações fármaco-fármaco.
• Ministrar analgésicos prescritos nos horários aprazados.
• Avaliar o resultado do esquema de analgesia e solicitar ao prescritor
alterações se necessário.
TAQUICARDIA E BRADICARDIA SINUSAL
• Taquicardia sinusal: aumento dos
batimentos, porém mantendo o
ritmo sinusal.
• As causas abrangem febre, dor,
ansiedade, perda aguda de
sangue, anemia, choque,
insuficiência cardíaca, infecção,
drogas, hipotensão, hipertensão e
complicações respiratórias.
• Bradicardia sinusal: diminuição dos
batimentos cardíacos, porém com
ritmo regular.
• Pode ocorrer de estimulação vagal,
uso de medicamentos digitálicos,
ação prolongada de drogas
utilizadas antes ou no decorrer da
anestesia.
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Monitorar a função cardíaca do paciente, controlando seus sinais vitais e
mantendo-o monitorado com ECG.
• Manter a oximetria de pulso e administrar oxigênio úmido.
• Monitorar a presença e a intensidade da dor e intervir quando necessário.
• Monitorar a temperatura do paciente, evitando hipotermia.
• Monitorar balanço hídrico e pressão arterial sistêmica.
• Manter disponível material para atendimento de urgência.
HIPOTENSÃO ARTERIAL
• “Definida pela redução dos valores de PA sistólica e diastólica em relação
à pressão verificada no pré-operatório ou tendo como base a pressão
habitual referida pelo paciente.” (SOBECC, 2013)
• Queda de 20% da PA inicial, PA média menor que 60mmHg ou pressão
sistólica inferior a 90mmHg.
• As causas mais comuns são: perda sanguínea no intraoperatório levando o
paciente à possível hipovolemia, desidratação, feito residual das drogas
anestésicas ou até mesmo efeito de drogas analgésicas e antieméticas,
reposição volêmica insuficiente ou desvio de água para o terceiro espaço.
• Pode ocorrer como consequência ao uso de fármacos, tais como
anestésicos inalatórios, vasodilatadores ou anti-hipertensivos utilizados no
pré-operatório, morfina e outras medicações que causam vasodilatação
por liberação de histamina.
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Aferir pressão arterial, temperatura, frequência e ritmo cardíaco de acordo
com o índice de Aldrete e Kroulik, e avaliar sinais e sintomas cardíacos
concomitantes.
• Manter a via de acesso venoso periférico com dispositivo de calibre
adequado para reposição volêmica rápida.
• Elevar membros inferiores, em posição de Trendelenburg, caso não haja
restrições devidas a comorbidades.
HIPERTENSÃO ARTERIAL
• “Definida como a presença persistente de PA em que a pressão sistólica
encontra-se acima de 140 mmHg e a pressão diastólica acima de 90
mmHg.” (SOBECC, 2013)
• Tem alta prevalência e baixas taxas de controle.
• As principais causas são: aumento da dor, distensão vesical, hipoxemia,
hipotermia, cirurgia cardiovascular, drogas usadas durante a anestesia ou
associadas a outras doenças, como feocromocitoma, hipertireoidismo.
Distúrbios emocionais, obesidade, ingestão excessiva de álcool e
superestimulação pelo café, tabaco e outros estimulantes também
exercem influência.
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Certificar-se dos valores de pressão arterial do paciente no pré-operatório como
parâmetro para as aferições de pressão arterial no SRPA.
• Verificar a pressão arterial com frequência, a cada cinco minutos, até a
estabilização dos níveis pressóricos.
• Ofertar oxigênio úmido e monitorar a saturação de oxigênio, a frequência e o
padrão respiratório.
• Manter a normotermia, aquecendo o paciente com cobertores ou manta térmica.
• Observar queixas dolorosa ou de desconforto/agitação e intervir.
• Verificar a retenção urinária e presença de distensão vesical.
• Realizar balanço hídrico.
• Avaliar nível de consciência.
• Administrar medicações conforme prescrição.
HIPOTERMIA
• Temperatura corporal abaixo da variação normal.
• Os fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento da hipotermia
são: anestesia geral, extremos de idade (idosos e crianças), baixa
temperatura na Sala de Operação (SO), pacientes queimados, infusão de
líquidos frios, antissepsia feita com agentes químicos frios e/ou com o
paciente descoberto, inalação de gases frios, entre outros.
PRÁTICAS RECOMENDADAS
• Minimizar a exposição corpórea do paciente.
• Administrar soluções de infusão venosa aquecidas à aproximadamente 37ºC.
• Remover roupas e campos molhado.
• Manter o controle da temperatura da SRPA, conforme recomendação do Ministério
da Saúde.
• Controlar a temperatura corpórea e a saturação de oxigênio do paciente na SRPA.
• Ofertar maior aporte de oxigênio.
• Utilizar dispositivos de aquecimento por ventilação forçada, quando disponível.
• Avaliar alterações da frequência e do ritmo cardíaco, temperatura e coloração da
pele e perfusão periférica.
HIPERTERMIA
• Temperatura do corpo elevada acima da variação normal.
• A hipertermia pode ser uma indicação do processo infeccioso ou sepse, ou
pode indicar um processo hipermetabólico.
• Práticas recomendadas:
- Controlar a temperatura ambiental.
- Controlar a temperatura corpórea.
- Manter o paciente sem mantas de aquecimento.
- Fazer compressas frias na região dos grandes vasos.
- Avaliar alterações na frequência e no ritmo cardíacos.
- Observar a coloração da pele (cianose) e perfusão periférica.
- Administrar soluções em temperatura ambiente.
- Administrar antitérmicos e antibióticos, conforme prescrição médica.
NÁUSEAS E VÔMITOS
• Náusea: Sensação desagradável, semelhante
a uma onda, na parte de trás da garganta,
epigástrico ou abdome, que pode ou não
levar ao vômito.
• São considerados fatores predisponentes:
idade e sexo; obesidade; estados emocionais
alterados; pacientes com limitação de
movimentos; pacientes portadores de
disfunção do sistema digestório;
procedimentos cirúrgicos prolongados;
acúmulo de líquido no estômago; ingesta de
líquidos e alimentos antes do retorno de
peristalse.
• Práticas recomendadas:
- Manter a cabeceira elevada em 45º, 
quando não houver contraindicação.
- Manter o paciente com a cabeça 
lateralizada ou em decúbito lateral, quando não 
houver contraindicação.
- Evitar movimentos bruscos.
- Monitorar sinais vitais e nível de 
consciência.
- Manter a permeabilidade das vias 
aéreas.
- Monitorar a drenagem da sonda 
nasogástrica, quando aplicável.
- Manter saturação de oxigênio.
- Propiciar ambiente tranquilo.
- Oferecer condições de higiene da 
boca, se necessário.
DISTENSÃO ABDOMINAL
• Aumento da circunferência abdominal pelo
acúmulo de ar aspirado e de gases no trato
intestinal após a cirurgia e no
pneumoperitônio, resultando em queixa de
plenitude, dor abdominal e desconforto
respiratório.
• As causas mais comuns dessa condição são:
- Pós-operatório de cirurgia abdominal,
com consequente diminuição do peristaltismo
intestinal.
- Deglutição de ar.
- Pneumoperitônio em cirurgias
laparoscópicas.
• Práticas recomendadas: 
- Manter decúbito do paciente elevado 
a 30º ou 45º.
- Assegurar a oxigenação continua do 
paciente.
- Avaliar presença de queixas ou sinais 
de dor e intensidade do desconforto abdominal 
e promover o conforto do paciente.
- Verificar o posicionamento de drenos 
abdominais, sonda nasogástrica/enteral e 
condiçõesdo curativo da ferida operatória.
- Realizar cateterismo retal, se indicado.
- Avaliar a evolução da distenção
abdominal pela presença de hipertimpanismo
na região hepática (Sinal de Jobert).
RETENÇÃO URINÁRIA
• Pode ocorrer devido ao uso de fármacos anticolinérgicos ou analgésicos,
ao tipo de cirurgia, à terapia intravenosa instituída, à posição e à perda da
privacidade do paciente durante a micção.
• O uso de opióides para a analgesia aumenta o risco de retenção urinária.
• Os sinais e sintomas de retenção urinária relatados na literatura são: dor
suprapúbica, distensão abdominal, agitação no leito, incapacidade de
urinar, urgência miccional, calafrios, cefaleia e diurese.
• Práticas recomendadas:
- Estimular a micção espontânea, preservando a privacidade do
paciente.
- Realizar cateterismo vesical asséptico intermitente.
COMPLICAÇÕES NA RPA
• “Quaisquer alterações fisiológicas persistentes relacionadas direta ou
indiretamente ao procedimento anestésico-cirúrgico realizado.”(SOBECC,
2013)
• Estão associadas às condições clínicas pré-operatórias, à extensão e ao
tipo de cirurgia, às intercorrências cirúrgicas e anestésicas e à eficácia das
medidas terapêuticas aplicadas.
• Principais complicações:
1.Complicações pulmonares e respiratórias.
2.Complicações cardiovasculares.
3.Hipertermia maligna.
4.Bloqueio neuromuscular residual pós-anestésico.
COMPLICAÇÕES PULMONARES E 
RESPIRATÓRIAS
• Fatores de risco:
- Idade avançada.
- Obesidade.
- Tabagismo.
- Doença pulmonar prévia.
- Imobilidade pós-operatória
prolongada.
• As mais frequentes são:
- Obstrução das vias aéreas 
superiores.
- Apneia.
- Pneumotórax, hemotórax e 
hemopneumotórax.
- Aspiração de conteúdo 
gástrico.
1) Obstrução das vias aéreas superiores:
• Caracterizada pela presença de batimento das asas do nariz, retração do
esterno e dos espaços intercostais, cianose, sudorese agitação.
• Causas:
- Queda de base da língua.
- Laringoespasmo.
- Edema de traqueal.
- Broncoespasmo.
2) Apneia:
• Parada da respiração por mais de 20 segundos, acompanhada de
bradicardia, palidez ou cianose.
3) Pneumotórax, hemotórax e
hemopneumotórax
• Pneumotórax: acúmulo de ar na
cavidade pleural.
• Hemotórax: presença de sangue na
cavidade pleural.
• Hemopneumotórax: presença de ar e
sangue.
4) Aspiração de conteúdo gástrico
• Relacionada a:
- Depressão dos reflexos
protetores.
- Medicações anestésicas.
- Regurgitação.
- Aspiração ativa (vômito).
• Causas mais comuns:
- Anestesia em pacientes com
estômago “cheio”.
- Refluxo gastroesofágico.
- Gravidez.
• Práticas recomendadas
- Usar oximetria de pulso.
-Administrar oxigênio por
máscara fácil.
-Proceder à monitorização
seriada dos gases sanguíneos
(gasometria), quando houver
indicação.
-Realizar ausculta pulmonar.
-Realizar aspiração orotraqueal,
se indicado.
-Administrar antieméticos de
acordo com a prescrição médica em
casos de náuseas e vômitos; auxiliar o
paciente a lateralizar a cabeça e
elevar o decúbito entre 30 e 45°.
COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES
• As principais são:
- Hipotensão arterial.
-Hipertensão arterial.
-Bradicardia e taquicardia.
-Isquemia do miocárdio.
-Arritmias.
-Disfunção diastólica.
• Práticas recomendadas:
-Avaliar a pressão arterial e a
frequência cardíaca, comparando-as
com os resultados pré-operatórios.
-Controlar rigorosamente o
volume infundido e implementar balanço
hídrico.
-Avaliar prováveis perdas de
líquidos.
-Avaliar a presença de
comprometimento respiratório e ruídos
adventícios.
-Avaliar os pulsos periféricos, o
tempo de enchimento capilar, a
presença de cianose de extremidades.
HIPERTERMIA MALIGNA
• Complicação rara :
- Síndrome autossômica dominante
(doença farmacogenética).
- Exposição a agentes
halogenados, anestésicos inalatórios e à
succinilcolina.
• Sinais e sintomas clínicos (surgem
durante a anestesia ou até 3horas):
- Taquicardia.
- Instabilidade hemodinâmica.
- Taquipneia.
- Cianose.
- Hipertermia.
• Complicações da Hipertermia Maligna
- Hipertensão arterial.
- Choque.
- Coagulação intravascular 
disseminada.
- Óbito.
• Tratamento:
- Dantrolene sódico relaxante 
muscular esquelético.
• Práticas recomendadas:
- Utilizar capnógrafo durante a 
anestesia.
- Avaliar a presença de 
manifestações clínicas.
- Monitorar a temperatura cm 
termômetros centrais.
BLOQUEIO NEUROMUSCULAR RESIDUAL PÓS-
OPERATÓRIO
• “Caracterizado pela fraqueza ou paralisia muscular no pós-operatório”.
(SOBECC, 2013)
• Causado por deficiência ou ausência de antagonismo dos bloqueadores
neuromusculares.
• Fator de risco para: broncoaspiração, atelectasia e pneumonia.
• Práticas recomendadas:
-Avaliar a função motora dos paciente submetidos à anestesia geral.
-Manter a cabeça do paciente lateralizada até que este recobre o
estado de alerta.
-Manter oxigenação contínua e monitorar a saturação de O2 com
oxímetro de pulso.
OBRIGADA!

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