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Abordagem emergencial otimizada do felino politraumatizado

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Abordagem emergencial otimizada do felino 
politraumatizado
A optimized emergency approach for the politraumatized feline patient
Ligia Pereira de Moraes – Pós-graduação em Anestesiologia Veterinária. Email: demagiali@uol.com.br
Mariana do Amaral Corrêa – 
Rodrigo Luiz Marucio – Doutorando pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – USP, São Paulo
Marcela Malvini Pimenta – CAT Medicina de felinos – Belo Horizonte/MG
Rodrigo Cardoso Rabelo – Intensivet núcleo de Medicina Veterinária Avançada – Belo Horizonte/MG
Moraes LP, Corrêa MA, Mauricio RL, Pimenta MM, Rabelo RC. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação; 
2010; 8(26); 416-423.
Resumo
A população de felinos domésticos aumentou consideravelmente nos últimos anos, e estes animais 
podem ser encontrados com uma frequência maior que a de cães em determinados países. A este fato 
associa-se o hábito urbano moderno que trouxe o felino para dentro de apartamentos e espaços cada 
vez mais reduzidos, devido a sua habilidade de adaptação à rotina do ser humano contemporâneo. 
É frequente o envolvimento desta espécie em acidentes graves como quedas, traumas por mordedu-
ra ou automobilísticos. A morbimortalidade pode ser reduzida se uma metodologia sistematizada 
e organizada de atendimento é utilizada, já que os felinos apresentam características que os tornam 
únicos e desafiantes na prática da medicina veterinária.
Palavras-chave: Emergência, gato, terapia intensiva, trauma.
Abstract
The population of domestic cats had an arrested increasing in the last years, and these animals can 
be found more frequently than dogs in certain countries. This fact is associated to the modern urban 
way of life that brought cats into apartments reduced spaces, right because it’s ability to adapt to this 
human contemporary routine. Its very common to see this specie involved in serious accidents such as 
high falls, biting wounds or vehicle trauma. The morbidity and mortality can be reduced if a systema-
tic and organized emergency approach is used, since cats have characteristics that make them unique 
and challenging in veterinary medicine practice.
Keywords: emergency, cat, intensive care, trauma. 
Relato de caso
416
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(26); 416-423.
Abordagem emergencial otimizada do felino politraumatizado
417
Introdução
“Trauma” é uma palavra de origem grega, que significa 
“ferida”, e atualmente denota uma lesão produzida subi-
tamente por ação física ou química e ao evento que a pro-
duziu(1). Estudos demonstram que, em média, 12,8% dos 
atendimentos de cães e gatos de urgência ocorrem por algum 
tipo de trauma, sendo que os gatos apresentam o dobro de 
ocorrências, quando comparados aos cães (2,3). Além disso, 
o número de casos de felinos politraumatizados aumentou 
bastante devido à maior possibilidade de acesso à rua por 
parte dos gatos(4).
Embora cães e gatos estejam expostos a riscos ambientais 
semelhantes, as diferenças de comportamento resultam na 
possibilidade de sofrerem traumas específicos, com a maior 
probabilidade de grandes quedas, devido ao seu hábito de 
escalar e sua preferência por lugares altos (3). Acidentes au-
tomobilísticos e ferimentos por brigas também são represen-
tativos (4,5).
Com relação à gravidade do trauma, os felinos também 
são mais susceptíveis do que os cães por possuírem compara-
tivamente menor peso e massa corporal (3).
O trauma múltiplo pode ser responsável por uma alta 
mortalidade nos atendimentos de urgência, mas muitos óbi-
tos podem ser evitados quando se utiliza uma metodologia 
sistematizada e organizada. Esta revisão tem por objetivo de-
monstrar como deve ser realizada a abordagem do paciente 
felino no trauma, levando-se em conta suas diferentes respos-
tas ao se tornar um paciente crítico.
Particularidades da espécie felina
Os gatos são particularmente um desafio em situações 
dependentes de respostas compensatórias, como no trauma, 
onde a perfusão tecidual e a pressão arterial sanguínea en-
contram-se comumente comprometidas. Em animais trauma-
tizados, o fator de maior associação à hipoperfusão é a hipo-
volemia (6,7). Em gatos, porém, a avaliação da hipoperfusão 
secundária a hipovolemia é difícil, pois a coloração normal 
das membranas mucosas são mais pálidas do que em cães e a 
qualidade do pulso é mais difícil de ser avaliada. A frequên-
cia cardíaca (FC) em repouso também é maior do que a dos 
cães e o aumento marcante da FC em resposta a hipovolemia 
não ocorre, principalmente nos animais hipotérmicos (6).
Além disso, gatos traumatizados apresentam outras ca-
racterísticas que os tornam um verdadeiro desafio clínico, 
como por exemplo, a ausência de sinais hiperdinâmicos do 
choque (5,8,9,10) e o insucesso de esplenocontração em res-
posta à hemorragias (5,9,11). A progressão da descompensa-
ção é marcada pela perda de controle da temperatura central 
e sua relação direta com o sistema nervoso simpático (SNS), 
em que a refratariedade dos receptores α1-adrenérgicos re-
sulta na incapacidade de compensação das alterações cardio-
vasculares (8,12), em bradicardia e potencialização da hipo-
tensão (12,13). 
Outras consequências são desencadeadas com a evolução 
do quadro, como a acidose e as coagulopatias, denominadas 
tríade da morte no trauma, ao serem associadas à hipotermia.
Manejo inicial do paciente traumatizado
Assim que o paciente é recebido no serviço de urgência, 
uma breve história é obtida do proprietário em poucos minu-
tos (CAPÚM) enquanto o doente é submetido à estabilização, 
adotando-se o tratamento precoce baseado em metas (Early 
Goal-Directed Therapy – EGDT) e seguindo o protocolo de 
atendimento emergencial de rotina (14,15,16,17,18,19). Esta 
abordagem foi baseada no protocolo ABC, que envolve pa-
tência de via Aérea, a Boa respiração e o controle da Circu-
lação, respectivamente, sempre buscando a estabilização da 
perfusão microcirculatória (guiada por curva de clearence de 
lactato) para depois confirmar a viabilidade macrocirculató-
ria(20,21). 
A prioridade do exame físico deve ser a busca por hemor-
ragias catastróficas que possam ocasionar o óbito em poucos 
instantes, e caso não estejam presentes, seguir a abordagem 
de abertura de vias aéreas, geração de uma boa ventilação e 
respiração e em seguida, determinar o status circulatório do 
doente. O passo seguinte deve ser baseado na abordagem se-
cundária com controle da dor de forma eficiente (22,23).
Patência das Vias Aéreas e Boa respiração
A via aérea superior deve estar limpa e desobstruída para 
proporcionar uma ventilação adequada. Caso necessário, a 
cricotireoideotomia é o procedimento de escolha (24).
A suplementação precoce de oxigênio deve ser um pilar 
terapêutico prioritário, porém, esta deve causar o mínimo 
possível de estresse ao animal. De maneira geral, o doente 
deve ser abordado na posição de conforto de sua preferência, 
e a escolha do método de oxigenação vai depender, em todos 
os casos, da aceitação do animal. A utilização inicial de ten-
das de oxigênio, colar de Crowe (elisabetano) (Fig. 1), ou via 
tubo com fluxo livre são preferíveis (4). 
Figura 1: Suplementação de oxigênio via colar de Crowe (Elisabetano). 
Notar a abertura na parte superior para saída de CO2.
A hipoventilação é uma das maiores causas de mor-
te em felinos, portanto o padrão ventilatório deve ser 
ajustado para evitar acidose respiratória e fadiga mus-
cular (23).
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(26);416-423.
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Circulação
Durante a avaliação circulatória, a hemodinâmica felina 
deve ser levada em conta, devido às suas diferenças em rela-ção às outras espécies (6). 
A perfusão dos tecidos é avaliada pela mensuração do 
lactato sanguíneo (Figura 2) e o estado macrocirculatório é 
vigiado por meio da observação do nível de consciência, fre-
quência cardíaca, qualidade e frequência do pulso, coloração 
das mucosas, tempo de preenchimento capilar, distensão da 
veia jugular e principalmente pela avaliação da pressão arte-
rial e do delta T (diferença da temperatura retal e da tempe-
ratura periférica) (6).
ao administrar estes fármacos, é importante considerar seu 
alto risco em pacientes portadores de cardiomiopatia hiper-
trófica (13) e nos que ainda se encontram em estado de hi-
povolemia.
O reaquecimento central é essencial para a recuperação 
hemodinâmica e entrega de oxigênio tecidual, devendo ser 
realizado de forma gradual, 0,5°C a cada meia hora, até atin-
gir a meta final (26,28). 
Durante a reanimação volêmica é necessário monitorar 
a pressão arterial, a frequência cardíaca, a concentração 
de lactato, e principalmente a temperatura corpórea cen-
tral, por razão de ajustes do sistema nervoso simpático à 
normalização da temperatura. As temperaturas corporais 
baixas, especialmente no gato, impedem uma resposta 
adrenérgica adequada, e ao reverter o quadro de hipoter-
mia pode haver uma vasoconstrição rebote por reativação 
simpática e consequente má distribuição de volume com 
geração de edema (9,25).
Abordagem secundária
Após a estabilização dos fatores hemodinâmicos e a rea-
dequação da oferta de oxigênio aos tecidos, deve-se realizar 
o exame completo do paciente e a avaliação da necessidade 
de exames diagnósticos adicionais, intervenções cirúrgicas, e 
tratamentos de suporte (20,29,30).
O acesso externo é particularmente importante na 
vítima de trauma agudo. O animal deve ser cuidadosa-
mente avaliado para presença de sangramentos, lacera-
ções, perfurações, abrasões, contusões, edema signifi-
cante, crepitações e dor à palpação, herniações, fraturas 
ou deformidades. Neste momento é necessário explorar 
todos os orifícios, naturais ou não, manualmente e com 
sondas (22).
O retroperitônio deve ser investigado quanto à presença 
de hemorragias, fraturas pélvicas, lesões em bexiga, rins e fí-
gado. Durante a avaliação abdominal, é importante realizar a 
palpação, auscultação, percussão, e avaliação da presença de 
líquidos ou gás livre. O sistema FAST (Focused assessment 
with sonography trauma) é um método eficiente, minima-
mente invasivo e de alta sensibilidade na detecção de altera-
ções decorrentes de lesões abdominais e torácicas provenien-
tes de traumas. 
Como a dor é um evento comum a qualquer tipo de trau-
ma, ela deve ser sempre tratada para suprimir seus efeitos 
adicionais e indesejáveis (30) (Figura 3). A diminuição da 
resposta ao estresse, do nível de ansiedade e angústia do pa-
ciente, vão além das questões éticas (31). As respostas refle-
xas induzidas pelo dano tecidual e pela dor, embora tenham 
o caráter de proteção à vida em curto prazo, são deletérias 
e aumentam o risco de complicações em pacientes trauma-
tizados, por resultar em uma variedade de efeitos colaterais 
endócrinos e metabólicos responsáveis por retardar a recu-
peração do paciente (31,32,33). Além disso, a nociocepção e 
a resposta ao estresse resultam em imunossupressão (30). 
Sendo assim, preconiza-se o controle da dor de forma con-
tínua ou em infusão constante em todos pacientes trauma-
tizados (33). 
Figura 2: Dosagem 
de Lactato de um 
felino politrauma-
tizado (6,5 mmoL 
acima do permitido 
para espécie), refle-
tindo uma condição 
de hipóxia e hipo-
perfusão tecidual.
A reposição volêmica deve ser realizada levando-se em 
conta o volume sanguíneo destes pacientes, e a sua maior 
susceptibilidade a sobrecargas hídricas (9,25). Com o objeti-
vo de se evitar tais transtornos e resgatar o animal do qua-
dro de choque precocemente, a reanimação deve conferir 
inicialmente um grande volume de fluido cristalóide (ringer 
lactato) infundido de forma rápida, 10ml/kg a cada seis mi-
nutos, até a obtenção da estabilidade fisiológica do paciente, 
sendo subsequentemente administrado de forma conserva-
dora em 24hs, descontando-se o volume que foi fornecido. 
A este processo agressivo de fluidoterapia atribui-se o nome 
de prova de carga ou de volume. Ao final de duas provas 
com ausência de resposta, a próxima tentativa é a infusão de 
bolus de colóide, na dose de 10-20ml/kg em um intervalo de 
uma a duas horas (9,10,26). Cabe ressaltar que sempre que 
houver um nível de pressão arterial considerado ameaçador 
à vida (pressão arterial média menor que 65 mmHg ou pres-
são sistólica menor que 90 mmHg) recomenda-se a adminis-
tração imediata de 4 ml/kg em 2-3 minutos de solução sali-
na hipertônica a 7,5% associada a um amido 130/0,4 (Hiper 
Haes), para em seguida continuar com as provas de carga 
de cristaólides. Se ainda assim o animal não obtiver respos-
ta, é recomendado o uso de inotrópicos positivos como a 
dopamina, ou a dobutamina quando houver evidência de 
redução de contratilidade cardíaca (2,25,26,27). No entanto, 
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(26); 416-423.
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Analgésicos opióides
Morfina (0,05 a 0,5 mg/kg/IM, a cada 3-6horas) 
oximorfona* (0,1 a 0,2 mg/kg/IV, redosagem 0,05 a 0,1 mg/kg) 
Buprenorfina** (0,005 a 0,01 mg/kg/IV ou IM, a cada 8 horas) 
Analgésico de ação central
Tramadol ( 2,0 a 4,0mg/kg/VO, a cada 12 horas)
Possui seletividade por receptores µ e ligação fraca pelos receptores kappa e delta. Também interage com os siste-
mas noradrenérgico e serotonérgico.
Antiinflamatórios não esteroidais
AINEs : Devem ser evitados até que a função cardiovascular esteja controlada e a função renal avaliada devido ao 
risco potencial maior de toxicidade na espécie felina. Além disso, os gatos são particularmente susceptíveis aos efei-
tos adversos renais dos AINEs, e por esse motivo não devem ser administrados em gatos hipotensos. Em algumas 
situações, como no trauma normovolêmico estável ou cirurgia, estes analgésicos podem ser úteis para o manejo da 
dor aguda, mas ainda assim devem ser utilizados por um curto período de tempo e com cautela.
Anestésicos locais
Lidocaína (0,25 a 0,75 mg/kg IV/lenta ou 10 a 40 ug/kg/min/ infusão contínua)
Bupivacaína***: ( Solução 0,5% - 0,2ml/kg/via epidural) 
Utilizados para bloqueios regionais de nervos específicos e para infiltração em feridas ou fraturas. Oferecem boa 
analgesia inibindo a condução nervosa por bloqueio dos canais de cálcio, com mínimos efeitos colaterais. Podem ser 
utilizados isolados ou associados, para um início rápido e longa duração.
Figura 3A: Fratura exposta de fêmur em um felino decorrente de trauma. Figura 3B – Paciente mimetizando dor.
O metabolismo único dos gatos impacta diretamente na 
escolha dos fármacos a serem utilizados. A pequena gama 
de analgésicos licenciados para os felinos é uma barreira 
para o tratamento da dor (34), entretanto os opióides são 
analgésicos muitos úteis e administrados com muita frequ-
ência nos pacientes traumatizados devido ao seu rápido iní-
cio de ação, segurança, potência e reversibilidade (35). Em 
pacientes politraumatizados, a dose dos opióides deve ser 
lentamente ajustada até o efeito desejado, pois a farmacoci-
nética do medicamento pode ser alterada (32). A Tabela 1 
detalha os principais fármacos utilizados (32,34,36,37,38,3
9,40,41,42,43,44).
Tabela 1: Fármacos disponíveis para uso em traumas.
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(26);416-423.
Abordagem emergencial otimizada do felino politraumatizado
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Em pacientes críticos, a hipoglicemia pode ocorrer 
inesperadamente, e por isso, a concentração de glicose 
sanguínea deveser checada e monitorada (7), devendo-se 
também evitar a hiperglicemia, muito comum durante a 
evolução da internação. É válido considerar que na espé-
cie felina, existe a possibilidade de ocorrerem alterações de 
glicemia e de cortisol endógeno por estresse, e estes valo-
res podem estar superestimados, reforçando a importân-
cia de um ambiente hospitalar adequado e adaptado para 
esses pacientes (5). O objetivo é manter a glicemia entre 80 
e 140 mg/dl (7).
É necessário observar o nível de consciência (Figura 4). 
A perda do estado mental normal do paciente pode ocorrer 
rapidamente caso a entrega de oxigênio e glicose seja inade-
quada, sendo considerado um fator prognóstico muito im-
portante para esta espécie (23). 
Tabela 1: Continua.
Outros
Cetamina: (2,0 a 25 mg/kg/ IV ou IM)
Anestésico dissociativo com ação antagonista de receptores NMDA com pequena atividade analgésica devido a 
diminuição da sensibilização central. Recomenda-se associar outro fármaco de ação sedativa.
Gabapentina: (10mg/kg/VO, a cada 12hs)
Medicamento anticonvulsivante com bons resultados no tratamento da dor perioperatória. O seu mecanismo de 
ação analgésica é desconhecido, mas há evidências de que possa aumentar a inibição central ou reduzir a síntese de 
glutamato. 
Medetomidina: (0,08 mg/kg/VO)
Boa opção para contenção do paciente com objetivo de se evitar novos ferimentos e dores adicionais. A administra-
ção por via oral pode ser uma técnica útil na dosagem. 
Dexmedetomidina: (0,04 mg/kg/ VO ou IM) 
Também pode ser usada por via oral para uma analgesia de longa duração comparada com a mesma dose pela via 
intramuscular. 
*Analgésico 10 a 15 vezes mais potente do que a morfina
** Analgésico 25 a 50 vezes mais potente do que a morfina
*** Anestésico local mais potente do que a lidocaina
A avaliação do nível de consciência do paciente deve ser 
realizada inicialmente pelo sistema AVDN, (Alerta, responde 
ao alerta Verbal, responde somente a estimulação Dolorosa, 
Não responde). Posteriormente, o sistema de classificação de 
comprometimento neurológico através da escala de coma 
para pequenos animais (escala de Glasgow modificada) deve 
ser utilizado para que as medidas cabíveis sejam implantadas 
(29,30,45). 
A premissa de que todos os pacientes são portadores de 
fraturas até que se prove o contrário, deve ser considerada. 
No animal em decúbito, somente reflexos espinhais e sensibi-
lidade dos membros deverão ser testados, até ser descartadas 
lesões de coluna (29) (Figura 5). 
Figura 4: Midríase resultante de politrauma em um paciente felino.
Figura 5: Contenção inicial do animal através da remoção da parte externa 
da caixa de transporte.
O tratamento emergencial dos ferimentos abertos e/ou 
fraturas consiste em controlar o sangramento por compres-
são direta sobre a ferida, prevenir contaminações adicionais, 
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(26); 416-423.
Abordagem emergencial otimizada do felino politraumatizado
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imobilização do membro fraturado (30), ou controle de danos 
ortopédicos até que seja possível a realização de um procedi-
mento cirúrgico definitivo (46,47).
Monitorização
A monitorização deve ser iniciada tão logo se alcance a 
estabilidade do doente. A avaliação diária de um paciente em 
estado crítico deve ser realizada pela integração dos dados 
físicos e dos resultados de exames complementares (7), tais 
como, painel radiográfico; hemograma completo; microhe-
matócrito; dosagem dos sólidos totais, glicose, bilirrubina, 
potássio, uréia e creatinina; urinálise; perfil de eletrólitos; 
gasometria arterial e perfil de coagulação (2,24). O registro 
de todos os parâmetros monitorados promove uma maior 
eficiência do tratamento, além de viabilizar uma estimativa 
prognóstica (24, 41,48).
O comprometimento pulmonar é muito comum em pa-
cientes traumatizados, por isso, a auscultação, frequência e 
padrão respiratório devem ser monitorados constantemente 
(7). A oximetria de pulso é muito útil, pois permite a monito-
ração da oxigenação de uma maneira não invasiva, bem tole-
rada e confiável (49,50). Porém, para se investigar a eficiência 
das trocas gasosas, a determinação da PaO2 é mais adequada, 
com valores inferiores a 90mmHg em um animal respirando 
ar ambiente sendo considerado hipoxemia (51). 
Enquanto a acidose lática é um distúrbio comum em vá-
rios processos que geram um estado de hipoperfusão (52), a 
acidose respiratória é quase sempre provocada por uma falha 
na ventilação (51). Os valores de bicarbonato e excesso de ba-
ses são utilizados para avaliar o estado metabólico do paciente 
e a pressão parcial de dióxido de carbono (PCO2) para estimar 
a condição ventilatória (7). O desequilíbrio entre as concentra-
ções de sódio e potássio pode afetar a função neuromuscular e 
a manutenção da homeostasia celular (53). Sendo assim, estas 
concentrações devem ser mensuradas e mantidas dentro da 
variação normal, assim como as de cloreto e as de cálcio (7).
Os parâmetros clínicos utilizados para avaliar a perfu-
são periférica e cerebral são o estado mental, a freqüência 
cardíaca, a coloração das membranas mucosas, o tempo de 
enchimento e esvaziamento jugular, a qualidade de pulso, a 
temperatura central e periférica, e o débito urinário (6,7,54). 
Em animais traumatizados, o débito urinário deve ser cuida-
dosamente monitorado, devido ao risco de desenvolvimento 
de falência renal. Além disso, os azotos (uréia e creatinina) 
devem ser monitorados durante a realização da bioquímica 
sanguínea diária (7). 
 Para manter uma perfusão adequada para o cérebro 
e para os rins, um valor mínimo da pressão arterial média 
(PAM) de 65mmHg é necessário e constitui o método mais 
efetivo de avaliar a perfusão, juntamente com a curva de cle-
arence de lactato, por correlacionar-se ao débito cardíaco, re-
sistência vascular e volemia. O uso do Doppler constitui um 
método não invasivo de aferição da pressão arterial significa-
tivamente confiável para o paciente felino (2, 55). 
A frequência e o ritmo cardíacos devem ser monitorados re-
gularmente por auscultação cardíaca e/ou por meio de exame 
eletrocardiográfico. A taquicardia pode ser um sinal precoce de 
comprometimento hemodinâmico, ao passo que a bradicardia 
pode constituir um sinal eminente de atonia simpática durante 
o choque em felinos. Além disso, é possível que pacientes crí-
ticos desenvolvam arritmias secundariamente à hipovolemia 
e à hipoxemia, também responsáveis por prejudicar o débito 
cardíaco. Outra possibilidade é a monitoração da contratilida-
de cardíaca através da ecocardiografia, principalmente para 
aqueles pacientes que apresentam comprometimento hemodi-
nâmico e não respondem adequadamente a fluidoterapia (7). 
Cuidados de suporte ao paciente
Nutrição
O suporte nutricional em gatos é de grande importância e 
deve ser realizado o mais precocemente possível pelo fato do 
paciente encontrar-se em um estado hipermetabólico (28,48). 
Se existe o conhecimento de que o paciente passará por um 
período prolongado de inapetência ou inabilidade para se ali-
mentar, a colocação cirúrgica de um tubo de alimentação é re-
comendada. Os tubos de esofagostomia são os de eleição, bem 
tolerados e podem permanecer no local por longos períodos 
(4). Os felinos são carnívoros essenciais e dependem da oferta 
de proteína como fonte de energia, sendo um erro considerar a 
fluidoterapia uma forma de suporte nutricional (8). Outras exi-
gências nutricionais são particulares da espécie e necessárias 
para a sua sobrevivência, devendo ser checadas e respeitadas.
Manejo hospitalar
Os pacientes devem ser manejados apropriadamente. Os 
animais em decúbito devem ser movimentados a cada 4 ho-
ras, o local de inserção do cateter deve ser sempre inspecio-
nado e mantido de forma asséptica. Oslocais de incisão cirúr-
gica e feridas devem ser inspecionados sequencialmente, e 
as bandagens úmidas igualmente checadas e substituídas (7). 
A dosagem dos fármacos deve ser constantemente revi-
sada. Um paciente em estado de choque possui um padrão 
farmacocinético diferente, caracterizado pelo incremento na 
oferta dos fármacos aos tecidos mais vascularizados e pela 
anulação da distribuição destes aos tecidos gordurosos e 
musculares. Esse padrão pode resultar em aparecimento de 
efeitos colaterais e maior permanência de medicamentos no 
organismo. Além disso, distúrbios ácido-base, hipoproteine-
mia e hipotermia podem alterar seu metabolismo e biodispo-
nibilidade (1). Ainda, o paciente deve ser pesado diariamen-
te, pois a posologia dos fármacos pode alterar-se durante o 
período de internação.
A saúde mental dos animais é tão essencial quanto à saú-
de física. Para isso é importante manter os cuidados de inter-
nação adequados para uma melhor recuperação do paciente 
(7,13,28,56) :
• Minimizar o estresse;
• Disponibilizar água e comida frescas, caixa de areia e 
cama macia;
• Respeitar a fisiologia de sono da espécie, promovendo 
iluminação adequada;
• Manter o controle da dor;
• Preservar o silêncio no ambiente de internação ;
• Manejar o paciente gentilmente e de forma carinhosa;
• Possibilitar visitas do proprietário.
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Considerações Finais
É necessário uma abordagem otimizada na gestão 
de cuidados ao felino politraumatizado, a fim de pos-
sibilitar uma intervenção precoce, capaz de assegurar 
e manter a integridade fisiológica do animal ou inter-
ceder na propagação de mecanismos descompensató-
rios que se instalam com a progressão da hipoperfusão 
tecidual.
Todos os esforços devem ser concentrados com o objetivo 
de evitar a ocorrência da tríade da morte no trauma, comu-
mente potencializada pela hipotermia, hipotensão e bradicar-
dia nos gatos, e representada pela hiperlactatemia.
O conhecimento das particularidades da espécie felina 
também é fundamental para garantir o sucesso da reanimação, 
a sobrevida a longo prazo, e a prevenção de sequelas futuras.
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Recebido para publicação em: 05/08/2010.
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Aceito para publicação em: 20/08/2010.
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2010;8(26);416-423.

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