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CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL Professora Me. Alexandra Yatsuda Fernandes Brescansin GRADUAÇÃO Unicesumar C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; BRESCANSIN, Alexandra Yatsuda Fernandes. Cálculo Diferencial e Integral. Alexandra Yatsuda Fernandes Brescansin. Reimpressão. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 307 p. “Graduação - EaD”. 1. Cálculo. 2. Diferencial. 3. Integral. 4. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 515.5 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828 Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - Núcleo de Educação a Distância Direção Operacional de Ensino Kátia Coelho Direção de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Direção de Operações Chrystiano Mincoff Direção de Mercado Hilton Pereira Direção de Polos Próprios James Prestes Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida Direção de Relacionamento Alessandra Baron Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Coordenador de Conteúdo Ivnna Gurniski de Oliveira Design Educacional Yasminn Zagonel Iconografia Amanda Peçanha dos Santos Ana Carolina Martins Prado Projeto Gráfico Jaime de Marchi Junior José Jhonny Coelho Arte Capa André Morais de Freitas Editoração Victor Augusto Thomazini Matheus Felipe Davi Revisão Textual Yara Martins Dias Daniela Ferreira dos Santos Ilustração Marta Sayuri Kakitani Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e so- lução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilida- de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos- sos farão grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar assume o compromisso de democratizar o conhe- cimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi- tário Cesumar busca a integração do ensino-pes- quisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consci- ência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al- meja ser reconhecido como uma instituição uni- versitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con- solidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrati- va; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relaciona- mento permanente com os egressos, incentivan- do a educação continuada. Diretoria Operacional de Ensino Diretoria de Planejamento de Ensino Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a sociedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu- nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con- tribuindo no processo educacional, complementando sua formação profissional, desenvolvendo competên- cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessá- rios para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de cresci- mento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além dis- so, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendiza- gem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica. A U TO R Professora Me. Alexandra Yatsuda Fernandes Brescansin Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) no ano de 1995. Mestrado em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP) no ano de 1999. Atualmente, é professora titular da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari (FAFIMAN). Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Álgebra e Cálculo. SEJA BEM-VINDO(A)! Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a)! Preparei este material com a pretensão de apre- sentar a você os conceitos básicos do Cálculo Diferencial e Integral, para que eles sejam aplicados em diversas áreas do conhecimento, que fazem uso desta importante teoria. Os assuntos abordados neste livro são os de limite, derivada e integral de funções de uma variável real. O material foi desenvolvido de forma que os conceitos e resultados apresentados, sempre que possível, sejam acompanhados do seu significado geomé- trico. A visualização de gráficos referentes a problemas e resultados serão um auxiliar valioso na aprendizagem. Minha intenção é apresentar as ideias de cada assunto, os re- sultados e demonstrações mais interessantes, acompanhados de exemplos ilustrativos, e desenvolver, dessa forma, competência técnica e compreensão dos conceitos. Espero que as atividades propostas em cada unidade direcionem você para isso. Vamos percor- rer juntos essa jornada? Este material está dividido em cinco unidades. O conjunto dos números reais e as funções reais de uma variável real são os objetos prin- cipais de estudo da unidade I e constituem uma base fundamental para a compreensão do cálculo. Você irá perceber que esses conteúdos estiveram presentes no decorrer de seus anos de estudo no ensino fundamental e médio. Trata-se, portanto, de uma revisão e um aprofundamento de tais temas. Os principais conceitos do cálculo são definidos em termos de limites de uma função. Neste texto, a noção de limite, conteúdo da unidade II, é discutida e motivada de manei- ra intuitiva, utilizando tabelas e gráficos, de forma a facilitar a compreensão da comple- xa definição formal de limite. O cálculo consiste de duas partes essenciais:o cálculo diferencial e o cálculo integral. Na unidade III, tratarei do cálculo diferencial, que se baseia na derivada. Além de uma abordagem geométrica, irei apresentar a relação do conceito de derivada com outra interpretação importante: a taxa de variação instantânea. Assim como o conceito de derivada está intimamente ligado ao problema de encontrar uma reta tangente a uma curva em um determinado ponto, o problema básico do cál- culo integral é o problema das áreas. Na unidade IV, usarei esse problema geométrico como motivação para definir o conceito básico do cálculo integral: a integral definida. Na unidade V, finalizo com algumas aplicações da derivada e da integral definida. Entre elas, problemas que envolvem máximo e mínimos e podem ser tratados com o auxílio da derivada e o cálculo de volume de sólidos de revolução, conceito que pode ser inves- tigado utilizando a integral definida. Sugiro que você estude o texto, acompanhe atentamente os exemplos ilustrativos e depois, resolva as atividades propostas, inclusive, se possível, faça uso de um software matemático na construção de gráficos e análise crítica dos resultados. APRESENTAÇÃO CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL Enfim, resta-me desejar bom trabalho a você, aluno(a). Que este material consiga despertar uma fagulha do seu interesse pela pesquisa e pelo conhecimento do Cál- culo Diferencial e Integral. Especiais agradecimentos para a Professora Mestre Edvania Gimenez de Oliveira Go- doy pela leitura, correções e sugestões para aprimoramento do texto. APRESENTAÇÃO SUMÁRIO 09 UNIDADE I FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL 15 Introdução 16 Números Reais 26 Funções e seus Gráficos 36 Álgebra das Funções 39 Classes de Funções 60 Funções Inversas 71 Considerações Finais 81 Referências 82 Gabarito UNIDADE II LIMITES E CONTINUIDADE DE FUNÇÕES 87 Introdução 88 O Conceito de Limite 95 Cálculo de Limites usando suas Propriedades 104 Limites Laterais 108 Limites Infinitos, Limites no Infinito e Assíntotas 120 Funções Contínuas 125 Considerações Finais SUMÁRIO 10 134 Referências 136 Gabarito UNIDADE III DERIVADAS 141 Introdução 142 Reta Tangente e a Derivada 156 Regras de Derivação 165 Regra da Cadeia 169 Derivada das Funções Exponenciais e Trigonométricas 175 Derivação Implícita e Derivada de Funções Inversas 182 Considerações Finais 189 Referências 190 Gabarito UNIDADE IV INTEGRAIS 195 Introdução 196 Primitivas e a Integral Indefinida 203 Integração por Substituição e Integração por Partes 209 Área e a Integral Definida 219 Teorema Fundamental do Cálculo SUMÁRIO 11 225 Tópicos Adicionais de Integração 237 Considerações Finais 247 Referências 248 Gabarito UNIDADE V APLICAÇÕES DA DERIVADA E DA INTEGRAL DEFINIDA 253 Introdução 254 Aplicações da Derivada 285 Aplicações da Integral Definida 296 Considerações Finais 305 Referências 306 Gabarito 307 CONCLUSÃO U N ID A D E I Professora Me. Alexandra Yatsuda Fernandes Brescansin FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Objetivos de Aprendizagem ■ Revisar o conjunto dos números reais. ■ Compreender o conceito de Função e reconhecer formas de representá-la matematicamente, relacionando-as. ■ Definir e aplicar Operações Algébricas com funções. ■ Identificar Funções Polinomiais, Racionais, Trigonométricas e Exponenciais e aplicar algumas de suas propriedades básicas. ■ Analisar as características da Função Inversa e conhecer algumas de suas propriedades básicas. Plano de Estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: ■ Números Reais ■ Funções e seus gráficos ■ Álgebra das funções ■ Classes de funções ■ Funções inversas Introdução Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 15 INTRODUÇÃO Olá, seja bem-vindo(a)! Nesta primeira unidade, você irá estudar basicamente dois conteúdos: o conjunto dos números reais e as funções. Esses conteúdos estão presente em todas as séries do Ensino Fundamental e Médio e constituem uma base fundamental para compreensão do Cálculo Diferencial e Integral. Inicialmente, faremos uma breve revisão do conjunto dos números reais, apresentando definições, propriedades e exemplos que envolvem desigualdades e módulo de um número real. Ressaltamos que nosso curso será pautado neste conjunto. Em seguida, vamos estudar o conceito de função, uma das noções principais da matemática. A noção de função foi construída e aperfeiçoada ao longo de vários séculos e seu conceito atual resultou da investigação de vários matemáticos. De forma geral, o conceito de função trata essencialmente da correspondência entre conjuntos, não necessariamente numéricos. Em nosso estudo, os conjuntos envolvidos serão subconjuntos do conjunto dos números reais, , e as funções neles definidas são chamadas funções reais de uma variável real. Nesse contexto, podemos dizer que função é uma regra que nos diz como uma quantidade variável depende de outra, o que permite descrever muitos fenômenos do mundo real. Enfatizamos que uma função pode ser representada de várias maneiras, e, para possibilitar a representação geométrica dessas funções (gráficos), introduzimos o sistema de coordenadas cartesianas, que nos permite representar os pontos no plano utilizando pares ordenados e números reais. Estudaremos, também, os principais tipos de funções que ocorrem no cálculo: polinomiais, racionais, trigonométricas e exponenciais, explorando e discutindo suas propriedades e gráficos. Finalizamos esta unidade com o estudo das funções inversas, utilizando seu conceito e propriedades na definição das funções logarítmicas e das funções trigonométricas inversas. reais, , e as funções neles definidas são chamadas FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E16 NÚMEROS REAIS NÚMEROS REAIS Números naturais, inteiros e racionais Indicaremos com o símbolo o conjunto dos números naturais: . Designaremos com o símbolo o conjunto dos números inteiros: . Os números racionais são aqueles que podem ser representados na forma de uma fração, em que e são inteiros e . O conjunto dos números racionais é indicado por , assim: . Exemplos: Para obtermos a representação decimal de uma fração , basta efetuar a divisão de por . Exemplos: Assim, a representação decimal de um número racional (fracionário) pode ser uma decimal exata ou uma decimal infinita periódica (dízima periódica) . Conjunto dos números reais Vimos anteriormente que os números racionais admitem uma representação decimal exata, ou infinita periódica. Aqueles números cuja representação decimal é infinita não periódica, chamam-se números irracionais. Indicaremos com o símbolo o conjunto dos Designaremos com o símbolo o conjunto dos são inteiros e . O conjunto dos números racionais é indicado por , assim: divisão de por .divisão de por . Números Reais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 17 Exemplos de números irracionais: (número de Euler) O conjunto dos números reais é a reunião do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais e será indicado por . Representação geométricados números reais Os números reais podem ser representados geometricamente por pontos de uma reta, chamada reta real ou reta numérica. Como construir a reta real? Inicialmente, considere um ponto arbitrário de uma reta orientada, chamado de origem, a ele associe o número 0. Escolha uma unidade conveniente de medida, e à direita da origem, marque um ponto para representar o número 1: Figura 1 - Unidade de Comprimento Fonte: a autora. À partir da medida do segmento de extremidades 0 e 1, marque os representantes dos demais números reais. Assim, é possível associar os números reais aos pontos de uma reta de forma que cada número real corresponda um único ponto, e, reciprocamente, cada ponto da reta corresponda a um único número real. Os números reais associados a pontos à direita da origem são os números reais positivos, e os associados a pontos à esquerda da origem, os números reais negativos. O número zero não é positivo, nem negativo. Exemplos de números irracionais: (número de Euler) O conjunto dos números reais é a reunião do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais e será indicado por . Representação geométrica dos números reais Os números reais podem ser representados geometricamente por pontos de uma reta, chamada reta real ou reta numérica. Como construir a reta real? Inicialmente, considere um ponto arbitrário de uma reta orientada, chamado de origem, a ele associe o número 0. Escolha uma unidade conveniente de medida, e à direita da origem, marque um ponto para representar o número 1: Figura 1 - Unidade de Comprimento Fonte: a autora. À partir da medida do segmento de extremidades 0 e 1, marque os representantes dos demais números reais. Assim, é possível associar os números reais aos pontos de uma reta de forma que cada número real corresponda um único ponto, e, reciprocamente, cada ponto da reta corresponda a um único número real. Os números reais associados a pontos à direita da origem são os números reais positivos, e os associados a pontos à esquerda da origem, os números reais negativos. O número zero não é positivo, nem negativo. FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E18 O número associado a um ponto da reta numérica é chamado de coordenada ou abscissa do ponto. Figura 2 - Reta numérica Fonte: a autora. Desigualdades A construção da reta numérica sugere que o conjunto dos números reais é ordenado, ou seja, existe uma relação de ordem que permite compará-los e dizer quando um número real é maior ou menor que outro. Dizemos que é menor do que e escrevemos se for um número positivo. Na reta numérica, temos que está a esquerda de . Dizemos que é maior do que e escrevemos se for um número positivo. Na reta numérica, temos que está a direita de . O símbolo ( menor ou igual que ) significa que ou e o símbolo ( maior ou igual que ) significa que ou . Propriedades para desigualdades: se e são números reais quaisquer, então: I. Se , então, . II.Se e , então, . III.Se e , então, . Observe que as propriedades (II) e (III) significam que uma desigualdade é mantida quando seus membros são multiplicados por um número positivo, mas é invertida quando são multiplicados por um número negativo. Dizemos que é menor do que e escrevemos se for um Dizemos que é menor do que e escrevemos se for um Dizemos que é menor do que e escrevemos se for um Dizemos que é menor do que e escrevemos se for um número positivo. Na reta numérica, temos que está a esquerda de Dizemos que é maior do que e escrevemos Dizemos que é maior do que e escrevemos número positivo. Na reta numérica, temos que está a direita de ( menor ou igual que ) significa que ( menor ou igual que ) significa que símbolo ( maior ou igual que ) significa que símbolo ( maior ou igual que ) significa que símbolo ( maior ou igual que ) significa que . O número associado a um ponto da reta numérica é chamado de coordenada ou abscissa do ponto. Figura 2 - Reta numérica Fonte: a autora. Desigualdades A construção da reta numérica sugere que o conjunto dos números reais é ordenado, ou seja, existe uma relação de ordem que permite compará-los e dizer quando um número real é maior ou menor que outro. Dizemos que é menor do que e escrevemos se for um número positivo. Na reta numérica, temos que está a esquerda de . Dizemos que é maior do que e escrevemos se for um número positivo. Na reta numérica, temos que está a direita de . O símbolo ( menor ou igual que ) significa que ou e o símbolo ( maior ou igual que ) significa que ou . Propriedades para desigualdades: se e são números reais quaisquer, então: I. Se , então, . II.Se e , então, . III.Se e , então, . Observe que as propriedades (II) e (III) significam que uma desigualdade é mantida quando seus membros são multiplicados por um número positivo, mas é invertida quando são multiplicados por um número negativo. Números Reais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 19 Expressões que envolvem os símbolos acima são chamadas desigualdades ou inequações. Resolver uma inequação é encontrar todos os valores de que satisfaçam uma desigualdade, para isso, usaremos, principalmente, as propriedades apresentadas neste tópico. Exemplo 1 (inequações): resolva a inequação . Propriedade (I) Propriedade (II) A solução da inequação será, então, o conjunto de todos os valores de que são menores ou iguais a 2, ou seja: Exemplo 2 (inequações): resolva a inequação . Propriedade (I) Propriedade (I) Propriedade (III) FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E20 Logo, é o conjunto solução da inequação dada. Exemplo 3 (inequações): resolva as desigualdades . Propriedade (I) Propriedade (II) Assim, obtemos o conjunto solução . Exemplo 4 (inequações): resolva a inequação . Primeiro, vamos fatorar o lado esquerdo, obtendo a inequação equivalente: . Resolver essa inequação significa encontrar todos os valores de que tornam a desigualdade verdadeira, ou seja, que tornam o produto positivo. Assim, a desigualdade terá solução se os fatores e forem ambos positivos ou ambos negativos. Inicialmente, vamos verificar para quais valores de cada fator é positivo, negativo ou nulo: é o conjunto solução da inequação dada. Resolver essa inequação significa encontrar todos os valores de que tornam positivo. Assim, a desigualdade terá solução se os fatores Números Reais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 21 Essa discussão pode ser representada da seguinte forma: Assim, Logo, o conjunto a solução da inequação será: #QR-CODE# Para melhor compreensão, assista, no vídeo, a resolução desse problema. #QR-CODE# Essa discussão pode ser representada da seguinte forma: Assim, Logo, o conjunto a solução da inequação será: #QR-CODE# Para melhor compreensão, assista, no vídeo, a resolução desse problema. #QR-CODE# Essa discussão pode ser representada da seguinte forma: Assim, Logo, o conjunto a solução da inequação será: #QR-CODE# Para melhor compreensão, assista, no vídeo, a resoluçãodesse problema. #QR-CODE# Essa discussão pode ser representada da seguinte forma: Assim, Logo, o conjunto a solução da inequação será: #QR-CODE# Para melhor compreensão, assista, no vídeo, a resolução desse problema. #QR-CODE# FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E22 #Saiba mais# Quando a equação possui as raízes reais e , podemos escrever sua forma fatorada: Fonte: a autora. #Saiba mais# Intervalos Destacaremos certos subconjuntos infinitos dos números reais, chamados intervalos, os quais correspondem geometricamente a segmentos de reta. Sejam e dois números reais, com . Um intervalo em é um subconjunto de que tem uma das seguintes formas: Quadro 1 - Intervalos Tipos de intervalo Notação Representação geométrica Intervalo aberto Intervalo fechado Intervalos mistos Fonte: a autora. Podemos ter intervalos que não são limitados em alguma extremidade, chamados de intervalos infinitos. Sejam dois números reais, com . Um intervalo em é um #Saiba mais# Quando a equação possui as raízes reais e , podemos escrever sua forma fatorada: Fonte: a autora. #Saiba mais# Intervalos Destacaremos certos subconjuntos infinitos dos números reais, chamados intervalos, os quais correspondem geometricamente a segmentos de reta. Sejam e dois números reais, com . Um intervalo em é um subconjunto de que tem uma das seguintes formas: Quadro 1 - Intervalos Tipos de intervalo Notação Representação geométrica Intervalo aberto Intervalo fechado Intervalos mistos Fonte: a autora. Podemos ter intervalos que não são limitados em alguma extremidade, chamados de intervalos infinitos. possui as raízes reais Números Reais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 23 Quadro 2 - Intervalos infinitos Intervalos infinitos Fonte: a autora. O conjunto solução de desigualdades é, em geral, dado por um intervalo ou uma reunião de intervalos. Valor absoluto ou módulo de um número real Vimos anteriormente que, se é um número real, então, é a coordenada de algum ponto da reta numérica. Usa-se o símbolo para denotar o número de unidades (ou a distância) entre e a origem, independentemente do sentido. Figura 3 - Módulo de um número real Fonte: a autora. FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E24 De modo geral, temos a seguinte definição: Definição (módulo ou valor absoluto): seja um número real; definimos o módulo (ou valor absoluto) de por: Exemplos (módulo): Observações: 1) De acordo com a definição acima, o módulo de um número real é sempre positivo ou nulo. 2) Considerando os números reais e coordenadas dos pontos e sobre a reta, o módulo da diferença representa a distância (sempre positiva) entre os pontos e . Figura 4 - Módulo da diferença de dois números reais Fonte: a autora. 3) Não cometa o erro de escrever que . Essa afirmação só é verdadeira se for um número real não negativo. Se considerarmos , por exemplo, temos: 2) Considerando os números reais coordenadas dos pontos coordenadas dos pontos sobre a entre os pontos 3) Não cometa o erro de escrever que . Essa afirmação só verdadeira se for um número real não negativo. Números Reais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 25 Portanto, para todo número real, a afirmação correta é: . As seguintes propriedades são válidas e frequentemente usadas para resolver equações e desigualdades envolvendo módulo de um número real. Seja , então: .Exemplo 5 (equação modular): resolva a equação Usando a propriedade , temos: Portanto as duas soluções da equação dada são: Exemplo 6 (inequação modular): determinar o intervalo que satisfaz a inequação . Usando a propriedade de módulo , temos: Portanto o conjunto solução será: inequação . Usando a propriedade de módulo , temos: FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E26 Graficamente, Apresentamos a seguir mais duas importantes propriedades de módulo: Suponhamos e números reais quaisquer, então: #Saiba mais# Desde que não sejam axiomas ou definições, afirmações matemática, tais como teoremas, proposições e propriedades, só são verdadeiras se tiverem uma demonstração formal. As demostrações das propriedades de desigualdades e valor absoluto apresentadas neste tópico podem ser encontradas em Flemning, Diva Marília, Gonçalves, Mirian Buss (2006). Fonte: a autora. #Saiba mais# FUNÇÕES E SEUS GRÁFICOS Conceito de função Estudamos no ensino básico muitas situações que relacionam números utilizando alguma regra. Podemos citar os seguintes exemplos: 1) A fórmula ou regra que relaciona a área e o raio de um círculo é: Graficamente, Apresentamos a seguir mais duas importantes propriedades de módulo: Suponhamos e números reais quaisquer, então: #Saiba mais# Desde que não sejam axiomas ou definições, afirmações matemática, tais como teoremas, proposições e propriedades, só são verdadeiras se tiverem uma demonstração formal. As demostrações das propriedades de desigualdades e valor absoluto apresentadas neste tópico podem ser encontradas em Flemning, Diva Marília, Gonçalves, Mirian Buss (2006). Fonte: a autora. #Saiba mais# FUNÇÕES E SEUS GRÁFICOS Conceito de função Estudamos no ensino básico muitas situações que relacionam números utilizando alguma regra. Podemos citar os seguintes exemplos: 1) A fórmula ou regra que relaciona a área e o raio de um círculo é: Graficamente, Apresentamos a seguir mais duas importantes propriedades de módulo: Suponhamos e números reais quaisquer, então: #Saiba mais# Desde que não sejam axiomas ou definições, afirmações matemática, tais como teoremas, proposições e propriedades, só são verdadeiras se tiverem uma demonstração formal. As demostrações das propriedades de desigualdades e valor absoluto apresentadas neste tópico podem ser encontradas em Flemning, Diva Marília, Gonçalves, Mirian Buss (2006). Fonte: a autora. #Saiba mais# FUNÇÕES E SEUS GRÁFICOS Conceito de função Estudamos no ensino básico muitas situações que relacionam números utilizando alguma regra. Podemos citar os seguintes exemplos: 1) A fórmula ou regra que relaciona a área e o raio de um círculo é: A fórmula ou regra que relaciona a área e o raio de um círculo A fórmula ou regra que relaciona a área e o raio de um círculo FUNÇÕES E SEUS GRÁFICOS Funções e seus Gráfi cos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 27 2) A distância , em metros, percorrida por um corpo em queda livre sob a ação da gravidade, após ser solto do estado de repouso, na ausência de atrito com o ar, é dada pela regra: , na qual representa a aceleração da gravidade ( ) e representa o tempo (em segundos). Os dois exemplos anteriores têm em comum o fato de representarem uma relação de dependência entre grandezas: “área do círculo depende do raio”,“distância percorrida depende do tempo”. Além disso, “cada raio corresponde a uma única área ”, “cada instante corresponde a uma única distância percorrida ”. Essas são características que definem uma função em termos matemáticos e podem ser sintetizadas de várias formas, iremos adotar a seguinte: Definição (funções): sejam e subconjuntos de . Uma função real de variável real definida em e com valores em é uma regra ou lei de correspondência que associa a cada elemento de um único elemento de . O conjunto é o domínio de e indicaremos por . O conjunto é chamado de contradomínio da função. O único elemento de associado ao elemento de é denotado por (leia: de ). O conjunto de todos os valores de , quando percorre o domínio da é denominado conjunto imagem de e indicado por . A distância , em metros, percorrida por um corpo em queda livre na qual representa a aceleração da gravidade ( corresponde a uma corresponde a uma subconjuntos de . um O conjunto é o e indicaremos por . O conjunto é chamado de O conjunto de todos os valores de , quando percorre o O conjunto de todos os valores de , quando percorre o domínio da é denominado e indicado por . FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E28 Uma função de domínio e contradomínio é usualmente denotada por: ; . O número é chamado variável independente da função e variável dependente da função. Exemplo 7 (função): retomando o exemplo da área do círculo, a regra que define a área em função do raio, pode ser escrita como: Para calcular a área de um círculo com raio de 3 centímetros , basta substituir por 3. Assim, a área desse círculo é: Apesar do domínio da função não estar explícito, os possíveis valores para são os números reais não negativos. Nesse exemplo, é a variável independente e a variável dependente. Exemplo 8 (função): considere a função definida pela regra . Calcule: e . Como determinar o domínio de uma função? Em nosso estudo, estamos considerando somente as funções reais de variável real, que usualmente são caracterizadas apenas pela fórmula que a define. Nesse caso, ficará implícito que o contradomínio é , e o domínio, o conjunto de todos os números reais para os quais a fórmula faz sentido. Por exemplo, na função dada por: Uma função de domínio e contradomínio é usualmente denotada Uma função de domínio e contradomínio é usualmente denotada Uma função de domínio e contradomínio é usualmente denotada O número é chamado da função e variável são os números reais não negativos. Nesse exemplo, é a variável independente e a variável dependente. Calcule: Funções e seus Gráfi cos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 29 , o domínio consiste em todos os números reais , exceto quando , o qual pode ser representado da seguinte forma: . Sistema de coordenadas cartesianas no plano e gráficos de funções Da mesma maneira que os números reais podem ser representados por pontos na reta numérica, pares ordenados de números reais podem ser representados em um plano cartesiano, que consiste em um plano munido de um sistema de coordenadas cartesianas. Como construir o plano cartesiano? Considere duas retas reais perpendiculares, uma das quais normalmente é escolhida como sendo horizontal. Tais retas se interceptam em um ponto , chamado origem. A reta horizontal é chamada eixo ou eixo das abscissas, e a reta vertical é chamada eixo , ou eixo das ordenadas. Os dois eixos dividem o plano em quatro partes denominadas quadrantes. Uma escala numérica é colocada ao longo do eixo , com números positivos à direita da origem e os números negativos à esquerda da origem. De maneira análoga, uma escala numérica é colocada ao longo do eixo , com os números positivos acima da origem e os números negativos abaixo da origem. FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E30 Figura 5 - Sistema de coordenadas cartesianas Fonte: a autora. Podemos associar a qualquer par ordenado de números reais um único ponto do plano, da seguinte maneira: marcamos no eixo das abscissas o ponto associado ao número real e, por esse ponto, traçamos a reta paralela ao eixo das ordenadas. Analogamente, marcamos no eixo das ordenadas o ponto associado ao número real e, por esse ponto, traçamos a reta paralela ao eixo das abscissas. O ponto de intersecção das duas retas, assim traçadas, é o ponto associado ao par ordenado . Cada ponto do plano está associado a um único par ordenado de números reais, da seguinte forma: traçamos por a reta paralela ao eixo das ordenadas, cuja intersecção com o eixo das abcissas determina um único número real . Analogamente, traçamos por a reta paralela ao eixo das abscissas, cuja intersecção com o eixo das ordenadas determina um único número real . Assim, ao ponto, associa-se um único par ordenado de números reais. Fonte: a autora. Funções e seus Gráfi cos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 31 A correspondência um a um entre os pontos do plano e os pares ordenados de números reais é indicada pela notação . Dizemos que o os números e são as coordenadas do ponto , em que o número é chamado de abcissa do ponto e o número é chamado de ordenada do ponto . Figura 6 - Ponto Fonte: a autora. As funções de uma variável real podem ser representadas geometricamente por seu gráfico no plano cartesiano. De que forma, podemos fazer isso? Observe que, se é uma função com domínio , então, para cada número real em , está associado um único número real , fato que pode ser expresso utilizando pares ordenados. Observe que, se é uma função com domínio , então, para cada número real em , está associado um único número real , fato que pode ser FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E32 Figura 7 - Gráfico de Fonte: a autora. Definição (gráfico de função): seja . O gráfico de é o conjunto de todos os pontos de um plano cartesiano, em que pertence ao domínio de . Para facilitar o esboço do gráfico de uma função, utilizaremos uma tabela com as coordenadas de uma série de pontos pertencentes ao seu gráfico, em seguida, marcamos esses pontos no plano cartesiano e traçamos uma curva suave como mostra os exemplos seguintes: Exemplo 9 (gráfico de função): esboce o gráfico da função . A expressão está definida para todos os números reais, ou seja, . Para obtermos o esboço do gráfico, marcamos alguns pontos e traçamos, por eles, uma curva suave. O gráfico mostra, ainda, que o conjunto imagem de é . Funções e seus Gráfi cos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 33 Figura 8 - Gráfico de Fonte: a autora. Observe nesse exemplo que: e . Generalizando, temos: . Isso caracteriza uma função par conforme definição a seguir: Definição (função par): seja . Diremos que é par se para todo , . Exemplo 10 (gráfico de função): esboce o gráfico da função . Para que a expressãopossa ser calculada, é preciso que , então, . A figura a seguir mostra o gráfico dessa função, em que é possível observar que . e / FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E34 Figura 9 - Gráfico de Fonte: a autora. Observação: de modo geral, para determinar o gráfico de uma função, é preciso muito mais que fazer tabelas com coordenadas de pontos. Nos próximos tópicos, estudaremos algumas classes de funções e faremos o esboço de seus gráficos utilizando as propriedades dessas funções. Será que toda curva no plano cartesiano representa o gráfico de uma função? A resposta é não. Toda função real de uma variável real pode ser representada por um gráfico no plano cartesiano, no entanto considere a curva representada pela figura a seguir: Funções e seus Gráfi cos Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 35 Figura 10 - Gráfico da equação Fonte: a autora. A curva é a representação geométrica no plano da equação , ou de forma equivalente, . Observe que os pontos e estão ambos sobre a curva. Isso implica que o número está associado a dois números e . Esse exemplo sugere que dada uma curva no plano cartesiano, ela só representa o gráfico de uma função quando qualquer reta vertical corta a curva no máximo em um ponto. Até o momento, trabalhamos com duas formas de representar uma função: algebricamente, utilizando fórmulas e, geometricamente, com gráficos. Podemos citar mais duas formas: Verbal e Tabular. Verbal: “a população de uma colônia da bactérias E. Coli dobra a cada vinte minutos.” FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E36 Quadro 3 - Representação de função tabular Fonte: IBGE (on-line).1 Se uma função puder ser representada por mais de uma forma, a habilidade de ir de uma representação para outra, permite uma melhor compreensão sobre a ideia de função e a possibilidade de utilizá-las na compreensão de diferentes fenômenos do mundo real e na resolução de problemas. ÁLGEBRA DAS FUNÇÕES Muitas funções são obtidas a partir da combinação de outras, em geral, mais simples. É comum encontrarmos funções definidas como somas, subtrações, produtos e quocientes de várias outras funções. Por exemplo, podemos considerar como a soma de duas funções, e ; por sua vez, pode ser vista como o produto das funções e . Em outras palavras, dadas as funções e , é possível definir as operações , , e , como segue: Quadro 3 - Representação de função tabular Fonte: IBGE (on-line).1 Se uma função puder ser representada por mais de uma forma, a habilidade de ir de uma representação para outra, permite uma melhor compreensão sobre a ideia de função e a possibilidade de utilizá-las na compreensão de diferentes fenômenos do mundo real e na resolução de problemas. ÁLGEBRA DAS FUNÇÕES Muitas funções são obtidas a partir da combinação de outras, em geral, mais simples. É comum encontrarmos funções definidas como somas, subtrações, produtos e quocientes de várias outras funções. Por exemplo, podemos considerar como a soma de duas funções, e ; por sua vez, pode ser vista como o produto das funções e . Em outras palavras, dadas as funções e , é possível definir as operações , , e , como segue: Quadro 3 - Representação de função tabular Fonte: IBGE (on-line).1 Se uma função puder ser representada por mais de uma forma, a habilidade de ir de uma representação para outra, permite uma melhor compreensão sobre a ideia de função e a possibilidade de utilizá-las na compreensão de diferentes fenômenos do mundo real e na resolução de problemas. ÁLGEBRA DAS FUNÇÕES Muitas funções são obtidas a partir da combinação de outras, em geral, mais simples. É comum encontrarmos funções definidas como somas, subtrações, produtos e quocientes de várias outras funções. Por exemplo, podemos considerar como a soma de duas funções, e ; por sua vez, pode ser vista como o produto das funções e . Em outras palavras, dadas as funções e , é possível definir as operações , , e , como segue: ÁLGEBRA DAS FUNÇÕES Álgebra das Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 37 Quadro 4 - Operações com funções Soma/diferença Produto Quociente Fonte: a autora. O domínio das funções , e é a intersecção dos domínios de e , . O domínio da função é , ou seja, é a intersecção dos domínios da e , excluindo-se os pontos , em que . Exemplo 11 (operações com funções): considere as funções e . Determine , , e e os respectivos domínios. . Como e , então, . Excluímos o número 1 do domínio de pois . é a intersecção dos domínios de . O domínio da função , excluindo-se os pontos , em que . , , e os respectivos domínios. Como Excluímos o número 1 do domínio de pois . Excluímos o número 1 do domínio de pois . FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E38 Uma outra forma de construir uma função a partir de outras é utilizando um processo conhecido como composição de funções. Considere a função . Sejam e . Lembrando que é um número real, podemos aplicar no ponto , desde que , obtendo: . Definição (função composta): dadas as funções e , tais que , definimos a função composta por . O domínio de é conjunto de todos os no domínio de tais que está no domínio de , ou seja, . e .Exemplo 12 (composição de funções): sejam Determine e . Nesse caso, temos: , com . , com . Exemplo 13 (composição de funções): determine as funções e , tal que . Basta considerar, e . Assim, . Lembrando que é um número real, podemos aplicar no ponto Lembrando que é um número real, podemos aplicar no ponto 2 Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 39 CLASSES DE FUNÇÕES Neste tópico, estudaremos com mais detalhes algumas funções que serão classificadas em categorias conforme suas especificidades. Veremos as seguintes classes de funções: polinomiais, racionais, trigonométricas e exponenciais. Funções Polinomiais Uma função dada por , em que são números reais fixos, chamados de coeficientes e , inteiro não negativo, denomina-se função polinomial de grau . Por exemplo, é uma função polinomial de grau 5. Exemplo 14 (função polinomial): esboce o gráfico da função . de coeficientes e , inteiro não negativo, denomina-se CLASSES DE FUNÇÕES FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E40 Quadro 5 - Gráfico de Fonte: a autora. Observe nesse exemplo que: e . Generalizando, temos: . Isso caracteriza uma função ímpar conforme definição a seguir: Definição (função ímpar): seja . Diremos que é ímpar se para todo , . Estudaremos com mais detalhes a função polinomial de grau 1, também conhecida como Função Afim, e a função polinomial de grau 2, chamada de Função Quadrática. e Classes de Funções Re pr od uç ãop ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 41 Função Afim Uma função definida por , em que e são números reais constantes, denomina-se Função Afim ou Função Polinomial do Primeiro Grau. A constante é o coeficiente angular dessa reta, e a constante é o determina o coeficiente linear. O gráfico da função afim é uma reta não vertical. O valor de aspecto do gráfico de uma função afim, observe as figuras que seguem. Figura 11 - O coeficiente angular determina o aspecto da função afim Fonte: a autora. Algumas funções afim recebem nomes especiais: i) Função constante No caso de , temos a função constante , para todo . O gráfico da função constante é uma reta paralela ao eixo , passando pelo ponto . Por exemplo, o gráfico da função constante está ilustrado na figura 12. No caso de , temos a , para todo . O , para todo . O pelo ponto . Por exemplo, o gráfico da função constante está FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E42 Figura 12 - Gráfico de Fonte: a autora. Temos que o e a . ii) Função identidade Se , temos a função identidade . Seu gráfico tem o seguinte aspecto. Figura 13 - Gráfico da função identidade Fonte: a autora. Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 43 iii) Função linear Se , temos a função , chamada função linear. Seu gráfico é uma reta não vertical que passa pela origem, uma vez que . No caso da função definida por , temos o seguinte gráfico: Figura 14 - Gráfico de Fonte: a autora. Função Quadrática Uma função definida por , em que , e são , chama-se Função Quadrática ou Funçãonúmeros reais constantes, com Polinomial do Segundo Grau. , temos a função , chamada No caso da função definida por , temos o seguinte gráfico: FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E44 Exemplo 15 (função quadrática): listamos dois exemplos de funções quadráticas: a) , . b) , . O gráfico da função quadrática é uma parábola com eixo de simetria paralelo ao eixo . Ao esboçar o gráfico de uma função quadrática , é importante saber verificar algumas características da parábola: ● Se , a parábola tem a concavidade voltada para cima. Se , a parábola tem a concavidade voltada para baixo. ● A parábola intersepta o eixo no ponto . ● A parábola pode interceptar o eixo em um, dois ou nenhum ponto, dependendo do valor de , da equação correspondente . ● A intersecção do eixo de simetria com a parábola é um ponto chamado vértice e pode ser calculado da seguinte forma: . Assim, o vértice tem coordenadas: . Se , a parábola tem a concavidade voltada para cima. Se , a parábola tem a concavidade voltada para baixo. A parábola intersepta o eixo no ponto . A parábola intersepta o eixo no ponto . A parábola pode interceptar o eixo em um, dois ou nenhum ponto, Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 45 O quadro abaixo resume as possibilidades, tendo em vista as características citadas acima, para gráficos de funções quadráticas: Figura 15 - Gráfico de funções quadráticas segundo suas características Fonte: a autora. FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E46 Exemplo 16 (função quadrática): esboçar o gráfico da função quadrática . Temos que: , e . ● Como , a concavidade da parábola é voltada para cima. ● A intersecção da parábola com o eixo é o ponto . ● , temos dois pontos de intersecção com o eixo . Para determiná-los, basta resolver a equação . Nesse caso, os pontos de intersecção são e . ● As coordenadas do vértice são: . Determinando mais alguns pontos e organizando os pontos encontrados em uma tabela, podemos esboçar o gráfico da função. Figura 16 - Gráfico de Fonte: a autora. Como , a concavidade da parábola é voltada para cima. A intersecção da parábola com o eixo é o ponto . A intersecção da parábola com o eixo é o ponto . Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 47 #Reflita# Você sabe a diferença entre uma função polinomial do segundo grau e uma equação do segundo grau? (a autora). #Reflita# Função definida por partes Nos próximos dois exemplos, a regra que define a função muda dependendo do valor de . Nesses casos, dizemos que é uma função definida por partes. Exemplo 17 (função definida por partes): considere a função modular: . Seu gráfico tem o seguinte aspecto: Figura 17 - Gráfico de Fonte: a autora. #Reflita# Você sabe a diferença entre uma função polinomial do segundo grau e uma equação do segundo grau? (a autora). #Reflita# Função definida por partes Nos próximos dois exemplos, a regra que define a função muda dependendo do valor de . Nesses casos, dizemos que é uma função definida por partes. Exemplo 17 (função definida por partes): considere a função modular: . Seu gráfico tem o seguinte aspecto: Figura 17 - Gráfico de Fonte: a autora. FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E48 Exemplo 18 (função definida por partes): esboce o gráfico da função . Figura 18 - Gráfico da função definida partes Fonte: a autora. Observe que o ponto (1,0) pertence ao gráfico de , mas o ponto (1,1) não. Indicaremos esse fato com o “pontinho cheio” e o “pontinho vazio”. Uma perspectiva interessante na análise dos gráficos de funções é que alguns deles podem ser obtidos por meio de um deslocamento no plano que chamamos translação. Considere a função e o seu gráfico. . Considere a função e o seu gráfico. Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 49 Figura 19 - Gráfico de Fonte: a autora. Considere, agora, as funções e e seus respectivos gráficos. Figura 20 - Translações do gráfico de Fonte: a autora. Assim, observando os gráficos das funções e , vemos que eles foram obtidos por meio de translações do gráfico de . (deslocamento do gráfico de , uma unidade para cima). (deslocamento do gráfico de , uma unidade para direita). (deslocamento do gráfico de , uma unidade para (deslocamento do gráfico de , uma unidade para FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E50 Funções racionais Definição (função racional): uma função definida por em que e são duas funções polinomiais, chama-se função racional. O domínio de é o conjunto de todos os números reais para os quais . Exemplo 19 (função racional): esboce o gráfico da função . A função está definida para número real , ou seja, . Se , podemos observar que amedida que cresce se aproxima de zero. Quadro 6 - Valores de à medida que cresce 10 100 1000 Fonte: a autora. Por outro lado, à medida que vai se aproximando de zero, , vai se tornando cada vez maior. Quadro 7 - Valores de à medida que se aproxima de 0 1 0,1 0,01 1 10 100 Fonte: a autora. Podemos pensar de forma análoga se , obtendo assim, um esboço do gráfico de : Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 51 Figura 21 - Gráfico de #Saiba mais# A curva do exemplo anterior é um caso particular de hipérbole, que, juntamente com a elipse e a parábola, formam uma classe especial de curvas planas conhecidas como seções cônicas. Fonte: a autora. #Saiba mais# Fonte: a autora Figura 21 - Gráfico de #Saiba mais# A curva do exemplo anterior é um caso particular de hipérbole, que, juntamente com a elipse e a parábola, formam uma classe especial de curvas planas conhecidas como seções cônicas. Fonte: a autora. #Saiba mais# Fonte: a autora FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E52 Funções Trigonométricas Função seno e função cosseno Para definir as funções seno e cosseno, considere, no plano cartesiano, uma circunferência de centro na origem e raio unitário. Dado um número real , marque sobre a circunferência, a partir do ponto , o arco de medida radianos. Se é um número positivo, o arco é marcado sobre a circunferência no sentido anti-horário; se negativo, no sentido horário. Dessa maneira, cada número real determina um único arco e, portanto, um único ponto . Denominamos seno de e indicamos por a ordenada do ponto e, analogamente, denominamos cosseno de e indicamos por a abscissa de . Figura 22 - Círculo trigonométrico Fonte: a autora. marque sobre a circunferência, a partir do ponto , o arco de medida radianos. Se é um número positivo, o arco é marcado sobre a circunferência número real determina um único arco e, portanto, um único ponto Denominamos seno de e indicamos por a ordenada do ponto e, Denominamos seno de e indicamos por a ordenada do ponto e, analogamente, denominamos cosseno de e indicamos por Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 53 À medida que o ponto se move sobre a circunferência, tanto sua abscissa como sua ordenada variam, mantendo-se no intervalo . Definição (função seno): uma função definida por , isto é, que a cada número real associa o número real , denomina-se função seno. a) . b) . c) Para nos auxiliar na determinação do gráfico, vamos fazer uma tabela para alguns valores de no intervalo , que nos permite visualizar uma volta completa no círculo trigonométrico. 0 1 0 -1 0 Figura 23 - Gráfico de no intervalo Fonte: a autora. À medida que o ponto se move sobre a circunferência, tanto sua abscissa como sua ordenada variam, mantendo-se no intervalo . para alguns valores de no intervalo , que nos permite visualizarpara alguns valores de no intervalo , que nos permite visualizar FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E54 d) O gráfico completo da função , chamado senoide, consiste em infinitas repetições da curva acima e tem o seguinte aspecto. Figura 24 - Gráfico de Fonte: a autora. Definição (função cosseno): uma função definida por associa o número real , denomina-se isto é, que a cada número real função cosseno. a) . b) ;. c) O gráfico da função cosseno pode ser esboçado de maneira análoga. Considere o quadro 8 para alguns valores de no intervalo . Quadro 8 - Valores de no intervalo 1 0 -1 0 1 Fonte: a autora. Considere o quadro 8 para alguns valores de no intervalo .Considere o quadro 8 para alguns valores de no intervalo . , Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 55 Figura 25 - Gráfico de no intervalo Fonte: a autora. d) O gráfico completo da função , chamado cossenoide, tem o seguinte aspecto: Figura 26 - Gráfico de Fonte: a autora. Uma característica importante das funções seno e cosseno e que pode ser observada nos gráficos acima é que elas são periódicas com período , pois para todo : e . observada nos gráficos acima é que elas são periódicas com período , pois para todo : FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E56 As funções: tangente, cotangente, secante e cossecante Definição (função tangente): a função definida por denomina-se função tangente. Seu domínio é o conjunto de todos os tais que . O gráfico da função tangente tem o seguinte aspecto: Figura 27 - Gráfico de Fonte: a autora. As funções (secante), (cotangente) e (cossecante) são definidas por: . tais que . O gráfico da função tangente tem o seguinte aspecto: As funções (secante), (cotangente) e (cossecante) são definidas As funções (secante), (cotangente) e (cossecante) são definidas As funções (secante), (cotangente) e (cossecante) são definidas Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 57 Funções exponenciais Muitos fenômenos naturais e sociais, como o crescimento populacional, a meia-vida de uma substância e o cálculo de juros compostos, são exemplos de aplicações das funções exponenciais. Consideremos a seguinte situação, apenas para fins didáticos: A taxa anual de crescimento da população de um país em um dado período é de 1,3%. Escreva uma fórmula algébrica para a população, em função do tempo, sabendo que a população inicial era de 160 milhões de habitantes (FLEMNING; GONÇALVES, 2006). Vamos chamar a variável tempo (em anos) de e a população (em milhões) de habitantes de . Considere a população inicial, então: Prosseguindo com o raciocínio anterior, percebemos um certo padrão que pode ser generalizado com a seguinte fórmula algébrica: . Dizemos que é uma função exponencial de base . Quando é um número real positivo e um número real qualquer, a expressão é um número real. Isso nos permite definir função exponencial da seguinte forma: Definição (função exponencial): dado um número real , tal que e , chamamos função exponencial de base a função definida em dada por . O domínio da função exponencial é e o conjunto imagem é . Vamos chamar a variável tempo (em anos) de e a população (em milhões) de Considere a população inicial, então: é uma função exponencial de base . Quando é um número real positivo e um número real qualquer, a expressão Quando é um número real positivo e um número real qualquer, a expressão FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E58 #Reflita# Por que as restrições e dadas na definição de função exponencial são necessárias? (a autora). #Reflita# O gráfico da funçãoexponencial tem o seguinte aspecto conforme o valor de . Figura 28 - é crescente se e decrescente se Fonte: a autora. Observe nos gráficos que: Se , para todo , esse fato caracteriza uma função crescente. Se , para todo , esse fato caracteriza uma função decrescente. De forma geral, temos a seguinte definição: Seja uma função definida em um intervalo , com e elementos quaisquer em , então: é crescente em , se e somente se, . é decrescente em , se e somente se, . O gráfico da função exponencial tem o valor de . é crescente se e decrescente se Se , para todo , esse fato caracteriza uma para todo , esse fato caracteriza uma Se , para todo , esse fato caracteriza #Reflita# Por que as restrições e dadas na definição de função exponencial são necessárias? (a autora). #Reflita# O gráfico da função exponencial tem o seguinte aspecto conforme o valor de . Figura 28 - é crescente se e decrescente se Fonte: a autora. Observe nos gráficos que: Se , para todo , esse fato caracteriza uma função crescente. Se , para todo , esse fato caracteriza uma função decrescente. De forma geral, temos a seguinte definição: Seja uma função definida em um intervalo , com e elementos quaisquer em , então: é crescente em , se e somente se, . é decrescente em , se e somente se, . Por que as restrições dadas na definição de função exponencial Classes de Funções Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 59 Exemplo 20 (função exponencial): seja . a) Determine , , , e ; b) Esboce o gráfico da função . a) , , , , . b) A função é crescente e seu domínio é o conjunto de todos os números reais. A intersecção da com o eixo é o ponto . O esboço do gráfico está na figura 27. Figura 29 - Gráfico de Fonte: a autora. Observação: um número irracional importantíssimo para a análise matemática é conhecido como número de Euler e indicado pela letra . Seu valor aproximado é: Esboce o gráfico da função . b) A função é crescente e seu domínio é o conjunto de todos os números reais. A intersecção da com o eixo é o ponto . O esboço do números reais. A intersecção da com o eixo é o ponto . O esboço do números reais. A intersecção da com o eixo é o ponto . O esboço do FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E60 Exemplo 21 (função exponencial): como , a função exponencial de base , ou seja, tem o seguinte aspecto: Figura 30 - Gráfico de Fonte: a autora. FUNÇÕES INVERSAS Quando associamos o raio e o comprimento de uma circunferência, podemos pensar na função que a cada medida do raio determina a medida do comprimento da circunferência: . Mas podemos pensar em outra função que, a cada circunferência de comprimento , associe a medida de seu raio : . Em casos assim, dizemos que uma função é a inversa da outra. De uma maneira bem simples, podemos dizer que a inversa de uma função , denotada por , é a função que desfaz a operação executada pela função . , ou seja, tem o seguinte aspecto:Exemplo 21 (função exponencial): como , a função exponencial de base , ou seja, tem o seguinte aspecto: Figura 30 - Gráfico de Fonte: a autora. FUNÇÕES INVERSAS Quando associamos o raio e o comprimento de uma circunferência, podemos pensar na função que a cada medida do raio determina a medida do comprimento da circunferência: . Mas podemos pensar em outra função que, a cada circunferência de comprimento , associe a medida de seu raio : . Em casos assim, dizemos que uma função é a inversa da outra. De uma maneira bem simples, podemos dizer que a inversa de uma função , denotada por , é a função que desfaz a operação executada pela função . pensar na função que a cada medida do raio determina a medida do comprimento da circunferência: comprimento , associe a medida de seu raio : comprimento , associe a medida de seu raio : FUNÇÕES INVERSAS Funções Inversas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 61 Como obter a inversa de uma função? Podemos definir um roteiro simples para a determinação da inversa de uma função: 1) Troque o termo por . 2) Resolva essa equação para em termos de , ou seja isole . 3) Para expressar como função de , troque por . Exemplo (função inversa): determine a inversa da função . Usando o roteiro acima Quadro 8 - Obtendo a inversa de ( substitua por ) (isole ) (trocando por ) Fonte: a autora. Portanto a função inversa é . Qual a relação entre os gráficos de uma função e de sua inversa ? Vimos que as função e , definidas por e são inversas uma da outra. Observe os gráficos das funções e representados no mesmo sistema de eixos. Troque o termo por . Troque o termo por . Resolva essa equação para em termos de , ou seja isole .Resolva essa equação para em termos de , ou seja isole .Resolva essa equação para em termos de , ou seja isole . Para expressar como função de , troque por . Para expressar como função de , troque por . Para expressar como função de , troque por . Para expressar como função de , troque por . Qual a relação entre os gráficos de uma função e de sua inversa Vimos que as função FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E62 Figura 31 - Gráficos de e representados no mesmo sistema de eixos Fonte: a autora. Existe uma relação interessante entre o gráfico da função e o de sua inversa : os dois gráficos são simétricos em relação à reta de equação . Será que todas as funções possuem inversa? A reposta é não! Para que a função possua inversa, é necessário que a regra que “desfaça” a operação executada pela função também seja uma função. Suponha, por exemplo, que queiramos inverter a função , definida para todo . A reposta é não! Para que a função possua inversa, é necessário Suponha, por exemplo, que queiramos inverter a função , definida para todo . Funções Inversas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 63 Figura 32 - Fonte: a autora. Usando o roteiro para determinação da inversa, obtemos: . Veja que, apesar de ser uma regra que “desfaça” a operação executada pela função , ela não representa uma função, pois, por exemplo, para , corresponde dois valores distintos: e . Graficamente, é fácil encontrar uma reta vertical que cruza o gráfico de em dois pontos, o que indica que a curva não corresponde ao gráfico de uma função. Veja que, apesar de para , corresponde dois valores distintos: para , corresponde dois valores distintos: FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E64 Figura 33 - Gráfico de Fonte: a autora. Observe na figura anterior que o fato de dois elementos diferentes do domínio terem a mesma imagem, por exemplo, , impossibilita a existência da inversa. É preciso, então, garantir que sempre que . Portanto uma das condições para que exista a inversa de uma função é que ela satisfaça aseguinte propriedade: Definição (função injetora): dizemos que uma função é injetora se quaisquer que sejam e no seu domínio, ou de forma equivalente . de uma função é que Funções Inversas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 65 Podemos, agora, definir função inversa: Definição (Função Inversa): seja uma função injetora com domínio e conjunto imagem . Então, sua função inversa tem domínio e conjunto imagem e é definida por: para todo . Observações: 1) Se o interesse for ressaltar características da função inversa, podemos escrever: . 2) e . 3) Se é uma função que admite função inversa, então, diremos que é uma função inversível. Observe que se for uma função inversível, com inversa , então, também será inversível e sua inversa será . #Saiba mais# É possível demonstrar que toda função crescente ou decrescente em um determinado intervalo é injetora. Assim, caso a função seja crescente (ou decrescente) em todo seu domínio, podemos determinar a função inversa . Fonte: a autora. #Saiba mais# Podemos, agora, definir função inversa: Definição (Função Inversa): seja uma função injetora com domínio e conjunto imagem . Então, sua função inversa tem domínio e conjunto imagem e é definida por: para todo . Observações: 1) Se o interesse for ressaltar características da função inversa, podemos escrever: . 2) e . 3) Se é uma função que admite função inversa, então, diremos que é uma função inversível. Observe que se for uma função inversível, com inversa , então, também será inversível e sua inversa será . #Saiba mais# É possível demonstrar que toda função crescente ou decrescente em um determinado intervalo é injetora. Assim, caso a função seja crescente (ou decrescente) em todo seu domínio, podemos determinar a função inversa . Fonte: a autora. #Saiba mais# seja FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E66 Função Logarítmica Quando estudamos as funções exponenciais, vimos um exemplo de crescimento populacional, o qual determinava o número de habitantes em função do tempo. . Vamos supor que estivéssemos interessados em saber quanto tempo demora para a população alcançar determinado número de habitantes. Teríamos, então, que determinar o tempo em função do número de habitantes, no caso, a inversa de . Observemos, inicialmente, que as funções exponenciais são crescentes ou decrescentes em seu domínio, logo, possuem inversas. Essas inversas são chamadas de funções logarítmicas. Para definir função logarítmica, precisamos relembrar a definição da expressão . Se e , com um valor positivo de , a expressão (logaritmo de na base ) denota aquele expoente ao qual devemos elevar para obter . Por exemplo: , pois, . , pois, . Observação: quando , escrevemos, apenas , quando , usamos a notação especial, . Definição (função logarítmica): dado um número real , tal que e , chamamos função logarítmica de base a função definida em dada por . expressão . quando , escrevemos, apenas , quando quando , escrevemos, apenas , quando usamos a notação especial, . Funções Inversas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 67 O domínio da função logarítmica é e o conjunto imagem é . O gráfico da função logarítmica tem o seguinte aspecto conforme o valor de . Figura 34 - é crescente se e decrescente se Fonte: a autora. #Saiba Mais Se fizermos a substituição , temos a função , denominada função logaritmo natural . Sua inversa é a função . Fonte: a autora. #Saiba Mais# conforme o valor de . é crescente se e decrescente se O domínio da função logarítmica é e o conjunto imagem é . O gráfico da função logarítmica tem o seguinte aspecto conforme o valor de . Figura 34 - é crescente se e decrescente se Fonte: a autora. #Saiba Mais Se fizermos a substituição , temos a função , denominada função logaritmo natural . Sua inversa é a função . Fonte: a autora. #Saiba Mais# Se fizermos a substituição , temos a função função logaritmo natural . Sua inversa é a função . FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E68 Funções trigonométricas inversas Basta olhar os gráficos das funções seno e cosseno para saber que elas não admitem inversa em seu domínio. No entanto podemos restringir o domínio de cada uma delas, de modo a possibilitar a obtenção das inversas. Função arco seno Observe no gráfico que a função , restrita ao intervalo , é crescente, portanto inversível. Figura 35 - Gráfico de , restrita ao intervalo Fonte: a autora. Podemos, então, definir sua inversa nesse intervalo. Ela é denominada função arco seno e denotada por . Assim, da definição da inversa, temos que : , ou seja, é a medida do ângulo no intervalo cujo seno é . , restrita ao intervalo , é ou seja, é a medida do ângulo no intervalo cujo seno é . ou seja, é a medida do ângulo no intervalo cujo seno é . ou seja, é a medida do ângulo no intervalo cujo seno é . Funções Inversas Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 69 Temos que e seu gráfico será obtido da reflexão, em torno da reta , do gráfico da função , e está ilustrado a seguir: Figura 36 - Gráfico de Fonte: a autora. Função arco cosseno A função inversa do cosseno pode ser tratada de modo análogo a inversa do seno. Observe que a função cosseno restrita ao intervalo é decrescente, portanto inversível. reta , do gráfico da função , reta , do gráfico da função , FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL Reprodução proibida. A rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. IU N I D A D E70 Figura 37 - Gráfico de , restrita ao intervalo Fonte: a autora. Podemos, então, definir sua inversa nesse intervalo. Ela é denominada função arco cosseno e denotada por . Assim, da definição da inversa, temos que : , ou seja, é a medida do ângulo no intervalo cujo cosseno é . Temos que e seu gráfico será obtido da reflexão, em torno da reta , do gráfico da função , e está ilustrado a seguir: Figura 38 - Gráfico de Fonte: a autora. ou seja, é a medida do ângulo no intervalo cujo cosseno é . reta , do gráfico da função , Considerações Finais Re pr od uç ão p ro ib id a. A rt . 1 84 d o Có di go P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 71 Considerações finais O cálculo diferencial e integral está baseado no sistema dos números reais e as funções definidas em seus subconjuntos são seus objetos fundamentais. Nesta unidade, estudamos o conjunto dos números reais e as funções reais de variáveis reais. Além de revisar propriedades dos números reais, aprendemos a forma bastante conveniente de representá-los graficamente por meio de pontos em uma reta horizontal, o que facilitou a visualização e compreensão do conjunto solução de inequações. Desenvolvemos o conceito de função, que descreve
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