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MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Sergio Almeida
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Considerações iniciais:
Medidas são aplicadas isoladas e cumulativamente, previstas no artigo 112 do ECA, de forma a favorecer a reintegração do adolescente. 
Aplicação: aos adolescentes que praticam ato infracional análogo a crime ou contravenção. 
São sete:
Advertência;
obrigação de reparar o dano;
prestação de serviços à comunidade; 
liberdade assistida; 
inserção em regime de semiliberdade, e; 
internação em estabelecimento educacional.
Qualquer uma das medidas previstas no art. 101.
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Advertência:
noção: admoestação verbal que o juiz dá ao adolescente, reduzido a termo. É aplicado desde que exista: prova da materialidade de autoria.
finalidade: fazer o adolescente compreender a gravidade do fato cometido e as conseqüências que tiveram ou que poderia haver tido. Deve restringir-se aos atos infracionais leves e, em especial, aos infratores primários. 
	Obs: somente o juiz pode aplicar a advertência, e não o Ministério Público.
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Obrigação de reparar o dano::
noção: aplica-se aos delitos que tenham causado prejuízo patrimonial. Pode consistir na devolução de uma coisa ou qualquer outra forma de reparação do prejuízo a vítima.
aplicação: quando houver indícios suficientes de autoria e prova de materialidade, se o adolescente tiver condições financeiras suficientes de suportar.
	ou seja,
 obs: pais não podem pagar! 
		fundamento: responsabilidade objetiva dos pais para com os filhos menores somente se opera no âmbito do Direito Civil e não no Estatuto para fim de medidas socioeducativa de reparação do dano.
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Prestação de serviços à comunidade::
noção: consiste no exercício de tarefas gratuitas de interesse geral, por período não excedente a 06 meses, em entidades assistenciais, escolas, hospitais e estabelecimentos congêneres, ou programas comunitários ou governamentais, com jornada máxima de 8 horas semanais, sem prejuízo da freqüência a escola ou trabalho.
aplicação: se houver prova de autoria e prova de materialidade. Alguns autores (ex: Roberto Barbosa Alves) defendem a idéia de que essa medida sócio educativa não pode ser imposta coercitivamente, mas dependendo do consentimento do adolescente e de seus representantes legais.
	Obs: em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.
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Liberdade assistida:
noção: Medida para acompanhamento e orientação do adolescente. Supõe a designação, pelo juiz, de uma pessoa encarregada do acompanhamento do adolescente, com a finalidade de promover a integração social do adolescente e de sua família, se necessário com apoio de programas ou oficiais comunitários.
duração: lei fixa prazo mínimo de 06 meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, Ministério Público e o defensor.
	Obs: para a revogação, é necessário o cumprimento do prazo mínimo. Para substituição não precisa respeitar o prazo mínimo.
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Regime de semiliberdade: 
noção: já implica em privação de liberdade, consistindo na internação em estabelecimento adequado, com realização de atividades externas e freqüência obrigatória à escola. 
aplicação: de forma autônoma ou como forma de transição para o regime de prestação de serviços à comunidade ou liberdade assistida.
	Obs: Não está sujeita a prazo determinado, mas nunca poderá durar mais que três anos.
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Internação:
noção: medida privativa de liberdade, onde o adolescente fica detido. Deve ser cumprida em estabelecimento especial, sem qualquer proximidade com adultos. 
duração: é decretada por tempo indeterminado, e revalidada no máximo a cada 06 meses. A duração da medida nunca poderá exceder a 03 anos, e após este tempo o adolescente deverá necessariamente ser posto em liberdade, em semiliberdade ou em liberdade assistida.
Obs: princípio da individualização da execução da medida sócio educativa de internação.
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Medidas pertinentes aos pais ou responsável:
A Lei 8.069/90 estabelece, no seu art. 129, as medidas pertinentes aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do pátrio poder.
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.

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