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Antibiotico2 FSL

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FACULDADE SÃO LUCAS
FARMACOLOGIA II
BETALACTÂMICOS
Antibióticos Beta-lactâmicos 
Conceito
Grupo de antimicrobianos classificados como ß-lactâmicos possui em comum no seu núcleo estrutural o anel ß-lactâmico, o qual confere atividade bactericida. 
Conforme a característica da cadeia lateral definem-se seu espectro de ação e suas propriedades farmacológicas. 
Antibióticos Beta-lactâmicos
Anel Beta -Lactâmico
Beta-Lactâmicos
Penicilinas – Ácido 6-aminopelicinâmico
Cefalosporinas – Ácido 7-aminocefalosporânico
Carbapenemas
Inibidores de beta-lactamases
Monobactâmicos
Ação dos Beta-lactâmicos
Mecanismo de ação dos antimicrobianos ß-lactâmicos
O resulta em parte da sua habilidade de interferir com a síntese do peptideoglicano (responsável pela integridade da parede bacteriana). 
 1.devem penetrar na bactéria através das porinas presentes na membrana externa da parede celular bacteriana, nas bactérias G- ou por difusão nas G+
 
2. não devem ser destruídos pelas ß-lactamases produzidas pelas bactérias, meio externo G+ e espaço periplasmático nas G -
 
3. devem ligar-se e inibir as proteínas ligadoras de penicilina (PLP) responsáveis pelo passo final da síntese da parede bacteriana. 
Mecanismo de ação
Ação beta-lactâmicos nas bactérias gram +
Ação beta-lactâmicos nas bactérias gram -
Mecanismos de resistências aos antibióticos beta- lactâmicos
Produção de beta lactamases
Alteração permeabilidade da parede
Mudança de sítio de ação do antibiótico
Produção lactamases
 O mecanismo de resistência bacteriano mais importante e freqüente é a degradação do antimicrobiano por enzimas. As β-lactamases hidrolisam a ligação amida do anel beta-lactâmico, destruindo, assim, o local onde os antimicrobianos β-lactâmicos ligam-se às PBPs bacterianas e através do qual exercem seu efeito antibacteriano 
Beta-Lactamases
Beta-lactamases
Beta-lactamases
Produção de ß–lactamases: é o meio mais eficiente e comum das bactérias se tornarem resistentes aos antimicrobianos ß–lactâmicos;
Produção beta-lactamases 
Produção beta-lactamases
Atividade das beta-lactamases
Atividade das betalactamases
Atividade das betalactamases
Atividade das betalactamases
Atividade das betalactamases
Atividade das betalactamases
Alteração permeabilidade
Diminuição da permeabilidade bacteriana ao antimicrobiano através de mutações e modificações nas porinas, proteínas que permitem a entrada de nutrientes e outros elementos para o interior da célula. 
Alteração permeabilidade
Alteração permeabilidade
Alteração permeabilidade
Alteração permeabilidade
Alteração permeabilidade
Alteração sítio ligação
Modificações estruturais das proteínas ligadoras de penicilina (PLP) codificadas pelo gene mecA;
Alteração sítio de ligação
 S.Aureus desenvolveu resistência a meticilina, adquirindo um novo gen mec A, que codifica uma nova PBP, chamada de PBP2a, que participa da sintese da parede celular mesmo em presença meticilina.(MRSA)
Penicilinas
Naturais 
	Benzilpenicilinas ou 	Penicilna G
	Fenoximetilpenicilina 	ou 	Penicilina V
Semi-sintéticas
	Oxacilinas
	Ampicilina
	Amoxacilina
	Carbenicilina
	Piperacilina
Histórico
Isolado por Alexander Fleming em Londres em 1928 do Penicillium chrysogenum
1940 Chain e Florey caracterizaram quimicamente a penicilina-EUA
1945 custo cai de US$ 7,53 para US$ 0,11 cada 1.000.00 de UI de penicilina
1959 Batchelor inicia a produção da semi-sintéticas
Penicilinas semi sinteticas tem parte de sua produção realizada de modo natural(produção do 6-APA)e parte por síntese química(introdução de radicais)
PENICILINAS 
-BENZILPENICILINAS OU PENICILINAS NATURAIS: 
 Benzilpenicilina (PenicilinaG)
Fenoximetilpenicilina (PenicilinaV)
OBTIDAS POR FERMENTAÇÃO
A PARTIR DE CULTURAS DE
FUNGOS DO GÊNERO PENICILLIUM
Penicilinas Naturais
Penicilina G (Benzilpenicilina)
Penicilina G Cristalina ( eliminada em 4 h).Apresentada em sais Na e K.
Penicilina G Procaína (eliminada em 24 h). A associação com procaína retarda o pico máximo e aumenta os níveis séricos e teciduais por um período de 12 horas. 
Penicilina G Benzatina uma penicilina de depósito, pouco hidrossolúvel, e seu uso é exclusivamente intramuscular. Os níveis séricos permanecem por 15 a 30 dias, dependentes da dose utilizada.
Mecanismo de Ação
Ligam-se às PBP na membrana celular e impedem a síntese da Parede Celular
ALGUNS MICROORGANISMOS PARA OS QUAIS A PENICILINA G É O ANTIBIÓTICO DE ESCOLHA
Estreptococos dos grupos A,B,C,D,G; do grupo viridans
Streptococcus pneumoniae (cepas sem alteração nas PBPs)
Neisseria meningitidis
Neisseria gonorrhoeae (cepas não produtoras de -lactamases)
Treponema pallidum
Leptospira sp
Bacillus anthracis
Clostridium spp
Corynebacterium diphteriae
Não é Ativo contra:
Gram Negativos
Staphylococcus beta-lactamase +
Mycoplasma sp.
Bacteroides sp.
Chlamydia sp.
Ureaplasma sp.
Legionella sp.
Nocardia sp.
Indicações Clínicas
Treponematoses
Profilaxia da Febre reumática
Amigdalite Purulenta
Erisipela/Impetigo
Pneumonia Comunitária
Gonorréia (associar com Probenecida)
Sepse por Streptococcus sp.
Meningite por Strepococcus sp.
Endocardite (+ aminoglicosídeo)
Difteria
ATENÇÃO!
PENICILINA G BENZATINA NÃO INDICADA PARA PROFILAXIA DO TÉTANO, INFECÇÕES DA PELE, PNEUMONIAS, ERISIPELA OU TRATAMENTO DA GONORRÉIA
Administração
EV (Penicilina G Cristalina)
IM ( Penicilinas G Procaína e Benzatina)
Características Farmacológicas Gerais
Penicilina G Cristalina: início de ação 30´ com duração de 4h
Penicilina G Procaína: início de ação 2 a 4 horas com duração de 18 a 24 horas.
Penicilina G Benzatina: início da ação em 8 horas e mantém –se por até 30 dias
Má penetração em: ossos, olhos, próstata, leite, peritônio, LCR (exceto na inflamação), seios da face.
Eliminação renal/bile
Efeitos Adversos
É um dos antibióticos mais seguros
Alergia* - 8% dos pacientes. 
Flebite
Neutropenia
Não há praticamente contra-indicações (gestantes, nutrizes, recém-nascidos, etc)
Teste de Sensibilidade às Penicilinas
Escarificação da Pele
1 cm2
10.000U/ml Penicilina G
20 ´
Positivo:formação pápula, eritema e ou prurido locais,
Caso negativo, proceder o teste ID 
Teste Indradérmico com 0,02 ml de Pencilina G 1:10.000
Controle com SF
30´
Negativo:sem alterações locais
Positivo:aumento pápula inicial com ou sem eritema e ou prurido local
Proceder dessensibilização
http://www.aids.gov.br/assistencia/mandst99/man_alergia.htm
Apresentação e 
Nomes Comerciais
Penicilina G Cristalina : frasco-ampola a 1, 5 e 10 milhões de UI – Pencil P – EV
300 a 500 mil UI/kg/dia 4/4h
Penicilina G Procaína: frasco-ampola com 300.000 UI de P G Procaína e 100.000 UI de P G Cristalina – Despacilina – IM
300 a 600 mil UI 12/12h
Penicilina G Benzatina: frasco-ampola com 600.000 ou 1.200.000 UI – Benzetacil – IM
600 mil <30 kg e 1.200.000 UI adultos
Penicilna V
(fenoximetilpenicilina)
Via Oral
Indicação para infecções por Streptococcus sp. Leves
40.000 a 50.000 UI/kg/dia 6/6 horas VO
Frequente intolerância gástrica e alergias
Pen-V-Oral 500.000 UI cápsulas ou suspensão de 400.000 UI/5 mL
Terapia sequencial após uso injetável
PENICILINA G
Desvantagens:
instabilidade em meio ácido
absorção oral pobre
alergenicidade
sensibilidade às -lactamases
espectro de ação estreito (microorganismos gram-positivos e neisserias)
Desenvolvimento das 
penicilinas semi-sintéticas
Beta-lactâmicos
PENICILINAS SEMI-SINTÉTICAS
OXACILINA
Produzida em 1961
Resistente a beta-lactamase.
Indicada primordialmente para infecções comunitárias por Staphylococcus aureus produtores de beta-lactamase
Meia-vida sérica de 30´
Oxacilina
(anti-estafilocócica)
Indicado em impetigo bolhoso, celulite, osteomielite, síndrome da pele escaldada, abcesso, sepse, artrite séptica, endocardite.
Efeitos Adversos: alergia, flebite, vômitos, náusea, dor abdominal.
Disponível apenas para
uso endovenoso. 
Apresenta metabolização hepática, excreção renal. 
Atinge concentrações liquóricas satisfatórias quando na presença de processos inflamatórios. 
Staficilin N frasco-ampola 500 mg 4/4 ou 6/6 horas 100 mg/kg/dia
Aminopenicilinas
(Ampicilina e Amoxicilina)
Produzida em 1961 como uma penicilina de 2ª geração.
Ação contra Gram + e Gram -, porém suscetível às penicilinases de Staphylococcus e bacilos Gram –
Estável em meio ácido, porém de absorção errática
Liga-se à PBP e inibe formação da PC
As aminopenicilinas são penicilinas semi-sintéticas, disponíveis desde 1960, após a adição de um grupo amino na cadeia lateral, e de espectro de ação mais amplo, em relação às benzilpenicilinas. 
Apresentam boa absorção, tanto oral como parenteral.
As aminopenicilinas disponíveis para uso clínico no Brasil são: Ampicilina e Amoxacilina
Espectro de Ação
Neisseria meningitidis
Stretoptococcus grupo A
Anaeróbios (exceto Bacteroides fragilis)
Bacilos Gram +
E. coli ?
Haemophilus sp. ?
Shighella sp. ?
Salmonella sp.?
Neisseria gonorrhoaea ?
Staphylococcus sp. ?
Proteus sp.?
Foram desenvolvidos β-lactâmicos capazes de se ligarem irreversivelmente às β-lactamases, inibindo-as. 
Esses compostos (ácido clavulânico, sulbactam, tazobactam) foram combinados com as penicilinas para restaurar sua atividade, a despeito da presença de β-lactamases em estafilococos e hemófilos. 
Os inibidores de ß–lactamases, quando em associação com antimicrobianos ß-lactâmicos, ligam-se às ß-lactamases. Dessa forma, evitam a hidrólise do anel ß–lactâmico e potencializam sua atividade 
Ampicilina + Sulbactam
Espectro de Ação
Anaeróbios (Bacteroides fragilis)
E. coli 
Haemophilus sp. 
Neisseria gonorrhoaea 
Staphylococcus sp. 
Proteus sp.
Serratia sp.
Aspectos Farmacológicos
(Ampicilina e Sulbactam)
Ampicilina: apenas 20 a 30% é absorvida VO
Distribui-se bem pelo:pulmão, fígado, rins, tubo digestivo, bile, cérebro, seios da face, coração, LCR (na meningite)
Baixa concentração nos ossos e próstata
Meia-vida sérica: 1 hora
Eliminação renal e bile
Infecções Leves VO e Severas EV
Indicações Clínicas
Ampicilina:
 Infecção por enterococos (sepse e endocardite) em associação com aminoglicosídeo
Meningoencefalites por Listeria sp. e Streptococcus agalatiae (comum em RN)
Ampicilina+Sulbactam:
Peritonite, Apendicite, abscessos abdominais por Gram – e anaeróbios
Celulite
Infecções ginecológicas e purperal
Artrite
Efeitos Adversos
Alergias
Candidíase/Superinfecções
Alteração de transaminases
Diarréia
Neutropenia
OBS: pode ser administrada na gestante
Disponbilidade
VO Ampicilina ou Binotal CP ou Cap 250 mg, 500 mg e 1 g ou suspensão com 250 mg/5mL ou 500 mg/5 L
EV Ampicilina 500 mg ou 1g frasco-ampola
VO ou EV Ampicilina+ Sulbactam (Unasyn)
50 a 100 mg/kg/dia ou 100 a 200 mg/kg/dia de 6/6 h
Amoxacilina
Derivada da ampicilina e criada em 1970
difere da ampicilina pela presença do grupo hidroxil na cadeia benzênica 
Estável em meio ácido
Boa absorção pelo trato GI 70 a 90%
Apresentada em suspensão, CP e frascos-ampola
Espectro de Ação: idem às ampicilinas
Pode ser associado ao àcido Clavulânico e Sulbactam para inibir beta-lactamases
Meia-vida de 1 hora
Mesma distribuição em fluídos e tecidos em relação à Ampicilina
Excreção renal/biliar
Indicações Clínicas
Sem associação: idem ampicilina
Em associação com Clavulanato ou Sulbactam:
Sinusite
Otite
Celulite
Bronquites
Peritonites
Infecções GO
Apendicite
Abscessos
Efeitos Adversos
Alergia
Aumento de TGO/TGP
Diarréia
Neutropenia
OBS: pode ser administrada na gestante
Disponibilidade
Amoxacilina-> VO, CP, CAP e Suspensão (Amoxil, Amoxacilina).
Cap e Cp: 250 e 500 mg
Susp: 125, 250 e 500 mg/5mL
20 a 40 mg/kg/dia ou 50 a 100mg/kg/dia de 8/8h
Amoxacilina + Clavulanato: Clavulin -> CP, Suspensão Oral e Frasco-Ampola
Amoxacilina+Sulbactam: Trifamox -> CP, Suspensão Oral e Frasco-Ampola
Resumo
Resumo
Carboxipenicilinas
(Carbenicilina e Ticarcilina)
Penicilinas de 3ª Geração
Derivado da penicilina G e produzida em 1965 (Carbenecilina) e 1970 (Ticarcilina)
Primeiro antibiótico contra Pseudomonas aeruginosa
Instáveis em meio ácido
Inativadas pela beta-lactamase
Ligam-se às PBP e impedem formação do PC
Ticarcilina >> Carbenecilina – Ação Bactericida
Meia –vida 60´
Excreção Urinária
EV – ùnica via de administração – Timentin 1,0 g
Carboxipenicilinas
Atingem altas concentrações na urina, bile e líquido pleural
Baixas concentrações em LCR, ossos e escarro
Indicações Clínicas com Clavalunato: bactérias Gram – beta-lactamase positiva: queimaduras, sepse, peritonite e pneumonia.200 a 300 mg/kg/dia de 6/6 h EV
Carboxipenicilinas
Efeitos Adversos
Diminui a agregação plaquetária-> hemorragias
Alteração de TGO/TGP
Convulsões
Alergia
Neutropenia
Não indicado na gravidez
Ureidopenicilinas
(Penicilnas de 4ª Geração)
Derivada da Ampicilina
Desenvolvida em 1976
Piperacilina associada ao Tazobactam
30 vezes mais potente contar Pseudomonas sp. quando comparada à Carbenicilina
Liga-se à PBP e impede formação da PC
Instável em meio ácido.
EV-Tazocin Frasco ampola 4,5 g 100a 200mg/kg/dia 4/4h
Excreção renal e meia-vida de 1,5 horas
Indicação: infecções hospitalares por Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter sp., Serratia sp., Klebsiella sp., Proteus sp., anaeróbios e enterococos
Efeitos Adversos: alergia, flebite, convulsões, hemorragia, neutropenia
Resumo
Mecanismos de Resistência as Beta-Lactâmicos

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