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Casos Concretos 2017.2 Direito Processual Civil IV

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Casos Concretos 2017.2
Direito Processual Civil IV
Aula 1
Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
R: Sim, uma vez que de acordo com o art. 805 do CPC, quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça da maneira menos gravosa para o executado, o que a doutrina denomina como princípio do menor sacrifício ou da menor onerosidade ao executado.
Aula 2
Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito.
R: A S UM 375 /STJ, dispõe que o reconhecimento d a fraude à exe cução depende do registro da penhora do be m alienado, o q ue não é o caso, po is ainda não havia a sentença e consequentemente o devedor não havia sido citado para a execução. No caso, ocorreu a fraude contra credores conforme o art. 790, inciso VI, do NCPC. O reconhe cimento da fraude contra credores, com a consequente anulação da a lienação ou gravação d o bem, demanda ação próp ria, de ampla dilação probató ria insuscetível, portanto, de ser alegada exclusivamente no processo de execução ou na fa se do cumprimento da se ntença. A necessidade de ação própria para o reconhecimento da fraude co ntra credores o caput do art. 79 9, inciso IX, do NCPA, su gere que o credor, para realmente p recaver-se contra a fraude, teria de procede r a duas averbações sucessivas. Uma da propositu ra da execução (art. 799, IX), outra, ato contínuo à propositura, de que a execução foi admitida pelo juiz (art. 828, caput)
Aula 3
Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação? 
R: Perícia por arbitramento, conforme prevê o art. 509, I c/c art. 510, ambos do CPC.
Não, pois de acordo com o art. 509, § 4º do CPC, na fase de liquidação de sentença é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação?
R: Por agravo de instrumento, nos conformes do art. 1.015, § ú do CPC.
Aula 4
Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial?
R: Agravo de instrumento, no prazo de 15 dias. Art. 1.015, § ú do CPC.
Aula 5 (Entregar na AV1)
Questão: Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo?
R: Sim, uma vez que a exceção de pré-executividade que é uma construção doutrinária trazida para o Brasil pelo professor Pontes de Miranda e totalmente aceita pela doutrina, serve precisamente, para situações como a do caso concreto, ou seja, para questões de Ordem Pública nas quais o próprio magistrado poderia se manifestar de ofício, sendo certo que como regra sua simples apresentação não gerará efeito suspensivo.
Importante se faz ressaltar, que o NCPC em três artigos traz o espírito da exceção de pré-executividade para o Codex (Código), notadamente nos arts. 518; 525,§11 e 803, §ú, merecendo destes maior cuidado a situação prevista no art. 525,§11.
Aula 6
Questão: Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado?
R: De acordo com o art. 896 do CPC, quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo menos 80% do valor da avaliação, o juiz confiará a guarda e a administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a um ano.
Aula 7 (Para AV2)
Aula 8 (Para AV2)
Aula 9
Questão. Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do CPC. Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão?
R: Assiste razão ao exequente, uma vez que o art. 910 do CPC será utilizado apenas para título executivo extrajudicial que contenha em seu pedido obrigação de pagar, não sendo utilizado para obrigações de fazer/ não fazer ou entrega da coisa.
Aula 10
Questão: Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido?
R: Não, uma vez que o § 2º do art. 534 do CPC é claro ao dispor que a multa prevista do § 1º do art. 523 do CPC não se aplica à Fazenda Pública.
Aula 11
Questão: O CPC prevê que, na execução por títuloextrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já poss ui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer?
R: Em que pese a controvérsia doutrinária, a maioria dos estudiosos, vem entendendo que o art. 912, §1º do CPC não disciplinou integralmente a situação que já era prevista no art. 22, § ú da Lei 5.478/68 (Lei de Alimentos), acrescentando com isso que, em respeito ao princípio da especialidade, ainda prevalece a norma prevista na Lei de Alimentos.

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