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Manual de Praticas Botanica Disciplina PIPE 6 (Coord. Ana Sílvia Franco Pinheiro Moreira, ano 2013)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA 
INSTITUTO DE BIOLOGIA 
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
Botânica 
 
 
 
MANUAL DE PRÁTICAS 
 
 
~ 2 ~ 
 
OBJETIVOS 
 
O manual de práticas desenvolvido pelos alunos da disciplina PIPE-6 – Práticas Integradas 
de Pesquisa e Ensino do Curso de Ciências Biológicas noturno da Universidade Federal de 
Uberlândia com a orientação da professora Dra. Ana Silvia Franco Pinheiro Moreira oportuniza o 
desenvolvimento de práticas didáticas para serem utilizadas por professores de ensino médio. 
Assim, serão apresentadas as possibilidades de um planejamento e desenvolvimento dessas 
práticas com utilização de materiais acessíveis, de forma a evitar dependência do laboratório e de 
seus materiais visto que os mesmos são inacessíveis e/ou ausentes em muitas escolas e dificultam 
a execução das práticas no ensino de botânica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimento especial à Dayana N. Carvalho 
por ter cedido as imagens e ao Cleidson A. 
Andrade pela formatação do trabalho. 
 
 
~ 3 ~ 
 
SUMARIO 
 
1 - POTENCIAL HIDRICO...................................................................................................5 
1.1 - POTENCIAL HÍDRICO EM PIMENTÃO....................................................................5 
2 - PROPRIEDADES DA ÁGUA.............................................................................................7 
2.1 – ADESÃO............................................................................................................................7 
2.2 – COESÃO/TENSÃO SUPERFICIAL..............................................................................8 
2.3 – CAPILARIDADE ............................................................................................................9 
Autores: Dayana Nascimento Carvalho, Érika Bezerra de Melo Riceto e Lívia Borges dos 
Santos 
 
3 - ADSORÇÃO........................................................................................................................10 
3.1 – ADSORÇÃO COM GIZ ................................................................................................10 
3.2 – ADSORÇÃO COM CARVÃO ......................................................................................11 
Autores: Gabriella Rodrigues Carvalho, Maria Fernanda de Oliveira Ferreira e Uiara Costa 
Rezende 
 
4 – METABOLISMO DO NITROGÊNIO – NODULAÇÃO..............................................13 
4.1 – USO DE INOCULANTE................................................................................................13 
Autores: Aline Geni Vieira, Cleidson de Araújo Andrade, Gabriela Júlia Sarkis e Priscila 
Mendes Borges 
 
5 – FOTOSSINTESE ..............................................................................................................16 
5.1 – LIBERAÇÃO DE CO2...................................................................................................16 
5.2 - TRANSPIRAÇÃO...........................................................................................................18 
5.3 – DETECÇÃO DE PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS...........................................19 
Autores: Caroline Rodrigues Estevão, Eduardo Almeida Freitas e Jonas José Mendes 
Aguiar 
~ 4 ~ 
 
 
6 – TRANSLOCAÇÃO PELO FLOEMA ............................................................................21 
6.1 – PREPARAÇÃO DE LUGOL ........................................................................................21 
6.2 – PRESENÇA DE AMIDO EM FOLHAS VARIEGADAS..........................................22 
Autores: Jaqueline Fernandes Quirino, Lucas Oliveira Araújo Pena e Nayara Luchini Xavier 
 
7 – GERMINAÇÃO DE SEMENTES ...................................................................................25 
7.1 – GERMINAÇÃO DE SEMENTES..........................................................................26 
Autores: Geovanna Franco Reis Pacheco Jordão, Liliana Batista Parreira Silveira, 
Jaqueline Eterna Batista e Thiago dos Santos Seabra 
 
8 – HORMONIOS VEGETAIS: AMADURECIMENTO DE FRUTOS POR INDUÇÃO 
(ETILENO) .................................................................................................................29 
8.1 - INFLUENCIA DA TEMPERATURA, FORMA DE ARMAZENAMENTO E DO 
HORMONIO ETILENO NO AMADURECIMENTO DE FRUTOS CLIMATÉRICOS E 
NÃO CLIMATÉRICOS ...............................................................................................31 
8.2 – INFLUENCIA DO ETILENO NO AMADURECIMENTO DA BANANA .............33 
Autores: Aline Cristine Boaventura, Lucas Soares da Silva, Patrícia do Nascimento, 
Roberta Tomaz Botta 
 
 
 
 
 
 
 
 
~ 5 ~ 
 
1 - POTENCIAL HIDRICO 
 
1.1 - POTENCIAL HÍDRICO EM PIMENTÃO 
O potencial hídrico reflete a quantidade de água existente no interior das células. A 
absorção ou a perda de água pelas células se dá através das diferenças no seu potencial hídrico 
num processo denominado osmose. 
Objetivo: 
Determinar o potencial hídrico em pequenos pedaços de pimentão, Capsicumannum sp., 
verificando em que condições ocorrem ganho ou perda de água. 
Materiais 
 11 pratos descartáveis 
 Solução Sacarose 1,0 M 
 Pimentão 
 Faca/gilete 
 2 copos (para armazenamento de 
solução e de água) 
 Seringa ou copo graduado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
~ 6 ~ 
 
Procedimentos 
1. Preparar uma solução de Sacarose 1,0 M: Em 500 mL de água, dissolver 171,12g de sacarose. 
Massa molar Sacarose: 342,24g 
342,24g 1000 mL 
X 500 mL 
X = 171,12 g de sacarose em 500 mL de solução 
 
2. Em cada prato, preparar as soluções de sacarose (0 M; 0,1 M; 0,2 M; 0,3 M; 0,4 M; 0,5 M; 0,6 
M; 0,7 M; 0,8 M; 0,9 M e 1,0 M) conforme indicado na tabela. 
Concentração 0M 0,1M 0,2M 0,3M 0,4M 0,5M 0,6M 0,7M 0,8M 0,9M 1,0M 
Volume de 
água 
 
10mL 
 
9mL 
 
8mL 
 
7mL 
 
6mL 
 
5mL 
 
4mL 
 
3mL 
 
2mL 
 
1mL 
 
0mL 
Volume da 
Solução 
Sacarose 
1,0M 
 
0mL 
 
1mL 
 
2mL 
 
3mL 
 
4mL 
 
5mL 
 
6mL 
 
7mL 
 
8mL 
 
9mL 
 
10 
mL 
3. Seccione um pimentão (no sentido longitudinal ) de modo a obter tiras retas de 3 mm de 
largura e 3 cm de comprimento. As tiras devem ter a cutícula perfeita e serem internamente (o 
lado oposto da cutícula) homogênea. 
 
4. Coloque 2 tiras de pimentão em cada prato. Após 30 minutos observe o que ocorreu com as 
tiras do pimentão. 
Resultados esperados: 
Nas soluções menos concentradas espera-se que a fatia do pimentão curve pelo lado da 
epiderme (apresente uma curvatura em forma de “C” ao contrário), pois a fatia apresenta potencial 
hídrico menor que o meio (que possui só agua: solução hipotônica, maior potencial hídrico). A 
água irá passar do meio para o tecido. Evidenciando que a que a água passa do maior potencial 
hídrico para o menor. 
~ 7 ~ 
 
Nas soluções mais concentradas, as fatias do pimentão irão apresentar uma curvatura em 
“C” a partir da epiderme. A célula vegetal apresenta potencial hídrico maior que o meio (Solução 
de sacarose: Hipertônica; Quanto maior a quantidade de soluto, menor o potencial hídrico), e 
assim evidenciamos, novamente, que a água passa do maior potencial hídrico para o menor, ou 
seja, do tecido para o meio, resultando a curvatura encontrada no pimentão. 
Já as concentração entre 0,3 M e 0,5 M não irão apresentar uma curvatura pois as soluções 
estarão muito próximas do potencial hídrico do pimentão (próximas à isotonia). 
Questões propostas: 
1. Quais as soluções hipertônicase hipotônicas? 
2. Qual a solução isotônica em relação ao potencial hídrico do pimentão? 
3. Faça um esquema mostrando as situações extremas encontradas. 
 
2 - PROPRIEDADES DA ÁGUA 
Além de muito importante para nós seres humanos, a água é também é a substância mais 
abundante em plantas com crescimento ativo, podendo constituir cerca de 90 % do peso fresco de 
muitos órgãos. Devido as suas propriedades (capilaridade, tensão superficial, grandes forças de 
adesão e coesão) a água penetra na maioria dos espaços capilares, estabelecendo um meio 
contínuo através das paredes celulósicas e permeando totalmente o corpo da planta. 
Objetivo: 
Evidenciar algumas propriedades da água através da utilização de materiais acessíveis durante o 
tempo de espera da prática anterior. 
2.1 - Adesão 
Devido à sua polaridade, a água é atraída por muitas outras substâncias, ou seja, é capaz de 
molhar superfícies formadas por essa substância. É o caso das moléculas de proteínas e os 
polissacarídeos das paredes celulares, que são também altamente polares. Esta atração entre 
moléculas diferentes é chamada adesão, e é devida às pontes de hidrogênio que se estabelecem 
entre moléculas. 
Materiais 
 1cordão com comprimento de 20 cm 
 2 tampinhas perfuradas/2 pedaços isopor 
 1 palito de churrasco 
 2 canudos 
~ 8 ~ 
 
 1 copo de 200 ml descartável 
 Pedaço papel toalha 
 
Procedimentos 
1. Quebrar o palito ao meio, e colocar encaixar cada pedaço em uma tampinha. 
2. Molhar o cordão, de modo que fique parcialmente úmido. 
3. Amarrar o pedaço de cordão nos dois palitos. 
4. Colocar todo o aparato sobre o papel toalha 
5. Com o auxílio dos canudos, jogar gotas de água na superfície da linha. 
6. Observar a distribuição em forma de gotículas. 
 
 
 
 
 
 
2.2 - Coesão/Tensão Superficial 
Devido às características físicas e químicas da água forma-se uma tensão superficial. É 
uma força capaz de manter a água unida, ou coesa, como se uma capa a cobrisse. Objetos leves, 
como folhas e alguns insetos, não conseguem romper essa camada. Por essa razão, não afundam, e 
às vezes nem se molham. 
Materiais 
 1 Lacre de garrafa 
 1 copo 50 ml descartável (com óleo) 
 1 vasilha descartável 
 150 ml de água 
 20 ml de óleo 
 
 
Procedimentos 
1. Colocar 150 ml de água na vasilha e em seguida colocar o lacre. 
~ 9 ~ 
 
2. Observar. 
3. Retirar o lacre e inserir 20 ml de óleo. 
4. Observar a formação de uma superfície entre ambas devido à tensão superficial. 
2.3 - Capilaridade 
É a tendência que algumas substâncias apresentam de subirem ou descerem por paredes de 
tubos finos (tubos capilares) ou de se deslocar por curtos espaços existentes em materiais porosos. 
Esse mecanismo permite que os fluidos se desloquem ainda que estejam contra a força 
gravitacional. 
Materiais 
 1copo de 200ml de refrigerante 
 1 canudo diâmetro fino 
 1 canudo diâmetro grosso 
 
 
Procedimentos 
1. Inserir os dois canudos dentro do copo de 200 ml contendo refrigerante. 
2. Observar a subida do líquido em ambos canudos e comparar a rapidez e altura de cada um. 
Questões propostas: 
a) Como podemos explicar as gotas da água sobre cordão? 
b) Por que o lacre se mantém sobre a água? 
c) Em qual dos canudos a subida do líquido foi maior? Por quê? A quais células/tecidos vegetais 
se podem associar o canudo? 
 
 
 
Utilize a caixa de leite ou suco como 
descarte dos materiais que já foram 
utilizados. 
~ 10 ~ 
 
3 – ADSORÇÃO 
 
3.1 – Adsorção com giz 
Materiais: 
 Giz branco 
 Canetas hidrocor (canetinhas) de cores sortidas 
 Recipiente raso (ex: copo descartável) 
 Álcool comum 
 
Procedimentos: 
1. Circular, riscar ou marcar pontos no giz com uma 
ou mais cores de caneta hidrocor. 
2. Coloque no recipiente álcool comercial, até 1 cm 
da base aproximadamente. 
3. Coloque o giz pintado dentro do recipiente, 
com cuidado para que o álcool não toque a área 
pintada. 
4. O giz deve ficar na posição vertical. 
 
Obs.: 
 Pode-se também testar outros materiais coloridos como o batom, por exemplo. 
Sempre procurando utilizar um solvente adequado. 
 A cromatografia em giz pode ser classificada como cromatografia líquido-sólido ou 
de adsorção. O giz representa a fase estacionária, enquanto o álcool, a fase móvel. 
 
Questões propostas: 
a) Quais mudanças ocorreram no giz? 
b) Como você explica o evento observado utilizando os princípios de adsorção? 
 
 
~ 11 ~ 
 
3.2 – Adsorção com carvão 
Materiais: 
 Seringa 
 Copo medidor (ou qualquer outro com 
medidas em ml) 
 4 copos descartáveis 
 Uma medida equivalente a 5 ml de carvão 
em pó 
 Papel filtro (ex: filtros descartáveis para café) 
 1 ml de anilina a base de álcool 
 20 ml de álcool comercial 
 100 ml de água 
 Funil (bico de garrafa pet, coador de plástico, etc.) 
Procedimentos: 
1. Prepare uma solução com 1 ml de anilina para 100 ml de água. Agite bem antes de 
usar. 
2. Em um copo coloque o carvão em pó e junte 20 ml da solução aquosa de azul de 
anilina. 
3. Agite bem e filtre essa mistura no papel filtro, colocando no funil, em outro copo. 
4. Transfira o funil, contendo papel de filtro impregnado com o resíduo de carvão, para 
um segundo copo e adicione álcool ao resíduo. 
 
Questões propostas: 
1. Explique os resultados observados ao filtrar as duas 
soluções. 
2. Que processo semelhante a este pode ocorrer no solo? 
Explique. 
 
 
 
 
~ 12 ~ 
 
Fonte Bibliográfica 
Prática 3.1 
<http://pt.scribd.com/doc/36632872/Roteiro-de-aula-pratica-Osmose-no-pimentao> 
Acessado em 13/07/2013 
<http://www.angelfire.com/ar3/alexcosta0/RelHid/Rhw1.htm> Acessado em 
13/07/2013 
<http://www.infoescola.com/fisica/coesao-e-adesao-da-agua/> Acessado em 13/07/2013 
Prática 3.2 
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/exper1.pdf> 
<http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/10-EEQ-2209.pdf> 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
~ 13 ~ 
 
4 – METABOLISMO DO NITROGENIO - NODULAÇÃO 
O nitrogênio é um elemento essencial aos seres vivos, pois faz parte das 
proteínas e dos ácidos nucléicos, abundante na atmosfera, ocorre como gás (N2), seu 
aproveitamento pelos seres vivos está na dependência de sua FIXAÇÃO e posterior 
NITRIFICAÇÃO. 
A fixação do N2 pode ser feita por radiação ou biofixação, sendo o último mais 
importante. A fixação é realizada por bactérias e cianobactérias, que podem viver livres 
no solo ou associados a raízes de plantas. Esses organismos são os únicos que 
conseguem transformar o N2 atmosférico em uma forma útil aos seres vivos: 
primeiramente a amônia, que é transformada em nitrito e depois em nitrato que é fixado 
nas raízes e que retorna ao ciclo novamente. 
As bactérias nitrificantes (NITROSOMONAS e NITROBACTER) são bactérias 
autótrofas quimiossintetizantes, transformam nitrito em nitrato, ocorrendo o fenômeno 
de nitrificação. Utilizam a energia da nitrificação para síntese de substâncias orgânicas. 
O nitrato pode ser absorvido por vegetais e o nitrogênio nele contido é 
transferido para os animais através das cadeias alimentares. 
O nitrogênio deixa o corpo dos organismos por dois processos: excreção de 
produtos nitrogenados e ou decomposição os organismos mortos. As substâncias 
nitrogenadas, ureia e ácido úrico, são transformados em amônia por bactérias e fungos 
decompositores, que degradam proteínas do corpo dos organismos mortos, 
transformando-as em amônia. Essa é transformada em nitrito depois em nitrato, que se 
fixam nas raízes das leguminosase reinicia o ciclo do nitrogênio. 
O inoculante é um material vegetal com cultura de bactérias, com alta 
concentração celular que fixa o nitrogênio do ar em simbiose com uma planta 
específica. As vantagens do uso de inoculante são: reduz custo da produção por 
aumentar a produtividade sem utilizar fertilizantes e recupera solos de baixa fertilidade. 
Portanto, preserva a microflora e fauna do solo e não provoca danos ao meio ambiente. 
4.1- Uso do inoculante 
A prática tem como objetivo demonstrar uma das fases do ciclo do nitrogênio 
através do uso de plantas leguminosas como a Leucena e o Feijão. Essas leguminosas 
formam nódulos de nitrogênio em suas raízes pela simbiose com bactérias fixadoras de 
~ 14 ~ 
 
nitrogênio. Usaremos o inoculante com o gênero de bactérias Rhizobium, para 
maximizar a fixação do nitrogênio atmosférico nas raízes de leguminosas. Você pode 
utilizar o inoculante que encontrar em lojas de agronegócios. 
O ciclo do nitrogênio é essencial à vida devido sua importância na formação de 
proteínas e ácidos nucléicos, e é muito abordado em biologia, ecologia e microbiologia. 
Materiais: 
 Copos plásticos transparentes 
 Plantas (feijão,leucena) 
 Inoculante 
 Amostra de solo orgânico (terra) 
 Etiquetas 
 Pinceis 
 
Procedimentos 
 Separe sementes de leguminosa em dois grupos; 
 Aplicar inoculante nas sementes em um dos grupos; 
 Insira a „terra‟‟ em dois copos plástico e identifique-os como grupo controle e o 
outro com inoculante; 
 Plante a semente com inoculante no copo identificado e no copo controle 
semente sem inoculante; 
 Colar a etiqueta no copo para identificar o tipo de semente que foi plantada; 
 „‟Batizar‟‟ a planta com nome de sua preferência 
 Regar diariamente 
~ 15 ~ 
 
 
 
 
Após 2 semanas: 
 Retirar todas as plantas germinadas da terra e 
limpar as raízes 
 Comparar o numero de nódulos formados na 
planta controle com a planta com inoculante 
 
 
 
 
 
Questões e atividades propostas 
1. Houve formação de nódulos? Quantos? 
2. Qual a importância da fixação do nitrogênio para agricultura? 
3. Montar um quadro comparativo entre os tipos de leguminosas indicando em 
quais houve maior fixação de nitrogênio e quantos nódulos 
formados,comparar com todos da sala (total 13). 
 
 
~ 16 ~ 
 
5 – FOTOSSINTESE 
A fotossíntese é o processo pelo qual a planta sintetiza compostos orgânicos a 
partir da presença de luz, água e gás carbônico. Ela é fundamental para a manutenção de 
todas as formas de vida no planeta, pois todas as plantas precisam desta energia para 
sobreviver. 
Os organismos clorofilados (plantas, algas e certas bactérias) captam a energia 
solar e a utilizam para a produção de elementos essenciais, portanto o sol é a fonte 
primária de energia. Os animais não fazem fotossíntese, mas obtém energia se 
alimentando de organismos produtores (fotossintetizantes) ou de consumidores 
primários. A fotossíntese pode ser representada pela seguinte equação: 
luz 
6H2O + 6CO2 -> 6O2 + C6H12O6 
clorofila 
A água e o CO2 são pouco energéticos, enquanto que os carboidratos formados 
são altamente energéticos. Portanto a fotossíntese transforma energia da radiação solar 
em energia química. 
Através da fotossíntese as plantas produzem oxigênio e carboidratos a partir do 
gás carbônico. 
 
5.1 – Liberação de gás carbônico 
Materiais: 
- Elodea ou alguma planta aquática 
- 1 tigela de vidro 
- 1 funil 
- 1 tubo de vidro 
- 1 tubo de ensaio 
- 1 Sonrisal ou bicarbonato de sódio 
- 1 fonte de luz artificial (lâmpada incandescente) 
 
~ 17 ~ 
 
 
 
 
 
 
 
Procedimentos: 
- Encha a tigela com água e dissolva o comprimido de Sonrisal ou bicarbonato de sódio; 
- Arrumar a planta no funil e colocar dentro da tigela; 
- Encha o tubo de ensaio também com a solução de bicarbonato de sódio; 
- Encaixe na haste do funil e faça uma marcação no nível de água no tudo de ensaio; 
 
 
 
~ 18 ~ 
 
- Colocar o experimento o mais próximo de uma fonte de luz. 
 
Questões e atividades propostas 
1. O que foi observado quando o bicarbonato de sódio foi colocado na água? Qual o 
motivo desse procedimento? 
2. Depois de alguns minutos sobre a luz, observe a planta dentro do funil. Dá para 
observar a formação de bolhas? O que seriam essas bolhas? 
3. O volume dentro do tudo de ensaio aumentou ou diminuiu no decorrer do tempo? 
Porque isso aconteceu? 
 
 
5.2 - Transpiração 
Materiais: 
- Qualquer planta; 
- Saco plástico. 
Procedimentos: 
- Amarrar em alguns ramos de folhas o saco plástico; 
- Esperar alguns dias. 
 
Questões propostas 
- O que será observado após alguns dias? 
- E o ramo de planta o que irá acontecer? 
- A planta fará ou não fotossíntese? 
 
 
 
 
~ 19 ~ 
 
5.3 – Detecção de pigmentos fotossintéticos 
Cromatografia é uma técnica físico-química de separação de misturas, baseada 
no diferencial de migração das substâncias sobre uma fase fixa, chamada de fase 
estacionária. Neste método há sempre uma substância capaz de fixar em sua superfície a 
substância que está sendo separada, e um solvente fluido que “arrasta” o material a ser 
isolado. Um dos primeiros processos usados foi a cromatografia em papel. As 
substâncias a serem separadas costumam interagir com a celulose do papel, sendo que 
em razão das suas diferentes constituições, uns migram com maior e outros com menor 
velocidade. 
Os pigmentos relacionados à fotossíntese são as clorofilas e os carotenóides. As 
clorofilas possuem coloração verde-azulada e os carotenóides têm cor alaranjada, mas 
normalmente são mascarados pelo verde da clorofila. 
Existem dois tipos de clorofila: a e b. A clorofila “a” ocorre em todos os 
organismos clorofilados, possui cor verde-azulada e absorve luz na região próxima ao 
azul e ao violeta. A clorofila “b” é considerada um pigmento acessório, juntamente com 
os carotenóides e possui cor verde. As plantas de sombra possuem maior quantidade de 
clorofila “b” em relação à “a”. A clorofila “b” não faz conversão de energia, após 
absorver luz, transfere para a clorofila “a” a energia captada do fóton para que ela faça a 
conversão. 
Materiais: 
- Folhas de espinafre; 
- Álcool; 
- Copos plásticos; 
- Papel filtro; 
- Macerador (pote + pilão). 
 
Procedimentos: 
- Coloque as folhas inteiras ou em pedaços no recipiente do macerador limpo, contendo 
álcool o suficiente para cobrir as folhas. Quanto mais folhas, mais concentrada será a 
solução. 
~ 20 ~ 
 
- Coloque a solução (folhas maceradas + álcool) em um copo plástico. 
- Recorte o papel filtro ao meio e mergulhe na solução, deixando-o imerso 
aproximadamente 0,5 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões propostas: 
1. O que acontece com o papel em contato com a solução? 
2. Após alguns minutos o que é possível observar? 
3. Existe alguma disposição das colorações? Qual? 
4. Qual é o pigmento mais abundante? 
~ 21 ~ 
 
6 – TRANSLOCAÇÃO PELO FLOEMA 
**O seguinte procedimento é válido para os experimentos 1 e 2 
6.1 – Preparaçãodo lugol 
Em 1829 o médico francês Jean Guillaume Auguste Lugol criou uma solução de 
iodeto de potássio e iodo elementar em água destilada, onde o iodeto de potássio é 
adicionado para aumentar a solubilidade do iodo por formação do ânion triatômico I3
-
. 
2 I2 + I
-
 → I3
-
 + I2 → I5
-
 
Nomeada de iodo de Lugol, a solução foi usada como desinfetante, anti-séptico e 
para desinfetar água potável em casos de emergência. Ao longo do tempo descobriu-se 
que o iodo de Lugol é útil para testar uma série de coisas. Desde testes para amido, 
rastreio de células cancerígenas vaginais a caracterização da função tiroidiana, o iodo de 
Lugol tem sido tanto diagnóstico quanto preventivo. 
Frutas, vegetais e outros compostos orgânicos que contém carboidratos de amido 
podem ser identificados com a aplicação de iodo de Lugol. Se os carboidratos estiverem 
presentes nos compostos, estes se tornarão pretos ou azuis escuros quando o iodo de 
Lugol for aplicado. Amidos mais fáceis de identificar são os provenientes de plantas tais 
como amilase e amilopectina, ou glicogênio presente em células animais. 
 
Materiais: 
 Iodeto de Potássio – 1g 
 Iodo – 0,35g 
 Água destilada (completar a mistura de Iodo e Iodeto até 100mL) 
 Papel filtro 
 Béquer 
 Balança de precisão 
 Bastão de vidro 
 Proveta graduada de 100 mL 
 Funil 
~ 22 ~ 
 
 Frasco âmbar 
ATENÇÃO: Esta experiência envolve Iodo, um composto tóxico que deve ser 
manuseado apenas na capela. O professor fica responsável em realizar este experimento. 
Uma sugestão é que este grave o procedimento e passe o vídeo em sala para os alunos. 
O Lugol pode também ser encontrado em farmácias ou loja que vendam produtos 
cirúrgicos por um preço acessível. 
Procedimentos: 
Primeiramente pese em Balança de precisão 1g de Iodeto de potássio e 0,35 g de 
Iodo. Trabalhando em capela: Em um béquer, dissolver o iodeto de potássio na água e 
acrescentar o iodo. Mexer muito bem até que tudo se dissolva, em seguida filtrar a 
solução utilizando um funil dois papéis filtro para uma proveta e em seguida transfira a 
solução para ser guardada em frasco âmbar (evita que iodo receba luz). Recomenda-se 
guardar o frasco na geladeira para manter a solução conservada. 
**O procedimento descrito a cima pode ser feito para complementar da pratica que se 
segue 
 
Lugol em frasco âmbar para o procedimento 
 
6.2 – Presença de amido em folhas variegadas 
A água e os sais minerais são retirados do solo através da raiz da planta e chega 
até as folhas pelo caule em forma de seiva, denominada seiva bruta. A luz do sol, por 
sua vez também é absorvida pela folha, através da clorofila, substância que dá a 
coloração verde das folhas. Então a clorofila e a energia solar transformam os outros 
ingredientes em glicose. Essa substância é conduzida ao longo dos canais existentes na 
~ 23 ~ 
 
planta para todas as partes do vegetal. Ela utiliza parte desse alimento para viver e 
crescer; a outra parte fica armazenada na raiz, caule e sementes, sob a forma de amido. 
Materiais: 
 Tubo Falcon 
 Lamparina de laboratório ou Ebulidor 
 Álcool etílico 96% 
 Tampa plástica ou bandeja de isopor 
 Solução de Lugol (I2KI) 
 Folha variegada (Folha de Hibisco) 
 Balde ou Bacia 
ATENÇÃO: Esta experiência envolve o aquecimento do álcool. O professor fica 
responsável em realizar esta etapa do experimento. Recomenda-se então que o professor 
realize a parte do experimento que consiste na fervura das folhas, se possível gravando-
o e posteriormente apresentando o vídeo aos seus alunos para que estes entendam o 
experimento em todas as suas etapas, mesmo que não tenham realizado todas elas.
Procedimentos: 
Obtenha uma planta de folha variegada para efetuar o procedimento de fervura 
(recomenda-se que fiquem folhas sem passar pela fervura para que os alunos possam 
compará-la com as folhas que foram fervidas e então perderam a coloração). 
Inicialmente ferva as folhas em água em ebulição até que estas amoleçam (menos de 5 
minutos), em seguida coloque-as com álcool em um tubo falcon e coloque este em 
banho-maria; deixe o álcool etílico em ebulição até que a clorofila seja retirada das 
folhas. 
 
 
 
 
Folhas Variegadas 
 
~ 24 ~ 
 
Talvez seja necessário realizar algumas trocas do álcool para que isso ocorra de 
forma mais eficiente (aproximadamente 4 trocas); a fervura dura aproximadamente 40 
minutos. A fervura terá terminado quando todas as folhas estiverem com uma coloração 
única, que se assemelha a cor branca. 
 
Folha variegada sem coloração 
Coloque então as folhas estendidas sobre uma superfície e trate-as com algumas 
gotas de Lugol (solução de I2KI). A coloração marrom/azulada indicará a presença de 
amido. Pede-se para os alunos desenhem a folha antes de pingar o Lugol e novamente 
façam o desenho da folha após a coloração do Lugol. Além disso, é recomendado que o 
professor distribua as folhas que não foram fervidas aos alunos para que eles possam 
compará-las com as folhas coradas pelo Lugol. 
 
 
Comparação de uma folha variegada normal com outra descolorada tratada com Lugol 
 
 
 
~ 25 ~ 
 
Questões propostas: 
1) Quais as zonas que contêm e quais as que não contêm amido? 
2) Como as regiões das plantas onde ocorre fotossíntese obtêm as substâncias 
orgânicas necessárias ao seu crescimento e desenvolvimento? 
 
 
7 – GERMINAÇÃO DE SEMENTES 
A germinação é o processo inicial de crescimento e diferenciação embrionária 
dos organismos vegetais a partir de uma semente ou esporo em condições propícias de 
desenvolvimento (disponibilidade de água, oxigênio, temperatura adequada, e em 
alguns casos até mesmo a necessidade natural de indução pirogênica) suficientes para 
desencadear a quebra da latência (dormência). 
A princípio, uma semente requer de umidade para amolecer e provocar o 
rompimento da casca, permitindo a entrada de oxigênio direcionado às células 
embrionárias, iniciando o fenômeno de embebição. Por meio deste, a água que penetra 
na semente proporciona reações metabólicas que mobilizam as reservas energéticas 
contidas nos cotilédones ou endosperma, disponibilizando moléculas energéticas (os 
carboidratos) às células. 
Conforme o embrião se desenvolve, consumindo o endosperma, sua estrutura 
radicular emerge da semente, assumindo com o decorrer do tempo o suprimento do 
vegetal, absorvendo na região dos pêlos absorventes, água e sais minerais. Em seguida 
surgindo um caulículo, possuindo gêmulas apicais, precursoras dos primórdios foliares. 
À medida que as folhas se formam, e passam a realizar fotossíntese, a reserva 
energética se esgota, e há regressão do cotilédone. 
A germinação das angiospermas (monocotiledôneas e dicotiledôneas, milho e 
feijão respectivamente) pode ser classificada de acordo com a posição do cotilédone em 
relação ao nível do substrato (solo), sendo: 
Epígea → quando o cotilédone, inserido ao caulículo, volta-se para fora do solo; 
 Hipógea → quando o cotilédone, também preso ao caulículo, permanece sob o 
solo (enterrado). 
~ 26 ~ 
 
Sementes de milho 
7.1 – Germinação de sementes 
Materiais: 
 12 copos descartáveis 
 Agulhas 
 Tesoura 
 quatro caixas de sapato 
 um pouco de terra do próprio jardim da escola 
 algodão suficiente para encher pelo menos 5 copos 
 10 grãos de feijão 
 10 grãos milho. 
 
Procedimentos: 
O professor deverá dividir o total de alunos da turma, em cinco grupos: 
- O primeiro e o segundo grupo irão plantar sementes de monocotilédones 
(milho) envolvidas em algodão e diretamente na terra; 
- Os demais grupos serão responsáveispor plantar sementes de dicotiledôneas 
(feijão) no algodão e diretamente na terra; 
 
 
 
 
 
 
Mediante orientação do professor, os alunos deverão perfurar o fundo dos vinte 
copos, utilizando agulha, sendo dois copos por grupo. A perfuração da base dos copos 
evitará acúmulo de água, quando necessário regar. Isso indica a importância da água na 
germinação, que no experimento deverá apenas umidificar tanto o algodão quanto a 
terra, ambos contidos nos copos. 
Copos descartáveis 
perfurados e com terra 
Copos descartáveis 
perfurados e com algodão 
~ 27 ~ 
 
Após o plantio, cada grupo deverá colocar um dos exemplares devidamente 
plantados, em ambiente aberto e iluminado. E o outro copo deverá ser acondicionado 
dentro da caixa pertencente a seu grupo. 
É importante que seja efetuada uma abertura (2 cm de diâmetro), em uma das 
laterais da caixa. Não mexendo na posição dos copos depois de colocados no interior 
das caixas. A interface da caixa contendo a abertura deverá ficar voltada para um 
ambiente iluminado. 
Observação: Cada unidade experimental deverá ser supervisionada diariamente 
por todos os alunos, observando as etapas de desenvolvimento das sementes e da 
plântula (planta jovem). Não se esquecendo de regar (com pouca água), o algodão e a 
terra. 
 Objetivo: Promover o reconhecimento pelos alunos sobre o princípio do ciclo de 
vida de uma planta (desde a germinação), e a necessidade de elementos fundamentais 
em seu crescimento (água, nutrientes, luz). 
Para dar ares mais lúdicos à aula sobre germinação o professor poderá fazer a 
leitura da estória que segue abaixo. É usado um recurso fantasioso para inspirar a 
imaginação do aluno sobre o processo germinativo das plantas. 
 
Eu semente 
Quando ainda estava junto à minha mãe, meu futuro ela garantiu... 
deixou pra mim muita reserva para eu aguentar o mundo hostil. 
 Enquanto a minha hora não chegasse e do meu sono eu não acordasse 
Para que desnutrido eu não ficasse, o essencial que eu precisasse estaria ali bem perto! 
E quando chegou a hora, fui desligado, cortado fora! Agora, vou me embora, estou livre 
para mais longe desbravar. Com esse mundão tão grande...parado aqui perdendo é que 
eu não posso ficar! 
No chão duro eu rolei e caí...a queda foi tão forte que até a minha poupa chegou a 
partir! Mas, ora bolas...nem doeu...Ó não uma ladeira...lá vou eUUUUUUUUU... 
Caí no brejo, e bem longe eu fui parar...fui encostado em uma beirada, “Ahhh é aqui 
que eu vou me fixar!” Terra fofinha, água limpinha...Mas sobre mim há tantas 
~ 28 ~ 
 
camadinhas! A terra eu ainda não consigo alcançar, está muito difícil para atravessar. 
Preciso de alguém para me libertar! 
Tanto tempo já faz...acho que ninguém vai vir mais... 
Tantos dias se passaram e eu já mudei até de cor...e nossa que fedor! 
Um dia então, dentes afiados começaram as minhas camadas atravessar. 
Olha! Estou vendo a luz do sol pela primeira vez. 
E um rosto comprido, focinho bem escurecido, olhos grandes e um pelo vermelho 
bonito...O que será você? 
Óh não, no escuro novamente vou entrar...e dessa vez nem tenho as minhas camadinhas 
para me salvar! Primeiro um escorregador compridoooo, desaguando em uma 
piscininha, lá tomei um banho com líquidos que me deixaram limpinha! 
Uauuu, e este lugar com um milhão de voltinhas...Mais um tempinho depois a claridade 
estou vendo de novo... Iupi... Olá terra...olha eu aqui de novo! 
Nossa esse passeio me fez bem, Agora tenho terra, sol e água também! E melhor ainda 
nada de muitas camadinhas para me atrapalhar... 
A terra me chama, me estico até ela, sinto que estou acordando...consigo tocá-la! Minha 
primeira raiz, estou para o chão aponta-la. Hummmm, há tanta coisa boa aqui! De água 
e nutrientes vou fartar...Meu corpo até então guardado, agora está capacitado pra se 
erguer e na terra um espaço ocupar. 
______________________________________________________________________
_ 
Pensando sobre o que acabei de ler: 
1. O texto faz referência a um animal selvagem, que animal é este? E de qual fruto o 
texto trata? 
______________________________________________________________________
_ 
2. O que foi necessário para que a semente germinasse? Marque os quadradinhos que 
correspondem às alternativas certas. 
 ( ) Sol ( ) Luz ( ) Água ( ) Desgaste químico ( ) Fogo 
~ 29 ~ 
 
 
Descubra o nome dos processos completando com as vogais. 
O conjunto de nutrientes deixados pela planta mãe é denominado R_S_RV_. 
O processo em que a semente ou fruto distancia-se da planta mãe é D_SP_RS_ _. 
O processo que faz com que os frutos mudem de coloração, cheiro e sabor? 
M_T_R_Ç_ _. 
O processo de desgaste por substâncias químicas que é necessário para que algumas 
sementes venham a germinar é nomeado _SC_R_F_C_Ç_ _. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 – HORMÔNIOS VEGETAIS: AMADURECIMENTO DE FRUTOS POR 
INDUÇÃO (Etileno) 
Os hormônios vegetais são substâncias formadas por moléculas bem pequenas 
produzidas em certas regiões da planta e que, em pequenas concentrações, geram 
mudanças metabólicas nas células da mesma. O seu transporte é realizado pelos vasos 
condutores de seiva (Xilema e Floema). Os principais hormônios vegetais são Auxinas, 
Giberelinas, Citocininas, Etileno e Ácido Abscísico 
~ 30 ~ 
 
Quadro com os principais hormônios vegetais 
Hormônio Local de síntese Transporte Efeitos 
Auxinas 
(AIA) 
Meristema apical 
(caule), folhas jovens e 
sementes. 
Polarizado (do 
caule para as 
raízes), através 
do 
parênquima, de 
célula a célula. 
Estimula a elongação do 
caule e da raiz, atua no 
fototropismo e no 
geotropismo, causa a 
dominância apical sobre as 
gemas laterais do caule, atua 
no desenvolvimento dos 
frutos, induz a formação de 
raízes adventícias em estacas, 
inibe a abscisão de folhas e 
frutos, estimula a síntese de 
etileno. 
Citocininas 
(cinetina) 
No ápice das raízes, 
principalmente. 
Via xilema, 
das raízes para 
o sistema. 
Afeta o crescimento e a 
diferenciação das raízes, 
quebra a dominância apical 
em gemas laterais (efeito 
oposto ao da auxina), 
estimula a divisão e o 
crescimento celulares, 
estimula a germinação e a 
floração, retarda o 
envelhecimento (cinetina é 
um tipo de citocinina). 
Ácido 
abscísico 
(ABA) 
Em folhas maduras 
(velhas), especial- 
mente como resposta a 
estresse hídrico. Pode 
ser sintetizado em 
sementes. 
ABA é 
exportado a 
partir das 
folhas pelo 
floema. 
Inibe o crescimento; fecha os 
estômatos quando falta água; 
atua na quebra e dormência 
das sementes. 
Etileno 
(C2H4) 
Em muitos tecidos em 
resposta ao estresse, 
especialmente tecidos 
submetidos à 
senescência e abscisão 
(frutos em 
amadurecimento, 
folhas velhas..). 
Sendo um gás, 
o etileno 
move-se por 
difusão do seu 
local de 
síntese. 
Amadurecimento de frutos 
(especialmente em frutos 
climatéricos como maçã, 
bananas e abacates), 
senescência das folhas e 
flores; abscisão de folhas e 
frutos. 
 
Hoje, os hormônios vegetais como o etileno são utilizados comercialmente, por 
exemplo, a queima de serragem libera o gás etileno em câmaras especiais promovendo o 
amadurecimento de bananas que são colhidas verdes. O amadurecimento de alguns 
frutos, denominados climatéricos, é estimulado pelo fitormônio etileno. A respiração 
~ 31 ~ 
 
dos frutos climatéricos atinge um pico que com aumento da produção de etileno os 
levam a maturação, que pode ocorrer antes ou depois de sua separaçãoda planta mãe. 
Como exemplos de frutos climatéricos, podemos citar: tomate, caqui, pêssego, manga, 
melão, abacate, banana, maçã, figo, goiaba, mamão pêra e ameixa. Já nos frutos não 
climatéricos, a produção de etileno durante a maturação normal é muito reduzida, assim 
eles não podem ser colhidos antes da sua maturação. Como exemplos de frutos não 
climatéricos temos: cereja, abacaxi, morango, uva, melancia, laranja, limão e pimenta 
doce. 
Objetivos: 
 Conceituar alguns termos referentes à Botânica como: hormônios vegetais 
principalmente etileno, responsável pelo amadurecimento dos frutos; 
 Fornecer ao professor ferramentas alternativas para tornar seu trabalho mais 
atrativo, dinâmico e interessante; 
 Demonstrar a influência da temperatura, forma de armazenamento e do etileno 
no amadurecimento de alguns tipos de frutos; 
 Conhecer técnicas utilizadas pelo comércio para estimular o amadurecimento 
dos frutos. 
 Comparar o amadurecimento de frutos climatéricos com frutos não 
climatéricos. 
 
8.1 – Influência da temperatura, forma de armazenamento e do hormônio etileno 
no amadurecimento de frutos climatéricos e não climatéricos 
Materiais: 
• 5 bananas e 5 laranjas no mesmo estágio inicial de “amadurecimento”; 
• 8 maçãs maduras; 
• 4 embalagens de plástico e 4 embalagens de papel; 
• Fita crepe para vedar as embalagens; 
• Geladeira. 
 
~ 32 ~ 
 
Procedimentos: 
1. ( 1ª etapa): Deixe uma banana e uma laranja em temperatura ambiente que 
serão utilizadas como controle; 
2. Coloque uma banana e uma maçã numa embalagem plástica (2ªetapa), uma 
banana e uma maçã numa embalagem de papel. (3ªetapa) 
3. Coloque em seguida uma laranja e uma maçã em outra embalagem plástica 
(4ªetapa) e uma laranja e uma maçã numa outra embalagem de papel (5ªetapa). Vede 
com fita crepe as quatro embalagens e coloque-as na geladeira. 
4. Repita o procedimento acima mantendo as embalagens em temperatura 
ambiente. É importante utilizar embalagens padronizadas e verificar se as mesmas não 
possuem orifícios. 
I. Banana+ maçã em embalagem plástica = (6ª etapa) 
II. Banana+ maçã em embalagem de papel = (7ª etapa) 
III. Laranja+ maçã em embalagem plástica = (8ª etapa) 
IV. Laranja+ maçã em embalagem de papel= (9ª etapa) 
5. Observe após 4 dias. 
6. Após a observação do experimento acima , anote na tabela abaixo suas 
análises 
Questões propostas 
1. Em qual dos ambientes (geladeira ou temperatura ambiente) foi observado um 
maior amadurecimento das bananas (etapas 2, 3, 6 e 7) ? Por quê? 
2. Considerando a temperatura ambiente em qual das embalagens ( papel ou 
plástico) ocorreu um maior amadurecimento da banana junto com a maçã ( 6ª e 
7ª etapa)? Por quê? 
3. Em relação à pergunta anterior qual o hormônio e o fruto responsável pelo 
amadurecimento da banana? 
4. Nas etapas em que a laranja foi colocada nas embalagens junto com a maçã 
houve um amadurecimento notável? (etapas 4, 5, 8 e 9) Por quê? 
~ 33 ~ 
 
5. A ação do etileno foram maior nos frutos climatéricos ou não-climatéricos? ( na 
banana ou laranja) 
 
8.2 – Influência do etileno no amadurecimento da banana 
Materiais 
• 6 bananas verdes. “mesmo estado de amadurecimento”; 
• 2 bananas maduras; 
• 2 sacos plásticos; 
• Fita adesiva. 
Procedimentos: 
1. Coloque duas bananas verdes em temperatura ambiente que servirão como 
controle; 
2. Coloque uma banana verde e uma banana madura em temperatura ambiente que 
também servirão como controle; 
3. Em seguida repita o procedimento colocando as bananas em saco plástico e vede 
bem com fita adesiva. 
I. Banana verde+ banana verde Saco Plástico 
II. Banana verde+ banana madura Saco Plástico 
 
Questões propostas 
1. Qual ambiente a banana amadureceu mais rápido ( embalada ou em temperatura 
ambiente)? 
2. Em qual dos sacos plásticos a banana amadureceu mais rápido? ( com a banana 
verde ou com a banana madura)? Por quê? 
3. Qual hormônio é responsável pelo amadurecimento dos frutos? 
 
 
~ 34 ~ 
 
REFERENCIAS 
http://www.mudi.uem.br/arqmudi/volume_10/numero_02/5-SERT.pdf 
http://www.fisiologiavegetal.ufc.br/Aulas%20em%20PDF%20PG/Unidade%20XVIII.p
df 
http://www.fisiologiavegetal.ufc.br/Aulas%20em%20PDF/Grad%20Unidade%20IX%2
0-%20Etileno%20-%20O%20Horm%F4nio%20Gasoso.pdf

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