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Cultivo Protegido: Técnicas e Manejo

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2 
 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 
2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 5 
2.1 AGROFILME ......................................................................................................... 5 
2.2 COBERTURA DE SOLO ...................................................................................... 6 
2.3 TELADO ................................................................................................................ 7 
2.3.1 Telas de sombreamento .................................................................................... 7 
2.3.2 Telas como quebra-vento ................................................................................. 8 
2.3.3 Telas coloridas (azul e vermelha)..................................................................... 8 
2.4 TÚNEIS DE CULTIVO ......................................................................................... 9 
2.4.1 Túneis Altos ..................................................................................................... 9 
2.4.2 Túneis Baixos ................................................................................................... 9 
2.4.3 Manejo dos Túneis ........................................................................................... 9 
2.5 CASA DE VEGETAÇÃO .................................................................................... 10 
2.5.1 GENERALIDADES ...................................................................................... 10 
2.5.2 MODELOS DE CASAS DE VEGETAÇÃO................................................. 12 
2.5.2.1 TETO PLANO ............................................................................................ 12 
2.5.2.2 CAPELA ..................................................................................................... 12 
2.5.2.3 TETO EM ARCO........................................................................................ 12 
2.6 INSTALAÇÃO DA ESTRUTURA ...................................................................... 12 
2.7 MANEJO DA CASA DE VEGETAÇÃO ............................................................ 13 
2.7.1 LUMINOSIDADE ......................................................................................... 13 
2.7.2 TEMPERATURA .......................................................................................... 14 
2.7.3 UMIDADE RELATIVA DO AR ................................................................... 16 
2.8 DIFERENÇA ENTRE ESTUFAS E CASA DE VEGETAÇÃO ......................... 17 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 18 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Nas regiões tropicais, como o Brasil, a agricultura protegida e a plasticultura são 
a mesma coisa. O cultivo sob ambiente protegido surgiu no norte da Europa, com as 
orangeries, construídas por grandes casas aristocráticas com o objetivo de ter, no clima 
frio setentrional, disponibilidade das doces frutas tropicais ou subtropicais, como as 
laranjas, que deram nome às estruturas. Eram feitas de vidro que, ao capturar a radiação 
infravermelha no interior das estruturas, criavam o efeito estufa e permitiam calor 
suficiente para se cultivar. Isso deu origem à ainda hoje florescente agricultura protegida 
de países como a Holanda(GUEDES, 2015). 
Segundo Guedes (2015), o advento do polietileno de baixa densidade substituindo 
o vidro possibilitou, por sua vez, o surgimento e a adoção crescente da agricultura em 
ambiente protegido nos trópicos. O plástico ainda permite a criação do efeito estufa, mas 
em menor grau do que o vidro. 
 O cultivo em ambiente protegido é um sistema de produção agrícola 
especializado, que possibilita certo controle das condições edafoclimáticas, como 
temperatura, umidade do ar, radiação, solo, vento e composição atmosférica 
(FIGUEIREDO, 2011). O cultivo mais conhecido é aquele realizado em estufas, mas 
pode se dar também em túneis e ripados, construídos com estruturas de madeira ou 
metálicas (SILVA et al., 2014). 
 A produção de folhosas em cultivo protegido também vem chamando a atenção 
dos produtores, especialmente porque algumas espécies apresentam limitações em 
determinadas regiões e épocas do ano. O cultivo em ambiente protegido, por sua vez, tem 
tornado viável a produção com qualidade durante o ano todo. Apesar das vantagens 
expostas, muitos produtores que optaram pelo cultivo protegido acabaram retornando ao 
convencional por conta da redução da produtividade após alguns anos dentro das estufas 
(SILVA et al., 2014). 
Por ser uma tecnologia nova e mais complexa para os produtores paulistas de 
cultivos tradicionais, a plasticultura desempenha função social importante, viabilizando 
o desenvolvimento de regiões pobres, improdutivas e de cultivo limitado, tornando-se 
produtivas e ricas (FILGUEIRA, 2008). Porém, obteve alguns insucessos e levaram ao 
conceito errôneo de que, em estufas plásticas, não há ocorrência de doenças e pragas, o 
4 
 
que é falso de se afirmar, pois a estufa propicia melhor controle desses problemas, porém 
não os elimina. Isso somente ocorreria em um ambiente completamente fechado, 
esterilizado e controlado, o que se torna possível apenas em laboratórios e não em grandes 
áreas, o que seria economicamente inviável (FIGUEIREDO, 2011). 
 É preciso entender que o cultivo protegido tem apresentado uma série de 
vantagens, como aumento de produtividade; melhoria na qualidade dos produtos; 
diminuição na sazonalidade da oferta, conferindo maior competitividade pela 
possibilidade de oferecer produtos de qualidade o ano todo, inclusive na entressafra 
(FILGUEIRA, 2008). De acordo com Figueiredo (2011), planejar a implantação de um 
projeto de investimento com cultivo protegido envolve conhecimento sobre o assunto, 
análise de riscos do negócio e capacidade de empreendedorismo do produtor e, 
necessariamente, uma consultoria especializada. 
 Muito utilizada para produção de hortaliças e plantas ornamentais, a técnica do 
cultivo protegido tem se expandido no Brasil, embora ainda não haja estatísticas oficiais 
sobre o total da área. Devido a sua dimensão continental, há diferentes razões para a 
prática do cultivo protegido no Brasil. No Sul, o objetivo é proporcionar temperaturas 
mais altas. Já na Amazônia, tenta-se criar o efeito guarda-chuva para evitar que a umidade 
excessiva aumente a incidência de doenças nas plantas (GUEDES, 2015). O pesquisador 
assinala que “hortaliças de maior valor agregado, como pimentão e tomate grape, são 
muito produzidas em cultivo protegido e asseguram um bom retorno financeiro”. 
 O Tocantins tem um potencial imenso de produção de hortaliças e espécies da 
olericultura. Para se obter um maior controle, produzir variedades nas entressafras dos 
demais estados produtores, garantir o abastecimento do Estado com variedades que se 
adaptam tão bem ao nosso clima, é necessário que se faça o cultivo protegido 
(NASCIMENTO, 2014). 
 
 
 
 
5 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 AGROFILME 
 
 Os plásticos são materiais polimerizados, formados de resinas e aditivos. A resina 
polímero à base de carbono, é o material estrutural obtido a partir de compostos orgânicos 
extraídos do petróleo (FILGUEIRA, 2008). 
Na produção em ambiente protegido, buscam-se agrofilmes, onde o agricultor 
consegue evadir a proliferação de vírus (por impedir o vetor de agir) e pragas, controlara temperatura, a disseminação de luz e de calor, entre outras tantas variáveis climáticas 
(RETO, 2010). 
Todo agrofilme sofre um processo de degradação, ao longo do tempo, resultando 
em determinado período de vida útil, em razão de fatores internos e externos. Os fatores 
do próprio filme, de competência do fabricante, estão relacionados com a qualidade do 
material utilizado e com o processo de fabricação e com o processo de fabricação, como 
tipo e qualidade das resinas, dos aditivos, dos materiais inertes da espessura e da 
uniformidade do filme, e qualidade do processamento. Todos esses itens devem ser 
adequadamente qualificados e quantificados para o sucesso do filme na produção agrícola 
(FILGUEIRA, 2008). 
Mesmo com a padronização, o setor agrícola ainda convive com plásticos fora das 
especificações. Geralmente, são os pequenos agricultores, sem conhecimento da 
tecnologia, que compram esses produtos nas lojas agrícolas, achando que plástico é tudo 
igual. No entanto, esses filmes com espessura menor que a declarada e meia aditivação, 
por sua baixa eficiência, frustram os usuários e freiam o desenvolvimento da plasticultura 
(idem). 
O agrofilme deve ser bem fixado e tensionado, evitando-se movimentação que 
facilite a ruptura. Todo ponto de contato do filme com a estrutura sofre a ação 
intemperizante do material utilizado, acelerando a degradação do filme nesses pontos. 
Portanto deverão ter a superfície lisa e receber tratamento isolante, evitando-se o contato 
direto do filme com essas partes da estrutura (FILGUEIRA, 2008). 
É ampla a degradação dos agrofilmes na olericultura. Ocorrem certas situações 
peculiares e limitantes, nas quais se podem recorrer, de forma criativa e original, a essa 
6 
 
técnica. Entretanto, a olericultura tem se valido dos plásticos, como cobertura, 
principalmente nas seguintes: cobertura de solo, telado, túnel e casa de vegetação (idem). 
2.2 COBERTURA DE SOLO 
 
 É tão antiga e natural quanto as florestas, que deixam uma manta espessa de folhas 
sobre a superfície. As coberturas mais tradicionais são de matérias orgânicos vegetais: 
capim, palha, bagaço, casca e outros que estejam disponíveis. Existem também materiais 
inertes, como pedra, cascalho, carvão, papel tratado etc. Entretanto, nenhum desses 
supera a aplicação do plástico, devido a sua diversidade na composição, disponibilidade 
no mercado, facilidade no manejo e custo acessível (FILGUEIRA, 2008). 
 Em ambientes protegidos a cobertura do solo é usual (mulching), evitando-se a 
capina. O plástico é colocado logo após o levantamento do canteiro, a adubação básica e 
a montagem dos gotejadores, tomando-se a precaução de cavar em volta do canteiro para 
enterrar as bordas do plástico. Contribui para restringir a aplicação de agroquímicos, 
(inibe o crescimento de ervas daninhas), impede a erosão, diminui a perda de adubo por 
lixiviação, retém água (reduz a perda de umidade por evaporação) e impede o contato de 
frutos e folhas com o solo – vantagens traduzidas em menor custo, maior produtividade 
e qualidade dos produtos (RETO, 2010). 
 Os filmes para cobertura de solo são de polietileno, de baixa espessura e limitada 
largura, apresentando diversas cores: transparente, preta, branca, prateada, parda, verde, 
etc. O mais utilizado no Brasil é o filme preto não causa o efeito estufa, e controla as 
plantas daninhas, sendo mais resistentes. Absorve muito o calor absorvido, aquecendo-se 
e podendo provocar queimaduras nas partes mais sensíveis da planta, com as quais esteja 
em contato direto. Uma opção já oferecida pelo mercado é o filme de dupla face: preto na 
face interna -opaco e mais resistente- e branco ou prateado na externa –reflete a luz e não 
se aquece tanto (FILGUEIRA, 2008). 
A comercialização de filmes de qualidade ruim, tanto para cobertura de estufas 
como de solo, denegriu a técnica e manchou por muito tempo a imagem do uso de 
plásticos na agricultura. No caso do mulching, a proliferação de filmes processados com 
material reciclado, além de não conferir ao agricultor os benefícios esperados, dificultou 
a disseminação de avanços tecnológicos, como os filmes de dupla face. Desde então, as 
produções de filmes agrícolas para cobertura de estufas e de solo devem seguir padrão de 
7 
 
certificação estabelecido por normas publicadas pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (RETO, 2010). 
A cobertura plástica é de fácil instalação e relativamente de baixo custo, podendo 
trazer bons retornos econômicos para o olericultor (FILGUEIRA, 2008). 
2.3 TELADO 
 O tipo de tela depende do que se cultiva e do que se deseja do microclima. 
Também há telas coloridas cuja resposta pode ser vantajosa para alguns cultivos e, ainda, 
há malhas térmicas que podem reduzir a temperatura da folha durante o dia e mantê-la 
mais aquecida à noite. É sempre importante atentar para a altura do telado para que as 
operações com tratores ou pessoas sejam possíveis. 
2.3.1 Telas de sombreamento 
Podem ser brancas, escuras (pretas ou cinzas), coloridas (azuis ou vermelhas), 
termorefletoras (aluminizadas). Nesse caso, a finalidade do uso dessas telas está 
relacionada a fatores, como: redução da radiação fotossintética (excesso de radiação solar 
que, no verão, é prejudicial a muitas culturas de porte baixo); alteração da temperatura do 
ar e do solo; redução da evapotranspiração (consequente redução do volume de água na 
irrigação); melhora do rendimento da cultura e proteção contra chuvas fortes e de granizo. 
É preciso tomar certos cuidados no seu uso, pois, em algumas situações (telas 
muito escuras e com grande capacidade de sombreamento), podem afetar o 
desenvolvimento da planta, na assimilação de CO² pela fotossíntese (fotoinibição e 
fotorrespiração) e podem causar problemas de estiolamento da planta (crescimento da 
planta em altura mais do que deveria, gerando enfraquecimento). O uso de telados de 
proteção pode proteger contra geadas, causadas por radiação (FIGUEIREDO, 2011). 
O telado é adotado, frequentemente, na produção de mudas oleráceas. Sob elevada 
pluviosidade, o telado também atua culturas oleráceas, especialmente as hortaliças 
herbáceas, são mais sensíveis a tais efeitos, respondendo bem à proteção. 
O sombreamento diminui a temperatura interna, a evaporação e o consumo de 
água. Cria-se, assim, um microclima interno mais favorável, mesmo sob temperatura e 
luminosidade elevadas. Isso ocorre, seja em época seca, seja sob chuvas intensas, com 
8 
 
efeitos positivos na fisiologia da planta, elevando-se a produtividade e a qualidade das 
hortaliças (idem). 
2.3.2 Telas como quebra-vento 
Importantes em locais onde a incidência de ventos é muito forte e pode prejudicar 
o desenvolvimento da planta, pela perda de umidade. Seu uso promove um melhor 
controle da temperatura das folhas. Telas aluminizadas: promovem redu- ção da 
temperatura do ambiente e da planta, melhorando seu rendimento em regiões mais 
quentes e secas, também reduzindo a evapotranspiração. Em algumas condi- ções e desde 
que instaladas corretamente, podem reduzir em até 15°C a temperatura ambiente. 
2.3.3 Telas coloridas (azul e vermelha) 
Agem sobre a planta, principalmente sobre as hortaliças folhosas, alterando o 
espectro de luz, transformando esta luz em produção agrícola, pois alteram a intensidade 
luminosa, a qualidade da luz e a quantidade de energia que chegam as plantas, de acordo 
com a cor utilizada e a cultura instalada, além de alterar a radiação, quebrando a radiação 
direta sobre a planta e convertendo-a em radiação difusa, que estimula a fotossíntese, 
favorecendo o crescimento. As telas vermelhas deixam passar pouca luz e reduzem o 
comprimento de ondas azuis, verdes e amarelas,e as telas azuis reduzem o comprimento 
de ondas vermelhas. Experimentos mostram que as telas vermelhas têm se mostrado boas 
para o cultivo de folhosas, como a alface, pois aceleram o seu desenvolvimento, 
proporcionando plantas com maior ganho de peso (FIGUEIREDO, 2011). 
A utilização de telas em olericultura é uma técnica funcional, prática e eficiente, 
de relativa adaptabilidade às mais diversas situações, que contribui para elevar a 
eficiência do produtor (FILGUEIRA, 2008). 
O telado pode ser uma estrutura de teto plano e resistente, construída com esteios 
de madeira, metal ou alvenaria, que são amarrados no topo por uma malha de arames ou 
cabos para sustentas as telas esticadas. A altura e a área coberta podem variar conforme 
a finalidade desejada (FILGUEIRA, 2008). 
9 
 
2.4 TÚNEIS DE CULTIVO 
O tradicional túnel de cultivo forçado é construído por um abrigo abaixo de forma 
semicircular ou próximo a isso, recoberto com agrofilme sobre os arcos. Abriga canteiros 
ou linhas de plantio dos cultivos (FILGUEIRA, 2008). 
Têm como grandes vantagens: colheita fora de época, sem a necessidade de 
montar grandes estruturas com as estufas; proteção contra insetos e pássaros; economia 
de insumos, além de preservar a estrutura do solo, precocidade na colheita, aumento na 
produtividade e obtenção de produtos de melhor qualidade. Podemos basicamente dividir 
em dois tipos: túneis altos e túneis baixos. 
2.4.1 Túneis Altos 
Possuem uma altura média de 1,70 a 2,00m de altura e são usados sobre dois a 
três canteiros. São ideais para culturas de porte baixo e muito utilizados para adiantar o 
ciclo em culturas tutoradas – vagem, berinjela, tomate, abobrinha, pepino e pimentão –, 
principalmente no inverno, pois, dependendo da cultura, podem adiantar o ciclo em até 
60 dias. Têm menores gastos de instalação que uma estufa e são, em geral, de fácil 
manejo, pois é possível ficar em pé e caminhar dentro dele, porém a sua durabilidade é 
menor. Podem ser usados como estufas, aquecendo as plantas no inverno e protegendo-
as da chuva no verão. Materiais usados para a cobertura: telas de cores claras, escuras, 
aluminizadas, plásticos transparentes e tecido TNT aditivado (próprio para agricultura). 
2.4.2 Túneis Baixos 
Possuem, em média, entre 0,80m e 1,00m de altura e são usados sobre um canteiro 
por vez. São fáceis de instalar e manejar, porém devem ser manejados pelo lado de fora, 
nas laterais do túnel de cultivo. São de menor custo de instalação que os túneis altos, 
sendo ideais para o cultivo de hortaliças folhosas, pois têm baixa manutenção, porém a 
sua durabilidade também é bem menor. Materiais utilizados para construção e cobertura: 
ferro de construção, arame galvanizado n.° 6, bambu, madeira, cano de PVC (a 
durabilidade da cobertura depende muito da estrutura utilizada na construção, chegando, 
no caso do bambu, a reduzir em 30% a vida útil do plástico). Para sua cobertura, podem 
ser usados os mesmos materiais para a cobertura do túnel alto. 
2.4.3 Manejo dos Túneis 
10 
 
É necessário promover, constantemente, a ventilação do ambiente, por meio do 
levantamento da lateral da cobertura dos túneis; a abertura deve acontecer logo no início 
da manhã, principalmente em dias de sol forte e com temperaturas elevadas, e também 
quando a umidade do ar no interior dos túneis for elevada (aparecem gotas na superfície 
do plástico), para evitar a condensação do ambiente. O fechamento deve acontecer 
quando há prenúncio de geadas, em dias nublados com possibilidade de chuva e nas 
manhãs com muita neblina (FIGUEIREDO, 2011). 
No Brasil, a utilização de túneis é mais difundida na região sul, principalmente 
em hortaliças herbáceas, como alface, e em algumas hortaliças-fruto, como morango e 
pimentão. Trata-se de técnica de fácil implantação e de baixo investimento (FILGUEIRA, 
2008). 
2.5 CASA DE VEGETAÇÃO 
 2.5.1 GENERALIDADES 
 A casa de vegetação – uma estrutura popularmente e erroneamente conhecida no 
Brasil como estufa – é um abrigo que viabiliza o cultivo de plantas de porte alto e a 
circulação de pessoas em seu interior. As primeiras surgiram no hemisfério norte, como 
opção para o cultivo de plantas tropicais exóticas, passando a ser empregadas na produção 
comercial de diversas espécies limitadas pelo inverno rigoroso. Sendo o objetivo maior o 
efeito estufa, a estrutura recebeu o nome de estufa. Essa terminologia tornou-se restritiva 
e inadequada, devido à abrangência dos atuais objetivos, já que a utilização se tornou 
universal. Portanto, é preferível adotar o termo casa de vegetação, menos popular, porém 
mais condizente com a realidade agroclimática brasileira. 
 Oliveira (1995) afirmou que há quatro tipos de estrutura de casa-de-vegetação: de 
vidro climatizadas; de vidro semi-climatizadas, produzindo o efeito estufa; casas de 
plástico semi-climatizadas, efeito estufa presente e casas de plástico tipo "guarda-chuva", 
as quais não são climatizadas. Inicialmente, as casas de vegetação eram cobertas de vidro. 
Entretanto, houve a possibilidade de serem utilizadas estruturas mais simples, leves e 
baratas, cobertas com tipos variados de filmes, que são adaptados às mais diferentes 
necessidades e oferecerem maior facilidade no transporte e manejo (FILGUEIRA, 2008). 
 As casas de vegetação não-climatizadas estão bem próximas da realidade 
econômica brasileira, no entanto, conseguem controlar, parcialmente, o microclima 
11 
 
interno, por meio do tipo de estrutura e dos agrofilmes adotados, do manejo destes e trocas 
com o ambiente externo. 
 De acordo com a região e a época do ano, a casa de vegetação pode ter finalidades 
distintas. Quanto maior a latitude e mais intenso o inverno, maior é a busca do tradicional 
efeito estufa; inversamente, quanto menor a latitude e mais próximo do equador, maior 
busca do efeito guarda-chuva. Esse efeito tem como finalidade dissipar o calor por meio 
da máxima circulação de ar possível e das trocas com o ambiente externo. A casa de 
vegetação protege da erosão e lixiviação de nutrientes do solo, do excesso de insolação, 
da lavagem dos defensivos e nutrientes aplicados às folhas e dos danos mecânicos 
causados à planta, como queda de flores. 
 Quanto a estrutura podem ser do tipo capela de duas águas, convectivo, em arco, 
túnel e túnel baixo (Zonier, 2004), construídas em madeira, aço, concreto (Reis, 2005) 
sendo o materiais de cobertura mais empregado o polietileno por apresentar ótimas 
propriedades físicas, alta transmissividade à radiação solar, facilidade de aquisição e 
baixo custo inicial (NETO et al., 2008). 
Normalmente na cobertura das casas de vegetação são empregados plásticos 
transparentes com aditivos e filtros diversos para proteção das plantas. Para climas mais 
quentes, são empregados plásticos agrotextil coloridos para que absorvam a radiação de 
infravermelho e de comprimentos de ondas longas (GOTO, 2004). As lonas nas cores 
azul (77,7% de absortividade) e amarela (59,7% de absortividade) oferecem melhores 
sombreamentos em ambientes como alta incidência de luz com é o caso da região do 
semiarido do Brasil (BAÊTA et al., 2011). 
Uma das vantagens do cultivo de hortaliças em casa de vegetação é propiciar 
condições de produção ao longo do ano, inclusive na entressafra, com ótima qualidade e 
excelente produtividade. Também favorece a precocidade das colheitas, a proteção do 
solo, o controle fitossanitário e a economia de insumos, além de melhorar as condições 
microclimáticas no interior das estruturas, beneficiando o desenvolvimento das plantas e 
protegendo-as das intempéries. Entretanto, no Brasil, os principais problemas têm sido o 
custo elevado na implantação; a instabilidade do mercado e a desorganizaçãona 
comercialização; a ausência de uma política governamental para o setor de hortaliças; as 
poucas ações de “marketing” para o produto; o elevado custo de produção de muitas 
12 
 
hortaliças; e a falta de agrotecnologia mais bem adaptada às diferentes regiões do País 
(FILGUEIRA, 2008). 
2.5.2 MODELOS DE CASAS DE VEGETAÇÃO 
Não há modelo ideal de casa de vegetação, o que existe é aquele mais adaptado às 
condições econômicas, climáticas e técnicas do projeto. Os modelos estão diretamente 
relacionados com o tipo de teto que o abrigo exibe, sendo os mais adotados: teto plano, 
capela, em arco e túnel alto. 
2.5.2.1 TETO PLANO 
Só é recomendado para regiões ou épocas de pouca chuva. Esse modelo de estufa 
foi desenvolvido na costa da Almeria, no sul da Espanha. A parte superior da estufa é 
plana e pode ser construída com maior caimento para facilitar o escoamento da água da 
chuva. No Brasil, foi desenvolvido o modelo Londrina, muito rústico, construído com 
bambu e arame, de baixo custo. Contudo, apresenta sérios problemas de durabilidade, 
resistência, segurança, vedação e ventilação, bem como baixo efeito estufa, elevada 
umidade do ar, excesso de calor nos dias quentes e curta duração do filme. 
2.5.2.2 CAPELA 
Sua estrutura é semelhante a um galpão ou aviário. Possui duas abas inclinadas 
que formam um triângulo. Tem interesse de captar mais ou menos radiação solar, resistir 
às pesadas chuvas e aumentar a ventilação. 
2.5.2.3 TETO EM ARCO 
O teto é abaulado, aproveita melhor a luz do Sol e é muito resistência ao vento, 
bem como o túnel alto, favorece a fixação do filme. Em contrapartida, a ventilação é 
prejudicada, podendo apresentar elevado aquecimento interno nos dias quentes, podendo 
resultar em consequências graves para as culturas. 
 2.6 INSTALAÇÃO DA ESTRUTURA 
 
 Os sistemas possíveis de serem controlados são: ventilação (resfriamento), 
aquecimento, sombreamento, circulação do ar, injeção de CO2, umidificação e 
desumidificação, iluminação artificial, fornecimento de água + fertilizante. O objetivo 
13 
 
dos controles, nesse tipo de produção, é promover o crescimento e o desenvolvimento das 
plantas de uma forma correta e otimizada. 
 Beltrão (2002), relata que os aspectos construtivos estão intimamente ligados com 
os parâmetros ambientais de modo que em casas-de-vegetação e telados deve-se ter 
cuidado com a uniformização do ambiente, em termos do tipo de cobertura da estrutura, 
que deve ser de vidro ou plástico transparente, tamanho de vasos, mínimo de 20 L de 
capacidade por plantas anuais, cor de vasos (todos da mesma cor e pintados de prateado 
fosco), disposição dos vasos ao longo da bancada, sentido Norte-Sul verdadeiro e outros 
cuidados, para se reduzir o erro experimental e a variabilidade dentro dos tratamentos 
adotados. 
Diversos modelos de estruturas de proteção e de elementos construtivos têm sido 
comercializados. Entretanto, o pequeno produtor necessita de tecnologia diferenciada 
para a utilização de materiais alternativos, que estejam disponíveis na propriedade, como, 
por exemplo, o bambu, a fim de reduzir os custos de instalação. O bambu, por ser um 
material muito versátil, largamente utilizado nos países asiáticos e latinos como material 
de construção e encontrado comumente nas propriedades agrícolas, torna-se uma opção 
interessante como matéria-prima para o estudo e desenvolvimento de casas de vegetação. 
Possui ainda excelentes características mecânicas e pode ser destacado seu rápido 
crescimento e rusticidade. 
 2.7 MANEJO DA CASA DE VEGETAÇÃO 
 
 Para se cultivar hortaliças em ambiente protegido é necessário antes de tudo, 
conhecer muito bem as espécies que serão cultivadas, principalmente quanto às 
exigências ambientais e nutricionais, ou seja, conhecer as necessidades fisiológicas das 
hortaliças. Também, o ambiente em que serão plantadas, não só em termos de região, mas 
de localização, coletando informações sobre temperaturas reinantes (máxima e mínima), 
período de maior chuva, predominância de ventos, culturas adjacentes e permanência de 
uma mesma cultura. 
2.7.1 LUMINOSIDADE 
14 
 
De acordo com Purquerio (2005), a radiação solar é o principal fator que limita o 
rendimento das espécies tanto no campo, como em ambientes protegidos, especialmente 
nos meses de inverno e em altas latitudes. No ambiente protegido a fração difusa da 
radiação solar é maior que no meio externo evidenciando o efeito dispersante do plástico, 
que possibilita que essa radiação chegue com maior eficiência às folhas das hortaliças no 
seu interior, principalmente as conduzidas na vertical, ou cultivadas em densidade 
elevada onde uma folha tende a sombrear a outra. 
Qualquer que seja a região de produção, não se pode ter estruturas construídas ao 
lado de árvores ou construções que projetam sua sombra sobre o ambiente protegido, 
mesmo que seja apenas por algumas horas durante o dia. Estruturas geminadas, também 
geram faixas de sombreamento sobre as culturas em seu interior. Outro ponto a ser 
observado é a deposição de poeira sobre o filme plástico, que reduz a luminosidade no 
interior da estrutura, causando o estiolamento das plantas. Quando o filme plástico se 
encontra em boas condições é recomendável sua lavagem (com uma vassoura de cerdas 
macias ou com uma espuma que pode ser envolvida num rodo). Pode-se fazer a lavagem 
antes do período de inverno. 
Para os cultivos sensíveis ao excesso de luminosidade, o uso de malhas sintéticas 
de sombreamento, com 30 a 50% de sombra, colocadas no interior da estrutura à altura 
do pé direito, soluciona satisfatoriamente o problema. O uso de iluminação artificial em 
ambiente protegido é uma prática cultural onerosa, sendo somente justificada para 
culturas de alto valor agregado e sensíveis ao fotoperíodo, como algumas flores e plantas 
ornamentais. Salienta-se que sempre que se altera a intensidade luminosa no interior do 
ambiente protegido, modificam-se, também outros parâmetros agrometeorológicos, como 
temperatura e umidade relativa do ar (PURQUERIO et al., 2005). 
2.7.2 TEMPERATURA 
A temperatura é um fator agrometeorológico que exerce influência sobre as 
seguintes funções vitais das plantas: germinação, transpiração, respiração, fotossíntese, 
crescimento, floração e frutificação. Nos países do hemisfério norte, caracterizados por 
clima temperado com invernos muito rigorosos o ambiente protegido possui a finalidade 
de aquecimento, tornando-se uma verdadeira “estufa” para que a produção seja possível. 
Porém, nas condições climáticas brasileiras, consideradas tropicais e subtropicais, onde o 
15 
 
cultivo de hortaliças é possível durante o ano todo, o aquecimento natural demasiado do 
ambiente pode causar problemas no cultivo das plantas (PURQUERIO et al., 2005). 
Para o manejo da temperatura do ar é indispensável a instalação de um termômetro 
de máxima e mínima a 1,5 m de altura, no centro do ambiente protegido, abrigado da 
luminosidade direta do sol. As leituras devem ser realizadas diariamente e sempre no 
mesmo horário. Atualmente, também se dispõe de equipamentos eletrônicos conhecidos 
como “microllogers”, que possuem sensores de temperatura e umidade do ar, que 
realizam automaticamente a leitura destas variáveis no momento desejado. O manejo da 
temperatura do ambiente protegido começa pela escolha do tipo de ambiente a ser 
utilizado, que está muito relacionado ao tipo de hortaliça que vai se cultivar. Cada 
hortaliça possui uma necessidade fisiológica diferente de temperatura, a qual pode não 
ser atingida em função do tipo de ambiente utilizado. 
Quando a temperatura é muito alta, é possível lançar-se mão de recursos para a 
redução da mesma. O posicionamentoda estrutura pode favorecer a ventilação natural 
dentro do ambiente. Na instalação do ambiente, deve-se observar a inclinação do terreno, 
principalmente para “estufas” do tipo londrina, pois esta facilita a passagem do ar quente 
pela estrutura, com sua saída pela lateral que estiver na parte mais alta do terreno. A 
estrutura deve sempre ser instalada com a menor dimensão (frente), no sentido da corrente 
do vento predominante. Outro ponto a ser observado é as cortinas laterais que devem ser 
sempre móveis, para serem fechadas no caso da necessidade de retenção da temperatura 
através do aquecimento do ar, ou abertas para a saída do ar quente, quando se deseja o 
resfriamento. Saídas para o ar quente, na parte superior das estruturas, conhecidas como 
lanternim e janelas zenitais também possibilitam o resfriamento do interior do ambiente 
protegido. Estas podem ser fixas ou móveis, para serem abertas ou fechadas conforme a 
necessidade. 
Segundo Purquerio (2005), o uso de telas sintéticas de sombreamento (30 a 50%) 
e de pincelamento com tinta ou cal, embora sejam relativamente eficientes na diminuição 
da temperatura, também diminuem a luminosidade, o que nem sempre é desejado. No 
mercado também existe à disposição dos produtores uma tela aluminizada (40 ou 50%) 
que, instalada na altura do pé-direito de estruturas com 3,0 a 4,0 m de altura, proporciona 
redução da temperatura sem influir demasiadamente na luminosidade. 
16 
 
2.7.3 UMIDADE RELATIVA DO AR 
A umidade relativa do ar no interior de um ambiente protegido é determinada 
diretamente pela temperatura, numa relação inversa entre ambas. Ela pode variar num 
período de 24 horas de 30 a 100%, sendo que diminui durante o dia e aumenta durante a 
noite. Ela está vinculada ao equilíbrio hídrico das plantas, onde um déficit pode alterar a 
evapotranspiração, alterando a capacidade do sistema radicular de absorver a água e o 
nutriente. 
Dessa forma, o manejo da umidade do ar, também vai depender da cultura visando 
se atender sua fisiologia de crescimento e desenvolvimento. Para o manejo da umidade 
dentro do ambiente protegido é necessária a instalação de um higrômetro ou um termo-
higrômetro, cujas leituras deverão ser registradas diariamente ao meio dia (12h). A 
localização desse instrumento deve ser a mesma citada para o termômetro de máxima e 
mínima. Com o monitoramento, o produtor poderá previamente estabelecer as estratégias 
a serem adotadas no transcorrer da cultura para manter a umidade relativa dentro dos 
limites da faixa ideal de cada cultura. Um efeito do excesso de umidade do ar no interior 
dos ambientes protegidos é a sua condensação na face interna do filme plástico de 
cobertura e consequente redução na transmitância da radiação solar (PULQUERIO, 
2005). 
Portanto, através do manejo correto da umidade também se pode diminuir a 
incidência de doenças e consequentemente gerar redução no uso de defensivos agrícolas, 
diminuindo o custo de produção. Salienta-se que o correto manejo da umidade também 
se faz necessário para a aplicação de defensivos agrícolas e fitorreguladores, sendo que 
esses produtos não devem ser aplicados com menos de 55% de umidade relativa, pois sua 
eficiência pode ser reduzida. 
A alta umidade do ar também pode influir no aparecimento de desordens 
fisiológicas, como a deficiência de cálcio em folhas jovens em expansão, devido ao 
deficiente transporte desse elemento em função da restrição evapotranspirativa. Em 
algumas situações, o excesso de umidade dentro do ambiente protegido é proveniente da 
localização da estrutura. Isso ocorre quando ela é instalada em baixadas sujeitas ao 
acúmulo de neblina ou próximas aos lagos e represas. 
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2.8 DIFERENÇA ENTRE ESTUFAS E CASA DE VEGETAÇÃO 
 
As estufas são úteis ao cultivo de plantas, principalmente ao controle de calor, 
pois, apresentam teto e paredes de vidro ou plástico transparentes à luz visível. Esses 
materiais são também sensivelmente transparentes às radiações infravermelhas de menor 
comprimento de onda que, então penetram na estufa juntamente com a luz visível e outras 
radiações. Parte da energia dessas ondas é absorvida por tudo aquilo que existe no interior 
da estufa – plantas, terra, ar etc., o que provoca o aquecimento do ambiente. Os corpos 
do interior da estufa emitem então radiações infravermelhas de comprimento de onda 
maior, para as quais o vidro e o plástico são sensivelmente opacos. Ocorre, assim, 
retenção de energia térmica, e o interior da estufa se mantém aquecido mesmo que a 
temperatura esteja baixa fora dela (BISCUOLA et al., 1996). 
Enquanto que as Casa de vegetação segundo CTNBio, é uma estrutura com 
paredes, teto e piso, projetada e usada, principalmente, para o crescimento de plantas em 
ambiente controlado e protegido. As paredes e o teto são geralmente construídos de 
material transparente ou translúcido para permitir a passagem de luz solar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O cultivo protegido, principalmente em casa de vegetação, tem contribuído para 
a solução de alguns dos problemas que limitam a eficiente e constante produção de 
hortaliças no Brasil. Contudo, outros problemas podem advir da má implantação da 
estrutura e do manejo inadequado. Têm-se observado, ao longo do tempo, os efeitos 
negativos da má administração das casas de vegetação nas condições brasileiras. Podem-
se destacar os principais problemas relacionados ao solo (ocorrência de salinização e 
desequilíbrios); à atmosfera interna (temperatura baixa e umidade elevada no inverno e 
superaquecimento nas épocas mais quentes); à planta (ocorrência de distúrbios 
fisiológicos e doenças); e ao mercado (excesso de produção, baixa qualidade e falta de 
padronização). 
 Alguns desses problemas podem ser solucionados por meio de assistência técnica 
agronômica especializada, aplicada com competência e regularidade. O sucesso do 
agronegócio da plasticultura depende de meticuloso planejamento do projeto, bem como 
de aprimorada execução, desde a implantação do sistema, passando pelo manejo, até à 
venda do produto final, sempre com visão empresarial voltada para um mercado cada vez 
mais exigente. O cultivo em ambiente protegido pode resultar, e isso tem ocorrido tanto 
no exterior quanto no Brasil, em privilegiado resultado para o olericultor. A plasticultura 
tem se firmado como uma alternativa valiosa à olericultura a céu aberto, tanto no meio 
rural como na olericultura urbana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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