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www.cers.com.br 1 www.cers.com.br 2 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO Art. 111, CF. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juízes do Trabalho. COMPETÊNCIA Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Súmula 363, STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. ADI nº 3395 Em seu inciso I, o artigo 114 traz como competência da Justiça do Trabalho processar e julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de Direito Público externo e da Administração Pública direta e indire- ta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Contudo, o STF na ADI nº 3395, repetindo o entendimento já expostos na ADI 492, tornou defeso à Justiça do Trabalho a apreciação de causas instauradas entre o Poder Público e os servidores a ele vinculados por típica relação baseada no regime estatutário ou jurídico-administrativo. Art. 114, II e IX, CF Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Súmula 389, TST. I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro desemprego. II - O não fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro desemprego dá origem ao direito à indenização. Súmula 300, TST. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações de empregados contra empregado- res, relativas ao cadastramento no Plano de Integração Social (PIS). CRIMES – INCOMPETÊNCIA • Súmula Vinculante 25 do STF: É ilícita a prisão de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de de- pósito. DOU 23/12/2009. • O inciso IV, do artigo 114, da CF/88, confere à Justiça do Trabalho competência para processar e julgar os man- dados de segurança, habeas corpus e habeas data quando o ato questionado envolver matéria de sua jurisdição. www.cers.com.br 3 Entretanto, vale mencionar que o STF, na ADI nº 3.684, concedeu liminar com efeito ex-tunc para declarar a in- competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar ações penais. GREVE • Súmula Vinculante 23 do STF: a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. DOU 11/12/2009. DANO MORAL E PATRIMONIAL • Súmula 366, STJ. EXECUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E FISCAIS • Súmula 368, TST. I. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das con- tribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. Conflito de Competência COMPETÊNCIA TERRITORIAL REGRA GERAL São territorialmente competentes: a) o juízo do local da prestação dos serviços ou b) da contratação, quando diversos Art. 651, CLT: A competência das Varas do Trabalho é determinada pela localidade onde o empregado, recla- mante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estran- geiro. § 3º – Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. DISSÍDIOS OCORRIDOS NO ESTRANGEIRO Art. 651, § 2º, CLT – A competência das Varas do Trabalho, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção inter- nacional dispondo em contrário. Art. 2º, Lei 7064/82. Para os efeitos desta Lei, considera-se transferido: I - o empregado removido para o exterior, cujo contrato estava sendo executado no território brasileiro; II - o empregado cedido à empresa sediada no estrangeiro, para trabalhar no exterior, desde que mantido o víncu- lo trabalhista com o empregador brasileiro; III - o empregado contratado por empresa sediada no Brasil para trabalhar a seu serviço no exterior. Art. 3º, Lei 7064/82. A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: I - os direitos previstos nesta Lei; II - a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho, naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei, quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas e em relação a cada maté- ria. www.cers.com.br 4 NULIDADES Princípio da transcendência ou do prejuízo: • Art. 794, CLT. Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. A NULIDADE NÃO SERÁ PRONUNCIADA: • Art. 796, CLT. A nulidade não será pronunciada: a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa. www.cers.com.br 5
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