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A elaboração de um diagnóstico da problemática social

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
3 HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL	8
3.1 Programa Minha Casa Minha Vida	12
4 CONCLUSÃO	15
REFERÊNCIAS	16
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem o objetivo de descrever a realidade da cidade de Ariquemes e suas demandas, seu crescimento com relação ao IDH. Analisar as políticas existentes no município e sua importância para os mesmos na área da habitação.
Elegemos uma politica social na qual todo ser humano necessita. A habitação sem dúvida é um direto de cada cidadão, os cidadãos de Ariquemes por sua vez não ficam atrás.
Com um belo programa intitulado minha casa minha vida do governo federal conheceremos a realidade e o empenho para reverter essa situação. O direto a moradia é garantido pela constituição.
Assim, se faz necessário verificar e compreender que as políticas públicas dependem desses levantamentos que são informações que irão direcionar as ações de acordo com as prioridades sociais existente em cada município observaremos que o conhecimento da realidade do nosso território e as demandas sociais a ele inerentes fará toda a diferença na atuação do serviço social e das demais intervenções.
2 DESENVOLVIMENTO
O município de Ariquemes está localizado no estado de Rondônia, com uma população total de 90.353 habitantes, (censo IBGE2010) e 102.860 (censo IBGE2014). As principais atividades econômicas praticadas no município são: pecuária criação de gado é a principal, indústrias como olarias, fundições e comércio tanto no varejo como também no atacado. O Índice de Desenvolvimento Humano é aproximadamente 0, 752 7º entre 52 municípios do estado. O clima predominante no município é equatorial. Solos existentes são derivados das rochas. Os solos da região caracterizando-se, em sua maior parte, solos distróficos, álicos e mesotróficos. O município faz parte da seguinte bacia hidrográfica do Jamari e seus fundamentais biomas são nascentes d’água, córregos, rios e matas ciliares, no qual contamos com um Plano Municipal de Gestão de Recursos Hídricos de Ariquemes que é o SEMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente).
O IDH avalia e analisa os países em uma escala de 0 a 1. Nenhum país do mundo alcançou este índice, pois tal índice denotaria que determinado país tivesse um IDH cuja proporção seria quase que total, assim temos, por exemplo, uma renda per capita que se situe elevada, a expectativa de vida que gire em torno de 90 anos e assim por diante. E também é bom lembrar que não existe nenhum país com índice 0, pois caso isso acontecesse, seria como se apresentasse taxa de analfabetismo numa proporção de 100% e todos os outros indicadores em níveis desastrosos.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) fornece dados que podem utilizados para facilitar a analise de uma populacional em relação à qualidade de vida. Os critérios são: Educação, Renda e Saúde.
Na área educacional, o município conta com 23 Escolas de Ensino fundamental, 5 de Ensino médio e 12 de Ensino pré-escolar. O total de alunos matriculados de acordo com o censo de 2012 do “Ensino- Matriculas, Docente e Rede Escolar” é equivalente a 16.200 no Ensino Fundamental, 4.161 no Ensino médio e 2.387 no Ensino pré-escolar.
O IDHM no período de 2000 e 2010passou de 0,432 no ano de 2000 para 0,593 em 2010. Assim sendo, alcançou uma taxa de crescimento de 37,27%. A distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice que nada mais é do que o hiato de desenvolvimento humano foi reduzido em 28,35% entre 2000 e 2010.
Entre 1991 e 2000 o IDHM passou de 0,293 em 1991 para 0,432 em 2000 - uma taxa de crescimento de 47,44%. O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 19,66% entre 1991 e 2000.
Entre 1991 e 2010 Ariquemes/Rondônia teve um incremento no seu IDHM de 102,39% nas últimas duas décadas, assim, esteve abaixo da média de porcentagem de crescimento nacional que gira em torno de (47%) e abaixo da média de crescimento estadual que está na faixa de (69%). 
Entre 2000 e 2010, a população de Ariquemes teve uma taxa média de crescimento anual de 1,95%. Entre os anos de 1991 a 2000, a taxa média referente ao crescimento anual foi de 3,06%. Estas taxas chegaram a uma proporção de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000 no Estado. Contudo, no país, foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. Houve um crescimento na taxa de urbanização de 6,26% nas últimas duas décadas.
A razão de dependência de Ariquemes/Rondônia entre 2000 e 2010, passou de 67,64% para 53,14% e a taxa de envelhecimento evoluiu de 2,12% para 3,58%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de 78,48% para 67,64%, enquanto a taxa de envelhecimento evoluiu de 1,11% para 2,12%.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Ariquemes é 0,702, em 2010. O município se encontra com uma faixa de Desenvolvimento Humano de nível Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). Assim semdo, entre os anos de 2000 e 2010, a educação foi a dimensão que mais obteve crescimento (chegou ao nível de crescimento de 0,257), seguida de perto por Longevidade e por Renda.
Entre 2000 e 2010, a população de Ariquemes teve uma taxa média de crescimento anual de 1,95%. Entre 2000 e 2010, o percentual de dependência de Ariquemes passou de 59,88% para 46,68% e o índice de envelhecimento evoluiu de 2,92% para 4,36%. Entre 1991 e 2000, o percentual de dependência foi de 69,97% para 59,88%, enquanto o índice de envelhecimento evoluiu de 1,82% para 2,92%.
Sobre o índice de mortalidade infantil em Ariquemes (mortalidade de crianças com menos de um ano), houve uma redução de 11%, passando de 21,7 por mil nascidos vivos em 2000 para 19,2 por mil nascidos vivos em 2010. 
O indicador empregado para a composição da dimensão Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é a esperança de vida ao nascer. Assim, podemos notar que em Ariquemes, nas últimas duas décadas a esperança de vida ao nascer aumentou 7,3 anos, saindo de 66,0 anos em 1991 para 69,5 anos em 2000, e para 73,4 anos em 2010.
O Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Secretaria de Educação Infantil e Fundamental (SEIF), pretende qualificar a educação básica como direito social. Por este motivo, ao desenvolver suas ações, adota como referência três principais diretrizes: (1) democratização do acesso e garantia da permanência de crianças e jovens nas escolas brasileiras; (2) democratização da gestão; (3) construção da qualidade social da educação.
A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação.
A política educacional está voltada para a inclusão e para o desenvolvimento social, considerando a necessidade de ampliação de acesso para todas as etapas da educação básica e de garantir padrões de qualidade social ao ensino público brasileiro.
Os jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo, tiveram um crescimento de 47,01% no período de 2000 a 2010 e 183,54% no período de 1991 a 2000. Contudo, a proporção de jovens com idade entre 18 e 20 anos com ensino médio completo o crescimento foi de 148,96% entre 2000 e 2010 e 248,61% entre 1991 e 2000.
De acordo com levantamentos dos governos federais e da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo soma hoje 6,8 bilhões de habitantes.
Referente a Renda, nas últimas duas décadas houve um crescimento de 115,97% referente à renda média de Ariquemes, passando de R$319,47 em 1991 para R$530,87 em 2000 e R$689,95 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 66,17% no primeiro período e 29,97% no segundo. A pobreza extrema, a qual é medida pela proporção de pessoas que possuem renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010 teve uma redução considerável, passou de 18,90% em 1991 para 8,01% em 2000 e para 4,36% em 2010.
Em processo de gestão, os indicadores sociais se tornam desnecessáriosse antes não for realizada uma intermediação entre o conhecimento a respeito do conceito social a ser executado, interpretado e o contexto social, econômico em questão. Assim sendo, em um processo de gestão e em seu projeto social, o indicador social será apresentado apenas como um dado, um número, se não abrangermos o conceito social referente a ele, pois o objetivo dos indicadores sociais é dar vida e perceptibilidade a um conceito contemplativo e suas demonstrações.
Assim sendo, hoje a sociedade se encontra em um processo de transformação constante, é notório que a cada dia aparecem novas questões que demandam uma busca por novos conhecimentos, técnicas e métodos que possuem capacidades em dar respostas adequadas para tais questões. Estas questões se tornam um dos motivos fundamentais que fazem com que o profissional se atualize, até mesmo os assistentes sociais, cuja sua atuação está voltada para os espaços contraditórios que se encontram em processo de modificações, abrangendo a realidade dialeticamente, o que requer dos profissionais a realização de mediações interventoras.
A Lei de 1990 sugere novos modelos de atenção à infância, tendo como fundamento as normas de garantia de direitos recomendados pela Convenção Internacional dos Direitos da Criança, da qual o Brasil é signatário (NAÇÕES UNIDAS, 1989). O Estatuto estabelece normas que objetivam dar proteção à criança que buscam o desenvolvimento integral da criança e convoca a o Estado, a família e a sociedade a oferecerem condições apropriadas para que todas as crianças e adolescentes se desenvolvam, sem que haja qualquer tipo de distinção ou discriminação, conforme estabelece o artigo 4° do ECA: 
O direito a liberdade, à dignidade e ao respeito são atropelados pela vivência dessas realidades, marcado pela violação dos direitos de crianças e adolescentes, o que acaba por rebater sobre a convivência familiar e comunitária, levando ao esgotamento desse relacionamento, o que pressupõe o aceso a condições favoráveis às famílias para cuidar e educar seus filhos, favorecendo uma convivência satisfatória. 
De acordo com as informações colhidas vemos que existe grande índice de questões sociais no município, e que o trabalho desenvolvido pela instituição, não atende as demandas como realmente é necessário os serviços prestados ainda são insuficiente para resolver tamanha problemática, entendo que seja preciso construir mais políticas públicas voltadas à população que vive em condições de vulnerabilidade e risco social, e um ponto muito importante para está construção são os indicadores sociais, pois os mesmos são responsáveis pela definição das prioridades das demandas sociais, e também na elaboração de Diagnóstico Social, que é um instrumento que permite uma compreensão da realidade, na qual é mutável.
Na elaboração desta produção social, para a elaboração do diagnóstico social, foi necessário colher informações em site como o IBGE, no Plano Diretor do Município e também na própria instituição, algo negativo que pode ser verificado foram os dados municipais que percebemos que estão um pouco desatualizados, pois a única fonte de informação foi o IBGE que não fala a respeito de toda a demanda populacional da cidade, e também o Plano Diretor Municipal, outro ponto importante a ser colocado são as informações separadamente de cada bairro do município, que deveria ter em cada CRAS para facilitar na elaboração da caracterização local onde está sendo feito o diagnóstico.
3 HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL
Após o golpe de 1964, período que a aceleração industrial demandou um número maior de moradias para os trabalhadores, assim foi criado o BNH, que com a forte crise no setor da habitação do país surgiu como uma resposta do governo militar. Absolvendo as críticas ao BNH e ao sistema por ele recomendado (política habitacional baseada na casa própria), sua importância é irrefutável, pois foi o período (1964-86) em que o país teve, de fato e único, uma política de nível nacional que esteve voltado para a questão da habitação.
Assim, além de fornecer residência para essa demanda da população, um dos objetivos era de estabilizar a construção civil como um poder econômico, já que a habitação era adquirida através de financiamentos para a compra da casa própria. Esse acometimento transformou a construção civil num pólo de investimento ideológico dos políticos, lançando assim ideais progressistas.
Devido à rápida industrialização, no início do século XX, as cidades atraíram boa parte da população, no entanto, não haviam políticas habitacionais que podessem impedir a formação de áreas urbanas irregulares e ilegais. Deste modo, as políticas habitacionais sugeridas foram, na maioria das vezes, inúteis devido a vários fatores políticos, sociais, econômicos e culturais.
O surgimento de políticas habitacionais que realmente se preocupassem em resolver o alarmante problema é recente, tendo sido efetivada na Constituição Federal 1988, regulamentado pelo Estatuto da Cidade, que regula o uso da propriedade urbana em favor do empenho coletivo e do equilíbrio ambiental, se tornando um instrumento inovador na política habitacional e uma importante ferramenta de regularização fundiária.
As ocupações de forma ilegais e irregulares se encontram presentes na maioria dos municípios brasileiros, sendo escancarada a triste realidade social: a falta de moradia. No entanto, o problema não é apenas a falta de imóveis para morar, como também a falta da segurança de posse, que por sua vez faz favorecer a péssima qualidade com que são construídos os que residem em especial nas áreas ilegais.
O acesso informal ao solo e consequentemente a moradia é um dos maiores problemas das últimasdécadas, fortemente agravado pela falta de políticas habitacionais adequadas para atender a população mais carente.
As estatísticas do Banco Mundial cientificam que patra cada um milhão de moradias que são produzidas no Brasil, por volta de 700 mil são ilegais, o que vem a evidenciar que grande parte da produção habitacional no país é informal, e que os dados demonstram a tolerância do setor público com essa ilegalidade, pois, o registro do imóvel na legislação brasileira é constitutivo de propriedade, sendo que “quem não registra não é dono”.
Obedecendo a determinação constitucional, houve a regulamentação do capitulo referente á política urbana, através da lei 10.257/2001, chamada de Estatuto da Cidade, tornando assim o direito á moradia mais viável para os milhões de moradores da “cidade ilegal”, através de novas políticas de regularização fundiária.
A grande conquista para a política habitacional foi à aprovação da Lei Federal 10.257 no início dos anos 2000, conhecida como Estatuto das Cidades, que, em linhas gerais, fornece suporte jurídico mais consistente ás estratégias e processos de planejamento urbano, garantindo, assim, a função social da propriedade, o planejamento participativo nas políticas urbanas e o acesso universal á cidade.
No governo Lula (2003-2010), a principal política para a habitação foi o Programa “Minha Casa Minha Vida”, do Ministério das Cidades, lançado em Abril de 2009, com a meta de construir um milhão de moradias. 
Além de seu objetivo social, o Programa, ao estimular a criação de empregos e de investimentos no setor da construção, também foi uma reação do governo Lula á crise econômica mundial do no fim de 2008.
A partir de 2005, alterações proeminentes aconteceram na área de financiamento habitacional. Assim, houve uma elevação relevante nos investimentos, no aumento do subsídio e no foco voltado para a população de baixa renda.
Porém, se as medidas necessárias no âmbito do planejamento habitacional da regulação urbana, da cadeia produtiva da construção civil e da capacitação institucional, não forem tomadas, o crédito farto poderá gerar um bom imobiliário, contudo, novamente, os setores que mais precisam, sendo os de baixa renda poderão ficar de fora, no qua se reproduzirá o tradicional processo de exclusão no setor habitacional.
Nota-se então que o maiordesafio da política de habitação social brasileira é a atuação de forma direta contra a ilegalidade urbana, através da regularização fundiária. Para Alfonsin (2006), a regularização fundiária é umaintervenção que, para se cumprir de forma efetiva e satisfatória, necessita abranger um trabalho jurídico, urbanístico, físico e social. Assim, ao serem esquecidas ou negligenciadas alguma destas dimensões, os objetivos do processo proposto não será alcançado plenamente.
Vale ressaltar que muitos municípios brasileiros adotaram medidas de regularização fundiária, mesmo antes do Estatuto da Cidade, entretanto, somente com a implementação da nova lei é que puderam operar com maior eficácia, visto que ela que lhes consente a possibilidade maior de atuação para interferir nas questões ilegais e irregulares.
O Brasil hoje entre 180 países, ocupa a 75ª colocação, no ranking da corrupção elaborado pela Transparência Internacional. Numa escala de zero a 10, onde os números mais altos representam os países menos corruptos, o Brasil tem nota 3,7. A média mundial é 4,03 pontos. Além disso, o levantamento também traz simulações de quanto a União poderia investir, em diversasáreas econômicas e sociais, caso a corrupção fosse menos elevada. 
Assim, sem a corrupção o número de moradias populares teria um crescimento considerável. 
A perspectiva do PAC - Poderiam aumentaria em 74,3% das famílias carentes; 
Saneamento - A quantidade de domicílios atendidos, segundo a estimativa atual do PAC, é de 22.500.00. O serviço poderia crescer em 103,8%, somando mais casas com esgotos. Isso diminuiria os riscos de saúde na população e a mortalidade infantil.
Um país desenvolvido não deixa sua população a mercê da sorte, um país desenvolve busca soluções para as mais diversas questões sociais, a falta de moradia é uma questão social muito frequente na sociedade, seja fruto histórico ou econômico, o fato é, que o Brasil esta no centro dessa problemática, muitos famílias vivento em condições miseráveis, precárias e inabitáveis, fugindo totalmente dos direitos a elas garantida pela constituição, e fora do contexto dos direitos humanos, para se construir uma qualidade de vida e o enfrentamento da questão social relacionado a moradia se faz necessário politicas sociais que agem de forma satisfatória e que solucione o problema, programas como bolsa família é uma politica que não resolve essa questão. Se faz necessário então, uma interferência com uma politica ampla e que abranja essa questão como um todo.
Baseado nesse fator que agora abordaremos com mais franqueza uma politica social voltado pra área habitacional, o programa do governo federal intitulado Minha Casa Minha Vida. 
Esse programa habitacional do Governo federal consiste nada mais nada menos do que o financiamento da habitação, vivemos num país aonde se vive o sonho da casa própria, populações vivendo em condições precária de habitação por falta de recurso para adquirir uma nova moradia e condições dignas de viver, morar em um lugar com no mínimo saneamento básico, é luxo, 
Essa precariedade no sistema habitacional levou o governo a planejar politicas voltada pra área da moradia, uma área defasada e abandonado pelos governantes durante muito tempo, um reflexo muito grande confirmado através das favelas nas cidades grandes com seus emaranhados de barracos, sem nenhum planejamento, ou mesmo em cidades pequenas com lugarejos invadidos por sem tetos a fim de conseguirem morada. Condições estas que deixaram milhares de famílias a mercê da sorte.
Assim, a intervenção do estado nesse quesito se da, devido a essas famílias não terem poder aquisitivo suficiente para conseguir sair dessa situação, sem contar que o numero de alugueis e grande no município. Uma politica social voltada para moradia se fez necessário, logo a programa minha casa minha vida caiu como uma luva para buscar solução para questões como as citadas acima. Vamos conhecer agora o programa minha casa minha vida que se implantou no município de Ariquemes.
3.1 Programa Minha Casa Minha Vida
O programa minha casa minha vida tem diversos propósitos, alguns deles são: 
a) promoção da melhoria da qualidade de vida das famílias beneficiadas; 
b) provisão habitacional em consonância com os planos diretores municipais, garantindo sustentabilidade social, econômica e ambiental aos projetos de maneira integrada a outras intervenções ou programas da União e demais esferas de governo; 
c) criação de novos postos de trabalho diretos e indiretos, especialmente por meio da cadeia produtiva da construção civil; 
d) promoção de condições de acessibilidade a todas as áreas públicas e de uso comum, disponibilidade de unidades adaptáveis ao uso por pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida e idosos, de acordo com a demanda.
O programa minha casa minha vida tem o objetivo de Estabelecer os critérios e os procedimentos para a seleção dos beneficiários do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), no que se referem às operações realizadas com os recursos advindos da integralização de cotas no Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), recursos transferidos ao Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e por meio de oferta pública de recursos em municípios com até cinquenta mil habitantes.
Os candidatos a beneficiários devem estar inscritos nos cadastros habitacionais do Distrito Federal, estados ou municípios.
Para fins de seleção dos candidatos a beneficiários serão observados critérios nacionais e adicionais de priorização, conforme segue: São considerados critérios nacionais de priorização, conforme o disposto na Lei 11.977, de 7 de julho de 2009:
a) famílias residentes em áreas de risco ou insalubres ou que tenham sido desabrigadas;
b) famílias com mulheres responsáveis pela unidade familiar; e
c) famílias de que façam parte pessoas com deficiência.
São consideradas áreas de risco aquelas que apresentam risco geológico ou de insalubridade, tais como, erosão, solapamento, queda e rolamento de blocos de rocha, eventos de inundação, taludes, barrancos, áreas declivosas, encostas sujeitas a desmoronamento e lixões, áreas contaminadas ou poluídas, bem como, outras assim definidas pela Defesa Civil.
O processo seletivo nortear-se-á pelo objetivo de priorização ao atendimento de candidatos que se enquadrem no maior número de critérios nacionais e adicionais.
As informações dos candidatos selecionados serão verificadas pela Caixa Econômica Federal junto:
a) ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico;
b) ao Cadastro de participantes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS;
c) à Relação Anual de Informações Sociais - RAIS;
d) ao Cadastro Nacional de Mutuários - CADMUT;
e) ao Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal- CADIN; e
f) ao Sistema Integrado de Administração da Carteira Imobiliária - SIACI.
Esse funcionamento do programa obedecendo a esses critérios tem a finalidade de atender as famílias necessitadas que atendam aos critérios citados acima, assim a parceria entre prefeitura de Ji-paraná e a equipe técnica do governo do estado de Rondônia tem desde março de 2013 buscado realizar todas as ações do programa incluindo os eventos como visitas, cadastramentos, busca e até os sorteios como o que se realizou no dia 18 de maio de 2013 que contou com a presença de autoridades diversas incluindo a do governador do estado de Rondônia senhor excelentíssimo Confúcio Moura, evento este que culminou na divulgação dos nomes de diversas famílias selecionadas que atenderam de 5 a 6 critérios que pertencem ao grupo I e de 3 a 4 critérios que pertence ao grupo II, nesta ocasião foram sorteados cerca de cerca de 550 sorteados entre os dois grupos.
Cada inscrito tem consciência de suas reponsabilidades, para os sorteios realizados e escolha das famílias, antes foram realizados visitas domiciliares, essas visitas que se realizam antes dos sorteios tem o intuito de averiguar cada família inscrita, faz serelatório e busca de informações para se aprovar ou ano aquela família para o sorteio, a busca pela veracidade das informações garante o sucesso do programa para as famílias que realmente necessitam.
Nessas visitas muitos foram diagnosticados apenas como doença com tempo determinado causado por acidente ou outras coisas mais, logo não se encaixavam como deficientes, ficava assim eliminados do grupo I, da mesma forma houveram visitas que ocorreu casos ao contrario, foram constatadas deficiências sim que não foram declaradas na inscrição talvez por motivos de vergonha. as visitas domiciliares realizadas ao grupo dos idoso foram feitas por estagiários de serviço social juntamente com técnicos do governo, nessas visitas aos idosos não foram encontradas muitas dificuldades para realização dessa etapa visto que os idoso se acham facilmente em casa. As visitas aos demais candidatos apresentarão muitas dificuldades devido a localização das casas, áreas de riscos, alagamentos, além da dificuldade de encontrar os moradores em casa devido os mesmo trabalharem diferente dos candidatos do grupo I, impedidos por seus problemas e deficiências.
Essas famílias foram visitadas e criteriosamente avaliadas, após um longo período os que passaram na aprovação foram colocadas no sorteio sabendo-se que o grupo prioritário não necessitaria de sorteio por se encaixarem em todos os critérios, assim foram sorteado os grupos restantes, a casas já estão em fase de construção e os sorteados até o presente momento aguardam ansiosamente para que se concluam logo as obras e possam realizar o tão desejado sonho da casa própria.
4 CONCLUSÃO
Através deste estudo, observamos que não se pode elaborar as políticas públicas sem que se tenha em mente um embasamento teórico conciso, melhor dizendo, precisam ser elaboradas com a utilização de fundamentos concretos referentes realidade social, de modo que o assistente social precisa estar preparado para utilização de ferramentas necessárias para sua ação e consequentemente para a população a quem é destinada essas políticas sociais. 
Sabemos que o Brasil é um país marcado pela desigualdade social, onde cada dia surge novas demandas sociais. Também fazem parte da história de perdas e de raras conquistas as forças políticas de sujeitos coletivos até mesmo dos profissionais que adquirem compromissos com os direitos sociais colocam as necessidades sociais na agenda pública. 
Pode-se concluir que a Constituição Federal de 1988 trás no seu corpo legislativo um capítulo que trata da Política Urbana, onde permite a regularização fundiária, assim, reconhece a falência da política habitacional brasileira adotada até então, uma vez que deixa implícita em sua redação a compreensão de que milhares de famílias construíram suas moradias em terrenos vázios, consideradas áreas verdes, ocupados a fim de exercer o mais elementar dos direitos humanos: a moradia.
Deste modo, precisamos de mais investimentos em pesquisa e qualificação dos servidores, sendo que as políticas sociais devem ir de encontro às necessidades da população, e para conhecer as prioridades de uma determinada demanda é necessário ter o conhecimento da mesma no que se refere aos aspectos físicos, econômicos, culturais, sociais entre outros, algo muito importante que nos favorece para esse conhecimento são os indicadores sociais onde indica o perfil de cada região, os mesmos direcionam as soluções adequadas para a resolução das questões sociais, também permitem uma avaliação mais cuidadosa das ações dos governos no que se refere à administração de vidas, saber com que responsabilidades se planejam as ações públicas, outro ponto muito importante que os indicadores sociais nos favorece é na elaboração de diagnóstico social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRASIL 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal nº 8.069/90. Ministério da Justiça, Brasília, DF. 
BRASIL. Ministério das Cidades. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br/>. Acesso em 23 mar. 2015.
BRAUN, E. A realidade regional e o serviço social: serviço social VI / Edna Braun, Clarice da Luz Kernkamp.-São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
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COULANGES, Foustel de. A cidade antiga (1864). Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo: Editora Martin Claret, 2002.
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DIGIÁCOMO, Murillo José. Estatuto da criança e do adolescente anotado e interpretado. Curitiba. Ministério Público do Estado do Paraná. Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente, 2013. 6. ed. Disponível em:<http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/caopca/eca_anotado_2013_6ed.pdf≥. Acesso em 14 mar. 2015.
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