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Conceito de Crime parte geral

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DIREITO PENAL (P1)
• Conceito: Direito penal é o conjunto de normas jurídicas que tem como objetivo determinar as infrações e quais as sanções a serem aplicadas. 
• Direito penal objetivo: segundo Rogério greco o direito penal objetivo são todas as normas que ganham vida no corpo da lei em vigor, ou seja, é o conjunto de normas positivadas. 
• Direito penal subjetivo: poder do Estado de se fazer cumprir as normas. Soberania que o estado tem onde somente o mesmo pode aplicar o direito penal objetivo sendo o poder de punir somente do estado. 
	O direito penal tem como finalidade a proteção dos bens jurídico sendo um dos mais importantes que é a VIDA, toda via nem todos os bens jurídicos se encontram no direito penal onde no mesmo só encontramos os bens jurídicos mais essenciais. 
	
DIFERENÇA ENTRE PRINCIPIO FUNDAMENTAL E REGRA
Princípios Fundamentais no direito penal são as normas gerais sendo o mesmo mais genérico que irão auxiliar na criação, interpretação e sua aplicação no ordenamento jurídico e FUNDAMENTAL porque dão fundamento quando a decisão de um juiz por exemplo. 
	Regra são normas mais especificas com um grau de concretude maior. 
PRINCIPIOS LIMITADORES DO PODER PUNITIVO DO ESTADO
• Principio da legalidade ou reserva legal – art 5º xxxix, CF / art 1º do CP (anterioridade da lei)
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem previa cominação legal. 
Isso quer dizer que para um fato ser considerado crime e que tenha sua respectiva sanção aplicada é preciso antes que exista uma lei definindo tal conduta como crime e culminando a respectiva sanção correspondente, ou seja, a lei deve ser anterior ao comportamento do individuo. . Devendo a lei definir com precisão e de forma cristalina a conduta proibitiva. 
• Principio da intervenção mínima – este principio é também conhecido como ultima ratio, uma vez que a criminalização de uma conduta só ira se dar quando os demais ramos do direito não forem suficientes, devendo o estado agir sob uma ótica mínima, limitando assim o poder incriminador do estado. 
• Principio da lesividade – o direito penal só se ocupa de condutas. Não se ocupa de pensamentos. Ou seja, para que exista crime é preciso que o agente pratique uma conduta (ato) que lese bem juridico de terceiro. Não podendo o direito penal punir alguém por seus pensamentos. 
• Principio da adequação social – não se pode punir comportamentos benéficos a sociedade, ou seja, mesmo que determina conduta esteja tipificada como crime mas em uma sociedade essa pratica seja socialmente adequada não trazendo transtornos, não é necessária que haja uma punição a aquele cometa tal conduta. 
• Principio da Fragmentariedade – o direito penal só ira se ocupar de fragmento (parte) de tutela dos bens juridicos, ou seja, nem todas as ações que lesionem bem jurídicos são proibidas pelo direito penal como nem todos os bens jurídicos são por ele protegidos, se limitando a punir apenas as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos. 
• Principio da culpabilidade – principio que ira impedir o chamado direito penal objetivo (direito que esta positivada) de agir, impedindo a atribuição de responsabilidade objetiva deixando de responder por um resultado absolutamente imprevisível se não houver intenção ou descuido (culpa). 
• Principio da humanidade – esse principio sustenta que o punitivo do estado não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana, tendo o estado a obrigação de prover a infraestrutura carcerária e recursos que impeçam a degradação e a dessocialização dos condenados. Vedando penas cruéis, tortura, maus tratos ou trabalhos forçados.
• Principio da irretroatividade da lei penal (art 5º XL, CF) – impossibilidade de uma lei retroagir, ou seja, voltar no tempo. A mesma só ira retroagir para beneficio do réu. 
• Principio da insignificância – Só ira ser punido aquele que violar bem jurídico de terceiro que seja significativamente relevante, sendo assim o direito penal não se ocupa de casos insignificantes. Ex: furtar R$0,10 centavos. 
FONTES DO DIREITO PENAL
As fontes do direito penal são de onde o direito penal se origina de onde ele emana ditando o direito penal e como o mesmo se faz conhecer se materializa. 
• Fonte de produção (material) – é dever apenas da união legislar sobre o direito penal, assim cabe a ela ditar as normas do direito penal bem como proibir ou impor determinadas condutas. 
• Fonte de cognição (formais) – maneira pela qual se exterioriza a lei fazendo com que a mesma seja conhecida. 
	- Fonte de imediata – é a própria lei, sendo por ela que tomamos o conhecimento do direito penal. 
	- Fonte mediata ou indiretas – são fontes que vão influenciar na criação do direito penal. São fontes: costumes, doutrina, jurisprudência e princípios gerais do direito. 
*norma penal – materialização da norma pela lei, interpretação feita através do texto da lei. 
*lei penal – materialização da norma pelo Estado. 
CLASSIFICAÇÃO DA NORMA PENAL
• Norma Penal incriminadora – define as infrações penais, proibindo ou impondo condutas sob ameaça de sanção. 
	- preceito primário – descreve de forma detalhada a conduta proibitiva. 
	- preceito secundário – previsão de pena/sanção caso a conduta proibitiva seja descumprida, ou seja, o preceito primário. 
	- proibitiva – proíbe comportamento sob ameaça de sanção. 
	- mandamental – manda o sujeito agir de determinada forma, impõe um comportamento sob ameaça de sanção.
• Norma penal não incriminadora – não proíbe e nem impõe conduta sob ameaça de sanção. 
	- permissiva – considera licita determinada conduta prevista em lei como crime ou isenta o agente de pena. EX: art 25, CP (legitima defesa). Quem comete crime dentro da norma penal não incriminadora permissiva não comete crime. 
	- explicativa – são normas que não prevêem sanção apenas explicam um determinado termo. 
	- complementar – fornece princípios gerais para a aplicação do direito penal, ou seja, tal como a lei prevê que determinada norma deve ser aplicada. 
• Norma penal em branco - disposição suja sanção é determinada, ou seja, completa. Permanecendo somente o seu conteúdo indeterminado.
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO
A lei que se aplica a repressão da praticado crime é a lei vigente ao tempo de sua vigência. 
• Principio da atividade da lei penal – fenômeno jurídico pelo qual a lei penal regula todas as situações ocorridas durante seu período de vigência, denominando-se principio da atividade, sendo assim a atividade é a regra. A lei penal não se aplica a fatos antes da criação da norma e não se aplica após a sua revogação. “tempus regit actum”
• irretroatividade da lei penal – a lei penal não volta no tempo, ou seja, não pode ser punido por um fato que não estava antes previsto no ordenamento jurídico. 
• retroatividade da lei mais benigna – ela volta no tempo em beneficio do réu para alcançar fato praticado.
• ultratividade da lei penal – ela terá ultratividade avançando no tempo para alcançar o julgamento de um fato praticado.
• tempo do crime – art 4º considera-se tempo do crime o momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o resultado. 
• Conflito de leis penais no tempo – são conflitantes quando uma lei é substituída por outra. 
• abolitio criminis – art 2º CP - traduzindo, é a abolição do crime. É a lei que deixa de ser crime quando tal era considera. EX: crime de sedução lei 11.106/05 – art 218
• novatio legis incriminadora – cria um novo crime que antes não era considerado como tal, ou seja, insere uma nova conduta criminosa no ordenamento jurídico. 
• novatio legis in pejus – traz mais rigor no que diz respeito ao cumprimento da pena, ou seja, aquela nova lei que traz mais rigor a conduta criminosa praticada. 
• novatio legis in melluis – art 2º CP – beneficia o réu, sem excluir a incriminação é mais favorável ao sujeito podendo retroagir. 
• lei intermediária – lei que vige entre o momento do crime ate a sua decisão,sendo ao mesmo tempo retroativa e ultrativa e será aplicada quando mais benéfica. 
• conjugação de leis – seria a junção de partes da lei. Parte da doutrina diz que sim, isso é possível, outra parte que é o STJ irá dizer que não pode usar partes da lei, pois assim estariam usurpando cargo publico criando uma terceira lei que não cabe ao advogado. 
• leis excepcionais – entra em vigência uma determinada lei em situações de emergência. 
• leis temporárias – tem sua vigência por prazo determinado, e mesmo tendo seu prazo de vigência expirado a pessoa ainda poderá ser julgada. 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Sua aplicação se dera no território, em decorrência do principio da soberania, vige em todo o território de um Estado. 
• Principio da territorialidade – em território nacional brasileiro aplica-se a lei penal brasileira por questão de soberania, independendo da nacionalidade do agente, da vitima ou do bem jurídico lesado. 
• Território nacional – são considerados também território nacional embarcações e aeronaves publicas. 
	- físico – fronteiras do estado, mar territorial e espaço aéreo correspondente. 
	- jurídico – local do globo que esta sujeita a soberania brasileira. 
 
• lugar do crime – local onde seu deu a prática do crime. 
1º teoria da atividade – local onde se deu a pratica do crime.
2º teoria do resultado – resultado da conduta onde se produziu a pratica do crime.
3º ubiqüidade – lugar do crime pode ser o da ação como o resultado, ou ainda o lugar do bem jurídico atingido. Aplica-se a ubiqüidade quando praticado em dois lugares. 
• Principio da extraterritorialidade – poderá ser aplicada a lei brasileira fora do território brasileiro. 
- Extraterritorialidade incondicionada - principio da defesa (art 7º I, CP) – atingem bens jurídicos de extrema importância para o brasil, ou seja, alguns bens jurídicos são tão importantes para o brasil que se aplica a alei penal brasileira mesmo quando o sujeito estiver fora do país. 
- Extraterritorialidade condicionada
 – principio da nacionalidade ( ativa art 7, II,b,CP) o sujeito que praticar crime no exterior fica sujeito a lei penal brasileira mesmo estando ele no exterior, toda via para que isso aconteça o a gente deve adentrar em território brasileiro. 
- principio da nacionalidade (passiva art 7º §3º, CP) esta parte dispõe dos crimes cometidos por estrangeiros contra brasileiros fora do brasil, se reunidas as condições previstas no §2º do mesmo artigo. 
• Principio da universalidade (art 7º, II, a, CP) – a universalidade se dá em razão de tratados firmados entre vários paises, de acordo com artigo já mencionado, ou seja, crimes pelo qual o brasil firmou com outros paises a combater. 
• principio da representação (art 7º, II, c, CP) – nos casos de crimes praticados por aeronaves ou embarcações que estejam fora de seu território havendo deficiência ou desinteresse de quem deveria punir, aplicar-se-á a lei da bandeira que estiver na aeronave ou embarcação. 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL EM RELAÇÃO AS PESSOAS
Não se aplica a determinada pessoa mesmo sendo o crime cometido em território nacional. 
•Imunidade diplomática – a convenção de Viena, diz que certas pessoas ligadas a esse tratado que caso cometa algum crime o mesmo não será julgado no país onde ele cometeu o crime ficando sujeito ao julgamento do seu país de origem. Sendo essa imunidade estendida aos familiares das pessoas ligadas a essa convenção. Ex: embaixador. 
• Imunidade parlamentar – certos parlamentares tem imunidade no exercício de seu mandato. Sendo que essa imunidade é personalíssima, ou seja, não estende a ninguém além do parlamentar. Ex: deputados e senadores
	- imunidade material – não é crime o deputados, estadual, federal, senadores e vereadores por suas opiniões, palavras, e votos. Sendo assim crimes que poderiam configurar danos morais não serão a esses aplicados por conta de sua imunidade material, contudo vale ressaltar que essa imunidade só se dá durando o exercício do mandato.
	- imunidade processual – enquanto o parlamentar estiver no exercício do mandato o mesmo não responderá cível ou penalmente se esses atos tiverem relação com a opinião política, palavra ou voto, ficando assim o processo suspenso. 
CONCEITO DE CRIME
• Conceito Formal – é toda ação ou omissão proibida por lei sob ameaça de sanção, conduta proibida por lei sob ameaça de sanção. Principio da legalidade.
• Conceito Material – conduta que viola os bens jurídicos mais importantes. Principio da lesividade. 
• conceito analítico – é analisar todos os elementos do crime ou características que integram o conceito de infração penal sem que com isso se queira fragmentá-lo. Devendo o agente cometer fato típico, ilícito e culpável. Alguns doutrinadores vão chamar de conceito estratificado desconstruindo a idéia de crime para estudar cada elemento separadamente. 
• Diferença entre crime e contravenção penal – ambos são igualmente infrações penais, com a diferença da sanção a ser aplicada a cada uma delas. Sendo as contravenções infrações menos graves, sendo aquelas que ofendam bens jurídicos não tão importantes. 
Sendo assim todas as contravenções estão previstas na lei 3.688/41. 
• Classificação das infrações penais – quando quisermos nos referir indistintamente (sem fazer diferença) a qualquer uma das figuras, devemos utilizar a expressão infração penal. A infração penal, portanto, como gênero, refere-se de forma abrangente aos crimes/delitos e contravenções penais como espécie. Classificar os crimes significa reuni-los em grupos que contam com determinada característica idêntica.
	QUANTO AO POTENCIAL OFENSIVO 
• crime de bagatela – atingem bens jurídicos de forma insignificante, não sendo assim crimes pois não traz lesão mínima para culpar como crime. Sob a ótica mínima. 
• infrações de menor potencial ofensivo – são todas as contravenções penais que não ultrapassem 2 anos. Lei 9.099/95
• infrações penais de médio potencial ofensivo – são aquela que admitem suspensão condicional do processo, pois tem pena minina, igual ou inferior a um ano além de serem as mesmas julgadas pela justiça comum. Ex: furto simples. 
• infração penal de alto potencial ofensivo – são aqueles cuja a pena mínima é superior a um ano, não sendo cabível a suspensão do processo. 
• crimes hediondos – são aquele crimes de altíssimo potencial ofensivo. Estando descritos na lei 8072/90. Ex: homicídio qualificado (asfixia)
	QUANTO AO SUJEITO ATIVO 
• crimes comuns – podem ser praticados por qualquer pessoa. Ex: qualquer pessoa pode cometer estupro. 
• crimes próprios ou especiais – este não pode ser cometido por qualquer pessoa, somente a pessoa dotada de certas características tipificadas no código penal. Ex: infanticídio – somente a mãe pode praticar. 
• crimes funcionais – é uma espécie de crime próprio uma vez que só podem ser cometidos por funcionários públicos. Ex: peculato 
• crimes de mão própria ou de atenção especial – só podem ser cometidos pessoalmente pelo sujeito ativo, sem a possibilidade de um terceiro aja em seu lugar. Assim sendo somente a testemunha pode dar falso testemunho. 
	QUANTO AO MOMENTO DA PROTEÇÃO DO BEM JURIDICO 
• crimes de dano – exigem para sua configuração a lesão ao bem jurídico penalmente tutelável. 
• crimes de perigo – a lei requer apenas a probabilidade do dano e não a sua ocorrência de fato.
	- crimes de perigo concreto – só se caracterizam se houver fato a comprovação de que o bem jurídico tenha sido totalmente exposto ao perigo. Ex: doença venérea. 
	- crimes de perigo abstrato – a lei presume de antemão a conduta como perigosa, não precisando assim de sua comprovação bastando apenas a prática da conduta. Ex: direção com embriaguez, sob o uso de álcool e substancias análogas. 
	QUANTO AO RESULTADO NATURALISTICO
É a modificação no mundo exterior, ou seja, podem ser vistos ou ouvidos pelos nossos sentidos. Todavia nem todo crime tem resultado naturalístico.Ex: injuria. Contudo os crimes de homicídio podem ser percebidos por nossos sentidos. 
•crimes materiais – são aqueles crimes nos quais o tipo penal descreve uma conduta e o seu resultado naturalístico produzido pela conduta que necessariamente deve ocorrer para se consumar. Ex: homicídio (só ira se consumar com a morte). 
•crimes formais – são aqueles em que o tipo penal descreve a conduta e seu resultado naturalístico, toda vida não é necessário que o resultado ocorra para o crime se efetivar. 
• crimes de mera conduta – a lei descreve apenas o comportamento do agente, sem se preocupar com o resultado. 
	QUANTO A CONDUTA
Temos a conduta como o primeiro elemento que integra o fato típico. Conduta é sinônimo de ação e de comportamento humano. 
• crimes comissivos – são aqueles em que o tipo penal proíbe o fazer algo, a pratica de uma determinada conduta, ou seja, direciona o crime com uma finalidade ilícita. Ex: homicidio
• crimes omissivos – são aqueles cuja lei penal manda o sujeito agir de alguma forma e pune se não agir, a lei criminaliza a ação praticada. Ex: omissão de socorro
	- crimes omissivos próprios – o agente deixa de agir quando o tipo penal exige que ele aja, não realizado quando o mesmo possui condições de realizar o mesmo estará incorrendo em um crime. Ex: omissão de socorro. 
	- crimes omissivos impróprios – neste é preciso que o agente se encontre na posição de garantidor, isto é, tenha ele a obrigação legal de cuidado., proteção e vigilância assumindo a responsabilidade de impedir o resultado. Ex: art 13 (garantidor) mãe que não alimenta o filho e o mesmo vem a óbito. 
	
QUANTO A NATUREZA DO ELEMNTO VOLITIVO (vontade do agente)
• crime doloso – o elemento volitivo é o dolo, ou seja, a intenção do agente. Quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo lesando bem jurídico de terceiro.
• crime culposo – quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligencia ou imperícia, não tendo a intenção. 
•crimes praterdoloso – é o crime cujo resultado total é mais grave do que pretendido pelo agente. Há uma conjugação de dolo (no acontecimento) e culpa (no subseqüente) o agente quer o “minino” mas produz o “maximo”. Ex: art 129 – lesão corporal seguida de morte. 
FATO TIPICO 
Elemento do crime, comportamento humano que se molda a um tipo penal ameaçando bem jurídico de terceiro. 
• Conduta – é a idéia de crime ligada a conduta, ou seja, ao comportamento humano.
• considerações gerais – o fato típico esta ligado ao comportamento humano. 
• Definição – comportamento humano voluntário consciente dirigido a um fim, teoria finalista, nosso comportamento é sempre voltado a um fim. 
	FASES DE REALIZAÇÃO DA CONDUTA 
• interna – se desenvolve internamente na mente do sujeito (idéia, pensamento do que quer produzir). É uma fase impunível uma vez que o direito penal não se ocupa de pensamentos.
• externa – o agente externa o que ele anteriormente havia pensado, no sentido de concretizar o ato ilícito que ele havia idealizado. Podendo aqui ser punido. 
	CONDUTAS DOLOSAS E CULPOSAS 
• dolosa – é a intenção do agente que tem a intenção de lesionar bem jurídico de terceiro. 
• culpa – age de forma descuidada, causando um resultado por imprudência, ou seja, agindo de forma descuidada.
	CONDUTA COMISSIVA E OMISSIVA
• comissiva – consiste em fazer algo que a lei proíbe
• omissiva – o não fazer algo que a lei impõe que deveria ser feito
	TEORIA DA AÇÃO / TEORIA DA CONDUTA
• teoria causal – naturalista da ação – movimento corporal que causa modificação no mundo exterior. Utiliza o modelo causal da consciência natural (impirico, ou seja, atravez da observação). Por isso essa conduta tem esse conceito pois pode-se perceber pela observação. 
• Teoria finalista da ação – comportamento humano voluntário e consciente, dirigido a uma finalidade qualquer. 
OBS: a finalidade baseia-se em que o homem graças ao seu saber causal, pode prever dentro de certos limites, as conseqüências possíveis de sua conduta. 
OBS: Para Wenzel as normas jurídicas não podem ordenar ou proibir meros processos casuais, mas somente atos orientados finalisticamente ou omissão desse mesmo ato. 
TEORIA SOCIAL DA AÇÃO- Toda a atividade humana social e juridicamente relevante, segundo os padrões axiológicos de uma determinada época, dominada ou dominante pela vontade. 
• Ausência de conduta – comportamento não orientado pela vontade e consciência que lesam bem jurídico. Na ausência de conduta não existe crime. 
• Força irresistível – atua sobre o corpo do agente com a ausência de sua vontade.
• involuntariamente (atos reflexos) – comportamentos não orientados pela vontade e determinado por um estimulo dirigido diretamente pelo sistema nervoso. 
• estado de inconsciência – não funcionamento adequado das funções mentais ( não é doença mental). Ex: estado de sonâbolismo.
OMISSÃO COMO CAUSA DO RESULTADO 
• relevância da omissão – dever agir (norma) + poder agir. Nem toda omissão é relevante para o direito penal.
• crimes omissivos próprios – crimes de mera conduta previstos em tipos penais específicos, tipo penal autônomo, omissão de comportamento. Ex: omissão de socorro.
• crimes omissivos impropios – crimes de resultado, fazer algo que a lei proíbe, descreve um agir algo que a lei proíbe podendo ser cometidos por omissão de um não fazer algo. 
OBS: omissão de um comportamento imposto pela norma + ocorrência de um resultado naturalístico + situação geradora do dever jurídico da norma. (nexo normativo) impõe o dever de agir através da norma, caso não o faça estará sujeito a penalidade da norma. 
Ex: salva-vidas, médicos, bombeiros. Pode responder penalmente somente que esta na posição de garantidor. 
OBS² - admitem tentativas desde que a omissão do comportamento devido seja dolosa. 
	RESULTADO – dentro da teoria finalista o resultado é separado, ou seja, não integra o conceito de conduta. 
	TEORIAS DO RESULTADO 
• teoria naturalística – modificação no mundo exterior, toda alteração perceptível pela utilização dos sentidos. Nem toda conduta traz resultado, como por exemplo, omissivos próprios. (o não fazer algo que a lei impõe que deveria ser feito)
• teoria normativa – resultado é lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico tutelado. Não há crime sem resultado.

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