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Capacidade Civil

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CAPACIDADE
Capacidade via de regra é a pessoa capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art 1º CC
- CAPACIDADE DE DIREITO: é o mesmo que personalidade, ou seja, é a aptidão pata ter direito e contrair obrigações na esfera cível, sendo reconhecida a toda e qualquer titular de personalidade.
- CAPACIDADE DE EXERCICIO (ou de fato): é a aptidão para exercer direitos e contrair obrigações por si mesmo na esfera cível.
TIPOS DE CAPACIDADE
- CAPACIDADE GENERICA: é a aptidão para exercer todos os atos da vida civil tendo direito e contraindo obrigações.
- CAPACIDADE ESPECIAL: é tudo aquilo que foge a capacidade civil genérica.
Ex: capacidade de voto aos 16 anos previsto pelo código eleitoral.
- CAPACIDADE NEGOCIAL: quando o código civil exige algo além da capacidade genérica, sendo esse algo a mais a capacidade negocial. Ex: para fazer um testamento em cartório além da capacidade genérica ela irá precisar da capacidade negocial que é ser alfabetizado.
TEORIAS DAS INCAPACIDADES
A incapacidade é o reconhecimento da inexistência, numa pessoa, daqueles requisitos que a lei acha indispensáveis para que ela exerça os seus direitos direta e pessoalmente.
- CAPAZ art 5º CC: Pode atuar de forma autônoma sem necessidade da ajuda de ninguém.
- RELATIVAMENTE INCAPAZ art 4º: categoria especifica de pessoas igualmente necessitadas de proteção judicial, porém em grau inferior aos absolutamente incapazes.
São eles de acordo com o art 4º: i) maiores, de 16 anos e menores de 18 ii) ébrios eventuais e viciados em tóxicos iii) por causa transitória ou permanente não podem exprimir vontade iv) pródigos. No que tange ao relativamente incapaz, o sistema jurídico não ignora sua vontade. Leva em conta a sua manifestação volitiva, desde que regularmente assistido, na forma da legislação permanente. Assim, os atos praticados pelo relativamente incapaz exigem não apenas a presença do assistente, mas, por igual, a sua própria intervenção como condição de validade.
- ABSOLUTAMENTE INCAPAZ art 3º: são reputados absolutamente incapaz aqueles que não possuem qualquer capacidade de agir, sendo irrelevante, do ponto de vista jurídico, a sua manifestação de vontade. Por isso devem estar representados por uma terceira pessoa (o chamado representante legal), onde o mesmo irá praticar os atos da vida civil em nome do representado. São considerados absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menos de 16 anos.
REPRESENTANTES
O representante é aquele que age segundo a sua vontade em prol dos interesses do representado.
- REPRESENTANTE LEGAL: Ocorre quando há a necessidade de se proteger os interesses de pessoas incapazes de exercer sua vontade e os atos da vida civil com clareza, plenitude ou consciência (menores de 16 anos e doentes mentais, na maioria dos casos). Aqui o representante é que contrai obrigações e transfere direitos, e não o representado.
– Os representantes legais são definidos por lei. Os pais representam os menores, em caso de não haverem pais, é o tutor. Quando não há um tutor denominado, o juiz deve se fazer uso da ordem dos ascendentes (avós, depois tios, depois irmãos). E, nos demais casos, é o curador. O representante exerce todos os poderes relativos à vida civil de seu representado, e, para isso, deve ser juridicamente capaz.
- REPRESENTANTE JUDICIAL: é aquele que decorre de uma decisão judicial, ou seja, é nomeado pelo juiz, para exercer poderes de representação no processo.
- REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL: é o acordo que decorre de vontade das duas partes (representante e representado). Ou seja, é a Manifestação de vontade que, por determinado motivo, é outorgada a um representante (livremente escolhido pelo representado) através de uma procuração. O representado é detentor da vontade e de seus efeitos, enquanto o representante possui o poder de exercer estes. Quem sofre as consequências é o primeiro.
– Ao se outorgar a ação por meio de uma procuração, há a limitação expressa do poder conferido ao representante (tempo, lugar, o que ele pode fazer), pois ele muda dependendo do caso. Vale ressaltar que esta é inaplicável aos incapazes.
- ASSISTENTE: age conjuntamente com o assistido, considerando a vontade deste último.
- ASSISTENTE LEGAL: é aquela que decorre de lei.
- ASSISTENTE JUDICIAL: é aquele que decorre de sentença judicial.
EMANCIPAÇÃO
É o procedimento pelo qual eu torno alguém incapaz em capaz de exercer os atos da vida civil de forma autônoma, ou seja, segundo definiu Clóvis, a emancipação como a aquisição de capacidade civil antes da idade legal. Pode decorrer de concessão dos pais ou de sentença judicial, bem como de determinados fatos a que a lei atribui esse efeito.
ESPECIES DE EMANCIPAÇÃO:
- PATERNA art 5º, I – primeira parte: este é concedida pelos pais, se o menor tiver 16 anos completos, entende-se assim que a emancipação paterna ou voluntária decorre de ato unilateral dos pais, reconhecendo ter seu filho maturidade necessária para reger sua pessoa e seu bens e não necessita mais da proteção de incapaz que o Estado oferece. A outorga do beneficio deve ser feita por ambos os pais, ou por um deles na falta do outro. E a mesma deve ser feita por meio de documento publico, ou seja, em cartório.
É válido ressaltar que a emancipação em qualquer de suas formas, é irrevogável. Não pode os pais, que voluntariamente emanciparam o filho voltar atrás.
- JUDICIAL art 5º, I – segunda parte: No caso de ausência dos pais ou divergência dos mesmos em relação a emancipação do menor, a emancipação ira se dar por via judicial. Na emancipação judicial o menor poderá ser ouvido para o mesmo decidir se emancipa ou não o menor. Deve-se ter como requisitos para a emancipação; o menor ter 16 anos completos, um dos pais não aceitar a emancipação, cabendo ao juiz decidir emancipar ou não o menor.
- LEGAL art5º II,III,IV,V: Esta se da de forma automática, quando as situações previstas no ordenamento da lei civil forem alcançadas.
PELO CASAMENTO Art 5º, II- toda pessoa poderá contrair casamento a partir dos 16 anos, desde que autorizados pelos pais ou tutores. A partir do momento que o pai autoriza seu filho menor a se casar, tacitamente está autorizando a sua emancipação, para que tenha capacidade plena para iniciar uma nova família.
EXERCICIO DE EMPREGO PÚBLICO EFETIVO art 5º III: a pessoa pode exercer cargo publico antes de se alcançar a maior idade.
COLAÇÃO DE GRAU EM ENSINO SUPERIOR art 5º IV: correrá muito raramente, considerando a extensão do ensino fundamental e médio do sistema educacional brasileiro. Caso um superdotado venha a colar grau antes dos 18 anos, estará emancipado.
Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria art 5º V: Neste caso, adquire a emancipação o menor de 16 anos que se estabelecer como comerciante ou que tenha relação empregatícia nos moldes da CLT, desde que, para esses dois casos, adquira economia própria, isto é, tenha meios financeiros próprios para se sustentar, não precisando dos pais. Este deve ser comprovado para assim possa ser emancipado.
INTERDIÇÃO
É o processo pelo qual eu torno um capaz em incapaz. Segundo Elídio Donizetti – “da-se o nome de interdição ao procedimento judicial, de jurisdição voluntária, através do qual se investiga e se declara a incapacidade de pessoa maior”. Não versa sobre critérios etários e sim sobre os casos de incapacidade psíquica. 
• As fases do processo de interdição estão previstas desde o art 747 ao art 758 do NCPC. 
• As pessoas que podem propor um processo de interdição são: cônjuge ou companheiro, pelos parentes ou tutores, pelo representante da entidade em que se encontra abrigado o interno ou pelo ministério publico. Art 747 CPC.
O processo de interdição deve-se dar primeiramente por meio de petição inicial onde primeiramente deve conter a causa da interdição e quala espécie de incapacidade, devendo o laudo médico que ateste a incapacidade do interditando. Quando o juiz perceber que o interditando tem mesmo uma incapacidade será aberto uma oitiva de testemunhas, feito isso o juiz abre um prazo de 15 dias para a defesa sendo nomeado um procurador para fazer a defesa. Na fase probatória é necessária uma prova pericial para a avaliação da capacidade do interditando de praticar os atos da vida civil. Na sentença que o juiz decretar interdição ele decidira: I) nomeara um curador, fixando limites da curatela, segundo o estado e o desenvolvimento mental do interdito, II) considera as características pessoais do interdito, observando suas potencialidades, habilidades, vontades e preferências. Sendo assim a decisão de interdição será inscrita no cartório de registro de pessoas naturais. 
OBS: Quando o juiz perceber que não é necessária a interdição será pedido a extinção do processo. 
- LEVANTAMENTO DE INTERDIÇÃO: é possível em alguns casos que a interdição cesse? Isso só será possível se o que levou a interdição cessar, isso será feito nos autos do processo pelo próprio juiz que antes havia dado a interdição.

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