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Hipersensibilidades (tipos I,II,III e IV)

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Hipersensibilidades
Prof: Cleonice Maria Michelon
Curso: Odontologia
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Hipersensibilidades
Hipersensibilidades:
Tipo I: Hipersensibilidade imediata, mediada por anticorpos IgE; (20-30 minutos)
Tipo II: Hipersensibilidade citotóxica, mediada por anticorpos IgM e IgG; (5-8 h)
Tipo III: Hipersensibilidade mediada por imunocomplexos; (2-8 h)
Tipo IV: Hipersensibilidade mediada por células; (24-72 h)
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Hipersensibilidade Tipo I
Hipersensibilidade Tipo I – Alergia
Definição:
 - Alergia é uma reação imunologicamente mediada pela IgE contra um antígeno estranho (alergeno), manifestada por inflamação ou disfunção de um órgão;
 - Hipersensibilidade alérgica pode ser tanto local como sistêmica;
 - Reações alérgicas podem afetar o sistema vascular, trato gastrintestinal e outros órgãos viscerais;
 - Anafilaxia é a forma mais extrema de alergia sistêmica;
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Hipersensibilidade Tipo I
IgE:
 - Produzida predominantemente nos tecidos linfóides associados às superfícies corporais, tais como a pele, o intestino e os pulmões;
 - Maior parte destas Igs está conjugada com células (mastócitos e basófilos);
 - A produção de IgE pelos LB decorre do estímulo de interleucinas, principalmente a IL-4, secretada pelas células Th2 e também por mastócitos e basófilos;
 - As células Th2 também liberam IL-5 que promove ativação dos eosinófilos;
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Hipersensibilidade Tipo I
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Hipersensibilidade Tipo I
 Tipo I: Hipersensibilidade imunológicamente mediada pela IgE (imediata)
 - IgE Receptores dos mastócitos Degranulação Mediadores:
 - Vasodilatação;
 - Contração da musculatura lisa visceral;
 - Estimula para secreção de muco;
 - Aumento da permeabilidade vascular;
 - Inflamação tissular;
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Hipersensibilidade Tipo I
Principais mediadores liberados pelos mastócitos e basófilos:
 - Histamina (vasoativa, quimiotática, contração musculatura lisa nos brônquios, trato gastrintestinal, útero e bexiga, estimula produção de muco brônquico, lacrimejamento e salivação)
 - Serotonina (vasoconstritor)
 - Heparina (anticoagulante)
 - Enzimas proteolíticas (destroem células, ativam sistema complemento (C3 e C5);
 - Leucotrienos (Quimiotáticos)
 - Prostaglandinas ( Broncoconstritores)
 - PAF (agregação de plaquetas)
 
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Hipersensibilidade Tipo I
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Hipersensibilidade Tipo I
Constituem as reações de hipersensibilidade imediata – alergias ou anafilaxia; Ocorrem poucos minutos após o contato com o alergeno e são consequência do estímulo a produção de IgE específicas;
As consequências desse tipo de resposta dependem do tipo de antígeno, da via de entrada e da intensidade da resposta imune;
Após o contato com inicial do alergeno com a mucosa ou pele, ocorrem vários eventos até a IgE especifica ser produzida, os sintomas alérgicos ocorrem em ou após o segundo contato com o antígeno;
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Hipersensibilidade Tipo I
Existem dois sub-grupos de alergias IgE mediadas:
Atopia: Grupo de doenças que decorrem da produção aumentada de IgE (atópicos). Ex: Rinites alérgicas, gastroenteropatias alérgicas, asma.
Anafilaxia: Decorre da ação dos mediadores químicos liberados pelos mastócitos.
 - Hipotensão;
 - Broncoespasmo;
 - Contração uterina e gastrintestinal;
 - Urticária.
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Hipersensibilidade Tipo II
Reações de hipersensibilidade tipo II :
1) São classicamente divididas em três grandes grupos:
 - Reações mediadas pelo complemento;
 - Citotoxidade mediada por células fagocíticas e dependente de anticorpos;
 - Disfunção celular mediada por anticorpos.
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Hipersensibilidade Tipo II
Reações mediadas pelo complemento:
 Este esquema é um exemplo clássico de uma reação de hipersensibilidade tipo II mediada pelo
 complemento:
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Hipersensibilidade Tipo II
 Mecanismo:
 - Antígenos (geralmente da superfície de eritrócitos) são reconhecidos como estranhos;
 - Os antígenos são neutralizados por anticorpos, que por sua vez, tem a capacidade de ativar o sistema complemento;
 - Eritrócitos podem ser fagocitados ou serem destruídos (sofrerem lise) por ação das proteínas do sistema complemento;
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Hipersensibilidade Tipo II
1. Incompatibilidade sangüínea:
 - As hemácias possuem diferentes tipos de antígenos em sua superfície;
 - Nas transfusões, se as hemácias do doador forem idênticas as do receptor, não ocorre nenhuma resposta imune;
 - Se o receptor possuir anticorpos naturais contra antígenos das hemácias do doador, elas serão atacadas imediatamente;
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Hipersensibilidade Tipo II
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Hipersensibilidade Tipo II
Sistema de Grupo Sangüíneo Rh:
 - Antígeno Rh presente nas hemácias de 85% dos indivíduos (Rh+)
 - Indivíduos Rh- não possuem anticorpos naturais para o antígeno Rhesus, mas a exposição ao antígeno sensibiliza seu sistema imune para produzir anticorpos anti-Rh, em um segundo contato ocorre reação hemolítica.	
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Hipersensibilidade Tipo II
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Hipersensibilidade Tipo II
Reações de Hipersensibilidade tipo II a drogas:
 
 Acontece por três mecanismos:
 - Os medicamentos podem se combinar diretamente com anticorpos ativando o sistema complemento;
 - Os medicamentos conjugam com células (principalmente sangüíneas), essas células modificadas são reconhecidas como estranhas e destruídas pelo sistema imune;
 Ex. Anemia hemolítica induzida pela penicilina; Agranulocitose por sulfonamidas, fenilbutazona, fenotiazina..., trombocitopenia por quinino, cloranfenicol e sulfonamidas.
 - Medicamentos modificam a membrana das hemácias, fazendo com que as mesmas adsorvam passivamente anticorpos e sejam posteriormente removidas por fagocitose;
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Hipersensibilidade Tipo II
Hipersensibilidade Tipo II nas doenças infecciosas:
 - Antígenos microbianos como LPS bacterianos, vírus, protozoários (Trypanosoma e Babesia) podem se depositar sobre as hemácias, induzindo sua lise ou fagocitose;
 - Anemia severa é portanto característica de todas essas infecções;
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Hipersensibilidade Tipo III
Reações de hipersensibilidade tipo III:
 - Desencadeadas por imunocomplexos, dirigidos a antígenos solúveis, que se depositam em tecidos, causando danos geralmente sistêmicos;
 - Ativação do complemento, com quimiotaxia e ação de neutrófilos;
 - Sítios de deposição preferenciais: sinóvia, glomérulos, pequenas artérias, endocárdio das válvulas cardíacas, capilares cerebrais;
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Hipersensibilidade Tipo III
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Hipersensibilidade Tipo III
Lesões mediadas por imunocomplexos:
 
Glomerulonefrite: 
 - Imunocomplexos se depositam ao redor dos vasos sangüíneos glomerulares;
 - Provocam deposição celular local;
 - Dano possivelmente se deve as propriedades vasoativas do sistema complemento ativado;
 - Resulta em proteinúria;
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Hipersensibilidade Tipo III
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Hipersensibilidade Tipo IV
Reações de hipersensibilidade tipo IV (Tardia):
Os linfócitos T causam lesão tecidual por desencadearem reações de hipersensibilidade do tipo tardio (DTH), ou por destruírem diretamente as células alvo.
É encontrada em muitas reações a bactérias, fungos e vírus, na dermatite de contato resultante da sensibilização a determinadas substâncias químicas simples e na rejeição de tecidos transplantados.
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Hipersensibilidade Tipo IV
DTH – causada por ação de produtos de macrófagos ativados (ROI, RNI, citocinas, fatores de crescimento fibrosantes) – Diabetes melitus insulino-dependente, esclerose múltipla, artrite reumatóide.
Agentes infecciosos também levam a Hipersensibilidade tipo IV – Mycobacterium.
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Hipersensibilidade Tipo IV
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Granuloma
intradermico: tuberculínico, lepromina, etc.
LT, monócitos
endurecimento local
48-72 horas
Tuberculínico
Reações de hipersensibilidade tipo IV
Hipersensibilidade Tipo IV
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Hipersensibilidades
Hipersensibilidades aos anestésicos locais:
 Os anestésicos locais podem desencadear reações alérgicas dos tipos:
 I (Imediata) – Anestésicos do tipo amidas (lidocaina (xilocaína), bupivacaína, levobupivacaína, prilocaína, ropivacaína)
IV (Dermatite) - Anestésicos do tipo amidas e do tipo éster (tetracaína, benzocaína, procaína (novocaína)). 
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Hipersensibilidades
As manifestações clínicas sugestivas de hipersensibilidade mediada por IgE incluem prurido, urticária, broncoespasmo e angioedema. Na maioria dos casos esses eventos ocorrem até uma hora após a exposição.
A dermatite de contato após o uso tópico de anestésicos locais é observada mais freqüentemente que as reações alérgicas mediadas por anticorpos.
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Hipersensibilidades
Para o diagnóstico de hipersensibilidade aos anestésicos locais são utilizados testes que seguem um caráter progressivo de exposição e de doses (Prick-test, teste intradérmico, teste de provocação, RAST (ensaio radioalergoadsorvente)).
O tratamento varia de acordo com o quadro clínico e a gravidade das reações adversas.
A profilaxia consiste em evitar novo contato com a droga, qualquer que seja a via de administração.

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