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IP-USP Psicologia Social. Daniel Vas 8534104. Março, 2014 – 3º Semestre. Exercício 1: “O homem é um ser gregário, um ser de rebanho”. Discuta essa afirmação levando em conta os argumentos por Salomão Asch para explicar os resultados desse experimento. Tal afirmação, levando em conta o experimento de Salomão Asch, não pode ser considerada verdadeira. O experimento leva a concluir, com bastante precisão, que uma maioria unânime tem um poder de influência sobre o indivíduo de forma marcante, mas não indiscriminadamente. Enquanto se constata que, sim, há uma quantidade considerável de sujeitos que se submetem totalmente a uma maioria, existem aqueles que mantém alguma independência e alguns que se mantém convictos e autênticos, mesmo que possam apresentar dúvidas quanto ao que julgam estar correto. Constatou-se que entre aqueles que submetiam de forma extrema, alguns acreditavam estar errados frente a uma maioria correta, outros não queriam prejudicar o experimento. Vários indivíduos, por outro lado, ainda que acreditassem estar errados, mantiveram-se firmes em suas opinião por causa da instrução “diga aquilo que você vê, o que você percebe”. Entre os que sempre se mantinham autênticos, existiam aqueles que duvidavam de seus julgamentos e outros que tinham confiança em seu julgamento pessoal. Como se mostrou, na presença de companheiros que compartilham das mesmas opiniões ou decisões em momentos de escolhas indivíduos tendem a se manter quase sempre independentes. Isso significa que mesmo num ambiente em que tudo está contra um sujeito, podem existir condições para que ele se mantenha autêntico, demonstrando que ele não é um ser de rebanho, ainda que ele seja extremamente influenciável. Da mesma maneira, a perda de um companheiro é suficiente para que surja uma submissão a uma maioria, abandonando a independência prévia. Assim, é impossível pensar que as opiniões e posições alheias não interfiram em influenciem nas decisões de uma pessoa, mas, do mesmo modo, não se pode pensar que inexiste certa autonomia de modo a manter uma independência.
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