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A posição das mulheres nas leis na Antiguidade

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A posição das mulheres nas leis na Antiguidade
	A história está marcada pela inferioridade e submissão da mulher, em relação ao homem. Vários filósofos, tais como; Tomás de Aquino, Rousseau, Kant, Schopenhauer e a Igreja Católica pregavam teses que diziam que a inclinação da mulher devia ser para cuidar da casa, filhos e marido; que deviam ser submissas ao marido; que eram destinadas ao casamento e à maternidade; e que a mulher era somente para a recreação do homem. Classificavam a mulher como segunda categoria, destinada a viver sob a tutela do homem e sua submissão. Pois a sua natureza biológica a faria inferior ao homem.
	Frente às mudanças sociais, as mulheres não ficaram inertes, almejando superar a cultura patriarcal, marital e androcêntrica, seja de forma individual ou coletiva, inúmeras figuras femininas se destacaram na batalha pela conquista de seus direitos numa sociedade consumida pelo machismo irracional.
Durante as Revoluções Burguesas (Revolução Inglesa, Revolução Americana e a Revolução Francesa), o papel feminino foi de suma importância, visto que por muitos séculos elas foram reprimidas e a participação feminina na política era vista como uma grande ofensa perante a sociedade machista que vigorava. Destaca-se a marcha feminina com cerca de sete mil mulheres que forçou o rei deixar o palácio de Versalhes, no período da Revolução Francesa. Outro aspecto importante na história da libertação feminina foi o advento da Revolução Industrial e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Outro marco histórico na luta feminina pelos seus direitos ocorreu no dia 8 de março de 1857, onde operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve, essas mulheres ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho.  A manifestação foi reprimida com total violência, pois as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Esse episódio que sustenta, hoje, a existência do “Dia Internacional da Mulher”
	Somente no século XX, é que várias mulheres começaram a levantar a questão da igualdade de gênero com mais ênfase, através de livros, debates, artigos e discursos feitos para provar a sua capacidade, surgindo- se assim o movimento feminista, que é sociologicamente dividido em três grandes “ondas”:
A primeira motivada pelas reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, estabelecido pela Constituição Federal em 1932,onde as mulheres passaram a ocupar maior espaço no eleitorado do País. O movimento feminista possibilitou ainda que, em 1934, o Brasil elegesse Carlota Pereira Queiróz, como sua primeira deputada. Naquele mesmo ano, a Assembleia Constituinte assegurava o princípio de igualdade entre os sexos, o direito ao voto, a regulamentação do trabalho feminino e a equiparação salarial entre os gêneros.
. A segunda onda do feminismo representa o período da atividade feminista que teria começado no início da década de 1960 e durado até o fim da década de 1980, com o  Women’s Liberation Front (Frente de Liberação das Mulheres), a queima de sutiãs e os protestos por liberação sexual.
A terceira onda do feminismo começou no início da década de 1990, com uma interpretação antropológica pós-estruturalista do gênero e da sexualidade, enfatizando-se a “micropolítica”, e procurando negociar um espaço dentro da esfera feminista para a consideração de subjetividades relacionadas a outras demandas sociais, como questões raciais, religiosas e de opção sexual/afetiva.Foi se alçado êxito no que tange a positivação jurídica de garantias formais, como a conquista do direito ao voto em 1932, os aspectos elencados na Constituição de 1988 e as convenções internacionais, ainda persiste a cultura de relações intersubjetivas que colocam as mulheres em patamares de inferioridade.
	Nos anos 1980, as feministas embarcam na luta contra a violência às mulheres. Em 1985, é criado o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), com objetivo de eliminar a discriminação e aumentar a participação feminina nas atividades políticas, econômicas e culturais. Atualmente, as ações, campanhas e políticas públicas voltadas ao público feminino no País estão sob os cuidados da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres.
A Lei do Feminicídio, por exemplo, sancionada em 2015, colocou a morte de mulheres no rol de crimes hediondos e diminuiu a tolerância nesses casos. Mas, talvez, a mais conhecida das ações de proteção às vítimas seja a Lei Maria da Penha
	Seja por revoluções ativas ou silenciosas, as mulheres conquistam a cada dia o seu espaço dentro da sociedade brasileira, marcada pelo machismo e patriarcalismo, passam da subordinação à liderança. Todavia, este é um processo incompleto e com enormes lacunas, sendo inegável o reconhecimento que ainda convivemos com padrões de desigualdade e dominação por gênero.

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