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CURSO DE NIVELAMENTO - LÍNGUA PORTUGUESA - ETAPA 1

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ETAPA 1 – VERBOS: PALAVRAS QUE DIZEM MUITO 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
Apresentamos a você o Curso de Nivelamento em Língua Portuguesa. Pronto 
para mais este desafio? 
 
O objetivo deste curso é aprimorar alguns conceitos sobre o uso das regras 
básicas da Língua Portuguesa através de um estudo simplificado, e fixar o 
conteúdo através de atividades interativas. 
 
Pensando em facilitar a compreensão e o estudo da Língua Portuguesa, o curso 
foi dividido em quatro etapas. Vamos conhecer cada uma delas para que você 
possa estar por dentro do que aprenderá durante esse curso? 
 
A primeira etapa, intitulada “Verbos: palavras que dizem muito” inicia com o 
uso dos verbos em si, explicando de forma clara e simplificada os seus 
principais usos e dicas de como utilizá-los de forma prática. 
 
Ortografia, tonicidade da sílaba, acentuação e uso da crase é o assunto que 
será abordado na segunda etapa. Você verá, de forma prática, como trabalhar 
com estes temas, que muitas vezes causam dificuldades. 
 
Pontuação e parágrafo serão apresentados na terceira etapa. Algumas dicas 
importantes sobre estes temas serão abordados de forma simplificada. 
 
O estudo do texto é o tema abordado na quarta etapa. Você conhecerá as 
regras para escrever bem um texto. Coesão e coerência, concordância e 
regência são temas que serão discutidos e praticados nesta etapa, para que 
você, acadêmico(a), possa praticar melhor a sua habilidade em desenvolver 
textos. 
VERBOS: PALAVRAS QUE DIZEM MUITO. 
 
Caro (a) leitor(a)! 
Estamos prestes a iniciar os estudos que abordarão o uso dos verbos. Você já 
se perguntou qual a origem da palavra verbo? 
 Verbo deriva do latim verbum, que tem origem indo-europeia werdHom. 
Possui a mesma raiz wer (falar), do germânico wordam (palavra). 
 
 
Afinal, para que usamos o verbo? Verbo é toda palavra que exprime um 
processo que se passa no tempo. Pode significar ação, estado, fenômeno da 
natureza. Muitas informações importantes estão contidas no verbo, tais como 
tempo, modo, pessoa, voz e número, que estudaremos com detalhes adiante. 
Também são classificadas como palavras que podem ser conjugadas. 
 
De acordo com Cunha (2001), o verbo é uma palavra variável que exprime o 
que se passa, isto é, um acontecimento representado no tempo. O verbo, 
segundo Cunha, não tem uma função que lhe seja privativa, pois também o 
substantivo e o adjetivo podem ser núcleos do predicado. Porém, individualiza-
se pela função obrigatória de predicado. Observe o exemplo: Paula convidou os 
amigos. Também podem estabelecer ligação entre um nome e uma 
característica, como em Ana está feliz. 
Agora que já sabemos qual a função dos verbos, vamos conhecer um pouco 
mais sobre eles. 
Para descontrair... 
 Na aula de português, a professora pergunta para Joãozinho: 
- Joãozinho, qual é o futuro do verbo roubar? 
Ele, sem pestanejar, responde: 
- Ir preso, professora. 
A professora mandou Joãozinho recitar uma poesia. Ele, todo cheio de 
compostura, começou a declamar: 
 
- Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós 
cavais, eles cavam. 
A professora, intrigada, pede ao Joãozinho: 
- Joãozinho, mas o que há de poético nestes verbos? 
Joãozinho, com muita convicção, responde: 
- Professora, isso pode não ser poético, mas é 
bastante profundo. 
FONTE: Adaptado de: . Acesso em: 18 jan. 2011. 
 
Conjugações verbais 
Conjugar um verbo significa dizê-lo em todos os seus modos, pessoas, tempos, 
vozes e números. Quando agrupamos todas essas flexões, de acordo com uma 
ordem, temos uma conjugação. Os verbos da Língua Portuguesa são 
classificados em três diferentes grupos, caracterizados pela vogal temática. 
NOTA 
Vogal temática é a parte que indica a conjugação à qual os 
verbos pertencem. É formada pela vogal que vem depois do 
radical. EX: Cant - a - r. (a - vogal temática); Sofr - e - r (e 
- vogal temática); Part - i - r (i - vogal temática). 
Veja quais são os três grupos de conjugações da Língua Portuguesa: 
1ª conjugação Verbos terminados em 
AR 
EX: cantar, sonhar, 
falar. 
2ª conjugação Verbos terminados em 
ER 
EX: comer, sofrer, 
mexer. 
3ª conjugação Verbos terminados em 
IR 
EX: partir, sentir, 
emitir. 
E os verbos terminados em OR, como em compor, supor, dispor? Por que foram 
classificados na segunda conjugação, terminados em ER? Vamos à explicação: 
esses verbos, por terem origem no antigo verbo poer, são encaixados na 
segunda conjugação. 
 
Muito bem. Agora que já conhecemos as conjugações verbais, vamos praticar? 
Classifique os verbos abaixo em 1ª, 2ª ou 3ª conjugação: 
a. Explicar: ____________________ 
b. Dividir: ______________________ 
c. Mentir: ______________________ 
d. Rever:________________________ 
e. Bater: ________________________ 
f. Caprichar: _______________________ 
 
(Gabarito: a - 1ª, b – 3ª, c – 3ª, d – 2ª, e – 2ª, f – 1ª) 
 
Vamos seguir em frente, pois ainda há muito o que aprender. 
 
Flexão verbal 
O verbo é uma palavra variável, ou seja, ele se flexiona em número: singular e 
plural, pessoa: 1ª, 2ª e 3ª; modo: indicativo, subjuntivo e imperativo; tempo: 
presente, passado e futuro; e voz: ativa, passiva e reflexiva. Quanto a estas 
flexões, estudaremos uma a uma de forma detalhada para facilitar a sua 
compreensão. 
 
NOTA 
Mas afinal, o que é flexionar um verbo? Flexionar quer dizer 
adaptar o verbo ao número, ao modo, ao tempo e à voz, fazendo 
com que ele concorde com o pronome anterior a ele. 
 
Vejamos: 
Número e pessoa: a flexão de número é quando a forma indica se o verbo está no 
singular ou no plural. Singular quando se refere a apenas uma pessoa (eu ando, tu 
andas, ele anda). Plural quando se refere a mais de uma pessoa (nós andamos, vós 
andais, eles andam). 
Assim, os verbos se flexionam em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 
3ª). 
Veja a tabela: 
Número Pessoa Pronome que o 
representa 
Exemplo utilizando o 
verbo cantar 
 
Singular 
1ª 
2ª 
3ª 
Eu 
Tu 
Ele/Ela 
Eu canto. 
Tu cantas. 
Ele canta. 
 
Plural 
1ª 
2ª 
3ª 
Nós 
Vós 
Eles/Elas 
Nós cantamos. 
Vós cantais. 
Eles cantam. 
 Agora que já estudamos o número e a pessoa dos verbos, vamos conhecer o modo 
e o tempo verbal. 
- Modo verbal: é a flexão que nos mostra qual é a intenção do falante ao expor suas ideias. Através 
desta flexão, podemos perceber se o que é expresso por ele indica uma dúvida ou possibilidade, uma 
certeza ou uma ordem. Os verbos são classificados em três modos: Veja abaixo: 
a. Modo indicativo: indica um fato que ocorre, ocorreu ou ocorrerá com certeza. 
Um fato real. Por exemplo: Carlos partiu ontem. Nesta oração, temos certeza de 
que Carlos realmente partiu. O fato está concretizado. 
 
b. Modo subjuntivo: indica um fato hipotético, ou seja, não é certo que 
acontecerá. Pode exprimir dúvida, probabilidade ou suposição. Por exemplo: 
Quem sabe eu vá ao baile se não chover. Nesta oração, não se sabe ao certo se a 
ação ocorrerá. O fato não está concretizado. 
 
c. Modo imperativo: indica ordem, pedido, súplica, sugestão, convite. Observando o exemplo Feche a 
porta, por favor, percebemos que a oração exprime uma ordem ao seu receptor. 
- Tempo verbal: o estudo do tempo verbal é um pouco mais complexo do que os demais, mas muito 
interessante, pois, a partir da observação deste, podemos saber quando a ação ou o fato foram realizados. 
Desta forma, observe a tabela a seguir e perceba que o tempo verbal divide-se em três grandesgrupos: 
presente, pretérito (que é o mesmo que passado) e futuro. O passado, por sua vez, subdivide-se em 
pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito e o futuro subdivide-se em futuro do 
presente e futuro do pretérito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tempo verbal Conceito Tempo verbal Conceito Exemplo 
 
 
Presente 
 
Indica ações 
ou fatos que 
ocorrem no 
momento no 
momento em 
que o 
emissor fala. 
 
 
 
Ele dança. 
 
 
 
 
 
 
Pretérito 
perfeito 
Indica fatos que 
foram 
observados 
após terem sido 
completamente 
terminados. 
 
 
Ele dançou. 
 
 
Pretérito 
 
 
Indica ações 
ou fatos que 
já 
aconteceram. 
Divide-se 
em: 
 
 
Pretérito 
imperfeito 
 
Indica fatos que 
foram 
observados 
antes de terem 
sido 
terminados. 
 
 
Ele dançava. 
 
 
 
Pretérito 
mais-que-
perfeito 
Indica fatos que 
já foram 
terminados, 
mas que 
aconteceram 
antes de outro 
fato que 
também já foi 
terminado. 
 
 
 
 
Ele dançara. 
 
Futuro 
Indica ações 
ou fatos que 
irão 
acontecer. 
Divide-se 
em: 
 
 
Futuro do 
presente 
Indica fatos que 
acontecerão 
depois do 
momento em 
que se fala. 
 
 
Ele dançará. 
 
Futuro do 
pretérito 
 
Indica um fato 
futuro, mas que 
se relaciona a 
um fato já 
ocorrido. 
 
 
Ele dançaria. 
Distinções entre o pretérito perfeito e imperfeito 
Para compreender melhor o uso dos pretéritos, convém saber algumas distinções 
entre eles. Veja: 
• O pretérito imperfeito exprime fatos que acontecem habitualmente (Quando eu o 
encontrava, conversava com ele). Já o pretérito perfeito exprime fatos que não 
acontecem habitualmente (Quando eu o encontrei, conversei com ele). 
 
• O pretérito imperfeito exprime uma ação duradoura, sem 
limite de tempo. (A garota dançava durante o show). Já o 
pretérito perfeito indica uma ação que aconteceu num 
determinado momento, limitando-o no tempo. (A garota 
dançou durante o show). 
 
 
Observações: A forma sintética do pretérito mais-que-perfeito, ou seja, esta que 
estamos acostumados a ver conjugado, está sendo cada vez menos utilizada nos 
textos escritos e praticamente extinta da língua falada. Na língua portuguesa 
predomina o uso da forma analítica ou composta, ou seja, usamos o verbo TER ou 
HAVER + o verbo no particípio, que estudaremos mais adiante. Vale salientar que 
uma forma não é mais importante que a outra. Cada uma é utilizada de acordo com 
o tipo de texto que se está escrevendo. Para compreender melhor, observe os 
exemplos: 
 
Forma sintética: O médico internara o paciente às 
pressas. 
Forma analítica ou composta: O médico tinha internado 
o paciente às pressas. 
Forma sintética: Quando você me acordou, o ônibus já 
passara. 
Forma analítica ou composta: Quando você me acordou, o ônibus já tinha 
passado. 
Agora, vamos adiante. Para descontrair, vamos exercitar o que aprendemos até 
agora? Classifique o verbo destacado nas sentenças a seguir em modo, tempo, 
pessoa e número, conforme o exemplo dado: 
 
 EXEMPLO: A menina caiu do cavalo. 
Resposta: Modo: indicativo; tempo pretérito perfeito; pessoa 
e número: terceira pessoa do singular. 
 
 a. Eu viajaria se tivesse dinheiro. 
Resposta: _____________________________________________________ 
b. Carla estudara muito para a prova. 
Resposta: _____________________________________________________ 
c. As coisas acontecerão dentro do tempo proposto. 
Resposta: _____________________________________________________ 
(Gabarito: a. modo: indicativo; tempo: futuro do pretérito; pessoa e número: 
primeira pessoa do singular. / b. modo: indicativo; tempo: pretérito mais-
queperfeito; pessoa e número: terceira pessoa do singular. / c. modo: indicativo; 
tempo: futuro do presente; pessoa e número: terceira pessoa do plural.) 
 
- Vozes verbais: as vozes verbais indicam se o sujeito da 
oração pratica, recebe, ou pratica e recebe a ação que é 
expressa pelo verbo. As vozes verbais classificam-se em ativa, 
passiva e reflexiva. Vejamos alguns exemplos: 
 
Voz ativa: ocorre quando o sujeito é quem pratica a ação, ou seja, é ele que faz a 
ação expressa pelo verbo. Vamos analisar o seguinte exemplo: 
O público aplaudiu a cantora. 
 
O público: sujeito que pratica a ação. 
 
Aplaudiu: ação praticada pelo sujeito. 
 
A cantora: recebe a ação. 
 
Voz passiva: ocorre quando o sujeito é quem recebe a ação praticada. A pessoa 
que pratica a ação, nestes casos, é o agente da passiva. A voz passiva é dividida 
em: voz passiva analítica e voz passiva sintética. 
Vamos aos exemplos: 
 
 
- Voz passiva analítica: apresenta em sua estrutura um verbo auxiliar mais o verbo 
indicador da ação no particípio. 
A cantora foi aplaudida pelo público. 
 
A cantora: sujeito paciente, ou seja, ele recebe a ação. 
 
Foi: verbo auxiliar. 
 
Aplaudida: verbo principal (ação) no particípio. 
 
Pelo público: agente da passiva, ou seja, aquele que 
pratica a ação. 
 
- Voz passiva sintética: apresenta em sua estrutura o verbo que indica a ação que 
foi praticada mais o pronome apassivador se. 
Compram-se carros usados. 
Compram: verbo que indica a ação. 
 
Se: pronome apassivador. 
 
Carros usados: sujeito paciente, ou seja, aquele que recebe a ação. 
 
Voz reflexiva: acontece quando o sujeito da oração pratica e recebe ao mesmo 
tempo a ação expressa pelo verbo. Observe o exemplo: 
A atriz machucou-se durante o espetáculo. 
A atriz: Sujeito que pratica e recebe a ação. 
Machucou-se: ação expressa pelo verbo. 
 
Podemos transformar a voz ativa em voz passiva analítica. Essa transformação não 
alterará o significado da frase, mas algumas mudanças estruturais serão 
necessárias. Observe: 
 
 
 
 
A mulher fez um bolo > Um bolo foi feito pela mulher. 
 Voz ativa Voz passiva analítica 
 
No exemplo, “a mulher”, que é o sujeito que pratica a ação, passa a ser, no 
exemplo II, o agente da passiva, ou seja, ele pratica a ação sobre o sujeito, que, 
no caso, é “o bolo”. 
- Formas nominais: os verbos, além de todas estas flexões que já 
foram estudadas, podem ser ainda apresentados de três modos: 
infinitivo, gerúndio e particípio. Vamos aprender um pouco mais? 
Vejamos cada um deles: 
- Infinitivo: exprime a própria ação verbal, porém sem nenhuma localização de 
tempo. É marcado pela terminação - r. Observe o exemplo: Estudar é preciso. Esta 
forma nominal indica a ação: estudar. O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal, 
como veremos mais adiante. Caso apresente um sujeito, será pessoal, caso não 
apresente, ou seja, não se refira a ninguém, será impessoal. Veja mais 
alguns exemplos: 
É proibido fumar neste local. 
Comer muita doçura faz mal à saúde. 
 
- Gerúndio: exprime um fato que ainda está em desenvolvimento, ou seja, que 
ainda não chegou ao fim. É marcado pela terminação - ndo. O exemplo “Carlos 
está viajando” mostra que a ação ainda está em andamento. Veja alguns 
exemplos: 
Ele está estudando. 
Mariana ficou na escola treinando para a apresentação. 
 
- Particípio: ao contrário do gerúndio, indica um fato já terminado. O verbo 
é usado, em geral, com asterminações -ado e -ido. No exemplo “Marcos foi 
multado”, a ação já foi concluída. Exemplos: 
 O carro está estragado. 
A casa foi vendida. 
 
Agora que terminamos uma fase importante dos nossos estudos sobre verbos, que 
foram as flexões verbais, vamos entrar em uma nova etapa, que é o estudo da 
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS. Mas por que classificar os verbos? 
A conjugação dos verbos segue um determinado padrão, um paradigma. No caso 
dos verbos regulares, dependendo da sua terminação, ele terá uma forma a ser 
conjugada. Também há casos em que este paradigma não é seguido, que é o que 
chamamos de verbo irregular. Há verbos que são utilizados em apenas algumas 
pessoas, tempos ou modos. O motivo pelo qual isto acontece é bastante variável, 
sendo que, em muitos dos casos, a própria ideia que o verbo quer transmitir não se 
aplica a todas as pessoas. E há também os verbos que possuem duas formas 
equivalentes, para tanto, precisamos conhecê-las para saber onde aplicá-las. 
Então, agora que já sabemos o porquê de precisarmos classificá-los, vamos 
conhecer estas classificações? 
 Verbo regular: classificamos como verbos regulares aqueles que são 
conjugados sem que sejam feitas alterações em seu radical. Utilizaremos, 
como exemplo, o verbo sofrer. Este verbo é formado pelo radical sofr-, e, 
quando o conjugamos, ele permanece. Observe: Eu sofro com esta 
situação. 
 
NOTA 
Mas afinal, o que é um radical? Radical é o elemento irredutível 
da palavra, ou seja, a parte mínima. É a parte invariável do 
vocábulo. Todos os sufixos e prefixos adicionados ao radical 
geram novas palavras. 
 
Confira o exemplo: 
Pedr – a 
Pedr – eira 
Pedr – aria 
Pedr – egulho 
Neste caso, PEDR é o radical da palavra. Lembrando: sufixos e prefixos são 
elementos afixados (colocados) no final e início, respectivamente, do radical. 
Agora que já sabemos o que é um radical, vamos adiante. 
 Verbo irregular: classificamos como verbos irregulares aqueles que, quando 
conjugados, têm seu radical modificado. Para este exemplo, utilizaremos o 
verbo pedir. Este verbo é formado pelo radical ped-, e quando o 
conjugamos, o radical é modificado. Observe: Eu peço um presente de 
natal. 
 
 Verbo anômalo: classificamos como verbos anômalos aqueles que, quando 
conjugados, apresentam no seu radical mudanças mais evidentes e 
profundas do que os verbos irregulares. Podemos citar como exemplos de 
verbos anômalos os verbos ser e ir. Observe: sou, és, é, somos, sois, são. 
Vou vais, vai, vamos, ides, vão. 
 
 Verbo defectivo: classificamos como verbos 
defectivos aqueles que não possuem todas as suas 
formas. Por exemplo, o verbo abolir. Não podemos dizer 
“eu abolo”, mas usamos a expressão “eu vou abolir” ou 
“eu estou abolindo”. Da mesma forma “eu coloro”. 
Quando precisamos nos expressar utilizando este verbo, 
utilizamos a expressão “eu vou colorir” ou “eu estou 
colorindo”. 
 
 
 Verbo abundante: classificamos como abundantes aqueles verbos que 
possuem duas formas aceitáveis de particípio, uma regular e uma irregular. 
Segundo Cunha (2001), a forma regular emprega-se na constituição dos 
tempos compostos da voz ativa, isto é, acompanhada dos verbos auxiliares 
ter e haver. A irregular usa-se de preferência na formação da voz passiva, 
ou seja, acompanhados pelo verbo auxiliar ser. A seguir, segue uma lista de 
verbos abundantes. 
 
VERBO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR 
Aceitar O pai tinha aceitado a proposta. O membro foi aceito no grupo. 
Acender O menino tinha acendido a 
fogueira. 
O fósforo foi aceso. 
Eleger O povo tinha elegido o 
deputado. 
O deputado foi eleito ontem. 
Entregar O carteiro havia entregado a 
carta. 
O presente foi entregue a ela. 
Enxugar A mulher havia enxugado o chão. O rosto foi enxuto. 
Expulsar Ele havia expulsado o aluno. Ele foi expulso do clube. 
Imprimir A secretária tinha imprimido o 
pedido. 
O documento foi impresso. 
Limpar A funcionária tinha limpado o 
local. 
O local foi limpo. 
Morrer Ela havia morrido há tempo. Ela foi morta há tempo. 
Suspender O prefeito tinha suspendido a 
reunião. 
O congresso foi suspenso. 
Fonte: adaptado de FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São Paulo: FTD, 2008. 
 Verbo principal: O verbo principal da frase mantém seu sentido, sem 
modificá-lo. Observe o exemplo: 
 
O rato correu para baixo do balcão. 
Correu: verbo principal. 
 
 Verbo auxiliar: O verbo auxiliar sempre acompanha o verbo principal, que é, 
nestes casos, apresentado em uma de suas formas nominais (particípio, 
gerúndio ou infinitivo), que já estudamos antes, você lembra? Assim, eles 
constituem os tempos compostos e as locuções verbais. Os tempos 
compostos podem ser constituídos da seguinte forma: 
a. Verbo auxiliar ter ou haver + verbo principal no particípio. 
Ex: Os meninos haviam terminado a tarefa. 
Haviam: verbo auxiliar. 
Terminado: verbo principal no seu particípio. 
 
b. Verbo auxiliar ter ou haver + verbo auxiliar ser + verbo principal no particípio. 
Ex: O carro havia sido comprado na concessionária. 
Havia e sido: verbos auxiliares. 
Comprado: verbo principal no seu particípio. 
 
Já as locuções verbais podem ser formadas por verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio 
ou particípio do verbo principal. 
Ex: As pessoas estavam voltando da missa. 
Estavam: verbo auxiliar. 
Voltando: verbo principal no seu gerúndio. 
 
 
Infinitivo impessoal 
Considera-se que o verbo está no infinitivo impessoal quando ele não se refere a 
nenhuma pessoa, ou seja, apresenta sentido genérico. Podemos utilizar como 
exemplo a seguinte frase: “Viver é uma aventura.” Nela, o verbo viver não se 
refere a nenhuma pessoa. Diferente por exemplo, da frase “Ele vive uma aventura.” 
Nesta, o verbo viver se refere ao pronome ele. 
- Principais usos do infinitivo impessoal: 
a. Quando, na frase, o verbo estiver no imperativo. Ex: 
Crianças, deitar agora. 
b. Quando o verbo não se refere a um sujeito 
determinado, e este apresentar uma ideia vaga. Ex: 
Proibido estacionar. 
c. Quando o verbo é usado em locuções verbais. Ex: Vamos estudar bastante. 
 
d. Quando o verbo tiver, antes dele, uma preposição e complementar um adjetivo, 
verbo ou substantivo da oração que vier antes dele. Ex: Você não tem o direito de 
falar assim comigo. 
e. Quando o sujeito do verbo que está no infinitivo é o mesmo do verbo que está na 
oração anterior. Ex: O acusado foi condenado a pagar pena 
de três anos. 
f. Quando acompanhar os verbos causativos (que exprimem 
causa) deixar, mandar e fazer e seus sinônimos, e estes não 
formarem locução verbal com o infinitivo que os segue. Ex: 
Mande-o fazer o serviço direito./ Faça-o estudar mais./ 
Deixe-o ir embora. 
g. Quando acompanhar os verbos sensitivos: sentir, ver, ouvir e seus sinônimos, 
também não se deve flexionar o verbo. Ex: Ouvi-os sussurrar sobre o que 
aconteceu ontem./ Vi-os chegar atrasados./ Senti-as respirar perto de mim. 
Que tal praticarmos um pouco? Agora que você já sabe o que é o infinitivo 
impessoal, veja o vídeo a seguir, acompanhado da letra e destaque todos os verbos 
que aparecerem no infinitivo impessoal. Vamos lá? 
O vídeo está disponível em: 
<http://www.youtube.com/watch?v=LbfXvvc3oe0&feature=related>. 
Acompanhe a letra: 
 
Errar é útil 
Sofrer é chato 
Chorar é triste 
Sorrir é rápido 
Não ver é fácil 
Trair é tátil 
Olhar é móvel 
Falar é mágico 
Calar é tático 
Desfazer é árduo 
Esperar ésábio 
Refazer é ótimo 
Amar é profundo 
E nele sempre cabem de vez 
Todos os verbos do mundo 
Abraçar é quente 
Beijar é chama 
Pensar é ser humano 
Fantasiar também 
Nascer é dar partida 
Viver é ser alguém 
Saudade é despedida 
Morrer um dia vem 
Mas amar é profundo 
E nele sempre cabem de vez 
Todos os verbos do mundo. 
 
Infinitivo pessoal 
O verbo no infinitivo pessoal é o contrário do infinitivo impessoal, ou seja, quando 
ele se refere a uma pessoa dentro da oração. Portanto, ele deve ser flexionado. 
Observe o exemplo: Mariana estudou para a prova. 
- Principais usos do infinitivo pessoal: 
a. Quando o sujeito estiver explícito na oração. Ex: Se tu não perceberes 
isto../ Convém vocês irem primeiro. 
b. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal. Ex: O hotel 
preparou tudo para os turistas ficarem à vontade./ O guarda fez sinal para 
os motoristas pararem. 
c. Para tornar o sujeito indeterminado. Ex: Faço isso para não me acharem 
inútil. 
d. Quando o verbo expressar uma ação recíproca. Ex: Vi os alunos abraçarem-
se alegremente./ Mandei as meninas olharem-se no espelho. 
 
Tempos primitivos e derivados 
Na língua portuguesa, os tempos verbais são divididos em 
primitivos e derivados. Dos tempos considerados primitivos, 
que são o presente do indicativo, o pretérito perfeito do 
indicativo e o infinitivo impessoal, derivam todos os 
demais tempos verbais existentes na língua portuguesa. 
Estudaremos as derivações dos verbos individualmente. 
Vejamos: 
- Tempos derivados do presente 
a. Presente do subjuntivo: 
O presente do subjuntivo expressa ações incertas, hipotéticas ou desejadas no 
presente. Ex.: Espero que ele trabalhe. 
 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
 
 
Presente do 
subjuntivo 
Sonhe 
Sonhes 
Sonhe 
Sonhemos 
Sonheis 
Sonhem 
Venda 
Vendas 
Venda 
Vendamos 
Vendais 
Vendam 
Sinta 
Sintas 
Sinta 
Sintamos 
Sintais 
Sintam 
b. Pretérito imperfeito do indicativo: 
Designa um fato passado, porém não concluído. É utilizado principalmente 
quando nos transportamos ao passado e descrevemos o que, na época, era 
presente (ex.: Em 1993 eu fumava); para indicar algo que estava acontecendo 
e sobreveio outra (ex.: Gritava muito, e as crianças acordaram); para expressar 
uma ação que se repetia (ex.: Ela cantava e os outros ouviam). Há também 
outros usos do pretérito imperfeito, mas estes são os principais. 
 
 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação 
 
 
Pretérito imperfeito 
do indicativo 
Sonhava 
Sonhavas 
Sonhava 
Sonhávamos 
Sonháveis 
Sonhavam 
Vendia 
Vendias 
Vendia 
Vendíamos 
Vendíeis 
Vendiam 
Sentia 
Sentias 
Sentia 
Sentíamos 
Sentíeis 
Sentiam 
 c. Imperativo: 
O imperativo, no português, pode ser afirmativo ou negativo. Ele é usado para 
os seguintes casos: dar uma ordem (ex.: Cala-te agora!); dar um conselho (ex.: 
Não olhe para trás, siga adiante); fazer um convite (ex.: Venha à minha festa 
de aniversário); fazer uma súplica (ex.: Não me abandone!). Observe: 
 
Presente do indicativo Presente do 
subjuntivo 
Imperativo afirmativo 
Sonho 
Sonha s 
Sonha 
Sonhamos 
Sonhai s 
Sonham 
Sonhe 
Sonhes 
Sonhe 
Sonhemos 
Sonheis 
Sonhem 
 
Sonha (tu) 
Sonhe (você) 
Sonhemos (nós) 
Sonhai (vós) 
Sonhem (eles) 
 
- Tempos derivados do pretérito perfeito 
a. Pretérito imperfeito do subjuntivo: 
 
O pretérito imperfeito do subjuntivo indica: 
I - uma hipótese ou uma condição numa ação passada, mas posterior e dependente 
de outra ação passada. 
• “Talvez a lágrima subisse do coração à pupila…” (Coelho Neto, Sertão) 
• “Como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram em tomar o café na 
chácara.” (Aluísio Azevedo, Casa de Pensão) 
• “Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje vencido, como se 
estivesse para morrer.” (Fernando Pessoa, Tabacaria - Álvaro de Campos) 
 
II - uma condição contrafactual, ou seja, que não se verifica na realidade, que teria 
uma certa consequência; pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro. 
• Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado. 
• Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar. 
• Se ele viesse amanhã, poderia ajudar. 
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. Acesso em: 20 
jan. 2011. 
 
Pretérito Imperfeito do subjuntivo 
Sonha - sse 
Sonha - sses 
Sonha - sse 
Sonhá - ssemos 
Sonhá - sseis 
Sonha - ssem 
d. Futuro do subjuntivo: 
Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma possibilidade a ser concluída 
em relação a um fato no futuro, uma ação vindoura, mas condicional a outra ação 
também futura. 
• Quando eu voltar, saberei o que fazer. 
• Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa. 
 
Também pode indicar uma condição incerta, presente ou futura. 
• Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará. 
 
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. Acesso em: 20 
jan. 2011. 
 
Futuro do subjuntivo 
Sonha - r 
Sonha - res 
Sonha - r 
Sonha - rmos 
Sonha - rdes 
Sonha - rem 
c. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: 
Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito para assinalar um fato passado em 
relação a outro também no passado (o passado do passado, algo que aconteceu 
antes de outro fato também passado). O pretérito mais-que-perfeito aparece 
nas formas „simples‟ e „composta‟, sendo que a primeira costuma aparecer em 
discursos mais formais e a segunda, na fala coloquial. 
 
 
Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito simples: 
 
• Ele comprou o apartamento com o dinheiro do carro que vendera. 
• “Levava comigo um retrato de Maria Cora; alcançara-o dela mesma… com uma 
pequena dedicatória cerimoniosa.” (Machado de Assis, Relíquias de Casa) 
• Morava... no arraial de São Gonçalo da Ponte, cuja ponte o rio levara, deixando 
dela somente os pilares de alvenaria.” (Gustavo Barroso, O Sertão e o Mundo) 
• Te dou meu coração, quisera dar o mundo. 
 
 Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito composto: 
• Quando eu cheguei, ela já tinha saído. 
• Tinha chovido muito naquela noite. 
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_verbal>. Acesso em: 20 
jan. 2011. 
Pretérito mais 
Pretérito mais-que-perfeito do 
indicativo 
Sonha - ra 
Sonha - ras 
Sonha - ra 
Sonhá - ramos 
Sonhá - reis 
Sonha - ram 
- Tempos derivados do infinitivo impessoal 
a. Futuro do presente do indicativo: 
O futuro emprega-se para indicar algo certo, que acontecerá após o momento 
da fala (ex.: O baile começará às 22 horas); para exprimir uma dúvida com 
relação a fatos atuais (ex.: Não sei onde será a festa); para expressar um 
desejo ou uma ordem (ex.: Respeitarás teus professores). 
 
Futuro do presente do indicativo 
Sonhar - ei 
Sonhar - ás 
Sonhar - á 
Sonhar - emos 
Sonhar - eis 
Sonhar - ão 
Futuro do pretérito do indicativo: usamos para indicar ações posteriores à época 
que falamos (ex.: Após terminar a reforma, a casa se transformaria em um lar); 
para expressar dúvidas sobre fatos no passado (ex.: Seria aquele o bandido que 
assaltou a loja?); usamos também em frases interrogativas, para demonstrar 
indignação (ex.: O casal separou-se. Quem diria?). Veja a tabela: 
 
Futuro do pretérito do indicativo 
Sonhar - ia 
Sonhar - ias 
Sonhar- ia 
Sonhar - íamos 
Sonhar - íeis 
Sonhar - iam 
a. Infinitivo pessoal: 
O infinitivo pessoal é formado a partir do infinitivo impessoal, adicionando-se as 
desinências iguais às do futuro do subjuntivo: -, -es, -, -mos, -des, -em. Por isso, 
nos verbos regulares esses dois tempos se confundem. 
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Infinitivo>. Acesso em: 20 jan. 2011. 
 
Infinitivo pessoal 
 
Sonhar - es 
 Sonhar - mos 
 Sonhar - des 
Sonhar - em 
 
Dicas 
Quando escrevemos o infinitivo de um verbo com "j", esse "j" estará presente em 
todas as outras formas. 
 Exemplo: 
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão, enferrujassem, etc. 
(Não se esqueça que o substantivo ferrugem é escrito com "g".) 
Viajar: viajou, viajaria, viajem, viajarão, viajasses, etc. (Não se esqueça que o 
substantivo viagem é escrito com “g”). 
Quando escrevemos um verbo com "g", por exemplo, "dirigir" e "agir" o "g" deverá 
ser substituído por um "j" somente na primeira pessoa do presente do indicativo. 
Observe. Eu dirijo. Eu ajo. 
 
 
 
Sites 
Uma boa dica de site que aborda a questão dos verbos com muita clareza é o site 
Só Português. Lá você encontra tudo sobre verbos, além de atividades muito 
interessantes. Basta fazer o cadastro com login e senha e pronto. É só entrar e se 
divertir. 
Acesse: www.soportugues.com.br 
Atualidades 
A Moderna Gramática Portuguesa, atualizada pelo novo acordo ortográfico, de 
Evanildo Bechara, é uma boa pedida para o estudo dos verbos, pois traz exemplos 
práticos, dinâmicos e contextualizados sobre os principais usos dos verbos. 
Vídeos 
SLIDESHARE. Mundo divertido. Disponível em: 
<http://www.slideshare.net/guest7174ad/o-mundo-divertido-presentation>. 
Acesso em: 7 jan. 2011. 
 
PIXELS. Vamos estudar os verbos. Disponível em: 
<http://www.pixels.com.br/pixels_quadrinhos_tirinhas_carrega.php?conteudo=tirin
has_011>. Acesso em: 7 jan. 2011. 
Autoatividades 
Vamos praticar um pouco o que aprendemos? Leia o poema a seguir de Carlos 
Drummond de Andrade e responda às questões: 
 
O Amor Bate na Aorta 
 
Cantiga de amor sem eira 
nem beira, 
vira o mundo de cabeça 
para baixo, 
suspende a saia das mulheres, 
tira os óculos dos homens, 
o amor, seja como for, 
é o amor. 
 
Meu bem, não chores, 
hoje tem filme de Carlito. 
O amor bate na porta 
o amor bate na aorta, 
fui abrir e me constipei. 
Cardíaco e melancólico, 
o amor ronca na horta 
entre pés de laranjeira 
entre uvas meio verdes 
e desejos já maduros. 
 
Entre uvas meio verdes, 
meu amor, não te atormentes. 
Certos ácidos adoçam 
a boca murcha dos velhos 
e quando os dentes não mordem 
e quando os braços não prendem 
o amor faz uma cócega 
o amor desenha uma curva 
propõe uma geometria. 
Amor é bicho instruído. 
 
Olha: o amor pulou o muro 
o amor subiu na árvore 
em tempo de se estrepar. 
Pronto, o amor se estrepou. 
Daqui estou vendo o sangue 
que corre do corpo andrógino. 
Essa ferida, meu bem, 
às vezes não sara nunca 
às vezes sara amanhã. 
 
Daqui estou vendo o amor 
irritado, desapontado, 
mas também vejo outras coisas: 
vejo beijos que se beijam 
ouço mãos que se conversam 
e que viajam sem mapa. 
Vejo muitas outras coisas 
que não ouso compreender... 
 
1. Destaque, no texto: 
 
a. dois verbos no imperativo: 
b. um verbo que indique ação: 
c. um verbo que indique estado: 
d. uma forma verbal na primeira pessoa: 
e. uma forma verbal na segunda pessoa: 
f. uma forma verbal na terceira pessoa: 
g. um verbo no infinitivo: 
h. um verbo no gerúndio: 
i. um verbo no particípio: 
 
2. A que conjugação pertence cada um dos verbos destacados: 
a. “O amor bate na aorta” ________________________ 
b. “vira o mundo de cabeça para baixo” _____________ 
c. “o amor subiu na árvore”_______________________ 
d. “o amor faz uma cócega”_______________________ 
 
 
GABARITO das AUTOATIVIDADES 
 
1. a. Olha (modo indicativo), chores, atormentes (modo imperativo). 
 
b. Vira, suspende, tira, batem constipei, ronca, adoçam, mordem, prendem, faz, 
desenha, propõe, pulou, estrepou, corre, sara, beijam, conversam, viajam, ouso, 
subiu, murcha. 
 
c. É. 
 
d. Estou, fui, vejo, ouço, ouso. 
 
e. Chores, atormentes (modo subjuntivo). 
 
f. Vira, suspende, tira, bate, ronca, adoçam, mordem, prendem, faz, desenha, 
propõe, é subiu, pulou, sara, corre, beijam, conversam, viajam. 
 
g. Abrir, estrepar, compreender. 
 
h. Vendo. 
 
i. Irritado, desapontado. 
 
2. a. segunda conjugação. 
b. primeira conjugação. 
c. terceira conjugação. 
d. segunda conjugação. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Só Português. Disponível em: . Acesso em: 28 nov. 2010. 
FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São Paulo: FTD, 1992. 
AMARAL, Emília F; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; ANTÔNIO, Severino. 
Português. São Paulo: FTD, 2000. 
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português 
contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. 
MAIA, João D. Português. São Paulo: Ática, 1999. 
NICOLA, José de. Gramática Essencial. São Paulo: Scipione, 1997.

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