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A psicologia como ciência

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... as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas...
(Guimarães Rosa)
Compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. 
Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. 
O que é ciência?
Psicologia é uma palavra que vem do grego: logos: que significa ciência, e psikhê: que significa alma ou mente. 
Portanto, a psicologia seria a ciência da vida mental, o que quer que venha a ser vida mental ou estudo do comportamento.
O que é psicologia?
A Psicologia estuda interações de organismos, vistos como um todo, com seu meio ambiente.
A Psicologia se ocupa fundamentalmente do homem, ainda que para entendê-lo, muitas vezes, tenha que recorrer ao estudo do comportamento de outras espécies animais.
A Psicologia, como área da Ciência, vem se desenvolvendo na história desde 1875, quando Wilhelm Wundt (1832-1926) criou o primeiro Laboratório de Experimentos em Psicofisiologia, em Leipzig, na Alemanha. 
Como surgiu a psicologia?
Wundt desenvolve a concepção do paralelismo psicofísico, segundo a qual aos fenômenos mentais correspondem fenômenos orgânicos. 
Por exemplo, uma estimulação física, como uma picada de agulha na pele de um indivíduo, teria uma correspondência na mente deste indivíduo. 
O status da psicologia como ciência é obtido à medida que se “liberta” da filosofia, e atrai novos estudiosos e pesquisadores, que, sob os novos padrões de produção de conhecimento, passam a: 
• definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência); 
• delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a filosofia e a fisiologia; 
• formular métodos de estudo desse objeto; 
• formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área. 
Embora a psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avanço econômico que colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. 
É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.
 FUNCIONALISMO:
Para W. James, importa responder “o que fazem os homens” e “por que o fazem”. 
W. James elege a consciência como o centro de suas preocupações e busca a compreensão de seu funcionamento, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio.
 ESTRUTURALISMO:
Está preocupado com a compreensão do mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência. 
Diferentemente de W. James, Titchner irá estudá-la em seus aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da consciência como estruturas do sistema nervoso central. 
O método de observação de Titchner, assim como o de Wundt, são eminentemente experimentais, isto é, produzidos a partir do laboratório. 
 ASSOCIACIONISMO:
O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das ideias — das mais simples às mais complexas. 
Thorndike formulou a Lei do Efeito, que seria de grande utilidade para a Psicologia Comportamental. 
De acordo com essa lei, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a se repetir, se nós recompensarmos (efeito) o organismo assim que este emitir o comportamento. 
Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência.
E, pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas 
situações com outras semelhantes.
Então, qual é o objeto específico de estudo da psicologia? 
A psicologia colabora com o estudo da subjetividade: é essa a sua forma particular, específica de contribuição para a compreensão da totalidade da vida humana.
 A subjetividade é o mundo significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais. 
O mundo social e cultural, conforme vai sendo experienciado por nós, possibilita-nos a construção de um mundo interior. 
São diversos fatores que se combinam e nos levam a uma vivência muito particular. 
Nós atribuímos sentido a essas experiências e vamos nos constituindo a cada dia. 
Podemos dizer que estudar a subjetividade, nos tempos atuais, é tentar compreender a produção de novos modos de ser, isto é, as subjetividades emergentes, cuja fabricação é social e histórica. 
Psicólogo comportamentalista: “O objeto de estudo da Psicologia é o comportamento humano”. 
Psicólogo psicanalista: “O objeto de estudo da Psicologia é o inconsciente”. 
Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade. 
ESTUDO DO COMPORTAMENTO:
O comportamento não é uma ação isolada, depende do meio onde se vive - observável, mensurável.
Os homens agem sobre o mundo, modificam-no e, por sua vez, são modificados pelas consequências de sua ação. 
AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA NO SÉCULO 20 
O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em artigo publicado em 1913.
Watson, postulando o comportamento como objeto da Psicologia, dava a esta ciência a consistência que os psicólogos da época vinham buscando — um objeto observável, mensurável, cujos experimentos poderiam ser reproduzidos em diferentes condições e sujeitos. 
Watson também defendia uma perspectiva funcionalista para a Psicologia - o comportamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio. 
Certos estímulos levam o organismo a dar determinadas respostas e isso ocorre porque os organismos se ajustam aos seus ambientes por meio de equipamentos hereditários e pela formação de hábitos. 
Watson buscava a construção de uma Psicologia sem alma e sem mente, livre de conceitos mentalistas e de métodos subjetivos, e que tivesse a capacidade de prever e controlar. 
Apesar de colocar o “comportamento” como objeto da Psicologia, o Behaviorismo foi, desde Watson, modificando o sentido desse termo. 
O mais importante dos behavioristas que sucedem Watson é B. F. Skinner (1904-1990) - não se entende Comportamento como uma ação isolada de um sujeito, mas, sim, como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece (estímulo e resposta: S-R).
Alguns processos que o organismo humano compartilha com outras espécies alteram o comportamento para que ele obtenha um intercâmbio mais útil e mais seguro em determinado meio ambiente.
Uma vez, estabelecido um comportamento apropriado, suas consequências agem por meio de processo semelhante para permanecerem ativas.
Se, por acaso, o meio se modifica, formas antigas de comportamento desaparecem enquanto novas consequências produzem novas formas.
O indivíduo é “ensinado” a defender-se dos estímulos da natureza, quer sejam eles bons ou ruins, por conta da necessidade que seu corpo demonstra. 
As punições são temporariamente uma pressão à fuga da verdadeira vontade. 
O ambiente onde nos encontramos, é capaz de determinar a forma de nosso comportamento.
GESTALT, A PSICOLOGIA DA FORMA:
Kurt Lewin (1890-1947) foi o grande pioneiro.
Os Gestaltistas estão interessados em entender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, como é que percebemos as coisas contrariamente o que verdadeiramente é.
Queriam analisar quando um indivíduo percebe um estímulo físico de forma diferente da que ele tem na realidade.
O que diferencia os Behavioristas dos Gestaltistas é que para estes entre o processo de estímulo e resposta, há o estágio da percepção. 
E o que as duas correntes tem em comum, é que ambas definem psicologia como sendo a ciência que estuda o comportamento. 
A Gestalt procura entender como o indivíduo é capaz de na sua mente completar uma figura
aparentemente faltando seus contornos. 
A maneira como nós percebemos as coisas, determina o nosso comportamento.
O campo psicológico nos permite estruturar situações que não estão nítidas. 
Há um fenômeno na Gestalt chamado insight que nos permite compreender imediatamente uma figura que é desconhecida. 
O Insight é uma percepção imediata, por exemplo: uma certa figura está pregada na parede e logo que a visualizamos, não entendemos. 
Só que, de repente, ela vem em nossa mente já entendida, tanto sua forma, ou o que ela significa, sem termos feito nenhum esforço para compreendê-la.
A teoria do campo de Kurt Lewin, envolve não só o fator físico, mas também, os medos, os sonhos, etc. 
 PSICANÁLISE:
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico vienense que alterou, radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica. 
Se preocupou em colocar os “processos misteriosos” do psiquismo (as fantasias, os sonhos, os esquecimentos, o interior do homem) como problema científico.
Em suas análises com os pacientes, ele se utilizava da hipnose – inconsciência temporária onde o paciente revive cenas na sua vida que foram sufocadas e a partir da lembrança ele pode determinar o sintoma da “doença”. 
Em seus estudos, descobriu-se que muitas das neuroses, vinham das tramas sexuais vividas na infância.
No complexo de Édipo, a mãe é objeto de desejo no garoto, e o pai é o empecilho de seu acesso à mãe. 
No caso da menina chamaremos de Édipo feminino. 
Nos seus processos terapêuticos Freud entendia que as cenas descritas eram verdadeiras, posteriormente descobriu-se que poderiam ser pura imaginação do sujeito, e essa realidade que o sujeito assume existir chamamos de realidade psíquica. 
A psicanálise diz que: a defesa é a operação que o ego retira da consciência os conteúdos indesejados.

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