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Garantia da qualidade em alimentos Professora : Miriam Aparecida Monitoras: Lorena Simili e Laís Melquiades APPCC Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle Histórico Sigla original em inglês HACCP (Hazard Analisys and Critical Control Points) Teve origem na década de 50 em indústrias químicas na Grã-Bretanha. Nos anos 60 e 70, foi usado nas plantas de energia nuclear e adaptado para a área de alimentos pela empresa Pillsbury Company, a pedido da NASA, para que não houvesse problema com os astronautas relativo a enfermidades transmitidas por alimentos (ETA) e equipamentos (migalhas de alimentos) em pleno vôo. Fonte da imagem: nasa.gov Foi projetado para garantir a produção de alimentos seguros a saúde do consumidor (ANVISA) APPCC: Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle O sistema APPCC é baseado numa série de etapas inerentes ao processo de produção, elaboração e serviço de alimentos, a começar pela obdenção de matéria-prima, ate o consumo do alimento, fundamentando-se na identificação dos perigos à segurança do alimento, bem como nas medidas para o controle das condições que geram perigos (PAS) Imagem : consultoradealimentos.com.br/boas-praticas/7-principios-sistema-appcc/ Fonte da imagem: viiprinciples.com/haccp-plan/ PERIGOS ANÁLISE CRITICO CONTROLE PONTOS 5 Perigo nos alimentos: Imagem: www.restaurantemaster.com.br/blog/141-doencas-transmitidas-por-alimentos-dta Por que utilizar APPCC? Garantir a segurança dos produtos alimentícios. (PAS) Facilitar o trabalho de gerentes e seus supervisores, bem como orientar o trabalho de seus colaboradores Reduz custos, levando a uma maior produtividade com qualidade e segurança, evitando desperdícios, as perdas de cargas e o uso de técnicas não validadas. Pré requisitos para implantação Boas Práticas de Fabricação (BPF) Procedimentos Padrões de Higiene Operacional (PPHO) (Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002) Esses pré-requisitos identificam os perigos potenciais à segurança do alimento desde a obtenção das matérias-primas até o consumo, estabelecendo em determinadas etapas (Pontos Críticos de Controle) Fonte: anvisa.gov.br/alimentos/appcc.htm Elaboração do plano APPCC A) Comprometimento da direção A direção e os supervisores devem estar consciente e comprometidos com o Sistema, devem ser informados e conscientizados da importância e dos benefícios do Sistema. B) Definição de um coordenador para o programa Deve-se designar um Responsável Técnico ll para ser treinado a fim de se tornar o líder do programa. C) Formação da equipe multidisciplinar Com representantes das áreas de aquisição, recebimento, produção, higienização, controle de qualidade, manutenção, transporte e distribuição. A equipe deve envolver pessoas que estão diretamente envolvidas no processamento do alimento. D) Disponibilidade de recursos e necessidades Devem ser alocados recursos para o programa, envolvendo aquisições de equipamentos apropriados e de boa qualidade para medir temperatura, concentração de soluções cloradas e outros itens. Deve existir um programa de manutenção preventiva para esses equipamentos E) Treinamento de equipe O pessoal envolvido deve ter treinamento para lidar com os equipamentos envolvidos no preparo de alimentos além de que proporciona motivação e estímulo. O plano APPCC É um documento formal que reúne as informações chaves elaboradas pela equipe do APPCC contendo todos os detalhes do que é critico para o transporte seguro de alimentos. Fonte da imagem - www.newslow.com/ Etapas de elaboração do plano Definição dos objetivos Identificação e organograma da empresa Avaliação de pré-requisitos Formação da equipe Descrição do produto ou grupo de produtos, característica de transporte esperadas Elaboração do fluxograma de transporte Validação do fluxograma de transporte Aplicação dos princípios do sistema Princípio 1 Análise dos perigos e caracterização das medidas preventivas. Princípio 2 Identificação dos pontos críticos de controle (PCC). Princípio 3 Estabelecimento do limites críticos para cada PCC. Princípio 4 Estabelecimentos dos procedimentos de monitorização. Princípio 5 Estabelecimento de ações corretivas. Princípio 6 Estabelecimento dos procedimentos de registro e documentação. Princípio 7 Estabelecimento dos procedimentos de verificação. EXEMPLO DE PLANO APPCC Nome do produto: PURÊ DE BANANA ASSÉPTICO Fluxograma do processo de produção Fornecedor Carregamento da fruta Transporte da fruta Recepção 1 Aprovado? Sim Não Devolução do fornecedor Pesagem/Descarga Climatização Recepção 2 Frutas rejeitadas Água destilada Lavagem Seleção/Descascação Água destilada Resíduo da casca Aquecimento “Finisher” - Separação Resíduo fibras/sementes Desaeração 1 2 Padronização Filtração (Filtro 1-pn 6,5 mm) Esterilização (PCC 1) B Desareador e extinção de odor Resfriamento Filtração (Filtro 2 – pn < 0,06 mm(PCC 2) F Padronização Imã magnético de Neodimeo 12.000 Gauss Envase Aprovado? Não Sim Reprocesso 2 Embalagem Paletização Estoque Expedição PLANO APPCC Código: APPCC 2 Revisão: 05 Data Revisão: 14/09/2015 Análise de Perigos (Físicos, Químicos e Biológicos) Nome do produto:PURÊ DE BANANA ASSÉPTICO Ingredientes/ Etapa do processo Perigos significativos (Físicos, Químicos e Biológicos) Justificativa Severidade Risco Significancia do perigo Medidas Preventivas Recepção da fruta - Recepção1 F: Insetos, pequenos animais, palha. Contaminação de origem Baixo Baixo Desprezivel Cadastro do fornecedor, laudo técnico, visitatécnica. Q: Resíduo de agroquímicos e metais pesados. Contaminação de origem devido a aplicação excessiva de agrotoxicos. Baixo Baixo Desprezivel Cadastro do fornecedor, laudo técnico, visitatécnicado RT aos produtores. B: Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium,Arthrobacter,Pseudomonas,Rhizobium,AzotobactereNitrobacter(Toxinas) e fungos (Penicilliim,Mucor,Rhizopus,Fusarium) contaminaçãode origem Baixo Baixo Desprezivel Cadastro do fornecedor, inspeção do caminhão, visitatecnica. Pesagem F: Insetos, pequenos animais, palha. Contaminação de origem Baixo Baixo Desprezivel Treinamento dos manipuladores. Q: Resíduo de agroquímicos e metais pesados. contaminaçãode origem devido a aplicação excessiva deagrotóxicos. Baixo Baixo Desprezível Cadastro do fornecedor, laudo técnico, visitatécnicado RT aos produtores. B: Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium,Arthrobacter,Pseudomonas,Rhizobium,AzotobactereNitrobacter(Toxinas) e fungos (Penicilliim,Mucor,Rhizopus,Fusarium) contaminaçãode origem Baixo Baixo Desprezivel cadastro do fornecedor, aferição da balança. Higienizaçao das balanças e treinamento dos colaboradores. Climatização F: insetos, pequenos animais, palha. Contaminação de origem. Baixo Baixo Desprezível Treinamento dos manipuladores. Q: Resíduo de agroquímicos e metais pesados. Contaminação de origem. Baixo Baixo Desprezível Cadastro do fornecedor, laudo técnico, visitatécnicado RT aos produtores. B: Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium,Arthrobacter,Pseudomonas,Rhizobium,AzotobactereNitrobacter(Toxinas) e fungos (Penicilliim,Mucor,Rhizopus,Fusarium) Contaminação de origem e desenvolvimento de fungos devido a temperatura declimatização( 17 a 24°C) Alta Baixo Menor Controle tempo, temperatura, treinamento para manipuladores. Manutençãopreventiva dos equipamentos. Recepção 2 – Lavagem F: Insetos, pequenos animais, palha. Contaminação de origem. Baixo Baixo Desprezivel Cadastro do fornecedor, controle do distribuidor no transporte. Q: Resíduo de agroquímicos e metais pesados. Contaminação de origem. Baixo Baixo Desprezível Cadastro do fornecedor, controle do distribuidor no transporte. B: Coliformes fecais e totais, Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium,Arthrobacter,Pseudomonas,Rhizobium,AzotobactereNitrobacter(Toxinas) e fungos (Penicilliim,Mucor,Rhizopus,Fusarium) Contaminação de origem e desenvolvimento de fungos devido a temperatura declimatização( 17 a 24°C) Alta Baixo Menor Orientar os manipuladores, higienizar adequadamente os equipamentos e utensílios, controlar a potabilidade da água. Seleção eDescascação F: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B:Coliformes fecais e totais, Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium,Arthrobacter,Pseudomonas,Rhizobium,AzotobactereNitrobacter(Toxinas) e fungos (Penicilliim,Mucor,Rhizopus,Fusarium) Contaminaçãopor equipamento mal higienizado, água contaminada. Alta Baixo Menor Orientar manipuladores, higienizar adequadamente os equipamentos. Aquecimento F: Fragmentos de metais, borracha, silicone, policarbonato Desprendimento de alguma peça, de vedantes, ou ruptura de visores dos equipamentos Alta Baixo Menor Manutenção preventiva dos equipamentos,películasnos visores. Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Microrganismospatogênicos Sobrevivênciaesporos demicrorganismos patogênicos Alta Baixo Menor Manutenção do tempo e temperatura.Manutenção preventiva dos equipamentos “Finisher” - Separação F: Fragmentos de metais, borracha, silicone. Desprendimento de alguma peça, ou ruptura de visores dos equipamentos. Alta Baixo Menor Manutenção preventiva dos equipamentos. Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A B: Coliformes fecais e totais, Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium,Arthrobacter,Pseudomonas,Rhizobium,AzotobactereNitrobacter(Toxinas) e fungos (Penicilliim,Mucor,Rhizopus,Fusarium) Sobrevivênciaesporos demicrorganismos patogênicos. Alta Baixo Menor Controle de tempo etemperatura.Higienizaçãodo equipamento. Manutenção preventiva dos equipamentos Desaeração F: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium,Arthrobacter,Pseudomonas,Rhizobium,AzotobactereNitrobacter(Toxinas) e fungos (Penicilliim,Mucor,Rhizopus,Fusarium) Sobrevivênciaesporos demicrorganismos patogênicos Alta Baixo Menor Manutenção preventiva dos equipamentos. Padronização F: Fragmentos de metais, policarbonato, Desprendimento de alguma peça, ou ruptura de visores dos equipamentos. Baixo Baixo Desprezível Manutenção preventiva dosequipamentos. Higienizaçãodo equipamento. Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Coliformes fecais e totais, Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium,Arthrobacter,Pseudomonas,Rhizobium,AzotobactereNitrobacter(Toxinas) efungos (Penicilliim,Mucor,Rhizopus,Fusarium)Microrganismos patogênicos Sobrevivênciaesporos demicrorganismospatogenicos. Alta Baixo Menor Controle de tempo etemperaturado padronizador.Higienizaçãodo equipamento e Manutenção preventiva dos equipamentos. Esterilização F: Fragmentos de metais, policarbonato, borracha e silicone. Desprendimento de alguma peça, ou ruptura de visores dos equipamentos. Alta Baixo Menor Manutenção preventiva dos equipamentos epelículanos visores. Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B:Coliformes fecais e totais, Microrganismos patogênicos -Bacillus, Clostridium, Arthrobacter, Pseudomonas, Rhizobium, Azotobacter e Nitrobacter (Toxinas) e fungos ( Penicilliim, Mucor, Rhizopus, Fusarium)microrganismos patogenicos Sobrevivênciaesporos demicrorganismos patogênicos(C.botulinum-sobrevivência declostridiumdevido ao tempo e temperatura de pasteurização insuficientes) Alta Médio Maior Manutenção do tempo e temperatura. Tempo e temperatura adequados no processo depasteurização. Higienizaçãodo equipamento. Desaerador e extração de odor F: Fragmentos de metais, policarbonato, borracha, silicone. Desprendimento de alguma peça, ou ruptura de visores dos equipamento. Alto Baixo Menor Manutenção preventiva dos equipamentos epelículanos visores. Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Nenhum N/A N/A N/A N/A Boas práticas de fabricação – limpeza e desinfecção dos equipamentos Resfriamento F: Fragmentos de metais, policarbonato, borracha, silicone. Desprendimento de alguma peça, ou ruptura de visores dos equipamento Alto Baixo Menor Manutenção preventiva dos equipamentos e pelicula nos visores. Manutenção do tempo e temperatura . Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Nenhum N/A N/A N/A N/A Boas práticas de fabricação – limpeza e desinfecção dos equipamentos Filtração (Filtro 2) F: Fragmentos de metais, borracha, silicone, policarbonato. Desprendimento de alguma peça, ou ruptura de visores dos equipamento Alto Baixo Menor Manter integridade de peneiras e limpeza de filtros. Manutenção preventiva dos equipamentos. Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Nenhum N/A N/A N/A N/A Boas práticas de fabricação – limpeza e desinfecção dos equipamentos Envase F: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Nenhum N/A N/A N/A N/A Boas práticas de fabricação – limpeza e desinfecção dos equipamentos Embalagem F: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Nenhum N/A N/A N/A N/A Boas práticas de fabricação – Controle de fornecedor Estoque F: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A Q: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A B: Nenhum N/A N/A N/A N/A N/A Referências Bibliográficas RIBEIRO-FURTINI, Larissa Lagoa, ABREU, Luiz Ronaldo de: UTILIZAÇÃO DE APPCC NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 30, n. 2, p. 358-363, mar./abr., 2006 Manual de Elaboração - Boas práticas e Sistema APPCC; Série qualidade e segurança dos alimentos. Doces e caramelos ltda.- Plano APPCC
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