Buscar

Aula 03

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CURRÍCULO:TEORIA E PRÁTICA
Aula 03: Teorias críticas do currículo e seus contrastes com as teorias não críticas
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
TÓPICOS DE CONTEÚDO
Teorias:tradicionais, críticas e pós-críticas
Concepção
Características 
Implicações na prática educativa
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Refletir sobre a distinção entre as teorias do currículo críticas e não críticas e suas implicações para a prática educativa. 
 Analisar as contribuições das teorias críticas para a
 superação de concepções reducionistas e hierárquicas de
 currículo.
 Interpretar alguns conceitos de autores que influenciaram o pensamento crítico no campo do currículo.
OBJETIVOS
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Qual o cenário político econômico e social no início do século XX?
Sociedade capitalista
Industrialização e Urbanização
Teorias Tradicionais incorporam pressupostos deste modelo de sociedade
CAMPO DO CURRÍCULO: VISÕES DIFERENCIADAS
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Escola reprodutora:
 Busca eficiência e eficácia
 Define de metas e objetivos
 mensuráveis
 Estimula competição 
IMPLICAÇÕES NO CURRÍCULO: 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Anísio Teixeira Lourenço Filho John Dewey
PENSAMENTO PROGRESSIVISTA DA EDUCAÇÃO
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Década 60/70
Novo século
Década 
80/90
VAMOS CONFERIR A LINHA DE TEMPO?
Década
20/30
Década 40/50
Movimento
“Escola Nova”
Movimento
Tecnicista
Emerge ideário das teorias críticas
Mundo cibernético
Teorias pós-críticas
Teorias Tradicionais
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Qual o cenário político, cultural, educacional no Brasil e no mundo? 
Conquista espacial : 
 URSS lança o primeiro Sputnik 
 Americanos pisam solo da lua
Luta por direitos civis no USA – Martin Luter King 
Movimentos de contracultura
Liberação sexual feminina – advento da pílula anticoncepcional
Movimentos de resistência contra ditadura militar 
VAMOS CONVERSAR UM POUCO MAIS SOBRE OS ANOS 60/70?
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Anos 60/70
Movimento tropicalista;
Televisão se multiplica e modifica hábitos familiares e de convivência;
Movimento de Alfabetização de Paulo Freire;
Lei de Diretrizes e Bases da Educação 4024/61;
Lei de Diretrizes e Bases do Ensino de 1º. E 2º. Graus /1971.
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Adaptação da escola e do currículo à ordem capitalista “ naturalizada e incorporada” pelo pensamento progressista de Dewey e pelas teorias tradicionais de currículo, de Bobbit e Tyler.
Dewey preocupava-se com o caráter democrático da escola, pautado nos princípios que deram origem aos que se chamou no Brasil de “escolanovismo”.
Bobbit e Tyler preocupavam-se em desenvolver habilidades e métodos direcionados à atividade profissional, o que foi denominado de “tecnicismo”. 
 TEORIAS TRADICIONAIS- IMPLICAÇÕES NO CURRÍCULO 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
DÉCADA DE 80 : CONTEXTO MAIS AMPLO
Antonio Flávio Moreira
Abertura política; 
Crise no capitalismo econômico dependente; 
Abolição da censura favoreceu a literatura crítica;
Deslocamento do foco teórico incluindo autores europeus;
Publicações de autores brasileiros – “Pedagogia crítico-social dos conteúdos”.
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Questionamento ao capitalismo e ao papel do currículo neste novo modelo de sociedade. 
Crítica à escola em sua abordagem a aceitação- adaptação-ajuste à ordem social capitalista.
Surgimento de estudos e publicações Europa, Canadá, França que se tornaram referências das “teorias críticas do currículo”. 
Alerta sobre o papel da escola como reprodutora do status quo e das desigualdades sociais. 
TEORIA CRÍTICA EMERGE: COMO?
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Pensadores influentes: 
 
 
 Louis Althusser ( filósofo francês) 
Aparelhos Ideológicos do Estado
Questiona a ideologia, a reprodução e as relações de poder nas
instituições: estado , família, religião, mídia e escola. 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Noção althusseriana de ideologia:
Constituída por aquelas crenças à aceitação de estruturas sociais (capitalistas) existentes como boas e desejáveis; 
Contribui para status quo e da sociedade capitalista e reproduz seus componentes econômicos - força de trabalho e os meios de produção; 
Difundi valores e crenças explicita ou implicitamente com o objetivo de garantir a manutenção da estrutura social e torná-la aceita como desejável pelas classes dominadas.
CONCEITO DE IDEOLOGIA E SUA APLICAÇÃO
 AO CURRÍCULO
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron
Livro: “A reprodução” (1970)
Embora não sejam associados a uma abordagem marxista, esses autores utilizam conceitos do universo econômico, como capital, para analisar as práticas educativas e seu papel no processo de sucesso ou fracasso escolar.
ESTUDOS E PRODUÇÕES TEÓRICAS DOS SOCIÓLOGOS FRANCESES
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Mas, professora...
E O QUE ISSO TEM A VER COM O CURRÍCULO E COM A ESCOLA? 
A escola transmite cultura, conteúdos,
saberes selecionados. 
 Nas práticas educativas ocorre um processo de exclusão cultural, na
 medida em que o que vale é o “capital cultural ”da classe dominante. 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
O capital cultural dos alunos e alunas das classes dominadas é desconsiderado e desvalorizado. 
 Fonte: Claudius Ceccon
O hiato entre o seu “capital cultural” dos alunos e o “capital cultural” difundido e valorizado pela escola determina o seu fracasso escolar e favorece a manutenção das desigualdades sociais.
 O QUE ISSO TEM A VER COM O CURRÍCULO E COM A ESCOLA? 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Mas então...
 Qual seria a saída, nessa perspectiva crítica?
 Valorizar e difundir através da escola somente a cultura das classes dominadas para favorecer a aprendizagem das crianças e jovens dessas classes sociais? 
 Como ensinar a cultura dominante sem efetuar uma dominação cultural? 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
 A PEDAGOGIA RACIONAL
PROPOSTA POR BOURDIEU E PASSERON:
Cabe à instituição escolar proporcionar às crianças das classes dominadas uma imersão semelhante a que as crianças das classes dominantes têm fora do espaço escolar.
Colocar as crianças das classes dominadas em condições de aprendizagem menos desiguais
às das crianças das classes mais privilegiadas. 
Alerta sobre a “violência simbólica ” presente na ação pedagógica de modo dissimulado e impondo um poder arbitrário. 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Você pode ainda estar perguntando...
 
Mas, indiretamente, esta proposta estabelece 
que a cultura dominante seja ainda “a cultura”
a ser aprendida e apropriada...? 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
As ideias desses autores provocaram significativa ruptura com as teorias tradicionais. 
Mudaram o foco de análise: 
 Ao invés de :Como fazer o currículo ?
 Questionam:O que o currículo faz com as pessoas, com os alunos?
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
O sociólogo americano Michael Apple 
Michael Apple e outros estudiosos contribuíram para o surgimento da Nova Sociologia da Educação (NSE)
NSE - corrente de pensamento denominada Sociologia do Currículo. 
Michael Young e Basil Bernstein presentes nos estudos de Apple
Relações de poder e o papel do conhecimento escolar nos processos de reprodução social e cultural.
Currículo manifesto e o currículo oculto.
 PRECURSORES DAS TEORIAS CRÍTICAS
 DO CURRÍCULO
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
Chamam a atenção para o caráter histórico, ético e político do conhecimento, do currículo e suas implicações para a reprodução das desigualdades e injustiças sociais. 
Defendem a ideia de que a escola, como esfera pública democrática, tanto pode ter um papel reprodutor quanto pode ter um papel libertador e de resistência.
Os professores assumem um papel relevante como “intelectuais transformadores”, abrindo espaço para que a voz das classes dominadas também possa ser ouvida e valorizada. 
 ESTUDOS HENRI GIROUX 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
OLHAR CRÍTICO SOBRE A TEORIA CRÍTICA
 
Trazem novos desafios para as discussões curriculares.
Instigam novas reflexões, no sentido de relativizar os próprios pilares dos conhecimentos até então produzidos.
Ampliar o olhar para o currículo, incluindo novas nuances e configurações como multiculturalismo, raça, etnia, gênero,etc.  
 ***
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
RESUMIDO: 
 
Identificação de ideias de alguns autores que influenciaram o surgimento das teorias críticas do currículo.
Relembramos alguns fatos do o cenário político social e suas implicações no currículo .
Conferimos algumas evidências na prática educativa, influenciadas pelos modelos teóricos adotados .
Percebemos as inquietações pedagógicas que o movimento crítico provoca . 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
 
Para Refletir...
“Nós vos pedimos com insistência: 
 não digam nunca - Isso é natural! 
 Sob o familiar, descubram o insólito.
 Sob o cotidiano, desvelem o inexplicável. 
Que tudo o que é considerado habitual provoque inquietação.” 
 (Bertold Brecht) 
Aula 3:Currículo:teoria e prática 
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
CURRÍCULO: TEORIA E PRÁTICA
ATÉ A PRÓXIMA AULA! 
BONS ESTUDOS!

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais