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Aula 9 Tuberculose

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PROGRAMA TB-HANS 
Professora: Suzyane Cortês Barcelos 
Tuberculose 
Propaganda anti-
tuberculose/século 
XIX 
http://www.youtube.com/watch?v=tk5luavW6Zg 
O CONTROLE DA TUBERCULOSE 
PRIORIDADE NACIONAL 
• Problema de saúde prioritário no Brasil, que juntamente 
com outros 21 países em desenvolvimento, albergam 
80% dos casos mundiais da doença. 
 
• No Brasil estima-se que ocorram 129.000 casos por ano 
 
• São notificados cerca de 90.000 casos por ano. 
 
• Em 1998 o coeficiente de mortalidade foi de 3,5 por 
100.000 habitantes. 
AÇÕES PARA O CONTROLE DA 
TUBERCULOSE NO BRASIL 
• Ações de Controle: 
 – Diagnosticar pelo menos 90% dos casos 
esperados; 
 – Curar pelo menos 85% dos casos 
diagnosticados; 
 – Expansão das ações de controle para 100% 
dos municípios; 
 – Estimular a notificação pelo Sistema 
Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). 
ASPECTOS CONCEITUAIS 
• Agente etiológico: Mycobacterium 
tuberculosis ou Bacilo de Koch. 
 
• Órgãos acometidos: 
 Pulmões ou ossos, rins, pleura, 
gânglios e cérebro. 
 
• Transmissão: 
• A transmissão ocorre através 
do ar, por meio de gotículas 
contendo os bacilos expelidos por 
um doente ao tossir, espirrar ou 
falar em voz alta 
Partículas 
 levitantes 
Modo de transmissão da TB 
FOCO 
(+++) 
Partículas 
infectantes 
CONTATO 
Partículas 
maiores 
FALA, ESPIRRO E TOSSE DO BACILÍFERO 
Órgãos acometidos: pulmão 
(principal), gânglios, pleura, rins, 
cérebro e ossos 
A tuberculose é transmitida de pessoa a 
pessoa através do ar 
Os pulmões e os alveólos 
Órgãos mais frequentemente acometidos 
pela tuberculose doença 
• A propagação da 
tuberculose está 
intimamente ligada às 
condições de vida da 
população. 
• Sua prevalência é maior 
nas periferias das 
grandes cidades 
 
Período de transmissibilidade 
Plena enquanto tiver eliminando o bacilo e não tiver 
iniciado o tratamento 
(um paciente sem tratamento contamina de 10 a 15 
pessoas em uma comunidade durante um ano) 
 
Suscetibilidade e Imunidade 
Qualquer idade, Brasil acomete mais criança 
Nem todos expostos estão infectados 
Infecção tuberculose, sem doença – bacilos presente e 
sistema imune controla 
 
ETIOLOGIA, TRANSMISSÃO E PATOGÊNESE 
• A infecção pelo bacilo da tuberculose pode ocorrer 
em qualquer idade. 
• Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da 
tuberculose se tornam infectadas. 
• A probabilidade que a TB seja transmitida depende 
de alguns fatores: 
 • Da contagiosidade do caso índice (doente bacilífero 
fonte da infecção); 
 • Do tipo de ambiente onde a exposição ocorreu; 
 • Da duração da exposição. 
Pessoas infectadas 
e não doentes 
transmitem a 
doença? 
As pessoas infectadas e que não estão 
doentes não transmitem o bacilo. 
• A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos 
estão no corpo da pessoa, mas o sistema imune está 
mantendo-os sob controle. 
 
• O sistema imune faz isto produzindo células chamadas 
macrófagos que fagocitam os bacilos e formam uma 
“barreira”, o granuloma que mantêm os bacilos sob controle. 
 
• • A infecção tuberculosa é detectada apenas pela prova 
tuberculínica 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
• 4 a 12 semanas após a infecção, podendo se 
estender até 2 anos. 
 
• Principais causas: 
Condições sócio-econômicas 
Reinfectado 
SITUAÇÕES DE RISCO PARA A INSTALAÇÃO 
DA DOENÇA 
Infecção pelo HIV 
Terapias 
imunossupressoras 
Diabetes Mellitus 
Doenças crônicas 
 
TUBERCULOSE EXTRA-PULMONAR 
• Instalação insidiosa e evolução lenta 
Longo tempo de latência (tuberculose 
renal – mais de 20 anos) 
 
 
• Sintomatologia específica 
Dependerá do órgão 
Determinada por fenômenos 
inflamatórios e obstrutivos 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO DE CASO DE TUBERCULOSE 
 
Diagnóstico confirmado por 
baciloscopia ou cultura; 
 
Diagnóstico confirmado por dados 
clínicos-epidemiológicos e no 
resultados de exames 
complementares 
 
QUADRO CLÍNICO 
• TOSSE POR MAIS DE TRÊS SEMANAS 
 
• Febre vespertina 
 
• Dor torácica 
 
• Escarros hemoptóticos 
 
• ESCAVAÇÕES PULMONARES 
Diagnóstico 
• História clínica 
- Teve contato com uma pessoa com 
Tuberculose? 
- Apresenta sinais e sintomas sugestivos de Tb? 
- Tem história anterior de tratamento para Tb? 
- Presença de fatores de risco para o 
desenvolvimento de Tb doença? 
- Rotina solicitar anti-HIV 
 
• Exame bacteriológico 
Baciloscopia direta de escarro (prioritário) 
 
Indicação: 
Sintomáticos Respiratórios (SR) 
Alteração pulmonar pelo RX 
Contatos dos bacilíferos com queixas respiratórias 
 
Diagnóstico: duas amostras de escarro 
1ª na primeira consulta e 2ª manhã do dia seguinte 
Usar baciloscopia para acompanhamento mensal 
 
Diagnóstico 
COLETA DE 
ESCARRO 
-Informar de forma simples e clara 
- Entregar o frasco e verificar se fecha bem e se está identificado 
(nome e data da coleta no corpo do pote) 
-Orientar procedimento: ao despertar, lavar a boca, sem escovar 
dentes, inspirar profundamente, prender respiração por um instante e 
escarrar após forçar a tosse (fazer duas eliminações) 
-Tampar e colocar saco plástico com tampa para cima; 
-Lavar as mãos; 
-Volume 5 a 10 ml; 
-Local: aberto, ar livre ou bem arejado; 
-Conservação e transporte 
-Processar após coleta ou refrigerar (+2 e +8°C) até chegar ao 
laboratório (temperatura ambiente sem sol até 24 horas) 
 
 
Interpretação dos resultados do 
exame bacteriológico e conduta 
Caso confirmado de Tuberculose pulmonar positiva 
Duas baciloscopias diretas positivas, ou; 
Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva, ou; 
Uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva, ou; 
Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura positiva. 
Tuberculose pulmonar negativa 
Duas baciloscopias negativas + imagem radiológica sugestiva + achados 
clínicos + exames complementares que o médico confirme o diagnóstico 
Tuberculose Extrapulmonar 
Achados clínicos e achados histopatológicos e cultura compatíveis com 
tuberculose extrapulmonarexames complementares 
 
• CULTURA 
– Suspeitos de tuberculose pulmonar negativos ao 
exame direto de escarro; 
 
– Diagnóstico de formas extrapulmonares; 
 
– Suspeita de resistência bacteriana; 
 
 
Diagnóstico 
Cultura 
• A identificação baseia-se no tempo de 
crescimento (lento, de 12 a 28 dias), na 
morfologia das colônias ( rugosas ) e 
pigmentação ( não cromogéneas ). 
 
Exame Radiológico 
 
• Auxiliar no diagnóstico dos casos suspeitos 
• Permite identificar imagens suspeitas e outras patologias 
• Em baciloscopia positiva visa exclusão de outra doença 
pulmonar associada 
• Avalia a evolução radiológica 
 
 
• RESULTADOS DAS RADIOGRAFIAS DE TORAX 
 
- NORMAL: não apresentam imagens patológicas nos campos 
pleuro-pulmonares; 
 
- SEQUELA: apresentam imagens sugestivas de lesões 
cicatriciais; 
 
- SUSPEITO: apresentam imagens sugestivas de Tuberculose 
 
- OUTRAS DOENÇAS 
 
 
Prova Tuberculínica 
 
 Método auxiliar de diagnóstico em não-vacinados 
 Reator isolado não diagnostica 
 Brasil – tuberculina PPD RT23 via ID, terço médio da face 
anterior do antebraço esquerdo, dose 0,1ml, +2 +8°c, validade 
6 meses 
Tratamento 
• Curável em praticamente 100% dos casos 
 
• Tratar bacilíferos 
 
• Deve ser feito em regime ambulatorial, 
supervisionado, na USB mais próxima 
 
Tratamento 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
 
-Medicaçãouso diário, única tomada em jejum. Se intolerência 
digestiva, junto com refeição; 
 
-Atenção especial, maiores de 60 anos, mau estado geral e 
alcoolista 
Tratamento 
• DOTS- ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO 
DIRETAMENTE SUPERVISIONADO 
- Objetiva garantir adesão ao tratamento, reduzir 
transmissão e aumentar a cura; 
- Supervisão da ingesta em local escolhido pelo 
paciente 
- Administrado por médicos, enfermeiros, ACS, aux. de 
enfermagem; 
- 3 x semanas (2meses), 2 x semana (restante) 
- Atenção para etilistas, tratamento após abandono, 
mendigos, presidiários, asilos, manicônios 
 
Tratamento 
• PRINCÍPIOS BÁSICOS DO TRATAMENTO 
– Associação medicamentosa adequada, em doses 
corretas, por tempo suficiente, com supervisão do 
tratamento. 
– Tratamento prioritário dos bacilíferos com supervisão 
da tomada dos medicamentos 
– Os doentes “pulmonares positivos” não precisam nem 
devem ser segregados do convívio familiar e da 
comunidade. 
– Os casos com diagnóstico confirmado nas Unidades 
de Referência devem voltar para as UBS próximas dos 
seus domicílios onde serão tratados e 
acompanhados até a alta. 
Tratamento 
 
• R (Rifampicina) 
• H (Isoniazida) 
• Z (Pirazinamida) 
• E (Etambutol) 
Definir casos 
- Caso novo – nunca realizaram o tratamento para TB, ou 
 fizeram por menos de 30 dias 
- Retratamento – Esquema para paciente já tratado por mais de 
30 dias, recidiva após cura, retorno após abandono ou por 
falência 
- Abandono – Deixou de comparecer a unidade por mais de 30 
dias consecutivos 
- Recidiva – Apresenta tuberculose já tendo tratado e recebido 
alta por cura 
- Falência – Escarro positivo no final do 4º ou 5° mês 
- Transferência – Comparece para continuar tratamento iniciado 
em outro serviço 
Tratamento 
Regime Fármacos Faixa de peso Unidades/dose Meses 
2RHZE 
 
Fase intensiva 
RHZE 
150/75/400/275 mg 
 
comprimido 
em dose fixa 
combinada 
20 a 35 kg 2 comprimidos 
2 36 a 50 kg 3 comprimidos 
> 50 kg 4 comprimidos 
4RH 
 
Fase de manutenção 
RH 
300/200 ou 
150/100 mg 
 
comprimido ou 
cápsula 
20 a 35 kg 
1 comp. ou cáps. 
300/200 mg 
4 36 a 50 kg 
1 comp. ou cáps. 
300/200 mg + 1 comp. ou 
cáps. 150/100 mg 
> 50 kg 
2 comp. ou cáps. 
300/200 mg 
Esquema básico (EB) para o tratamento da TB 
(adultos e adolescentes) 
Tratamento 
ESQUEMA PARA MENINGOENCEFALITE PARA ADULTOS E 
ADOLESCENTES (2RHZE/7RH) ) 
Caso novo (*) de todas as formas de TB pulmonar e extrapulmonar 
(exceto meningoencefalite), infectados ou não pelo HIV 
 
(*) Paciente que nunca usou medicamentos anti-TB ou usou por menos de 30 
dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Retratamento: recidiva (*) ou retorno após abandono 
 
(*) Adoecimento por TB após tratamento anterior com Esquema I com cura, 
independentemente do tempo em que esse primeiro episódio ocorreu. 
 
 
Indicações do Esquema Básico (EB) 
ATRIBUIÇÕES 
ATRIBUIÇÕES 
ATRIBUIÇÕES 
Obrigado!!!!

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