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Comunicação nas Empresas Aula 2

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Comunicação nas Empresas (Aula 2)
Noções de gramáticas no contexto Empresarial
Introdução
Às vezes, na hora de escrever, você fica com dúvidas, não é mesmo? Isso é mais comum do que você imagina. Pior é quando a dúvida nem nos alerta sobre a possibilidade de estarmos escrevendo algo errado e só nos damos conta quando alguém nos corrige.
Essa aula, vai te auxiliar nessa questão, pois fará uma revisão sobre crase, regência, pronomes de tratamento, colocação pronominal e pontuação. Assuntos que sempre geram dúvidas e nos confundem na hora da escrita.
Você pode pensar que terá apenas mais uma aula de gramática, mas o conteúdo será voltado para a adequação desses tópicos aos contextos empresariais ― a partir de práticas de leitura e produção textual.
Você sabe qual é a maneira correta de se dirigir às pessoas no seu local de trabalho?
Imagine que você trabalha em uma Universidade e precisa escrever uma carta para o Reitor. 
Qual seria a maneira correta de se dirigir a ele?
E aí? Foi difícil? 
Assim, como no caso do Reitor, cada Personalidade tem uma forma de ser tratada, ou seja, um pronome de tratamento adequado para reafirmar a sua posição, seja ela social ou empresarial.
O conhecimento das formas/pronomes de tratamento é de extrema importância para que a comunicação se inicie de maneira satisfatória. 
Já pensou começar um e-mail de forma equivocada? Todo o seu conteúdo já estaria comprometido, não é mesmo?
Reparou que a colocação pronominal utilizada em nosso dia a dia é distante da Norma Culta?
O humor da tirinha é decorrente da ação de uma das cobras com relação ao uso equivocado dos pronomes. 
A situação nos mostra que a colocação pronominal é mais um elemento a ser tratado com atenção dentro de uma organização.
Costumamos falar de um jeito e escrevemos de outro, por isso, temos que nos dedicar mais à maneira escrita, mesmo a utilizando menos.  
A colocação pronominal se dá em função da posição do pronome em relação ao verbo. Assim temos:
Próclise
Ocorre quando o pronome vem antes do verbo. Como norma geral, deve-se colocar o pronome átono antes do verbo, quando antes dele houver uma palavra pertencente a um dos seguintes grupos, chamados de palavras atrativas .
Veja alguns exemplos:
Ênclise
Ocorre quando o pronome deve vir após o verbo. As formas verbais do infinitivo pessoal, do imperativo afirmativo e do gerúndio exigem a ênclise pronominal.
Veja:
Cumpre comportar-se bem.
Essas ordens devem cumprir-se rigorosamente.
Aqui estão as ordens: cumpra-as.
Aventurou-se pelo desconhecido, afastando-se dos objetivos iniciais.
A ênclise é forçosa em início de frase, ou seja, não se começa frase com pronome átono.
Exemplo:
 Pediram-lhe (e não *Lhe pediram) que comparecesse à reunião do Congresso.
Mesóclise
Ocorre quando o pronome deve vir no meio do verbo. Na Mesóclise usa-se o pronome no meio da forma verbal, quando esta estiver no futuro simples do presente ou do pretérito do indicativo. 
Exemplo: 
Quando for possível, transmitir-lhes-ei mais informações.
Ser-nos-ia útil contar com o apoio de todos.
Fica prejudicada a mesóclise quando houver, antes do futuro do presente ou do pretérito, uma das palavras ou expressões que provocam a próclise:
Nada lhe diremos (e não *Nada dir-lhe-emos) até termos confirmação do fato.
Essa é a resposta que lhe enviaríamos  (e não *que enviar-lhe-íamos) caso ele voltasse ao assunto.
Espera o Estado que a União lhe  dará  (e não *que ...dar-lhe-á) mais verbas.
Casos Especiais
É inviável a ênclise com o particípio
A inflação havia-se aproximado (nunca: *havia aproximado-se) de limites intoleráveis.
Jamais nos tínhamos enfraquecido (e não: *tínhamos enfraquecido-nos) tanto.
Tê-lo-ia afetado (e não *Teria afetado-lhe) o isolamento constante?
Colocação do pronome átono em locuções e combinações verbais
Nas combinações de verbo pessoal (auxiliar ou não) + infinitivo, o pronome átono pode ser colocado antes ou depois do primeiro verbo, ou depois do infinitivo. 
Devemos-lhe dizer a verdade. 
ou
Nós lhe devemos dizer a verdade. 
ou, ainda
Devemos dizer-lhe a verdade. 
Podemos notar com facilidade que a próclise com o infinitivo é própria da linguagem oral ou escrita informal: 
Devemos lhe dizer... 
Portanto, devemos evitar esta colocação na redação oficial.
Se, no caso mencionado, houver palavra que exige a próclise, só duas posições serão possíveis para o pronome átono: 
Antes do auxiliar (próclise) ou depois do infinitivo (ênclise). 
Não lhe devemos dizer a verdade.
Não devemos dizer-lhe a verdade.
Fica prejudicada a mesóclise quando houver, antes do futuro do presente ou do pretérito, uma das palavras ou expressões que provocam a próclise:
Nada lhe diremos (e não *Nada dir-lhe-emos) até termos confirmação do fato.
Essa é a resposta  que  lhe  enviaríamos  (e não *que enviar-lhe-íamos) caso ele voltasse ao assunto.
Espera o Estado  que  a União lhe  dará  (e não *que ...dar-lhe-á) mais verbas.
Já é possível perceber que é preciso ter muito cuidado com prováveis erros cometidos durante o ato comunicacional, principalmente em relação ao emprego dos pronomes, não é mesmo?
É interessante observar que na frase ambígua da mensagem não havia erro gramatical.
O pronome possessivo seu é de 3ª pessoa e permite perfeitamente a dupla interpretação: 
Seu = dele (de quem se está falando = o diretor) 
ou 
Seu= de você (com quem se está falando = o receptor da mensagem). 
Portanto, cuidado ao utilizar o pronome possessivo SEU!
Lembre-se do básico
Na próclise, o pronome surge antes do verbo.
Emprega-se a mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, desde que não se justifique a próclise. O pronome fica intercalado ao verbo.
A ênclise pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Assim, o pronome surge depois do verbo.
Crase a + a = à
O que é carse?
Quem nunca teve dúvida em relação à crase? 
Você já ficou com raiva por um detalhe tão pequeno fazer tanta diferença?
Mas, afinal, que diferença isso faz na prática? Esquecer de indicar a crase é tão grave assim?
Veja alguns exemplos da coluna de Sérgio Nogueira no site Dicas de português do G1:
Vendeu A VISTA  ou  À VISTA? 
Se alguém “vendeu a vista”, deve ter vendido “o olho” (a vista = objeto direto). Seu desespero era tanto que primeiro vendeu o carro, depois vendeu um rim e agora vendeu a vista.
Se não era nada disso que você queria dizer, então a resposta é outra: “vendeu à vista”, e não a prazo (à vista = adjunto adverbial de modo).
Sentou-se NA MESA ou  À MESA?
O certo é sentar-se à mesa.
Todos podem sentar-se “na mesa”, mas é falta de educação e a mesa pode não aguentar.
Nós nos sentamos à mesa. Devemos usar o acento da crase porque “à mesa” é um adjunto adverbial de lugar.
Consequentemente não haveria crase, pois objeto direto não pede preposição. 
ÀS VEZES ou AS VEZES?
Na frase “Às vezes, conto para todos as vezes que fui engrupida”, não há dúvida de que ocorre crase no primeiro caso. Trata-se de um adjunto adverbial de tempo. 
O segundo caso é discutível, porque a frase está mal construída. Temos um erro de regência. Provavelmente, a professora queria a seguinte frase: “Às vezes (= algumas vezes), conto para todos as vezes EM que fui engrupida.” Nesse caso, “as vezes EM que fui engrupida” seria o objeto direto do verbo CONTAR. Consequentemente não haveria crase, pois objeto direto não pede preposição.
A crase no segundo caso caracterizaria uma repetição, mesmo entre vírgulas: “Às vezes (=algumas vezes), conto para todos, às vezes (= algumas vezes), que fui engrupida.” 
Agora, o objeto direto do verbo CONTAR seria “que fui engrupida”, e o adjunto adverbial às vezes estaria desnecessariamente repetido. Se fosse essa a interpretação, bastaria usar o primeiro ou o segundo: “Às vezes, conto para todos que fui engrupida” ou “conto para todos, às vezes, que fui engrupida”.
Como vimos nestes exemplos, não indicar a crase pode passar umamensagem completamente diferente da que tínhamos em mente. Por isso, aproveite essa revisão para ficar craque e começar a utilizar essa “ferramenta” tão valiosa a seu favor.
Como vimos:
A crase é a fusão:
- da preposição a com o artigo definido a (ou com o a do seu plural as);
- da preposição a com o pronome demonstrativo a (e seu plural as); e
- da preposição a com as vogais iniciais dos demonstrativos aquilo, aquele(s) e aquela(s) e dos relativos a qual e as quais.
Casos
Agora que você já compreendeu o que é a crase e a sua utilidade, vamos analisar os casos em que ela é necessária, começando pelos princípios básicos.
Obrigatórios
O uso do acento grave indicativo da crase é obrigatório nas seguintes situações:
Como nomes de lugares que admitem artigo: Exemplo: Vou à Bahia
Fica a dica
Para verificar se o nome de um lugar aceita ou não o artigo a, você pode utilizar-se do seguinte artifício: 
“Quando venho e venha DA 
Quando vou "craseio" o A
Quando venho e venho DE
Quando vou crase para quê?”
Ao se formular uma frase com o verbo VIR mais o nome do lugar e se obtiver a combinação DA, cabe o artigo; se obtiver a preposição DE, não cabe o artigo.
Veja
“Vou à Itália” (“Venho da Itália”)
“Vou a Roma” (“Venho de Roma”)
Se os nomes de lugares que não admitem artigo vierem especificados, haverá crase.
Fui à Lisboa de Camões (Venho da Lisboa de Camões)
Vou à Roma antiga (Venho da Roma antiga)
Vou à velha Curitiba (Venho da velha Curitiba)
Antes dos pronomes demonstrativos  AQUELE (S), AQUELA(S), AQUILO, A(S): Exemplo: Falamos àquele que nos impediu de entrar.
Nas locuções formadas por nomes femininos: Exemplo: Primeira rua à direita.
Com objetos e complementos nominais femininos: Exemplo: Vamos assistir à próxima sessão.
Nas expressões que indicam o número de horas: Exemplo: Chegarei às cinco horas. (adjunto adverbial).
Uso impróprio
Não se usa o acento grave indicativo da crase nos casos a seguir.
Diante de palavras masculinas: Exemplo: Vou a pé. A título de curiosidade, qual o nome dele?
Antes de verbo: Exemplo: Saiu a passear. Refiro-me a comer bem, do bom e do melhor.
Antes de palavras de sentido indefinido, o que inclui substantivos femininos usados em sentido genérico ou indeterminado (sem artigo). Exemplo: Referi-me a cidades de São Paulo. (algumas cidades) mas Referi-me às cidades de São Paulo (todas ou as cidades específicas)
Quando a preposição a precede nome no plural: Exemplo: O presidente condena a ação da ONG em relação a crianças abandonadas.
Nas expressões de palavras repetidas: gota a gota, frente a frente: Exemplo: Encontramo-nos frente a frente.
Antes de pronomes que não admitem artigo: Dirija-se a Sua Excelência. Dirija-se a ela. Dirija-se a quem quiser. Dirija-se a certa pessoa.
Antes do artigo UMA. Exemplo: Fui a uma festa. 
Antes de numerais cardinais, desde que se refiram a substantivos usados em sentido indeterminado. Exemplo: Vi oito pessoas. (sentido indeterminado) / Refiro-me a oito pessoas. Mas. Vi as oito pessoas. (sentido determinado) / Refiro-me às oito pessoas.
Crase Facultativa e casos especiais
Os casos especiais de crase são:
Com as palavras CASA, TERRA (no sentido de chão firme) e DISTÂNCIA, só haverá crase se essas palavras estiverem especificadas. Exemplo: Voltamos a casa.
Voltamos à casa de Maria.
Os marinheiros, assim que o navio atracou, voltaram a terra.
Os marinheiros voltaram à terra familiar.
Vejo bem a distância.
Vejo bem à distância de cem metros.
A crase é facultativa antes de nomes de mulheres. Exemplo: Refiro-me a Maria (ou à Maria). 
Depois da preposição ATÉ:
Exemplo: Fomos até a praia (ou até à praia).
Com a Locução: "até a" – A preposição "até" possui como variante a locução "até a" e seu emprego é facultativo; mesmo quando "até" for seguido dos demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo:
● Foi até a porta (ou: até à). Verifique: até o (ou: ao) portão.
● Ficou no escritório até a (ou: à) meia-noite. (até o (ao) meio-dia)
● Vou até a (à) farmácia. Verifique: até o (ou: ao) mercado.
● Cheguei até aquela (ou: àquela) janela. Verifique: até o (ao) portão.
Mas atenção: Se "até a" tiver a significação de "até mesmo", perde a variante, então a ocorrência da crase deve ser verificada por meio da substituição por um termo masculino:
● Estudava até (mesmo) as línguas da Índia. Verif.: até os dialetos...
● Obedecia até (mesmo) às ordens mais absurdas. (até aos caprichos...)
A crase, nesses casos, é facultativa porque é facultativo o uso do artigo
Antes de pronomes possessivos femininos no singular: Exemplo: Dei um presente a (ou à) minha amiga.
A crase diante de possessivos femininos é facultativa porque nesses casos o uso do artigo é facultativo. 
Podemos dizer tanto “Minha irmã saiu” como “A minha irmã saiu”).
Para não ter dúvida é bom memorizar o seguinte esquema:
• Escrevi a(à) sua irmã (Facultativo) (Singular + Singular)
• Escrevi às suas irmãs (Obrigatório) (Plural + Plural)
• Escrevi a suas irmãs (Proibido) (Singular + Plural)
Método Prático:
Esse esquema ajudará muito na hora das dúvidas, vale memorizá-lo:
Haverá crase sempre que pudermos substituir a palavra feminina por uma masculina qualquer, havendo a seguinte correlação:
Veja alguns exemplos:
• Refiro-me à mulher (ao homem) / às mulheres (aos homens).
• À proporção que (ao passo que) estuda, mais se sente recompensado.
• Esta caneta é igual à que comprei. (= Este lápis é igual ao que comprei)
• A mulher à qual me referi... (= O homem ao qual me referi...)
• Esta caneta é semelhante à tua, à nossa, à dele. (= Este lápis é semelhante ao teu, ao nosso, ao dele.)
• Estou apto àquela (= a essa) tarefa, àquele (= a esse) trabalho, àquilo (= a isso).
• Dirigi-me às duas amigas. (= aos dois amigos)
• Pedi livros à senhorita Antônia e à senhora Maria. (Pedi ao senhor José)
• Obedeci à Maria. (= Obedeci ao José)
• O jogo será às três horas. (ao meio-dia)
• Estudei naquele colégio da 2ª à 6ª série. (do 2º ao 6º ano)
Você sabe pontuar?
A pontuação também é assunto de suma importância no que diz respeito à comunicação. E isso, lógico, inclui a comunicação nas empresas.
Quando falamos, usamos recursos que ajudam nosso interlocutor a compreender o conteúdo da mensagem que queremos transmitir, não é mesmo?
Por não haver essa possibilidade na linguagem escrita, utilizamos uma série de sinais gráficos ― chamados de sinais de pontuação ― que reproduzem os recursos da fala.
Apesar de existirem regras que nos auxiliam a pontuar, não é possível fixar todas as normas que envolvem o emprego dos sinais de pontuação, pois, muitas vezes, há razões de ordem subjetiva, isto é, pessoal, que determinam sua utilização. 
O estilo do autor, sua intenção e a criatividade acabam interferindo nesse aspecto, sem configurar necessariamente um erro gramatical. 
Porém, no mundo empresarial, as regras não são tão flexíveis. Dessa forma, precisamos compreender o que é aceitável e o que não é em relação à pontuação.
Veja a situação abaixo
Um homem rico estava muito mal. Antes de morrer, já com bastante dor, pediu papel e caneta, e escreveu assim:
Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres.
Com base no que o homem escreveu, descubra para quem ele deixou a sua fortuna.
Clique nas imagens para conhecer os concorrentes e escolha quem será o herdeiro.
O sobrinho, o primeiro a chegar, fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
A irmã chegou em seguida, indignada, e pontuou assim o escrito:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
O alfaiate, quando viu aquilo, copiou o original e puxou a brasa para a sardinha dele:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.
Aí, chegaram alguns pobres da cidade, amigos do defunto. Um deles, sabido, tratou de dar a versão dele:
Deixomeus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.
A verdade é que, diante da escrita do homem rico da história, não há como saber quem é o herdeiro de fato e de direito. Assim é a vida. Nós é que colocamos as pontuações. E isso faz toda a diferença.
Mas, afinal, como devo pontuar?
Se tomarmos as regras de pontuação indicadas nas melhores gramáticas de língua portuguesa e procurarmos verificar se os textos modernos as seguem, constataremos de imediato a enorme distância que vai da norma ao uso.  
De fato, os sinais de pontuação, particularmente a vírgula, têm hoje emprego bastante elástico, de difícil precisão.
Porém, não é por isso que cada um fará de um jeito. Apesar de seguir os estilos dos autores, existem algumas regrinhas básicas que devemos aplicar na hora de escrever.
Regrinhas Básicas Casos obrigatórios para o uso da vírgula: 
a) Separar elementos de mesma função (o último elemento da série dispensa a vírgula quando precedido de e, ou ou nem); 
b) Separar o aposto ou termo de valor explicativo; 
c) Separar o vocativo; 
d) Separar elementos idênticos, repetidos; 
e) Separar o adjunto adverbial deslocado (quando o adjunto adverbial é de pequena extensão, a vírgula pode ser suprimida, assim como em frases em que o adjunto adverbial é seguido de verbo com sujeito posposto); 
f) Separar o local, nas datas; 
g) Indicar a omissão do verbo ou do conectivo;
 h) Separar elementos de caráter incidental, como palavras denotativas, frases exclamativas; 
i) Destacar elementos antecipados, em pleonasmo; 
j) Distinguir o elemento explicativo do determinativo;
k) Esclarecer possível ambiguidade; 
l) Separar o anacoluto; m) Separar orações coordenadas assindéticas;
n) Separar orações coordenadas sindéticas aditivas, se o conectivo aparecer repetido, adversativas, exceto as introduzidas por mas, explicativas, conclusivas e alternativas; o) Separar orações intercaladas; 
p) Separar orações adjetivas não restritivas (ao final das orações adjetivas ocorre obrigatoriamente a vírgula para a separação de dois verbos; caso contrário, é optativa); 
q) Separar orações adverbiais, principalmente se antepostas à principal; 
r) Separar orações adverbiais reduzidas. 
Lembre-se: não se deve usar vírgula entre sujeito e verbo ou entre verbo e complemento, ressalvados os casos já expostos de elementos que se colocam entre um e outro.
Veja agora outro exemplo de problema de compreensão, causado pela falta de pontuação:
“Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria se rastejando à sua procura.”
Aqui teríamos uma questão de gênero e não só de pontuação, clique nas caixas e confira:
Pontuação feita por homens:
“Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria se rastejando à sua procura.”
Pontuação feita por mulheres:
“Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria se rastejando à sua procura.”
A vírgula
A vírgula pode ser uma pausa. Ou não.
Não, espere.
Não espere.
A vírgula pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso, só ele resolve.
Ela pode forçar o que você não quer.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode acusar a pessoa errada.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
A vírgula pode mudar uma opinião.
Não quero ler.
Não, quero ler.
UMA VÍRGULA MUDA TUDO.
Não, espere. Não acabou. Ainda falta uma reflexão para você ficar craque em pontuação.
Reza a lenda que no Pará houve um levante popular.
O comandante das forças armadas telegrafou ao Presidente da República relatando o fato e, no fim, perguntou: reajo?
O Presidente respondeu assim: 
― Não, tenha ponderações.
O telegrafista esqueceu a vírgula. Em razão disso, morreram várias pessoas.
Como vimos, a falta de entendimento linguístico pode causar muitos danos a uma organização ou até mesmo à humanidade. 
Saber se comunicar no ambiente de trabalho e em sua vida íntima é muito importante. Por isso, aproveite e comece a colocar em prática tudo o que foi aprendido nesta aula.

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