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ABECE Contribuição à análise da resistência do concreto em ESTRUTURAS EXISTENTES

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Confira matéria 
completa nas págs.14e15
Ano 16 - Nº 90 Mar/Abr 2012
Informativo da
Curso sobre 
modelagem de 
estruturas de 
edifícios
Entrevista 
com a 
arquiteta 
Lucia Basto
Artigo 
Técnico traz 
contribuição 
à análise da 
resistência 
do concreto
Acontece nas 
Regionais
NESTA EDIÇÃO
3
25
16
5
Informa
Congresso Brasileiro 
de Pontes e Estruturas
Quinta edição traz 
personalidades 
internacionais e 
nacionais para 
discutir grandes 
obras
ABECE 90.indd 1ABECE 90.indd 1 18.04.12 10:17:3518.04.12 10:17:35
2 ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
A Engenharia Estrutural nacional vive di-
fícil momento, com sucessivos colapsos 
de edifícios. Infelizmente, nossa profis-
são é pouco conhecida pela sociedade. 
Precisamos todos agir para mudar isso. 
Quando leigos me perguntam o que 
faço, digo que “projeto esqueletos de 
edifícios” e faço uma analogia entre nos-
sa estrutura óssea e as estruturas dos 
edifícios. Enfatizo que somos responsá-
veis pela segurança dos usuários dos 
edifícios, que é uma atividade de alto 
risco, na qual erros podem ser fatais. 
Como pilotos de jatos que, errando, cau-
sam dezenas de mortes. Percebo que, 
assim colocando, os interlocutores ficam 
surpresos, impressionados e passam a 
“respeitar” nossa atividade e se tornam 
nossos veiculadores.
Mas só isso não basta. Ações mais 
abrangentes, especialmente na mídia, 
são necessárias. Recentemente, concedi 
entrevista sobre o tema à Rádio CBN/CE. 
A repercussão foi extraordinária. Houve 
centenas de acessos e downloads da 
mesma na Internet. A seguir, destaco al-
guns pontos da entrevista: 
- É fundamental que as pessoas se 
conscientizem que toda obra, mesmo as 
menos importantes, necessitam de um 
Engenheiro de Estruturas. Em tom de 
blague, disse que até uma casinha de 
cachorro requer um engenheiro!; 
- O mais grave dos recentes acidentes no 
país foi o do Edifício Real Class, com 100 m
de altura e 30 pavimentos, em Belém 
(PA). Graças a Deus, ocorrido num sába-
do à tarde. Se a ruína tivesse acontecido 
em dia útil, cerca de 200 pessoas, que 
davam acabamento à obra, teriam morri-
do! Algo precisa ser feito. Como está, não 
pode continuar! Para ter a necessária se-
gurança e minimizar riscos de colapsos, 
basta que os responsáveis pelas obras 
contratem escritórios ou profissionais es-
pecializados, de comprovada experiên-
cia e capacidade. Simples, assim!; 
- Obras de pequeno porte, executadas 
por leigos e sucessivamente reformadas, 
também são preocupantes. No Rio de 
Janeiro proliferam “lajes” e “puxadinhos” 
que podem cair e ceifar vidas. Sugeri 
que, a exemplo dos defensores públi-
cos da Justiça, sejam também criados 
os “engenheiros públicos” para orientar 
adequadamente as pessoas de baixa 
renda. Na passagem do ano, com a paci-
ficação das Comunidades no RJ, “lajes” 
estavam sendo alugadas por empresas 
de turismo para estrangeiros passarem 
o réveillon! Imagine-se a repercussão 
internacional se uma “laje” dessas, com 
sobrecarga de público, desaba? Melhor 
nem pensar!;
- Reformas em edificações de grande 
porte são outro problema complexo e 
de difícil solução. Estas podem ter sido 
a causa da ruína de três prédios no cen-
tro da cidade do Rio de Janeiro, recente-
mente. O mais alto, com 20 pavimentos, 
aparece nas fotos com largura constante 
e, originalmente, ele afinava a cada dois 
pavimentos a partir do 14º. As áreas dos 
recortes foram sendo “ganhas”. O incrí-
vel é que tinham o Habite-se! Destaquei 
a importância dos síndicos nestes casos, 
pois eles sabem das reformas nos edifí-
cios e são legalmente responsáveis por 
danos causados por estas a seus pré-
dios. Estão também obrigados a exigir do 
proprietário projetos das reformas e re-
gistro no CREA. É quase impossível que 
órgãos fiscalizadores detectem reformas 
internas nos prédios. Propus uma cam-
panha nacional de conscientização dos 
síndicos de suas responsabilidades! 
Somos desconhecidos 
e precisamos agir
para mudar
Dácio Carvalho
Delegado Regional Fortaleza
2 ABECE INFORMA 90 Mar/Abr 2012
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1993 - Cj. 61
CEP 01452-001 - São Paulo - SP
Tel.: (11) 3938-9400 - Fax: (11) 3938-9407 
www.abece.com.br
abece@abece.com.br
Presidente
Eduardo Barros Millen
Vice-presidente de Relacionamento
Suely Bacchereti Bueno
Vice-presidente de Tecnologia e Qualidade
Augusto Guimarães Pedreira de Freitas
Vice-presidente de Marketing
João Alberto de Abreu Vendramini
Diretor administrativo-financeiro
Roberto Dias Leme
Diretores
Enio Canavello Barbosa, Guilherme Covas, 
Jefferson Dias de Souza Júnior, José Luiz 
V. C. Varela, José Martins Laginha Neto e 
Thomas Garcia Carmona
Conselho deliberativo
Alberto Naccache, Antonio Carlos Reis 
Laranjeiras, Antonio Carmona Filho, Bruno 
Contarini, Flávio Correia D´Alambert, 
Francisco Paulo Graziano, José Roberto 
Braguim (in memoriam), Júlio Timerman, 
Marcelo Rozenberg, Marcio Capetinga, 
Marcos de Mello Velletri, Marcos Monteiro, 
Natan Jacobsohn Levental, Nelson Covas, 
Ricardo Leopoldo e Silva França, Sônia 
Regina Freitas, Valdir Silva da Cruz e
Virgilio Augusto Ramos
Secretaria geral
Elaine C. M. Silva
ABECE Informa é uma
publicação bimestral da ABECE - 
Associação Brasileira de Engenharia
e Consultoria Estrutural
Conselho Editorial
Diretoria Executiva da ABECE
Produção Editorial e Diagramação
Prefixo Comunicação
Editora 
Rosana Córnea (MTb 17183)
Projeto Gráfico
Prefixo Comunicação (por Benê Armas)
Editorial
012
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Qualidad
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ho, Bruno
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Diagramação
17183)
(por Benê Armas)
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eiro Faria Lima, 1993 - Cj. 61
2-001 - São Paulo - SP
Fax: (11) 3938 9407Tel.: (11) 3938-94
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r
A
CEP 01
Tel : (11) 39
rigade
52
Av. Br
CCEP 01452-001
938-9400 - Fax: (1
18
ANOS
Associação Brasileira de Engenharia 
e Consultoria Estrutural
ABECE 90.indd 2ABECE 90.indd 2 18.04.12 10:17:3818.04.12 10:17:38
3ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Apresentar os diversos modelos numéri-
cos possíveis para a análise estrutural em 
estruturas de concreto, capacitando o en-
genheiro estrutural para a escolha do me-
lhor modelo para cada situação de proje-
to. Esta é a proposta do curso Modelagem 
de Estruturas de Edifícios, promovido pela 
ABECE em sua sede, em São Paulo (SP), 
nos dias 11 e 12 de maio de 2012.
O eng. Maurício dos Santos Sgarbi Goulart, 
responsável pela aplicação do curso, fará 
uma abordagem conceitual dos modelos 
e apresentará resultados da análise es-
trutural, através de exemplos reais. Serão 
tratadas as principais situações presentes 
no projeto estrutural de edifícios, adotan-
do-se desde modelos simplificados até os 
mais sofisticados, utilizando o que existe 
de mais avançado no mercado de softwa-
res para análise estrutural.
“O desenvolvimento dos sistemas compu-
tacionais aplicados à engenharia estrutu-
ral é contínuo e inevitável. É fundamental 
que o engenheiro estrutural esteja sempre 
atualizado com as novas características 
e ferramentas disponíveis nos softwares, 
explorando-as ao máximo e buscando 
analisar a estrutura através de um modelo 
matemático com melhor simulação pos-
sível dos mecanismos da estrutura real.Porém, cabe sempre ao engenheiro esco-
lher o modelo que será utilizado”, comen-
ta o eng. Sgarbi.
Engenheiro civil pela UFF (Universidade 
Federal Fluminense) e mestre em Ciên-
cias pela COPPE/UFRJ pelo Programa 
de Engenharia Civil (Área de Estruturas), 
o instrutor é sócio da CSP Projetos e 
Consultoria (Rio de Janeiro - RJ) desde 
2007, atuando na área de projetos estru-
turais de edifícios residenciais, comerciais 
e estruturas especiais, em concreto ar-
mado, protendido e estruturas pré-fabri-
cadas. É diretor da SIGMA1 Consultoria e 
Projetos, onde atua na execução e contro-
le de qualidade de projetos estruturais e 
geotécnicos nas áreas predial, industrial e 
portuária, e professor da UFF. 
O curso tem carga horária de 
16 horas e será realizado nos 
dias 11 e 12 de maio, das 8 às 
17h, na sede da ABECE, em 
São Paulo (SP). As vagas são 
limitadas. Informações sobre o 
programa, custos e inscrições 
estão no site www.abece.com.br 
– seção Eventos/Cursos. Outras 
informações podem ser obtidas 
pelo telefone (11) 3938-9400. 
ABECE promove curso sobre modelagem
de estruturas de edifícios
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4 ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
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5ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Manaus
Acontece nas Regionais
Curso sobre controle de concreto repete sucesso
Por intermédio da Delegacia Regional de 
Manaus, a ABECE promoveu, no dia 17 
de março de 2012, na sala de treinamento 
do escritório de projetos estruturais da R F 
Ribeiro da Fonseca, o curso Especificação, 
Gerenciamento e Controle de Concreto, 
ministrado pelo eng. Egydio Hervé Neto. 
Confirmando o sucesso obtido nos demais 
locais por onde já foi aplicado (Blumenau, 
Brasília e Rio de Janeiro), o curso reuniu 
mais de 20 profissionais, entre arquitetos, 
engenheiros estruturais, técnicos, tecnó-
logos e estudantes dessa área que atuam 
com projeto, execução, gerenciamento ou 
fiscalização de obras de concreto. 
Estabelecendo um conjunto de informações 
complexas e interagentes para a correta es-
pecificação do concreto ainda no projeto 
estrutural, o curso forneceu aos participan-
tes conteúdos e ferramentas que permitem 
o perfeito gerenciamento das exigências 
normativas para estruturas de concreto. 
Em seu programa, aplicado em dois mó-
dulos de quatro horas, foram contempla-
dos: exigências normativas - especifica-
ções, cronograma de obra - planejamento 
de concretagens (GECON), movimenta-
ção de escoramentos MOVESCORE) - 
controle tecnológico, documentação do 
controle - certificados e relatórios - trata-
mento de não-conformidade. 
O eng. Egydio Hervé Neto, responsável por 
ministrar o curso, é formado pela UFRGS 
(Universidade Federal do Rio Grande do 
Sul), com formação complementar em 
Tecnologia de Concreto. Atuou por mais de 
11 anos na ABCP (Associação Brasileira de 
Cimento Portland) e em diversas empresas 
de renome na área de concreto e constru-
ções (Concremat, Concretex, Forbeton, 
Supermix, Jaako Poiry e Alphageos). É con-
sultor de várias empresas de construção e 
diretor técnico da Ventuscore Tecnologia de 
Concreto, com sede em Porto Alegre (RS). 
 
 “O curso despertou grande interesse nos 
profissionais participantes, corresponden-
do às expectativas”, comenta o delegado 
regional eng. Ruy Fonseca.
Delegacia Regional Manaus
Delegado: Ruy Fernando Ribeiro da Fonseca
(92) 3584-3639
regionalmanaus@abece.com.br
Eng. Egydio Hervé Neto (à esq.) ministrou curso para mais de 20 profissionais locais
Goiânia
Cálculo de pilares de concreto armado chega a Goiás 
Delegacia Regional Goiânia
Delegado: Ricardo Veiga
(62) 3251-0242
regionalgoiania@abece.com.br
Promovido com sucesso pela ABECE 
em diversas localidades do país, o 
curso Cálculo de Pilares de Concreto 
Armado, ministrado pelo eng. Alio 
Ernesto Kimura, chega a Goiânia. Nos 
dias 18 e 19 de maio de 2012, das 8 
às 17 h, o eng. Alio abordará os princi-
pais aspectos referentes ao cálculo de 
pilares de concreto de forma prática, 
principalmente no que se refere à análi-
se das imperfeições geométricas e dos 
efeitos de 2ª ordem. 
O programa do curso contempla desde 
a visão geral até as tendências e novas 
metodologias em sua análise, ressaltan-
do os aspectos relevantes no projeto de 
pilares de edifícios. 
Engenheiro civil pela Unesp/Bauru 
(Universidade Estadual Paulista “Julio 
de Mesquita Filho”) com pós-gradu-
ação em estruturas pela EESC-USP 
(Escola de Engenharia de São Carlos da 
Universidade de São Paulo), o eng. Alio 
trabalha na TQS Informática desde 2000 
na área de desenvolvimento de siste-
mas computacionais para engenharia 
de estruturas, participa da comissão 
CT-301 responsável pela elaboração 
de comentários da NBR 6118:2003 e é 
autor do livro Informática Aplicada em 
Estruturas de Concreto Armado (Editora 
Pini, 2007). 
O curso será realizado no San Mari-
no Suíte Hotel (Rua 05, nº 1090 - Setor 
Oeste - Goiânia - GO). As vagas são limi-
tadas e é necessário um número mínimo 
de 25 participantes para sua realização. 
O investimento é de R$ 300,00 (associa-
dos ABECE e estudantes) e R$ 550,00 
(demais profissionais). As inscrições po-
dem ser feitas no endereço www.abece.
com.br/web/cursos/inscricao.asp. Outras 
informações podem ser obtidas por in-
termédio do telefone (11) 3938-9400 ou 
e-mail associadoabece@abece.com.br.
ABECE 90.indd 5ABECE 90.indd 5 18.04.12 10:17:4218.04.12 10:17:42
6 ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
PR/Norte
Acontece nas Regionais
Palestras técnicas contribuem para 
enriquecer conhecimento
Grande fluidez e alta trabalhabilidade 
são características marcantes do con-
creto auto-adensável (CAA). Devido às 
suas propriedades, ele é capaz de pre-
encher os espaços vazios das formas, 
envolvendo as armaduras, sem perda 
da estabilidade. Com a significativa re-
dução de custos dos insumos, com o 
avanço tecnológico e o domínio dos mé-
todos de dosagem e preparação, este 
tipo de concreto vem ganhando grande 
impulso junto aos construtores na exe-
cução de estruturas.
Para falar sobre suas vantagens técni-
cas, construtivas e econômicas em com-
paração aos concretos convencionais, o 
delegado adjunto da Delegacia Regional 
da ABECE em Belo Horizonte, eng. 
Flávio Renato Capuruço, foi convidado 
pela MC Bauchemie para proferir pales-
tra, no dia 26 de abril de 2012, na UFMG 
(Universidade Federal de Minas Gerais). 
Nesta oportunidade, o eng. Ubirajara Alvim 
Camargos, associado da ABECE, falará 
sobre as vantagens deste tipo de concreto 
quanto à durabilidade e vida útil das estrutu-
ras, além de outros benefícios na utilização 
do CAA sob o ponto de vista dos projetistas.
“Como parte de nossas atividades, par-
ticipei também, no dia 28 de março, da 
reunião da CIC/FIEMG, na qual foram 
debatidos importantes assuntos ligados 
à construção civil, tais como novos inves-
timentos, novas obras, situação atual da 
economia, projeções etc.”, comenta o de-
legado adjunto. 
Por intermédio do eng. Roberto Bu-
chaim, delegado regional PR/Norte, a 
ABECE está participando da reativa-
ção da Câmara de Estruturas do CEAL 
(Clube de Engenharia e Arquitetura de 
Londrina).
A primeira reunião com este propósi-
to foi realizada no dia 6 de março de 
2012 e contou com a presença do pre-
sidente do CEAL Nilton Capucho e dos 
calculistas Helton Genare, Alexandre 
Aching, Valdir B. Zerbinati e Gustavo 
Berti, além do eng. Roberto Buchaim.
“Neste encontro, decidiu-se por re-
ativar a área de Estruturas do CEAL 
e para atrair os engenheiros de pro-
jeto/cálculo foi sugerido, entre outras
medidas, que a ABECE promovesse 
uma palestra sobre um tema de amplo 
interesse da categoria”, relata o dele-
gado.
A proposta já foi apresentadaà sede 
nacional, em São Paulo (SP), e o tema 
e palestrantes estão sendo fechados 
conjuntamente. “No momento, aqui 
em Londrina, há grande interesse por 
assuntos ligados à norma de incên-
dio, interação solo-estrutura, à área 
de pré-moldados e estruturas mistas”, 
comenta o eng. Buchaim.
ABECE participa da reativação da Câmara
de Estruturas do CEAL
Delegacia Regional Belo Horizonte
Delegado: Antonio César Capuruço
(31) 3296-5889
regionalbh@abece.com.br
Delegacia Regional PR/Norte
Delegado: Roberto Buchaim
(43) 3325-5685
regionalprnorte@abece.com.br
Belo Horizonte
ABECE 90.indd 6ABECE 90.indd 6 18.04.12 10:17:4218.04.12 10:17:42
7ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1993 - Cj. 61
CEP 01452-001 - São Paulo - SP
Tel.: (11) 3938-9400 - Fax: (11) 3938-9407
www.abece.com.br - abece@abece.com.br
Associação Brasileira de 
Engenharia e Consultoria Estrutural
18
ANOS
Conheça
Há 18 anos, a ABECE vem
lutando para mostrar que a quali-
dade, a economia e a segurança 
das edificações dependem de
um bom projeto estrutural.
E que um bom projeto deve ser 
produzido por um qualificado 
engenheiro de estruturas.
Contar com profissionais habili-
tados para garantir segurança é 
um direito de todo cidadão.
Valorizar este profissional, 
mostrando à sociedade a
importância do seu trabalho,
é, e sempre será, a grande
missão da ABECE. 
Você não calcula o
quanto estamos 
presentes na sua vida
ais habili-
urança é
dão.
nal,
e a
balho,
nde
Completar 18 anos e 
tirar a famosa Carteira 
Nacional de Habilitação 
(CNH) foi a realização 
de um sonho de muitas 
gerações com cheiro de 
vitória e o vislumbrar de 
caminhos infindos, nunca 
dantes percorridos... 
Completar 18 anos e 
tirar a famosa Carteira 
Nacional de Habilitação 
(CNH) foi a realização 
de um sonho de muitas 
gerações com cheiro de 
vitória e o vislumbrar de 
caminhos infindos, nunca 
dantes percorridos... 
ABECE 90.indd 7ABECE 90.indd 7 18.04.12 10:17:4318.04.12 10:17:43
Sistemas computacionais integrados e suas 
inovações em análise estrutural 
As apresentações dos encontros mensais 
estão disponibilizadas no site da ABECE -
www.abece.com.br - seção Eventos/Encontros 
Mensais. A gravação da transmissão on-line 
está na área restrita aos associados.
8 ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
O encontro mensal de fevereiro, realiza-
do na última quarta-feira do mês (dia 29),
na sede da ABECE, em São Paulo (SP), 
trouxe como convidado o eng. Maurício 
dos Santos Sgarbi Goulart para proferir 
a palestra Sistemas computacionais in-
tegrados e suas inovações em análise 
estrutural: aplicação em projetos.
Nos dias de hoje, é fundamental que o 
engenheiro estrutural esteja sempre atu-
alizado com as novas características e 
ferramentas disponíveis nos softwares, 
explorando-as ao máximo e buscando 
analisar a estrutura através de um mode-
lo matemático que represente ao máximo 
o funcionamento real da estrutura. 
No entanto, quando aparecem situações 
que não são adequadamente equaliza-
das pelo programa, o profissional pre-
cisa conhecer as principais premissas, 
hipóteses e condições adotadas pelos 
softwares na análise estrutural e, prin-
cipalmente, as suas limitações e cuida-
dos. O grau maior de sofisticação impli-
ca em respostas mais complexas, o que 
requer maior investimento nesta etapa 
de análise.
Para tratar dessas possíveis situações, o 
palestrante fez uso de explanações dos 
métodos de cálculo adotados desde a 
régua de cálculo aos programas integra-
dos que são utilizados hoje que conside-
ram a contribuição da laje nos pórticos e 
na estabilidade global.
Diversas vezes foi manifestada a preo-
cupação de que, quanto mais refinado 
o modelo, maior a necessidade de inte-
ração com o profissional e, desta forma, 
maior a exigência de embasamento des-
te profissional.
Também foi comentado sobre as ca-
racterísticas dos edifícios cada vez 
mais complexos e altos que acabam 
por exigir este refinamento de modelo 
e de uma análise cuidadosa de enge-
nharia.
“Isto nos faz pensar se esta necessidade 
de desenvolvermos cada vez mais a en-
genharia dentro dos nossos escritórios, 
investindo em intensivos treinamentos 
(complementando a universidade e for-
mando engenheiros de estruturas), com-
bina com as práticas do preço baixo e 
da “captura” de profissionais de escritó-
rios formados”, comenta o eng. Augusto 
Guimarães Pedreira de Freitas, vice-pre-
sidente de Tecnologia e Qualidade e co-
ordenador dos encontros mensais.
Engenheiro civil pela UFF (Universidade 
Federal Fluminense) e mestre em 
Ciências pela COPPE/UFRJ pelo 
Programa de Engenharia Civil (Área de 
Estruturas), o eng. Maurício Sgarbi é só-
cio da CSP Projetos e Consultoria (Rio 
de Janeiro - RJ) desde 2007, atuando na 
área de projetos estruturais de edifícios 
residenciais, comerciais e estruturas es-
peciais, em concreto armado, protendi-
do e estruturas pré-fabricadas. É diretor 
da SIGMA1 Consultoria e Projetos, onde 
atua na execução e controle de qualida-
de de projetos estruturais e geotécnicos 
nas áreas predial, industrial e portuária. 
Presidente da ABECE, eng. Eduardo B. Millen (à esq.) abriu o evento apresentando o eng. Mauricio Sgarbi, palestrante
Cerca de 50 profissionais acompanharam a palestra do eng. Sgarbi na sede da ABECE
ABECE 90.indd 8ABECE 90.indd 8 18.04.12 10:17:4518.04.12 10:17:45
9ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Vencedor do IX Prêmio Talento Engenharia 
Estrutural na categoria Edificações, o 
Edifício Infinity Tower, localizado na ca-
pital paulista, e seu desafiador projeto 
estrutural foram tema das palestras pro-
feridas pelos engenheiros Eduardo José 
Portella da Costa e José Luiz V. C. Varela 
no dia 28 de março de 2012, na sede da 
ABECE, em São Paulo (SP). 
As duas fachadas laterais curvas e a fa-
chada frontal com dupla inclinação para 
fora e para dentro causam a impres-
são de uma proa de navio. Arquitetura 
diferenciada e projeto arrojador 
somam-se à proposta de susten-
tabilidade, pois o Infinity Tower 
pretende obter a certificação 
ouro do Leadership in Energy and 
Environmental Design (LEED) de-
vido aos seus recursos de apro-
veitamento da iluminação natural, circu-
lação interna de ar, fontes alternativas 
para geração e economia de energia e 
concepção de paisagismo e áreas ver-
des proporcionais ao tamanho do em-
preendimento.
Aspectos gerais do terreno e todo o 
projeto de fundações foram detalha-
dos pelo eng. Portella, sócio diretor do 
escritório Portella Alarcon Engenheiros 
Associados.
A estrutura do edifício é de concreto 
armado, sendo que a parte frontal leva 
concreto protendido onde os pilares se 
inclinam e geram vigas de grandes vãos 
e na sacada, que tem 3,65 m de exten-
são.
Detalhes sobre as principais soluções 
adotadas e sobre a execução dos pilares 
inclinados, das vigas que os interligam 
e dos pavimentos foram apresentados 
nas palestras proferidas pelos profissio-
nais do Escritório Aluízio A. M. d´Avila & 
Associados, empresa responsável pelo 
projeto estrutural do Infinity Tower.
Os encontros mensais com as regionais 
linkadas para acompanhar as palestras 
já se tornaram tradição e começam a ser 
um evento esperado por profissionais de 
diversos locais para discussões de ideias 
e buscas por novas ações.
No dia 29 de fevereiro de 2012, nove 
delegacias regionais acompanharam a 
transmissão on-line da palestra do eng. 
Mauricio Sgarbi (PR/Norte, Natal, Belém, 
Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Manaus, 
Recife e Rio de Janeiro). 
Em 28 de março, as delegacias regio-
nais PR/Norte, Goiânia, Natal, Belém e 
Manaus conectaram-se para assistir à 
palestra dos engenheiros Eduardo José 
Portella da Costa e José Luiz V.C.Varela 
sobre o projeto estrutural do EdifícioInfinity Tower. Aproveitaram, na ocasião, 
para acompanhar, em primeira mão, a 
assinatura do convênio da ABECE com a 
Alconpat - Associación Latinoamericana 
de Control de Calidad, Patologia y 
Recuperación de la Construcción (ver 
matéria na página 11).
Regionais on-line
Em destaque, o projeto estrutural do Infinity Tower 
Engenheiros Eduardo Portella da Costa (à esq.) e José Luiz V.C.Varela (à dir.) ministraram palestras para cerca de 40 profissionais
Engenheiros e estudantes da UEL (Universidade Estadual de Londrina) assistiram ao encontro de 29 de fevereiro
por intermédio da Delegacia Regional PR/Norte
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A Abcic (Associação Brasileira de 
Construção Industrializada de Concreto) 
e a Comissão 6 de Pré-fabricados da 
federação internacional do concreto 
(fib) realizaram com muito sucesso o 
Seminário Latino Americano de Projeto 
e Aplicações de Estruturas de Concreto 
Pré-Fabricado, no dia 14 de março de 
2012. 
Mais de 150 profissionais prestigiaram 
o evento, sediado no Rio de Janeiro 
(RJ), e enriqueceram o debate sobre as 
melhores práticas adotadas na Europa, 
Estados Unidos e Brasil, apresentando 
importantes aspectos conceituais de 
projeto e expondo como este método 
construtivo está mitigando os gargalos 
da construção civil.
Palestrantes de renome nacional e in-
ternacional representando o meio aca-
dêmico e o mercado, dentre eles Arnold 
Van Acker, da Bélgica, Marco Menegot-
to, da Itália, Hugo Corres, da Espanha, 
David Fernándéz, também Espanha, Ja-
mes Toscas, dos Estados Unidos, Larbi 
Sennour, dos Estados Unidos e Marcelo 
Ferreira, do Brasil, apresentaram impor-
tantes temas, como cargas acidentais, 
sismos, sustentabilidade, estruturas 
mistas e também cases, como o Estádio 
do Itaquerão e obras de infraestrutura.
Publicação
A riqueza da programação do evento 
teve outro marco importante como o 
lançamento do livro “Estruturas Pré-
Moldadas no Mundo - Aplicações e 
Comportamento Estrutural”, sob a co-
ordenação de Carlos Chastre e Válter 
Lúcio. 
A publicação reúne 14 artigos redigidos 
por membros da Comissão 6 da fib que 
contribuíram com suas experiências em 
diferentes países e foi viabilizada numa 
iniciativa integrada da Abcic e da ANIPB 
(Associação Nacional dos Industriais de 
Pré-fabricação em Betão), que repre-
sentam a pré-fabricação em concreto 
no Brasil e em Portugal, respectivamen-
te, e que foram apoiadas pela fib. 
Para a presidente executiva da Abcic, 
Íria Doniak, e também autora colabora-
dora da edição, “disponibilizar informa-
ções neste nível e em língua portuguesa 
é essencial para a difusão do conheci-
mento da tecnologia da pré-fabricação 
em concreto no país”.
Participação da ABECE
A ABECE esteve representada por seu 
presidente eng. Eduardo Barros Millen, 
que integrou a mesa de abertura do 
evento. Millen ressaltou a importân-
cia da ação integrada da Abcic e da 
ABECE, que em dezembro de 2007 as-
sinaram convênio que restabeleceria o 
grupo nacional junto à fib e hoje tem 
possibilitado importantes ações como 
o Seminário Latino Americano de Pré-
Fabricação, entre outras importantes 
atividades das quais as entidades têm 
participado ativamente.
O presidente acompanhou toda a pro-
gramação do seminário e participou, 
no dia 15, da visita técnica à fábrica 
da Cassol Pre-Fabricados. No dia se-
guinte, foi convidado para a reunião da 
Comissão C6 - Prefabricados, Grupo 
6.1- Lajes Alveolares e convidado a ser 
membro correspondente.
Projetos e aplicações de estruturas de concreto
pré-fabricado são debatidos em seminário
Da esq. p/dir. Profa. Lídia Shehata (UFRJ – UFF), deputada fib pela ABECE, Hugo Corres (presidium fib), Marco Menegotto (coordenador da Comissão de Pre-fabricados fib), 
Eduardo Barros Millen (presidente da ABECE), Íria Doniak (presidente da Abcic) e Carlos Gennari (presidente do Conselho da Abcic)
10 ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
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A ABECE e a Alconpat (Associación 
Latinoamericana de Control de Calidad, 
Patologia y Recuperación de la Cons-
trucción) firmaram um convênio de par-
ceria para divulgação de conhecimento 
tecnocientífico na área.
O documento foi assinado entre as partes 
no dia 28 de março de 2012, na sede da 
ABECE, em São Paulo (SP), na abertura 
do encontro mensal tradicionalmente pro-
movido pela entidade. 
A Alconpat nasceu na Espanha, em 1985, 
com o objetivo de reunir profissionais 
de toda a comunidade latino-americana 
relacionados com a construção e seus 
materiais com ênfase na gestão da qua-
lidade, na patologia e na recuperação 
das construções. Um de seus fundado-
res e idealizadores é o Eng. Dr. Antonio 
Carmona, que assinou o convênio na 
sede da ABECE representando o presi-
dente internacional da entidade, Prof. Dr. 
Paulo Helene.
Atualmente, a enti-
dade congrega 16 
países e possui uma 
secretaria internacio-
nal no México, uma 
presidência no Brasil 
e uma sede brasilei-
ra em Porto Alegre. 
O presidente da 
Alconpat Brasil é o 
Prof. Dr. Bernardo Tu-
tikian e o vice-presi-
dente é o Eng. M.Sc. 
Thomas Garcia Car-
mona, diretor da 
ABECE e um dos ar-
ticuladores do convê-
nio ora firmado entre 
as duas entidades.
Desde 1991, a Alconpat promove,
bienalmente, o Congreso Latinoame-
ricano de Patologia de la Construcción 
Y Congreso de Control de Calidad en la 
Construcción. Por intermédio do con-
vênio firmado entre as partes, os anais 
produzidos nos referidos eventos pas-
sam a ser disponibilizados à ABECE, 
que escolherá artigos de interesse
para publicação na forma de e-Artigos.
Além disso, os associados de ambas as 
entidades gozarão dos mesmos descon-
tos nos eventos organizados por elas.
ABECE e Alconpat firmam convênio
Convênio foi assinado pelo eng. Dr. Antonio Carmona (à esq.), um dos fundadores da 
Alconpat, e eng. Eduardo Barros Millen, presidente da ABECE
Seminário e minicurso sobre projeto de estruturas de 
concreto em situação de incêndio
No dia 16 de maio de 2012, a ABECE 
promove, em São Paulo (SP), um semi-
nário e um minicurso sobre projeto de 
estruturas de concreto em situação de 
incêndio.
O minicurso será ministrado pelo Prof. 
Dr. Valdir Pignatta e Silva, da Escola 
Politécnica da Universidade de São 
Paulo, e abordará conceitos e os no-
vos procedimentos incluídos na ABNT 
NBR 15200:2012 Projeto de estruturas 
de concreto em situação de incêndio – 
Procedimento.
Análise experimental de concreto a al-
tas temperaturas será o tema aborda-
do pelo Prof. Dr. Armando Lopes Jr., 
da Unicamp (Universidade Estadual 
de Campinas), na palestra de abertu-
ra do evento. Após o almoço, será a 
vez do eng. Júlio Portella Montardo, da 
Neomatex, falar sobre o uso de fibras 
poliméricas em concreto submetido a 
altas temperaturas. 
Para encerrar o evento, o eng. Alio 
Kimura, da TQS Informática, foi convida-
do para apresentar a aplicação via com-
putacional da nova norma NBR 15200. 
O Seminário/Minicurso será realiza-
do, das 8 às 18h, na sede da ABCP 
(Associação Brasileira de Cimento 
Portland), que fica na Av. Torres de 
Oliveira, 76 - Jaguaré - São Paulo - 
SP. 
As vagas são limitadas e as inscrições, 
que custam R$ 100,00 para associados 
da ABECE e R$ 150,00 para não asso-
ciados, podem ser feitas por intermédio 
do site da ABECE (www.abece.com.br 
– Eventos/Cursos).
Outras informações podem ser obtidas 
pelo telefone (11) 3839-9400 ou pelo e-
mail eventos_abece@abece.com.br.
11ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
ABECE 90.indd 11ABECE 90.indd 11 18.04.12 10:17:4818.04.12 10:17:48
12 ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Normas
No dia 30 de março de 2012, foi insta-
lada pela ABNT (Associação Brasileira 
de Normas Técnicas) a CE 02:124.15- Comissão de Estudo de Estruturas de 
Concreto - Projeto e Execução que irá re-
visar a NBR 6118 Projeto de estruturas de 
concreto - Procedimento.
A reunião de instalação da Comissão 
aconteceu na sede da ABCP (Associação 
Brasileira de Cimento Portland) e foi aberta 
pelo presidente da ABECE eng. Eduardo 
Barros Millen, que ressaltou a importância 
do avanço conquistado com a formação 
desta comissão e da necessidade da par-
ticipação de todos os envolvidos para a 
obtenção do melhor resultado possível na 
revisão de tão importante Norma. 
Profissionais de diversas localidades, 
como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 
Salvador, Londrina, Chapecó, Santos, 
Maringá, entre outras, marcaram presen-
ça na reunião.
O CB-02, ao qual a comissão instalada 
está subordinada, foi apresentado pelo 
superintendente Paulo Campos e, em 
seguida, por unanimidade, foram escolhi-
dos os engenheiros Suely B. Bueno, vice-
presidente de Relacionamento da ABECE, 
como coordenadora da CE 02:124.15, e 
Alio Ernesto Kimura como secretário.
A ABECE vem trabalhando intensamen-
te no processo de revisão da NBR 6118. 
Em outubro de 2011, durante a realiza-
ção do 14º ENECE - Encontro Nacional 
de Engenharia e Consultoria Estrutural, 
foi entregue a todos os participantes, 
pela eng. Suely B. Bueno, então coorde-
nadora da comissão especial da ABNT 
de revisão da norma, um CD-ROM com 
o texto-base.
Na ocasião, a engenheira apresentou as 
principais alterações que estavam sendo 
feitas no texto de revisão da Norma e con-
vidou todos os presentes e interessados a 
analisar os itens polêmicos que estavam 
em questão na revisão e atualização da 
Norma. 
“A partir da instalação da Comissão que 
acaba de ser efetivada, serão realizadas 
reuniões programadas e contínuas, onde 
estão representados todos os envolvidos 
com o assunto a ser normalizado e onde 
eles possam, em nível nacional, discutir e 
estabelecer por consenso, regras, diretri-
zes ou características para a revisão da 
NBR 6118”, enfatiza a coordenadora da 
CE 02:124.15.
Instalada comissão de estudo para revisão da NBR 6118
Norma de paredes de concreto moldada in loco é aprovada
A norma elaborada pela CE 02:123.05 
(Comissão de Estudo de Parede de 
Concreto) do Comitê Brasileiro da 
Construção Civil (ABNT/CB-02), voltada 
para edificações construídas em parede 
de concreto moldada in loco, foi aprova-
da no dia 29 de fevereiro de 2012, enca-
minhada à ABNT para revisão final e será 
publicada em breve. 
A partir de agora, este sistema construti-
vo que seguia diretrizes do Sinat (Sistema 
Nacional de Aprovações Técnicas), pas-
sa a ser guiado pela norma da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Téc-
nicas), contribuindo para a expansão des-
sa tecnologia no Brasil.
Sob a liderança da ABCP (Associação 
Brasileira de Cimento Portland), soman-
do conhecimentos gerados pelo Grupo 
Paredes de Concreto, constituído em 
2007 e no qual a ABECE esteve represen-
tada pelo vice-presidente de Tecnologia e 
Qualidade Augusto Guimarães Pedreira 
de Freitas e pelo diretor Jefferson Dias 
de Souza Júnior, em apenas oito meses 
o texto-base da Norma foi consolidado e 
colocado em consulta nacional, receben-
do mais de 100 votos de aprovação.
Com o objetivo de facilitar e definir cri-
térios para a utilização da solução em 
paredes de concreto moldadas in loco, 
a Norma aborda os requisitos gerais 
para qualidade dessas estruturas, como 
propriedade de materiais, limites para 
dimensões, deslocamentos e aberturas 
de fissuras, análise estrutural, dimensio-
namento, tomada como base, prioritaria-
mente, a NBR 6118.
A norma se aplica somente às paredes 
submetidas à carga axial, com ou sem fle-
xão, concretadas com todos os elementos 
que farão parte da construção final, tais 
como detalhes de fachada (frisos, rebai-
xos), armaduras distribuídas e localizadas, 
instalações (elétricas e hidráulicas), quan-
do embutidas e considera as lajes incor-
poradas ao sistema por solidarização com 
as paredes, tornando o sistema monolítico 
(funcionamento de placa e membrana).
“A aprovação da Norma foi muito impor-
tante tanto para os projetistas estruturais 
como para as construtoras. Por não ter-
mos uma norma brasileira, estávamos 
dependentes dos critérios estrangeiros. 
Para as construtoras, a normalização das 
paredes de concreto encurta significativa-
mente a burocracia e, consequentemente, 
o tempo de aprovação de projetos com 
essa solução”, comenta o eng. Jefferson 
Dias de Souza Júnior.
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13ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Novos associados
Duas empresas do ramo da construção 
civil acabam de se tornar associadas 
colaboradoras da ABECE: a Coplas 
Indústria de Plásticos e a Saint-Gobain 
do Brasil Produtos Industriais e para 
Construção.
Instalada em Mauá (SP), a Coplas atua no 
mercado desde 1991 com o objetivo de 
entender as necessidades da indústria da 
construção, conhecer as tendências e os 
processos de fabricação para desenvolver 
as melhores soluções para cobrimento de 
concreto, através de seus distanciadores 
plásticos e acessórios.
Seus produtos atendem todas as fases da 
obra e estão disponíveis nos cobrimen-
tos previstos na NBR 6118 e 9062 para 
diversas bitolas de aço, contribuindo no 
desempenho (NBR 15575) e segurança 
da obra (NR 18). O Sistema de Gestão 
da Qualidade da Coplas é certificado 
desde 2001 conforme a norma NBR ISO 
9001:2008.
Mobilizada com a ascensão da sustenta-
bilidade na esfera corporativa, a Coplas 
colabora no âmbito ambiental (99,9% 
dos produtos são fabricados com ma-
téria-prima parcialmente reciclada e 
os resíduos gerados na fabricação são 
reincorporados no processo, sendo que 
todos os produtos plásticos da Coplas 
são recicláveis), e no âmbito social (pa-
trocínio a programas de responsabilida-
de social, através do apoio cultural de li-
vros e eventos, onde a renda arrecadada 
é destinada a trabalhos sociais com as 
crianças carentes).
Empresa da Weber Saint-Gobain e com 
mais de 30 anos de atuação, a Anchortec, 
tradicional fabricante de impermeabilizan-
tes, é especializada no fornecimento de 
produtos químicos para construção civil. 
Posicionada entre as três maiores empre-
sas do mercado nacional de revestimen-
tos e reparos de pisos, a Anchortec conta 
com uma unidade industrial em Mogi das 
Cruzes (SP), além do apoio fabril e logís-
tico das 14 fábricas e 10 centros de distri-
buição da Weber Saint-Gobain no Brasil.
A partir de agora, além de sua experti-
se em ministrar tecnologias inovadoras 
para a construção civil, as soluções de-
senvolvidas pela Anchortec consolida-
rão a ampliação do mix de argamassas 
técnicas quartzolit, configurando uma 
completa linha de impermeabilizantes, 
com produtos adequados para cada 
tipo de necessidade.
Coplas e Saint-Gobain são as
novas associadas colaboradoras
Nome Categoria Cidade/ Estado 
Fhecor do Brasil Engenharia Efetivo Curitiba/PR
Eduardo Alves de Oliveira Gomes Efetivo Recife/PE
Jair José dos Santos Gomes Efetivo Macapá/AP
VM Garcia Engenharia Estrutural SS Ltda. Efetivo Londrina/PR
Gilberto Pessoa Filho Efetivo São Paulo/SP
Fábio Pessoa da Silva Nunes Aspirante Brasília/DF
Profissionais oriundos das cinco regiões 
do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, 
Sudeste e Sul), tornaram-se associados 
da ABECE, impulsionando o crescimento 
da entidade. A lista completa dos 
associados pode ser conferida no site 
www.abece.com.br – seção Associados e 
Colaboradores.
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14 ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Capa
A quinta edição do Congresso Brasileiro 
de Pontes e Estruturas, promovido 
pela ABECE e pela ABPE (Associação 
Brasileira de Pontes e Estruturas) de 
6 a 8 de junho de 2012, traz intensa 
programação com presenças interna-
cionais e nacionais em palestras que 
serão acompanhadas por mais de 
250 participantes de todo o país.
O objetivo do evento, aberto a todos 
os profissionais e estudantes de 
Engenharia que queiram discutir, 
inovar e atualizar conhecimentos 
na área de engenharia de estrutu-
ras, é divulgar trabalhos de pes-
quisa e de aplicação sobre o tema 
Soluções Inovadoras para Projeto, 
Execução e Manutenção. 
Edifícios super-altos
A grande novidade desta edição 
é a presença de profissionais 
internacionais responsáveis por 
projetar e executar alguns dos 
mais altos edifícios do mundo, 
enriquecendo a programação. 
Já está confirmada a palestra do eng. 
Dennis C. K. Poon, P.E., vice-presiden-
te da Thornton Tomasetti, empresa de 
consultoria em engenharia estrutural, 
com sede em Nova Iorque (Estados 
Unidos) e escritórios em todo o mundo. 
É responsável por muitas das estrutu-
ras mais altas do mundo, incluindo as 
Petronas Towers (em Kuala Lumpur, 
capital da Malásia), e Taipei 101(em 
Taipei, capital de Taiwan). 
As Torres Petronas são um conjunto de 
arranha-céus ocupado pela companhia 
Petronas, a companhia governamental 
do petróleo do país. Foi concluído em 
1998 e tem 88 andares, que alcançam 
452 m de altura (1.483 pés). As torres 
foram configuradas por estrutura de 
aço e vedação em vidro, desenhadas 
de forma a lembrar motivos encontra-
dos na arte islâmica. A estrutura, que 
consiste em dois tubos cilíndricos liga-
dos por uma conexão localizada no 42º 
andar dos edifícios, é suportada por 16 
pilares que rodeiam a base de cada an-
dar. Cada edifício possui uma planta de 
formato de estrela, com oito pontas e 
oito lóbulos.
O Taipei 101 está localizado em uma 
zona de fortes tufões e ações sísmi-
cas. Em 2004, bateu o recorde mun-
dial de altura, com 101 andares e 508 
Projeto e execução dos mais altos edifíc
são destaques do V Congres
Burj Kkalifa Willis Tower Taipei 101 Petronas Tower Empire State BuildingWilli T T i i 101 P t T E i St t B ildiB j Kk lif
828 m (2717 ft) 
 527 m (1729ft)
 508 m (1667 ft)
 452m (1486 ft) 
 449 m (1472 ft)
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15ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Capa
m. Foi superado pelo megaedifício Burj 
Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, 
em 2010. Um núcleo central que es-
tende treliças ao seu redor - segurados 
pelas estruturas horizontais a cada oito 
andares - ao longo do edifício, garante 
a sua estabilidade. O complexo é com-
posto por duas torres de 101 andares 
acima do solo, cinco andares subter-
râneos e capacidade para 12 mil pes-
soas).
Os edifícios Wuhan Greenland Tower 
(com 606 m de altura) e o Jakarta 
Signature Tower (com 608) também se-
rão abordados na palestra já confirmada 
“Design of Super Highrise Buildings”.
Pontes monumentais
Os projetos da ponte sobre o rio Sava, 
em Belgrado (Servia) e o The Forth 
Replacemente Crossing, em Edinburg, 
na Escócia, ambos desenvolvidos pelo 
escritório alemão Leonhardt, Andrä und 
Partner (Sttugart, Alemanha) com Karl 
Humpf e Siegfried Hopf, também serão 
abordados no Congresso. 
O escritório fundado pelo Prof. Leonhardt 
dispensa apresentações. Esta palestra 
apresentará duas estruturas monumen-
tais, uma recentemente aberta e outra 
em construção, na Europa. 
Eurocódigos em português
Uma equipe do LNEC, Laboratório 
Nacional de Engenharia Civil, de Lisboa, 
participará do Congresso. O presidente 
desta renomada instituição, Carlos Pina, 
e o pesquisador Luis Oliveira Santos 
apresentarão a versão completa dos 
Eurocódigos em português, tornando 
disponível, em nosso idioma, uma vasta 
bibliografia de referência sobre o projeto 
de estruturas de concreto, aço, mistas, 
madeira, alvenaria e alumínio, e também 
projeto geotécnico e projeto de estrutu-
ras em regiões sísmicas.
Outros palestrantes internacionais, como 
José Romo Martin (Madrid, Espanha), 
Paolo Franchetti (Padova, Itália) e Ralf 
Armann (Hamburg, Alemanha), e na-
cionais, como Benjamin Ernani Diaz, 
Catão Francisco Ribeiro, Ilo Dias Borba 
da Costa, Júlio Timerman, Martin Beier, 
Ronaldo Carvalho Battista, Rui Nobhiro 
Oyamada e Vicente Garambone já con-
firmaram participação no evento. 
Será também apresentado um grande 
número de trabalhos de excelente quali-
dade técnica-científica, submetidos por 
profissionais e pesquisadores de todo o 
Brasil e do exterior.
O evento será realizado no Hotel 
Pestana, que fica na Av. Atlântica, 2964 
- Copacabana - Rio de Janeiro (RJ). As 
inscrições estão abertas e associados 
da ABECE têm desconto. Informações 
sobre a programação e as inscrições 
podem ser obtidas no site http://www.
abpe.org.br/cbpe2012.
ifícios do mundo e de grandiosas pontes
gresso de Pontes e Estruturas
ABECE 90.indd 15ABECE 90.indd 15 18.04.12 10:17:5218.04.12 10:17:52
16 ABECE INFORMA 90 - Mar/Abr 2012
Engenheiro civil pela EPUSP (Escola Politécnica 
da Universidade de São Paulo), especialista 
em “Patologia de las Construcciones” pelo Inst. 
Eduardo Torroja em Madri, Espanha. Mestre e 
Doutor em Engenharia, com pós-doutorado na 
Univ. da Califórnia, em Berkeley. Prof. livre-docente 
e prof. titular da USP, educador, pesquisador 
renomado e respeitado consultor. Em 2002, bateu 
o recorde mundial de concreto colorido de alta 
resistência que alcançou resistência média de 
125MPa em corpos de prova cilíndricos, na obra 
do e-Tower em S.Paulo. Orientou, nos últimos anos, 
mais de 40 dissertações de mestrado e 27 teses 
de doutoramento, já concluídas. Autor de 8 livros 
publicados no exterior, 3 livros no Brasil e tradutor de 
outros 3. Está classificado no sistema internacional 
ISIS Web of Knowledge como pesquisador categoria 
H6. Presidiu o Ibracon (Instituto Brasileiro do 
Concreto) por duas gestões e representou o Brasil 
como Deputy Chairman e membro da Comission 
5 Service Life da fib (Federation Internationale du 
Béton, ex-CEB.FIP). Atualmente é conselheiro 
permanente do Ibracon, presidente da Alconpat 
Internacional (Asociación Latino Americana de 
Control de Calidad, Patología y Recuperación de la 
Construcción) e diretor da PhD Engenharia.
Contribuição à análise da resistência do concreto em 
estruturas existentes para fins de avaliação da segurança
Paulo Helene
INTRODUÇÃO
Trata-se de discutir a complexa problemática de medida e ava-
liação da resistência do concreto em estruturas acabadas ou 
existentes, ou seja, em estruturas ou componentes estruturais já 
moldados in loco ou pré-fabricados, em obras em construção ou 
construídas há anos, para fins de verificação da segurança.
Com base na revisão dos conceitos de introdução da segurança no 
projeto das estruturas de concreto discutida pelo Prof. Fusco (ABE-
CE Informa, ano 16, n. 89, jan.fev.2012, p. 12) apresenta-se uma sín-
tese da revisão bibliográfica dos procedimentos recomendados por 
normas internacionais consagradas e respeitadas no Brasil.
Na sequência, a partir de resultados experimentais obtidos em te-
ses de doutoramento na Escola Politécnica da USP e outras dis-
cute-se a ordem de grandeza da influência de certas variáveis ale-
atórias principais.
A questão do crescimento da resistência com a idade e do decrés-
cimo dessa resistência com a carga de longa duração, conhecido 
no país por efeito Rüsch,também são abordados.
Conclui-se propondo um procedimento adequado de obtenção do 
fck,equivalente a ser utilizado para fins de revisão da segurança do pro-
jeto estrutural. Demonstra-se a importância e conveniência conceitual 
de separar o problema em duas análises: uma relativa à tecnologia 
do concreto e outra relativa à verificação da segurança da estrutura.
A avaliação da resistência do concreto em estruturas existentes pode 
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ser necessária por diversas razões que determinam diferentes esco-
pos de trabalho, conforme apresentado na Quadro 1.
Este artigo pretende discutir apenas o primeiro aspecto, ou seja, 
quando o controle de recebimento (ABNT NBR 12655:2006) realizado 
em obra nova, indicou que fck,est < fck e portanto é necessário en-
contrar qual o novo fck para revisão de projeto sob o ponto de vista 
da verificação da segurança estrutural.
Em última instância trata-se de transformar o resultado da resistência 
do concreto medida através de testemunhos, fck,ext,j ensaiado numa 
idade j dias, num valor equivalente ao da resistência característica do 
concreto à compressão, fck especificada no projeto estrutural, para via-
bilizar o emprego do mesmo método4 de introdução da segurança no 
projeto das estruturas de concreto, utilizado e válido para estruturas 
novas, conforme ABNT NBR 6118:2007.
Segundo o fib (CEB-FIP) Model Code 2010. Draft Model Code. Bulletin 
55. v.1, considerado o mais recente e atualizado documento na área, 
há pelo menos 5 formas de verificação dos estados limites (ELS/SLS 
e ELU/ULS) num projeto de estruturas de concreto, sendo as duas 
principais:
1. Método probabilista completo de introdução da segurança 
(confiabilidade5); e, 
2. Método dos coeficientes parciais de segurança (semi-
probabilista6)
O método semi-probabilista mais comumente empregado no Brasil e 
outros países, adota coeficientes parciais de segurança (majoração 
das ações por um lado e de minoração da resistência dos materiais 
por outro), conforme ABNT NBR 6118:2007.
Analisar a segurança de uma estrutura acabada é muito mais com-
plexo que introduzir a segurança no projeto de uma estrutura nova. 
Requer inspeção preliminar, instrumentação adequada, ensaios e 
vistoria criteriosa, pois no coeficiente de minoração da resistência do 
concreto entra o prumo, a excentricidade, os ninhos de concretagem, 
as diferenças de adensamento, de cura, as características geométri-
cas e outras.
Requer bom senso e conhecimento de tecnologia de concreto, co-
nhecimento dos fundamentos da segurança estrutural, conhecimento 
do projeto, das cargas permanentes e acidentais, dos procedimentos 
de ensaio de campo, dos procedimentos de ensaio em laboratório, 
de análise dos resultados, domínio da natureza dos esforços e ações 
efetivas, entre outros.
Quadro 1. Algumas razões, escopos e ações diferenciadas de análise de resistência à compressão do concreto através de 
testemunhos extraídos da estrutura.
1 ACI 117-06. Specifications for Tolerances for Concrete Construction and Materials. 
American Concrete Institute, 2010. 71p.
2 ACI 201.1R-08. Guide for Conducting a Visual Inspection of Concrete in Service. 
American Concrete Institute, 2010. 20p.
3 ACI 364-07. Guide for Evaluation of Concrete Structures Before Rehabilitation. 
American Concrete Institute, 2010. 23p.
4 Mesmas funções matemáticas de verificação da segurança
5 ISO 2394:1998. General Principles on Reliability for Structures. International Organization 
for Standardization. 2010; e, Eurocode 0. Basis for Design Structures. 2002
6 ISO 22111:2007. Bases for Design of Structures. General Requirements. 
International Organization for Standardization. 2007. 23 p.
 razões escopo ações
 
 o controle de recebimento, encontrar qual o novo fck para trata-se de transformar o resultado da resistência do concreto medida através de 
 em obra nova, indicou que re-projeto (verificação) da testemunhos num valor equivalente ao da resistência característica do concreto à
 fck,est <fck segurança estrutural compressão que seria utilizada num projeto de estrutura nova, a fim de viabilizar
 o emprego do mesmo método de introdução da segurança no projeto das
 estruturas de concreto, utilizado em estruturas novas.
 concreto parece estranho ou analisar o concreto para trata-se de pesquisar se a composição, traço, resistência e outras características e
 aparentemente não conforme comparar com o pedido / propriedades do concreto entregue para a moldagem de um determinado
 com o pedido / especificado especificado componente estrutural coincide com o concreto solicitado ao produtor do
 concreto. Geralmente trata-se de uma questão comercial entre empresas.
 concreto exposto a meio analisar características e trata-se de uma análise complexa de ciclo de vida do concreto naquele meio
 agressivo propriedades do concreto tomando por base o período de vida útil definido no projeto da estrutura, as
 determinantes da sua prescrições de manutenção preventiva especificadas no Manual de Operação,
 resistência à deterioração Uso e Manutenção dessa estrutura, eventuais ensaios acelerados ou vistoria de
 frente àquele meio agressivo obras similares e antigas, e, com as resistências, características e propriedades
 desse concreto, utilizar modelos de vida útil disponíveis na bibliografia.
 qualidade da execução da analisar homogeneidade do trata-se de uma análise com uso expressivo de ensaios não destrutivos ou 
 estrutura concreto, geometria, semidestrutivos, recursos de topografia, nível e prumo laser, excentricidade de pilares,
 tolerâncias dimensões geométricas, e extração de testemunhos em regiões complementares
 com vistas à aferição da qualidade das concretagens e precisão da execução
 frente às tolerâncias1 de norma.
 perícia inspeção e diagnóstico para trata-se de utilizar técnicas consagradas e sofisticadas de inspeção e ensaios de
 esclarecer um problema campo2 e de laboratório, eventual prova-de-carga, extração de testemunhos, com
 patológico vistas à elaboração de um diagnóstico e prognóstico para esclarecer um colapso
 parcial ou total, um problema patológico grave, uma flecha exagerada, uma
 fissuração exagerada, etc.
 mudança de uso, retrofit avaliar o estado atual da trata-se de uma análise tipo “as built”3 da estrutura com investigação de
 estrutura geometrias, armaduras, concreto,extração de testemunhos, etc., com vistas à
 mudança de uso que implique ou não em aumento de sobrecargas.
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Documento 2: fib(CEB-FIP) bulletin n.2. v.2. July 1999. Structural 
Concrete. updating CEB/FIP Model Code 90
PAGE 59, item 6.3:Partial safety factors γc for concrete
 …In the concept of Eurocodes a partial safety factor for concrete γc 
is defined as a value of 1,5. This safety factor consists of two parts:
First: is the factor γM = 1,30, which considers unfavorable deviation 
of concrete strength from its characteristic value fck, model uncer-
tainties, variation of geometrical properties, and the safety level. It 
is calculated by … and the part of γM which represent the variability 
of materials properties is γM1 = 1,23…
…and the remaining part represents the variation of geometrical 
properties and model uncertainties γM2 = 1,05…
Second: is a conversion factor γconv = 1,15, which takes into ac-
count the decrease of inplace strength versus the characteristic 
strength fck. In the research literature the inverse value of 0,85 
often is used… based on the German and Canadian data the 5% 
fractile of this ratio, fck,ext / fck was found as a value of 0,90 for co-
lumns and walls and as a value of 0,83 for slabs and beams…
(portanto do ponto de vista da tecnologiado concreto fc = 1,11 a 
1,20*fc,ext e do ponto de vista da segurança estrutural, o γc de 1,5 passa 
a ser de 1,30, o que no Brasil corresponderia a reduzir de 1,4 a 1,21)
Documento 3: fib(CEB-FIP) Bulletin 22. Monitoring and Safety Evalua-
tion of Existing Concrete Structures. State-of-art Report. 304p. 2003
Recomenda extrair 3 testemunhos e estabelece os seguintes coe-
ficientes de correção dos resultados:
 para C20 e C25 ´ fcyl150 = 0,8*fcube150
 para C50 e C60 ´ fcyl150 = 0,83*fcube150
 fcube100 = 1,05*fcube50
 fcube150 = 1,05*fcube200
Documento 4: fib(CEB-FIP) bulletin n.54. v.4. October 2010. Manual, 
Textbook on Behavior, Design and Performance. Structural Concrete
Page 165 ´ 8.3.2 Control Methods of Variations in Material Properties
“…in many cases, the damage caused by drilling will influence the 
performance of structures…like columns where the cross section 
would be severely reduced by the extraction of a core…”
Documento 5: ISO 13822:2010. Bases for Design Structures. As-
sessment of Existing Structures. 
International Organization for Standardization. 2010. 44 p.
Item 6.5 Conversion factors
“…conversion factors reflecting the influence of shape and size 
effect of specimens, temperature, moisture, duration-of-load effects, 
… shall be taken into account…”
7 Fala muito pouco pois remete a outro documento que trata melhor desse tema: fib(CEB-FIP) Bulletin 22 
Monitoring and Safety Evaluation of Existing Concrete Structures. State-of-art Report. 304p. 2003.
NORMATIZAÇÃO ESTRANGEIRA E INTERNACIONAL
Documento 1: fib(CEB-FIP) Model Code 20107. Draft Model Code. March 2010. Bulletin 55. 
PAGE 41 ´ reliability target index (β) recommended and suggested
 limit state safety reference new existing comentários
 formats period structures structures
 
serviceability
 probabilistic 50years β = 1,5 nihil mantem o mesmo critério de
 safety format verificação da segurança,
 partial safety residual β = 1,5 estruturas novas = existentes
 factor format service life
 probabilistic 50years 
 3,1 ≤ β ≤ 4,3 3,1 ≤ β ≤ 3,8 permite reduzir a
 ultimate safety format confiabilidade na verificação
 partial safety 50years β = 3,8 3,1 ≤ β ≤ 3,8 da segurança em estruturas
 factor format existentes
 interesting clauses
 PAGE Model Code Model Code comments observações
 when assessing existing structures, nihil no caso de estruturas existentes
 reconsiderations of the design values of the recomenda levar em conta as
 79 basic variables may be required. guidance ações efetivas, principalmente 
 is given in subclauses 4.5.1.4.1 peso próprio e as dimensões
 representation of actions to 4.5.1.4.4 geométricas, posiçãode
 representation of geometrical quantities armadura, etc.
 Table 4.5.7 ´ fcd …they might be reduced recomenda reduzir o γc de 0,1
 93 γc = 1,5 (persistent/transient) by 0,1 if the tolerances are γc = 1,4 (persistent/transient) γc = 1,2 (accidental)
 reduced by 50%...mainly 
γc = 1,1 (accidental) when analyzing existing
 structures…
 103 safety factor for model uncertainly γRd 
γ Rd = 1,0 … is the case of
 
recomenda não alterar
 
assessment of an existing
 
structure…
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Annex F ´ Target Reliability Level
“…the values given in Table F.1 are intended as illustrations for 
assessment of existing structures…”
Table F.1 Illustration of target reliability level 
Documento 6: EUROCODE II. EN 1992. Dec. 2004. Design of Con-
crete Structures. General Rules for Buildings. Annex A ´ Modifica-
tion of Partial Factors for Materials based on ´ EN 13791 Assess-
ment of Concrete Compressive Strength in Structures or in Struc-
tural Elements.
2.4.2.4 Partial factors for materials
1. Partial factors for materials for ultimate limit states, γc and γs should 
be used.
Note: The recommended values for ‘persistent & transient’ and 
‘accidental”, design situations are given in Table 2.1N.
These are not valid for fire design for which reference should be 
made to EN 1992-1-2.
Table 2.1N: Partial factors for materials for ultimate limit states 
2. The values for partial factors for materials for serviceability limit 
state verification should be taken as those given in the particular 
clauses of this Eurocode. Note: The recommended value for situ-
ations not covered by particular clauses of this Eurocode is 1,00.
3. Lower values of γc and γs may be used if justified by measures re-
ducing the uncertainty in the calculated resistance. Note: Information 
is given in Informative Annex A. 
Annex A´ Modification of Partial Factors for Materials 
A.2 In situ concrete structures
A.2.1 Reduction based on quality control and reduced deviations
(1) If execution is subjected to a quality control system, which en-
sures that unfavorable deviations of cross-section dimensions are 
within the reduced deviations given in Table A.1, the partial safety 
factor for reinforcement may be reduced to γs,red1 = 1,1.
(2) Under the condition given in A.2.1 (1), and if the coefficient of 
variation of the concrete strength is shown not to exceed 10 %, the 
partial safety factor for concrete may be reduced to γc,red1= 1,4.
A.2.2 Reduction based on using reduced or measured geometrical 
data in design
(1) If the calculation of design resistance is based on critical geome-
trical data, including effective depth, which are either: a. reduced by 
deviations, or, b. measured in the finished structure, the partial safety 
factors may be reduced to γc,red2 = 1,05 and γc,red2 = 1,45.
(2) Under the conditions given in A.2.2 (1) and provided that the co-
efficient of variation of the concrete strength is shown not to exce-
ed 10%, the partial factor for concrete may be reduced to γc,red3 = 
1,35.
A.2.3 Reduction based on assessment of concrete strength in fini-
shed structure
(1) For concrete strength values based on testing in a finished struc-
ture or element, see EN 137911, EN 206-1 and relevant product stan-
dards, γc may be reduced by the conversion factor η = 0,85.
resumindo:
1. estrutura bem executada ´ revisar a segurança adotando:
 γs = 1.05 (ao invés de 1.15)
 γc = 1.35 (ao invés de 1.50) ´ γc =1.26 (equivalente no Brasil)
2. a partir de testemunhos extraídos revisar adotando:
fc,j = 1.18 ■ fc,ext,j
Documento 7: EHE-08 Instrucción del Hormigón Estructural. Madrid: 
Ministerio de Fomento. Centro de Publicaciones, 2008. 704p.
“…puede tenerse en cuenta que, por diferencia de compactaci-
ón y otros efectos, las probetas testigo presentan una resistencia 
algo inferior a la de las probetas moldeadas a igualdad de otros 
factores (condiciones de curado, edad, etc.)...
…por mayor conocimiento del hormigón en la estructura también 
se permite disminuir el coeficiente de minoración del hormigón…
Artículo 86.8, pág. 416:…el proceso de extracción de probetas 
testigo mediante trépano provoca generalmente un cierto nivel de 
daño en el hormigón que se pretende evaluar, mediante la apari-
ción de microfisuras que pueden tener su incidencia en los resul-
tados obtenidos al proceder a su rotura a compresión. Por ello, 
se recomienda valorar la aplicación de factores de corrección de 
los resultados que permitan tener en cuenta tales efectos. A falta 
de datos específicos para cada caso, es habitual considerar que, 
para hormigones normales, el referido efecto provoca una dismi-
nución de un diez por ciento en la resistencia…” 
Documento 8: ACI 214.4R-10 Guide for Obtaining Cores and Inter-
preting Compressive Strength Results. 2010. 17p.
Chapter 8. Investigation of Low-Strength Test Results in New 
Construction Using ACI 318
average of 3fcores ≥ 0,85*f’c (corresponde a f’c= 1,18*fcore,av)
all three fcore ≥ 0,75*f’c (corresponde a f’c = 1,33*fcore,min)
Chapter 9. Item 9.1 ´ Conversion of core strengths to equivalent 
in-place strength
 fc = Fl/d*Fdia*Fmc*Fd*fcore
 Fl/d ´ depende de l/d (l/d = 2´ 1 e l/d = 1 ´ 0,87)
 Fdia ´ depende do diâmetro (ø=150mm à´ 0,98; ø=100mm
 ´ 1,00; ø=50mm ´ 1,06)
 design situations γc for concrete γs for reinforcing steel
 persistent & transient 1,50 1,15
 accidental 1,20 1,00
 limit states target reliability index β reference period
 SLS
 reversible 0,0 0,0 remaining working life
 irreversible 1,5 remaining working life
 Fatigue
 inspectable 2,3 remaining workin g life
 not inspectable 3,1 remaining working life
 ULS
 very low consequences 2,3 50years, at least
 low consequences 3,1 50years, at least
 medium consequences 3,8 50years, at least
 high consequences 4,3 50years, at least
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 Fmc ´ depende do sazonamento (padrão = 1,00; 
 submerso2d =1,09; seco7d=0,98)
 Fd ´ correção efeito deletério do broqueamento = 1,06
observar que para um testemunho de diâmetro 5cm, com h/d=2 
e rompido submerso / saturado, fc = 1*1,06*1,09*1,06* fcore ´ 
fc = 1,225*fcore
Documento 9: ACI 318M-08 Building Code Requirements for
Structural Concrete. 2008. 470p.
Chapter 5. Concrete Quality, Mixing, and Placing
Item 5.6.5 Investigation of low-strength test results:
2.6.5.4 …concrete in an area represented by core tests shall be 
considered structurally adequate if the average of three cores is 
equal to at least 85 percent of f’c and if no single core is less than 
75 percent of f’c … (corresponde a f’c = 1,18*fcore,av ou f’c = 
1,33*fcore,min )
5.6.5 comments ´…core tests having an average of 85 percent 
of the specified strength are realistic. To expect core tests to be 
equal to f’c is not realistic, since differences in the size of spe-
cimens, conditions, of obtaining samples, and procedures for 
curing, do not permit equal values to be obtained…
5.6.5.5 …if criteria of 5.6.5.4 are not met and if the structural ade-
quacy remains in doubt…strength evaluation accordance with 
chapter 20…
obs.: caso o f’c obtido dessa forma (1,18 da média ou 1,33 do infe-
rior) atenda o f’c de projeto, encerra-se aqui a avaliação. Caso o f’c 
assim obtido ainda não atenda o f’c de projeto, é necessário verificar 
a segurança adotando esse novo f’c e seguindo os procedimentos 
do cap.20, a seguir transcrito.
Chapter 20. Strength Evaluation of Existing Structures
20.2.3 …for strength evaluation of an existing structure, cylinder 
or core test data shall be used to estimated an equivalent f’c. The 
method for obtaining and testing cores shall be in accordance 
with ASTM C42M…
20.2.5 …it shall be permitted to increase the strength reduction 
factor ø but ø shall be according with Table 20.2.5.1
Table 20.2.5.1 Factor ø to reduce the concrete strength. 
Obs.:
1. Um simples cálculo demonstra que esse aumento no coeficiente 
de redução da resistência do concreto, de 6% a 23% significa redu-
zir, para fins de comparação, o coeficiente de minoração adotado 
no Brasil, γc de 1,4 para γc de 1,14 a 1,31. Em compressão cintada 
passaria de γc = 1,4 para γc = 1,17. Observe-se que a ABNT NBR 
6118 permite reduzir de apenas γc = 1,4 para γc = 1,27;
2. Observar que se trata de uma redução dupla: primeiro achar o 
f’c equivalente no qual f’c = 1,18*fcore,av ou f’c = 1,33*fcore,min e, 
posteriormente se não aprovar, reduzir o coeficiente de minoração 
γc para até 1,14, durante a verificação da segurança.
Documento 10: Joint Committee on Structural Safety (JCSS). Pro-
babilistic Assessment of Existing Structures. RILEM. D. Diamanti-
des Ed. 2001. 162p. ISBN 2-912143- 24-1
“...thus every statement about the safety of an existing structure is 
person dependent and reflects the state of knowledge of the per-
son that makes the statement… that experts opinions often differ 
considerably… but must be rational in the final decision…”
Concluindo esta revisão da Normatização Internacional e Estrangei-
ra fica claro que a maioria das normas divide o problema em duas 
partes bem distintas:
1. Uma primeira relativa a ensaio, ou seja, passar de fc,ext a fc equi-
valente, para a qual algumas normas chegam até a recomendar 
explicitamente um especialista em tecnologia de concreto. Corres-
ponde à inspeção da estrutura, pacometria, esclerometria e ultra-
som, amostragem, extração, prumo, excentricidade, deflexões, gi-
ros, medidas geométricas “as built” de campo, transporte dos tes-
temunhos, preparação dos topos, sazonamento, ensaio de ruptura 
e correção do resultado para obter fc = λ *fc,ext
2. Uma segunda relativa à verificação da segurança, ou cálculo da 
segurança estrutural na qual é alterado o coeficiente de minoração 
da resistência do concreto, ou o coeficiente global de segurança, 
ou o coeficiente β de confiabilidade, segundo seja o método de in-
trodução da segurança no projeto das estruturas de concreto pre-
ferido pelo projetista. Em todos os casos é recomendado aceitar 
coeficientes γM de minoração da resistência dos materiais ou β de 
confiabilidade, inferiores aos utilizados no caso de obra nova, ainda 
por construir.
Resistência do Concreto obtida de Testemunhos fc,ext,j
Diante de tantas variáveis aleatórias e de difícil mensuração há ne-
cessidade de experiência e bom senso no estabelecimento do pla-
no de amostragem e na análise dos resultados.
Como procedimento básico, decorrente das informações anterio-
res, poder-se-ia recomendar:
1. Como decorrência das definições e dos conceitos anteriormen-
te expressos, no caso de resistência à compressão do concreto 
em componentes estruturais importantes como pilares, é preciso, 
primeiramente, saber se os componentes estruturais sob análise 
foram moldados com o concreto de uma mesma betonada;
2. Se positivo o próximo esclarecimento é observar se há bicheiras, 
vazios, defeitos, reparos, ou seja, se há deficiências evidentes de 
má execução; 
3. Na seqüência medir dimensões, prumo e excentricidade do pilar. 
Com estrutura bem executada é possível aceitar γc menores pois 
há menos desconhecimentos;
4. Se necessário utilizar ensaio de dureza superficial (esclerometria) 
e ultra-som, para confirmar homogeneidade do concreto desse 
pilar;
5. Com essas informações e desde que haja evidências que permita 
considerar que se trata de um componente estrutural bem exe-
cutado com desvios dentro das tolerâncias da ABNT NBR 14931, 
deve-se aplicar o pacômetro para identificar a posição das arma-
duras longitudinais e estribos, buscando confirmar se estão de 
acordo com o projeto estrutural. Se necessário proceder a uma 
prospecção visual com escarificação superficial;
6. Uma vez constatada a coerência do componente estrutural (por 
exemplo pilar), escolher o diâmetro do testemunho de forma a 
não cortar armaduras e proceder à extração, preferencialmente 
 sections item 9.3.2 item 20.2.5 aumento 
tension controlled sections as defined in 10.3.4............. 0,90 1,00 1,11
compression controlled sections as defined in 10.3.3:...
members with spiral reinforcement (10.9.3)…………….. 0,75 0,90 1,20 
other reinforced members……………………………….... 0,65 0,80 1,23
shear and/or torsion………………………...…………...... 0,75 0,80 1,06
bearing on concrete……………………………………...... 0,65 0,80 1,23
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no centro de uma das faces, na região do terço inferior, logo aci-
ma do fim da região de traspasse das armaduras. Preferencial-
mente o testemunho deve ter uma altura igual ao dobro do diâme-
tro mas devido às operações de ensaio e preparação dos topos 
e devido à necessidade de descartar as superfícies, é sempreconveniente extrair um testemunho com altura igual ao dobro do 
diâmetro mais algo da ordem de 5cm;
7. O testemunho deve sair íntegro, sem fissuras, sem vazios nem cor-
pos estranhos, com geratriz retilínea. Se houver problemas extrair cui-
dadosamente outro na mesma face e vertical desse pilar em análise, 
um pouco acima, espaçado, no mínimo de 1 (um) diâmetro do teste-
munho anterior. Basta 1 ou 2 testemunhos por pilar, no máximo8; 
8. No laboratório de ensaio conferir geometria, esquadro e ortogo-
nalidade, conferir interface testemunho com prensa, observar for-
ma de ruptura e fragmentos na busca de eventuais “corpos estra-
nhos”. Se tudo estiver bem, considerar o resultado como aprovei-
tável. Caso contrário, descartar;
9. Considerando somente os resultados “confiáveis”, a resistência 
à compressão do concreto nesse pilar é o maior valor obtido dos 
testemunhos “irmãos”. Comparando esse valor com o resultado 
da resistência do corpo de prova moldado (referidos a uma mes-
ma idade ), se houver uma discrepância de ± 30% repetir os 
ensaios, pois deve haver algum erro grosseiro num dos proce-
dimentos, ou no de extração ou no de moldagem (controle), ou 
em ambos. Ou não repetir, mas estar seguro de como justificar 
tamanha discrepância9. 
PESQUISAS de DOUTORADO no BRASIL
Documento 1: CREMONINI, R.A. Análise de Estruturas Acabadas. 
Contribuição para a Determinação da Relação entre as Resistên-
cias Potencial e Efetiva do Concreto. São Paulo, EPUSP, 1994.
O Prof. Ruy Cremonini hoje é Professor Associado da Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul. Sua importante pesquisa comparou 
a resistência potencial (corpo de prova moldado nas condições ide-
ais) com a resistência efetiva do concreto obtida através de teste-
munhos extraídos, sempre ambos ensaiados a 28dias de idade. No 
caso de pilares examinou 6 estruturas distintas num total de 17 lotes. 
Manteve sempre as mesmas dimensões (corpo de prova moldado 
igual a extraído e com 10cm de diâmetro e 20cm de altura), ambos 
rompidos a 28dias de idade. Testemunho ensaiado em condições 
normais após corte úmido e polimento dos topos com água e cape-
amento com enxofre. Corpos de prova moldados foram ensaiados 
nas condições de norma, com topos capeados com enxofre.
Portanto as diferenças foram minimizadas e se referiram a direção 
de moldagem e de ensaio; cura, carregamentos prévios de obra (2 
a 4 andares acima já concretados), efeitos deletérios do broquea-
mento, diferenças de adensamento, diferenças de temperatura de 
cura, obtendo em valores médios:
 fc,28 = 1,24 * fc,ext,28
Documento 2: VIEIRA Filho, J.O. Avaliação da Resistência à Com-
pressão do Concreto através de Testemunhos Extraídos: Contri-
buição à Estimativa do Coeficiente de Correção devido aos Efei-
tos do Broqueamento. São Paulo, EPUSP, 2007.
O Prof. José Orlando é hoje o Diretor do Curso de Engenharia Civil da 
UNICAP e Prof. Doutor da UFPE. Sua importante pesquisa comparou 
a resistência potencial (corpo de prova moldado nas condições ideais) 
com a resistência efetiva do concreto obtida através de testemunhos 
extraídos, sempre ambos ensaiados a 28dias de idade. Neste caso, 
porém, diferentemente da pesquisa de Ruy Cremonini, os testemu-
nhos extraídos não foram retirados de uma obra normal e em anda-
mento normal, sem o conhecimento dos engenheiros de obra. Foram 
moldados blocos parede de concreto e mantidos em condições ideais 
de norma (temperatura e UR), muito bem adensados equivalentes ao 
corpo de prova moldado, pois são paredes de pequena altura, ou seja, 
neste caso a única diferença era que um foi extraído e outro moldado, 
além do extraído estar ortogonal à direção de moldagem e o moldado 
ser ensaiado na direção paralela à de moldagem.
Além de manter as mesmas dimensões (corpo de prova moldado igual 
a extraído e com 10cm de diâmetro e 20cm de altura), ambos rompi-
dos a 28dias de idade, testou testemunhos com outras dimensões. 
Testemunho ensaiado em condições normais após corte úmido e po-
limento dos topos com água e capeamento com retificação úmida (re-
frigerados a água). Corpos de prova moldados foram ensaiados nas 
condições de norma, com topos também retificados com água.
Portanto as diferenças foram minimizadas e se referiram quase que 
exclusivamente ao efeito deletério do broqueamento, direção de 
moldagem e de ensaio, obtendo em valores médios:
 fc,28 = 1,07 * fc,ext,28
Outra contribuição valiosa dessa pesquisa foi demonstrar que tam-
bém é possível obter resultados confiáveis utilizando testemunhos de 
pequeno dimensões (2,5cm de diâmetro por 5,0cm de altura). Isso é 
muito importante para reduzir riscos à segurança durante as investi-
gações pois permite extrair mais testemunhos aumentando significa-
tivamente a representatividade sem reduzir muito a seção resistente.
CONVERSÃO DE “EXTRAÍDO” fc,ext,j A “MOLDADO” fc,j,eq NA IDADE j
Passando então à solução da primeira do problema parte que a bi-
bliografia denomina de tecnologia do concreto:
O valor obtido por conta de se tratar de testemunho extraído, ou 
seja, além de ser afetado negativamente pelas operações de extra-
ção também são afetados pelas operações de execução, ou
seja, deveria ser corrigido por vários fatores ou coeficientes.
Com base na bibliografia fartamente disponível sobre tecnologia de 
concreto, resume-se que a conversão de “extraído” fc,ext,j a “moldado” 
fc,j,eq deveria levar em conta os seguintes fatores ou coeficientes k:
fck,est,eq = k1*k2*k3*k4*k5*k6*k7*k8*fck,ext,j onde:
fck,est,eq = resistência à compressão característica do concreto equi-
valente à obtida de corpos de prova moldados, a 28dias de idade;
fck,est,eq = resistência à compressão característica do concreto 
à compressão obtida diretamente de testemunhos extraídos e 
ensaiados a j dias de idade;
k1 = correção devida à geometria do testemunho cilíndrico, ou 
seja, devida à relação h/d. Esse coeficiente pode ser obtido da 
ABNT NBR 7680, estando apresentado na Tabela 1.
Tabela 1. Coeficientes k1 de correção devida à geometria do tes-
temunho cilíndrico 
8 Um testemunho de 10cm de diâmetro com h/d = 2, num pilar de 40cm por 40cm de 
seção transversal vai reduzir a seção resistente de concreto em mais de 16%, Um teste-
munho de 7,5cm reduzirá de mais de 8,8%. Em qualquer caso é muito! Deve-se reduzir 
ao mínimo o número de testemunhos por pilar. Caso o concreto de uma mesma beto-
nada tenha moldado vários pilares, evitar extrair de todos os pilares escolhendo apenas 
2 ou 3 pilares e extraindo um testemunho de cada um deles e analisando os resultados 
sob o conceito de testemunhos “irmãos” e representativos de uma mesma betonada 
(conceito de exemplar).
9 Em geral, nesta etapa do processo, dá-se preferência aos resultados dos testemunhos 
extraídos pois estes representam melhor o componente estrutural.
 relação h/d BS 1881 ASTM C 42 ABNT NBR 7680
 coeficiente k1
 2,00 1,00 1,00 1,00
 1,75 0,98 0,98 0,98
 1,50 0,96 0,96 0,96
 1,25 0,94 0,93 0,93
 1,00 0,92 0,87 0,87
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k2 = coeficiente devido ao efeito deletério de broqueamento. Esse 
coeficiente pode ser obtido do ACI 214:2010 (k2 = 1,06) ou da 
tese de doutorado de José Orlando Filho (k2 = 1,07). Esse efei-
to deletério do broqueamento fica ainda mais importante ao se 
considerar a possibilidade do uso de equipamentos velhos, mal 
conservados, mal fixados no momento da extração e manusea-
do por operadores mal treinados;
k3 = coeficiente devido a deficiências de cura do concreto na obra. 
Esse coeficiente pode ser obtido de vários textos base de livros 
de tecnologia de concreto ou até mesmo da norma ACI 214:2010, 
ou seja, a cura deficiente de obra, comparativamente àquela pa-
dronizada como ideal (corpo de prova moldado), pode reduzir 
muito a resistência

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