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Resumo de epidemiologia I assuntos diversos

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OS NÍVEIS DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS.
- PRIMORDIAL. Objetivo: impedir o estabelecimento de um padrão de vida social, econômico e cultural que, sabidamente, contribue para um elevado risco de doença, antevendo e intervindo sobre fatores de risco antes que comecem a prejudicar a saúde da população (a doença ainda não surgiu). Público alvo: massa.
- PRIMÁRIO: Objetivo: reduzir a incidência de doença através do controle das causas específicas e dos fatores de risco. Público alvo: massa e risco (estratégias destinadas a um grupo específico).
- SECUNDÁRIO: Objetivo: reduzir a prevalência da doença, através do diagnóstico precoce e do tratamento (reduzido as consequências mais graves). Importante: aplica-se somente a doenças cuja história natural inclua um método de diagnóstico seguro e acurado, além de formas de tratamento efetivo. Público alvo: risco e pacientes já doentes, todos alcançados pela atenção básica.
- TERCIÁRIO: Objetivo: reduzir a progressão e as complicações de uma doença já sintomática, dando ênfase ao tratamento e reabilitação. Importante: tentar reinserir o indivíduo na sociedade e no mercado de trabalho. Público alvo: risco grave.
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AS VARIÁVEIS EM EPIDEMIOLOGIA.
	1 - VARIÁVEIS QUANTITATIVAS (ou numéricas):
		- Contínua: Variável que tem escala contínua ou infinita, limitada apenas pela precisão do aparelho. Ex: média da ingestão de um micronutriente avaliado por 3 dias.
		- Discreta: Variável que tem escala com números inteiros e que possuem intervalos numéricos quantificáveis. Ex: quantidade de filhos, ou quantidade de vezes que a criança amamenta.
	2 - VARIÁVEIS QUALITATIVAS (ou categóricas):
		- Nominal: Variável em que não há uma ordem pré‐definida nem uma métrica que defina limites quantificáveis entre as categorias. Ex: sexo, etnia e região de residência.
		- Ordinal: Variável em que há uma ordem natural nas categorias, em geral expressando intensidades, sem métrica que defina intervalos quantificáveis entre as categorias. Ex: classe social.
		- Binária ou Dicotômica: Variável em que existe apenas duas possibilidades de resposta. Ex. sim/não, presente/ausente ou maior/menor que determinado ponto de corte.
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FATORES DE RISCO NA EPIDEMIOLOGIA
	Definição de RISCO: probabilidade de ocorrência de um desfecho em saúde, em uma determinada amostra, grupo ou população, durante um período de tempo.
	Definição de FATOR DE RISCO: “atributo de uma população que apresenta maior prevalência/incidência de uma doença ou agravo à saúde, em comparação com outros grupos definidos pela ausência ou menor exposição a tal característica”.
	Termos relacionados ao conceito de risco:
	- Fator de risco: característica que podem ser modificada (na prevenção); 
	- Marcador de risco: característica não passível de mudança;
	- Fator de proteção: atributo que caracteriza um grupo de exposição pela menor incidência/prevalência de uma doença;
	- Fator prognóstico: atributo que pode predizer o curso clínico de uma doença;
	- Grupos de risco: grupo populacional exposto a um fator de risco e/ou caracterizado por um marcador de risco.
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SOBRE O ARTIGO DE EPIDEMIOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS.
	Existem 3 abordagens para intervenção em saúde pública:
DEFINIÇÃO DE CADA UMA:
RISCO - O foco das intervenções está nos grupos populacionais com maior risco de adoecer ou morrer.
MASSA - O foco das intervenções em toda a população, sem distinção.
VULNERABILIDADE - O foco das intervenções é nos grupos vulneráveis (grupos de risco).
PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS:
RISCO - PONTOS POSITIVOS: Permite maior racionalidade no uso de recursos habitualmente escassos, aumentando a relação custo-benefício. PONTOS NEGATIVOS: Possui baixo impacto na dimensão populacional; favorece a culpabilização das vítimas; pode não modificar a distribuição das exposições; e tem pequena efetividade, pois muitas pessoas podem não ter acesso às intervenções.
MASSA - PONTOS POSITIVOS: Tende a ser mais efetiva, pois ao atingir todos sem distinção, acaba necessariamente também alcançando os de maior risco. PONTOS NEGATIVOS: O custo é muito alto com relação ao número de casos efetivamente evitados; e pode manter as desigualdades sociais, pois os grupos mais vulneráveis podem não ter acesso. 
VULNERABILIDADE - PONTOS POSITIVOS: Ao mesmo tempo que tende a diminuir o problema, evita a manutenção ou o aprofundamento das desigualdades sociais. PONTOS NEGATIVOS: Pode não atingir todos, visto que é difícil fazer os grupos de risco terem acesso às intervenções.
	Técnicas de amostragem: Amostragens probabilísticas (aleatória simples; sistemática; estratificada e por conglomerados); amostra de conveniência.
	Viés epidemiológico: “População é um conjunto completo de pessoas que apresentam determinadas características em comum, e amostra é um subconjunto da população.” Viés clínico: “População é um conjunto completo de pessoas que apresentam determinadas características em comum, e amostra é um subconjunto da população.”
	Porque realizar uma amostragem? Economia de dinheiro e tempo (coleta à análise), melhor operacionalização e controle de qualidade da implementação da pesquisa, além de possibilitar persuadir os selecionados a participar da pesquisa e/ou ser mais fácil de recuperar dados perdidos ou incompletos.
	O que é a validade em estudos epidemiológicos? É o grau de garantia dado às inferências derivadas de um estudo em particular, especialmente às generalizações para além da amostra estudada, quando se consideram os métodos utilizados, a representatividade da amostra estudada, e anatureza da população de onde a amostra foi retirada”
	Estudo válido à questionamento dos resultados não será realizado com base em erros metodológicos. Validade interna: resultados são verdadeiros para a amostra. Validade externa: resultados são verdadeiros para a população‐fonte e população‐alvo.
	CRITÉRIOS DE HILL: Força de associação, consistência, especificidade, TEMPORALIDADE	 (sine qua non), gradiente biológico, plausibilidade, coerência, evidência experimental (hawthorne), analogia.

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