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Aula 10: Linfadenite Caseosa Doenças Infecciosas Professor: Clayton Doença infectocontagiosa de caráter crônico, causada pelo Corynibacterium pseudotuberculosis. Caracteriza-se pela formação de abcessos contendo pús de cor amarelo-esverdeado e consistência tipo queijo coalho, localizados nos pulmões e linfonodos de ovinos e caprinos. Sinonímia: “mal do caroço” Zoonose: Causando linfadenite granulomatosa supurativa no homem Etiologia: cocos gram positivos produtores de exotoxinas. (fosfolipase D). Variação na produção da toxina entre as cepas pode estar relacionada a diferenças na patogenicidade. Resistência: meses a dessecação protegido do sol, galpões de tosquia (4 meses), palha de feno ou outros fômites (até 2 meses), pus (8 meses). Diminuição da temperatura, e aumento da umidade: prolongam a manutenção do agente, 70ºC e desinfetantes comuns. Epidemiologia: Ocorre em todo o mundo, região nordeste aumento da frequência, grande concentração de criatórios, presença de vegetação contendo espinhos. Falta de orientação sanitária adequada. Formas: superficial (abcessos nos linfonodos superficiais), visceral (abcessos nos linfonodos profundos e viscerais). Espécies susceptíveis: Ovinos e caprinos (primariamente) Bovinos, suínos e cervos, animais de laboratório (raramente) Causando equinos e bovinos – linfangite ulcerativa Equinos acne contagiosa dos equinos Cordeiros artrite e bursite. Não há preferência por sexo, prevalência maior em ovinos adultos, quando mais velho maior a ocorrência. Reservatórios são os animais doentes. Fontes de infecção: solo, equipamentos, água e alimentos contaminados por fezes de animais doentes. Muco nasal e bucal. Descarga purulenta de abcessos que se rompem. Transmissão: contato direto, contato indireto com secreções em equipamentos, poeira, tábua de galpões. Tosquia, feridas na pele, não há transmissores ou vetores específicos. Fatores de risco: ovinos Idade (maior exposição), raça (pele fina, dobras, lesões na tosquia), tosquia (sujidades na tosquiadeira e possíveis ferimentos durante a tosquia), poeira e banhos. Fatores de risco: caprinos Contato direto, contaminação de feridas por espinhos. ç Importância econômica: Diminuição no peso da lã limpa, diminuição na taxa de crescimento, diminuição no valor do couro (caprinos), superficial. Emagrecimento, condenação da carcaça e morte do animal visceral. Custo com drogas e mão de obra. Implicações zoonóticas: Doença ocupacional, linfadenite crônica recidivante, linfadenite granulomatosa supurativa no homem. Patogenia: Penetra mais comumente por via respiratória, maior frequência de lesões pulmonares e linfonodos mediastínicos. Onde há tosquiaa via percutânea é a mais importante, múltiplas infecções pelos ferimentos de tosquia, corte de causa e marcação nas orelhas. Brasil, agreste a vegetação gera traumas e as condições sanitárias são precárias. Penetração do agente pela via digestiva é a menos comum. Podem haver múltiplos abcessos nos linfonodos de drenagem. Surge o pus caseoso, denso e branco amarelado, contido em abcesso encapsulado onde ele se instalar. Pulmões, fígado, subcutâneo, linfonodos mediastínicos, mesentéricos, subcutâneos e outros. Pode ser unitário, múltiplo, pequeno ou extenso, em infecções antigas, o abcesso fica com aspecto seco e range ao corte, pela deposição dos sais de cálcio. Aspecto de cebola: é característica de abcessos bem evoluídos, pois o pus está organizado em camadas concêntricas. Toxemia: é importante em animais com múltiplos ou grandes focos, animais entram em despauperação? e caquexia, e morrem. Há a disseminação hematógena da medula óssea e resulta na formação de abcessos em muitos órgãos. Sinais clínicos: Na grande maioria dos casos não há sintomas ou sinais, e o diagnóstico ocorre pelo achado na matança do animal. Caquexia progressiva, anemia, dispneia, mastite com a saída do MO pelo leite. Forma superficial: hipertrofia ganglionar (linfonodos submandibulares, pré escapulares, pré crurais, supramamários e poplíteos). Rupturas de abcessos (fontes de infecção) eliminam o pus cremoso, caseoso e sem odor. Caprinos > ocorrência em linfonodos que drenam a cabeça. Forma Visceral: Pneumonia, pielonefrite, sintomas de acordo com o órgão infectado. (pneumonia crônica, pielonefrite, ataxia, paraplegia conforme o local da infecção) Achados de necropsia: Presença de abcessos nos linfonodos internos e órgãos como fígado, pulmões e rins. Diagnóstico clínico: com base em achados da matança, pneumonia e caquexia progressiva, presença dos abcessos abcesdantes, exame clínico dos linfonodos superficiais. Exames laboratoriais: Coleta de material dos abcessos por punção ou swab da porção externa, cultura (isolamento e identificação do agente), exames sorológicos como hemaglutinação indireta, inibição da hemólise, imunodifusão, elisa) e histopatologia. Exames necroscópicos. Diagnósticos diferenciais: Formas superficiais: abcessos causados por Actinomyces pyogenes, Staphylococcus aureus. Edema submandibular (Fascíola hepática e haemoncose), cisto salivar, linfossarcoma e outros tumores, inoculação subcutânea de vacinas. Forma visceral: Subnutrição, parasitismo, adenomatose pulmonar, pasteurelose, neoplasias, paratuberculosis, pneumonia em pequenos ruminantes. Tratamento: antibióticoterapia (não se faz) Sensibilidade a penicilina, terramicina, cloranfenicol Período de tratamento ? Vaibilidade econômica Eficácia Agente intracelular Antibióticos não penetram na cápsula dos abcessos. Abcessos: Drenagem cirúrgica - desinfecção com iodo a 10% Cuidados necessários: Local, desinfecção do material utilizado, curativos subsequentes. Profilaxia: Vacinação sem definições com relação ao tipo e eficiência (viva X atenuada, toxóide), eliminar ou reduzir as fontes de infecção e/ou a propagação da doença nos rebanhos. Eliminar os animais doentes e soropositivos. Isolar os animais com abcessos Desinfectar as instalações Higiene e desinfecção dos objetos de tosquia e cirúrgicos Evitar traumas cutâneos.
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