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Aula 9 Encefalite Esponjiforme Bovina

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Aula 9: Encefalite Espongiforme Bovina
Patologia Clínica e Cirúrgica
Professor: Clayton 
O prion infecciosos gera alteração no metabolismo hídrico da célula, formação de vacúolos citoplasmáticos principalmente em celulares nervosas, o encéfalo fica alterado e o animal apresenta alterações funcionais e neurológicas. Trata-se de uma zoonose ainda. 
Conhecida como a doença da vaca louca, ou BSE – sigla do nome em inglês. 
É uma doença degenerativa crônica do sistema nervoso central dos bovinos, uma doença de evolução lenta e irreversível que afeta todo o snc, caracterizada clinicamente por nervosismo, relação exagerada a estímulos externos e dificuldade de locomoção principalmente em membros pélvicos. O animal apresenta hipersensibilidade a toque, visão e com.
Encefalopatias Esponjiforme transmissíveis – EET. A vaca louca faz parte dessas doenças. 
A doença é transmissível, de forma oral através da ingestão da farinha de carne e ossos.
Encefalopatias:
Scrapie, infecção em animal geneticamente susceptível, hospedeiros ovinos e caprinos. 
Encefalopatias Esponjiforme Bovina, ingestão de farinha de ossos e carne contaminadas com o prp, 
Acometem os humanos
Doença de Creutzfeldt-jacob (1920), Kuru, Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker, Insônia familiar fatal. 
DCJv – v significa a variante do mal da vaca louca que acomete os humanos.
Kuru: populacao de nova guine tinha hábitos de ingerir fragmentos de órgãos contaminados, principalmente onencefalo que tinha maior quantidade do príon, gerando a doença degenerativa nas mulheres e crianças. Removiam e comiam as vísceras de defuntos mortos na população. 
Há na histopatologia a vacuolização intracelular celular, que lembra o aspecto de uma esponja se vista ao microscópio, assim fora denominada de encefalopatia Esponjiforme. 
No ano de 2002, houve em regulamentos específicos direcionados ao mal da vaca louca, após a epidemia que tomou de na Europa. Nos primeiros programas instituídos para a raiva, todos os animais mortos por suspeita de raiva eram levados ao laboratório para a execução dos diagnósticos, assim separaram os casos de raiva verdadeira e os casos de demais doenças neurológicas. 
O mapa estabeleceu duas instruções normativas
Normativa 15 - histopatologia como exame de eleição para vaca louca
Normativa 18 - amostras do tronco encefálico, animais ruminantes com risco potencial para EEB, que fossem previamente negativo para raiva com mais de 24 meses em Bovinos e bubalinos, e caprinos e ovinos acima de 12 meses a amostra era enviada para o teste de Scrapie 
Pigmentação de certas áreas celulares indica a pigmentação da proteína priônica. Na fase imatura da doença algumas amostras ainda não mostravam vacuolização evidente.
Sintomas neurológicos por tempo prolongado, e animais que ficavam muito em decúbito, as amostras dos animais mortos iriam diretamente para o diagnóstico da vaca louca, como é uma doença debilitante o animal fica em decúbito por muito tempo. Para se fazer a vigilância é necessário que haja amostragem. 
Quando identificado que o mal da vaca louca era causada pela farinha de carne e ossos, o uso delas foi proibido na alimentação dos ruminantes, mas os casos continuaram acontecendo devido ao período de incubação, depois de um tempo os casos acessaram. 
Observações epidemiológicas 
A maioria dos bovinos infectados, foram infectados quando eram jovens
O rebanho mais afetado e o leiteiro que ingere maior quantidade de ração contaminada por vezes, e o gado de corte vive menos tempo
A idade de prevalência variava entre 4 e 5 anos
O período de incubação oscilava entre 2,5 e 8 anos
Alguns casos duravam mais tempo ou perfuração toda a vida do animal
A exportação de farinha de carne e ossos para a Europa e países das Américas e Ásia ocorreram após 1988. 
Causas Aparentes
Produtos químicos, Medicamentos Veterinários, Importação de Animais, sêmen ou produtos de origem animal
Transmissão direta ou indireta do prurido lombar - Scrapie
Farinha de carne e ossos dos ruminantes
Causas Pré disponentes
Crise do petróleo, e qualidades nutritivas.
Etiologia
Agente infecciosos não convencional, pois trata-se de uma proteína que não produz nenhuma resposta inflamatória. 
Não licitada a resposta de linfócitos, são resistentes as proteases, e extremamente resistentes ao calor.
Prion: proteinaceous infectious particle. 
O prion é absorvido na mucosa intestinal o tecido linfoide processa e distribuí o prion que acaba chegando ao tecido nervoso, o tecido linfoide é rico em prion, pois esse é o caminho de sua replicação e distribuição. Uma proteína priônica, na célula acaba contaminando os demais prions normais de uma célula, ele provoca a transformação de um prion celular normal em um prion infectivo alterado, gera transformações nas proteínas em defeito dominó. Isso gera alterações na morfologia interna da célula, que leva a sua vacuolização. 
No processamento das carcaças, a indústria acaba usando um solvente que é o benzeno que dissolve os tecidos aderidos aos ossos, e depois esse material é cozido pela autoclavação. Mas a produção estava ficando muito cara, então reduziram a quantidade de benzeno e reduziram o tempo de autoclavagem, assim o prion deixou de ser destruído, assim a farinha de carne e ossos começou a ter prions viáveis em sua composição. 
Resistencia
Enzimas como proteases, álcool, formol 20%, cloroformio, detergentes, raios UV e Gama, dessecação, gases, peróxido de hidrogênio, resistem ao calor (1h a 360ºC, e 24h a 160º de calor seco, cozimento ou incineração, congelamento, alterações de pH (2,2), desinfetantes, peróxidos de hidrogênio, compostos iodóforos e fenólicos, enterramento, gases em geral. 
Sensibilidade
Solventes (benzeno), hipoclorito de sódio a 2% de cloro ativo, por 1h a 20ºC (equipamentos deixar de 1 dia para o outro)
NaOH 2M (80g/litro) por mais de 1h a 20ºC
Temperatura ótima para esterilização em autoclave é de 134ºC a 138ºC, por 18 min em tempo e temperatura constante.
Soda cáustica 1N (4%) ou 2N (8%) por 1h, a 20ºC - eficácia é discutida
Amostras histológicas devem estar em ácido fórmico a 96% por 1h e incinerar o material dispensável. 
Transmissão:
Direta não existem provas da transmissão entre bovinos
Experimental – camundongos (alimentação com fragmentos de cérebro)
Bovinos IC – IV –Oral (substancia cerebral)
Barreira de espécie: Diferença de aminoácidos
Carneio/bovino = 7
Carneio/bovino - Homem = 30
No caso do Scrapie há uma exceção devido a contaminação pela ingestão dos restos placentários, além da ingestão direta do príon. 
Período de incubação: longo de meses a anos, de 2 a 8 anos média de 5 anos, podendo durar toda a vida
Evolução de 3 semanas a 6 meses. 
Sinais Clínicos: 
Alertas e excitáveis, movimentos nervosos da orelha, olhar assustado e esbugalhados, franzir o nariz, comportamento de medo, turismo mandibular e muita salivação.
Hipersensibilidade ao toque, ao som e a luz. 
Hipermetria, ataxia sendo maior nos membros pélvicos, andar rígido e muitas quedas. 
Parecia do posterior, e decúbito. O animal tem total depleção do SNC. 
Material
Desarticulação da cabeça pela articulação Atlanto-occiptal. 
Craniotomia, para se ter acesso ao encéfalo
Coletar material do telencefalo, do cerebelo e do tronco cerebral. 
Amostra 1 Corte no cerebelo, corte no tálamo para separar o telencefalo do tronco, no verme do cerebelo onde há a estrutura central, fazer um corte de 0,5 a 1 cm da parte central
Amostra 2 final da medula espinhal, onde se diferencia em tronco cerebral, fatia de 0,5 a 1 cm nessa fixação do tronco a medula. 
Amostra 3: corte de segmento transversal do tálamo, fatia de 0,5 a 1 cm. 
Amostra 4: divisão de um dos hemisférios cerebrais na altura do quiasma óptico, separar a porção rostral.
Esse material das amostras é direcionado para o diagnóstico da RAIVA. O que sobrar de material é enviado para a histopatologia no formol. 
Para a vaca louca o materialé enviado para a histopatologia fixado em formol a 10% 
Na raiva é enviado para imunofluorescencia direta, o material é enviado então refrigerado ou congelado. 
Hipófise e base do crânio + gânglios cranianos, separar essa porção para enviar a histopatologia também, podemos observar lesões compatíveis com várias outras doenças neurológicas, a análise dos gânglios trigeminais podemos fazer o diagnóstico diferencial entre raiva, herpes vírus tipo 5, Doença de Aujeszky ou listeriose, ambas causam ganglioneurite. 
Na rede admirável do cérebro podemos ter lesões compatíveis com diarreia viral bovina ou febre catarral maligna. 
O mal da vaca louca não causa lesões macroscópicas, mas na microscopia apresentam vacuolização nos neurônios.
Vacuolização dos pericardios neuronais. 
SCRAPIE
Conhecida como prurido lombar, o animal fica com hipersensibilidade na pele, o animal se coça a ponto de se mutilar. 
É uma doença endêmica e rara de ovinos e bovinos, podemos fazer nessa doença o diagnóstico um vivo. O prion se multiplica em tecido linfoide, assim no Scrapie o prion se multiplica muito no tecido linfoide, assim podemos pagar o tecido linfoide para a histopatologia, na terceira pálpebra, coletar e levar para a histopatologia. Pode se coletar ainda a mucosa retal dos animais devido a grande quantidade de tecido linfoide. 
Pode ser transmitida pelo contato com plancentas, tem alto prurido e pode se fazer diagnóstico um vivo, diferenças principais entre Scrapie e vaca louca.
Diagnóstico pela imunohistoquimica, Elisa, immunobloting, western immunobloting. Da o essas as técnicas diagnósticas para a detecção do prp (prion resistente a proteases)
Não há tratamento ou vacina, não alimentar os animais com farinha de ossos ou carne, os demais animais do rebanho devem ser sacrificados, pois os animais são alimentados em conjunto e teoricamente todos ingeriram o prion da vaca louca. Os animais suspeitos de EEB dá o submetidos ao abate sanitário.
Não pode haver importação de produtos animais de países que tenham notificação para o prion da vaca louca. Há essa análise de risco para a importação do produto ou sub-produto.

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